Suyndara escreveu:Eu não consigo
Fui franciscana por muitos anos...
Sempre me dei mal quando me meti à franciscana. Ou cuspiram no prato ou se aproveitaram. Danem-se.
Um velho amigo costumava dizer que eu era muito "simpática" (ele é linguísta e dizia que na etmiologia da palavra sentir empatia por é o mesmo que ser capaz de sentir a dor do outro).
Sim isto é empatia, mas nos leva a servirmos de capacho se abrimos a mão demais. So...
O problema é que eu realmente sofro
Eu sofro pelas crianças inocentes. Algumas perderam a inocência, logo não ponho mais a minha vida em risco por elas. Assim como sofro pelos enfermos, pelos que perderam entes queridos e decentes ( se é mãe de criminoso, quero que ela se dane). Sofro pela ignorância fundamentalista pois ela afeta o mundo de forma geral. Eu aprendi que o ser humano nem sempre é merecedor de minha empatia. E é isto.
A única pessoa do mundo que eu não tenho menor empatia é o meu ex, e mesmo assim nunca me vinguei dele e nem sou capaz de desejar o mal a ele
Eu tenho. Meu ex foi um marido infantil porque éramos ambos infantis. Então, estávamos no mesmo barco. Não tenho muito contato, mas assim que nos separamos, com todas as mágoas e desgastes, fomos o salva-vidas um do outro. Um não tinha, o outro ia correndo e socorria. Se ele precisar de mim, estarei aqui sempre.
Só sou malteísta em relação à deus, as pessoas eu sempre me preocupo e ajudo...
E tá, eu sei: os bonzinhos se fodem!
É. Ajudo só quando me pedem, só quando eu posso e quando a pessoa precisa mesmo merece. Não encho o saco de ninguém, nunca peço emprestado e não gosto de confusão. Assim é mais simples viver.
Odeio vitimizações e gente que faz da dor marketing pessoal e ideológico.
É. Fiquei bem mais fria ao longo da vida.