Livro espírita ataca os ateus

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Darkside
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Darkside »

Luiz Carlos Querido escreveu:
Darkside escreveu:Pelo que já conversei com espíritas sobre ser ateu, acho que a maioria deles não consideram o ateu um cego propriamente dito, mas um animal irracional, que lida apenas com a pouca compreensão que tem do mundo ao seu redor, enquanto os espíritas são os seres humanos inteligentes e capazes de aprender.

E quanto ao livro, pra mim essa "médium" já foi corneada por um ateu.

Não generalise, por favor.


Apenas a minha opinião, não prego ela a outras pessoas.
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."

Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237

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Johnny
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Johnny »

Ok
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Fenrir
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Fenrir »

Coitada da medium, o darkside.

Ela nao tem culpa pelos espiritos nao terem mais seus cerebros, que foram comidos pelas larvas de mosca, bacterias, lesmas, baratas e outros bichos escrotos a sete palmos do chao.
"Man is the measure of all gods"
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"The things are what they are and are not what they are not"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)

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(Fenrir, o mentiroso)

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Darkside
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Darkside »

Fenrir escreveu:Coitada da medium, o darkside.

Ela nao tem culpa pelos espiritos nao terem mais seus cerebros, que foram comidos pelas larvas de mosca, bacterias, lesmas, baratas e outros bichos escrotos a sete palmos do chao.


É verdade.

Mas em todo caso, espero que ela reencarne em algum animal de comportamento sexual monogâmico, pra que seja mais feliz.
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Lúcifer
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Lúcifer »

Darkside escreveu:
Fenrir escreveu:Coitada da medium, o darkside.

Ela nao tem culpa pelos espiritos nao terem mais seus cerebros, que foram comidos pelas larvas de mosca, bacterias, lesmas, baratas e outros bichos escrotos a sete palmos do chao.


É verdade.

Mas em todo caso, espero que ela reencarne em algum animal de comportamento sexual monogâmico, pra que seja mais feliz.


http://br.youtube.com/watch?v=QbfiNiHGnR0
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rapina
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por rapina »

Apo escreveu:Espíritas doentes mentais deveriam desencarnar de uma vez por todas, sabe?

Esta estúpida anencéfala que vá se f*!!!


Mas repara... um ateu num ambiente crente é como um fumador no meio de crianças de colo.

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Darkside
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Darkside »

Lúcifer escreveu:
Darkside escreveu:
Fenrir escreveu:Coitada da medium, o darkside.

Ela nao tem culpa pelos espiritos nao terem mais seus cerebros, que foram comidos pelas larvas de mosca, bacterias, lesmas, baratas e outros bichos escrotos a sete palmos do chao.


É verdade.

Mas em todo caso, espero que ela reencarne em algum animal de comportamento sexual monogâmico, pra que seja mais feliz.


http://br.youtube.com/watch?v=QbfiNiHGnR0


[crente alucinado]Viram como os ancestrais dos ateus são tão sem moral quanto eles??? Ainda bem que eu sou filho de Deus!!![/crente alucinado]
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Botanico
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Bem, gente, estive fora uns tempos e como não apareceu nada de interessante para comentar, preferi só dar uma olhada rápida de vez em quando e nem sei bem o que rolo se enrolou com o Famado e o Acauan. Mas vamos tratar do assunto do tópico.

Bem, não vi, nem estou lá com muita intenção de ver o tal livro aqui mal comentado. Mas conhecendo outras da autora e do espírito, tanto quanto posso imaginar, a obra em questão deve ser um ROMANCE, ou seja, uma historia fictícia, centrada num personagem que seria um ateu. Como o ateísmo anda um tanto em moda na mídia hoje em dia, suponho que a escolha do título possa ter sido uma estratégia de marquetingue da autora para chamar a atenção para a sua obra. Alguma reclamação contra isso?

São engraçadas certas coisas. Lembra-me tempos atrás onde apareceram uns outdoors com um cara com os olhos cobertos com uma tarja, as mãos cruzadas sobre o peito e segurando dois revólveres. Embaixo os dizeres: "Você é da paz; eles não". Não lembro que entidade andou espalhando tal coisa, mas era uma crítica direta à campanha pela PAZ e pelo desarmamento. Muito irritados com isso, os defensores da paz buscaram uma brecha legal para garantir a retirada dos tais outdoors e a solução foi apelar para o racismo: o homem ali segurando os revólveres seria negro e isso seria uma acusação indireta de que os negros seriam bandidos, numa clara demonstração racista. E o juiz navegou nessa e ordenou a retirada daquela propaganda contra a paz...
Importante: o cara do outdoor NÃO ERA NEGRO, era só mais um da raça vira-latas que somos todos nós...

É dessa maneira que estou vendo essa chiadeira do pessoal cético por aqui.

Eu não perderia meu tempo com isso, mas se fosse escrever sobre e contra o ateísmo, ao contrário da autora em questão, eu faria algo mais técnico, fundamentado em FATOS.
Começaria listando toda a louvação que os céticos e ateus fazem a si próprios. Mostraria suas estatísticas, que indicam que as pessoas mais cultas e inteligentes são ateias, mostraria o dilema do biscoito: as pessoas mais inteligentes são ou se tornam atéias, ou ficaram mais inteligentes por se tornaram ateias?
Depois mostraria os ataques e achaques feitos pelos céticos/ateus contra a religião, suas acusações contras as instituições religiosas, lembrando os crimes cometidos pelos religiosos ou pelas pessoas que diziam que os cometiam em nome da fé, etc e tal. Para concluir com isso, que os ateus são baluartes em defesa da racionalidade, da lógica, da sensatez, da tolerância, em oposição à superstição, tolice e intolerância, reinantes nas comunidades religiosas.

Finalmente então entraria na análise fria e racional da coisa, lembrando então AS GRANDES FIGURAS ATEIAS DA HUMANIDADE: Pol Pot, Adolf Hitler, Josef Stalin, Mao Tsé Tung e outros que posso pesquisar depois (ou não, esses aí já podem ser suficientes). Tenho notado que o pessoal cético/ateu tem ataques de coceira e se mexe muito na cadeira quando tais figuras ateias são lembradas. Vou lembrar as cagadas por eles cometidas contra os seus povos e outros povos que tiveram o azar de cruzar o caminho deles. Lembrarei também que o fato de terem sido ateus não os tornaram mais sábios e inteligentes e nem imunes à tolice e superstições, que é o peixe que os ateus tentam nos vender, certo? Lembro aqui o exemplo do camarada Stalin, que mandou fuzilar o cientista Giorgi Karpechenko porque este fazia pesquisas em genética. Ora, a genética era uma blasfêmia, uma heresia contra o Socialismo Científico, pois propunha uma realidade sem trabalho, sem esforço. Era uma coisa anti-socialista! Então o ateísmo de Stalin não contribuiu em nada para liquidar sua intolerância.

Poderia procurar, e acharia, vários outros exemplos parecidos. Essas grandes figuras ateias certamente deixaram muito material a respeito, que seriam divertido em vista da tolice dele, se não fosse as trágicas consequências em que resultaram.

Entraria em seguida no DESESPERO da comunidade cético/ateia na tentativa de vincular tais figuras a alguma religião e assim tentar desmentir que foram ateus (ô! O Stalin foi seminarista... Hitler falava em providência divina...).

E concluiria o livro com o balanço a la Bíblia. Sabem como é: estima-se que Deus teria matado ou mandado seu povo santo matar cerca de 2.500.000 pessoas. Já o Diabo, o tal que era homicida desde o princípio, só matou 10... E aí então a comparação entre o número de mortos por causa direta ou indireta de algum motivo religioso e o número de mortos resultante das cagadas dos grandes líderes ateus. E já vou avisando: nesta comparação, vocês céticos/ateus perdem de lavada...

Mas eu tenho mais o que fazer, então deixo essa tarefa para algum pastor, padre, ou alguma pessoa que simplesmente saiba pensar.

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Jack Torrance
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Jack Torrance »

Botanico escreveu:Adolf Hitler


Eita, Botanico, você gosta de infernizar, hein?

Será que você é desonesto intelectual, porra?

Com que base você afirma que o Hitler era ateu? Só porque Ricardo Polito disse que ele discursava muito bem?
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Dragão Invisível
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Dragão Invisível »

Botanico escreveu:AS GRANDES FIGURAS ATEIAS DA HUMANIDADE: Pol Pot, Adolf Hitler, Josef Stalin, Mao Tsé Tung e outros que posso pesquisar depois (ou não, esses aí já podem ser suficientes).


Nenhum desses caras matou em nome do ateísmo ou por serem ateus. Mataram por seus regimes, pra se perpetuarem no poder. Teriam feito o mesmo se praticassem qualquer uma das religiões atuais e/ou extintas.
O ateísmo não é uma filosofia, não é sequer uma visão de mundo, é simplesmente o reconhecimento do óbvio.

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Apo
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Apo »

rapina escreveu:
Apo escreveu:Espíritas doentes mentais deveriam desencarnar de uma vez por todas, sabe?

Esta estúpida anencéfala que vá se f*!!!


Mas repara... um ateu num ambiente crente é como um fumador no meio de crianças de colo.


Se eu fosse uma atéia fundamentalista faria questão de virar uma fumadora. Mas estou pouco me lixando para o meu ateísmo, já que pouco ligo para deuses.
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Apo »

Hitler Ateu

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:emoticon45:
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Botanico
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Dragão Invisível escreveu:
Botanico escreveu:AS GRANDES FIGURAS ATEIAS DA HUMANIDADE: Pol Pot, Adolf Hitler, Josef Stalin, Mao Tsé Tung e outros que posso pesquisar depois (ou não, esses aí já podem ser suficientes).


Nenhum desses caras matou em nome do ateísmo ou por serem ateus. Mataram por seus regimes, pra se perpetuarem no poder. Teriam feito o mesmo se praticassem qualquer uma das religiões atuais e/ou extintas.


Então antes de proclamarmos que religião é veneno, temos de nos lembrar que os líderes religiosos ou leigos que cometeram crimes em nome da religião estavam apenas usando-a como desculpa: o motivo real era perpetuarem-se no poder, certo?
Isso, para mim, é bem óbvio. Mas para a comunidade cética/ateia...

Mas o meu ponto não era em nome do que os líderes ateus cometeram crimes e sim que eles não eram melhores do que os religiosos em nada. Ou seja, ainda que os filósofos ateus de hoje proclamem a superioridade do pensamento ateu em detrimento do supersticioso e intolerante pensamento religioso, na prática ficou claro que os famos líderes ateus foram tão ruins ou piores que os religiosos...
Editado pela última vez por Botanico em 19 Dez 2008, 23:40, em um total de 1 vez.

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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Jack Torrance escreveu:
Botanico escreveu:Adolf Hitler


Eita, Botanico, você gosta de infernizar, hein?

Será que você é desonesto intelectual, porra?

Com que base você afirma que o Hitler era ateu? Só porque Ricardo Polito disse que ele discursava muito bem?


Bem, seu Jaque Torrada
Se afirma então que Hitler era religioso, então por favor informe-me a qual religião ele estava filiado e apresente-me as provas de que ele frequentava regularmente os cultos dessa dita religião.
Apresentar-me uma foto, como esta aí que a Dona Apokalipitika apresentou não diz coisa alguma, pois um líder político hábil sabe que não pode se indispor publicamente com figuras religiosas no meio de um povo de maioria religiosa.

Jovens hitleristas, nas igrejas, debochavam dos padres e pastores. Ora, se Hitler fosse religioso, certamente teria orientado os educadores hitleristas que se deveria ter respeito nos cultos... Além disso, vários sacerdotes acabaram em campo de concentração. O mais conhecido neste aspecto era o campo de Rachau.

Um dos motivos que levou os jovens que formaram o grupo rebelde Rosa Branca foi justamente a exigência que se retirasse os crucifixos das escolas e repartições públicas. Não faltam provas de propostas feitas por líderes nazistas, notadamente Martim Borman, em que se pretendiam levar ao fim do Cristianismo, pois consideravam que o ideal nazista estava muito acima deles.

Estranho para mim que um líder incontestável com Hitler se fazia acontecer na Alemanha fosse religioso apesar de tantas provas de ações contra religiosos...

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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Apo »

Escolas e repartições públicas são locais para estudo e trabalho, não lugar de proselitismo ou culto.

São tantas as religiões e ideologias que deveriam permitir, então, que todos estes lugasses fossem infestados de símbolos variados e não só crucifixos ou santinhos! Agora imagina a guerra que ia dar se numa repartição pública fossem trabalhar atendendo o público ( de todas as religiões e ideologias , inclusive os que não têm nada a ver com religião alguma, partido político algum...) com mesas, paredes e material tapado de desenhos e frases e imagens apelativas!

Isto seria um panorama dantesco!

Lugar de estudo tem que ter coisas relacionada ao tema: material didático comum a todos. Local de trabalho é lugar de material de trabalho. Quer simbologia política ou religiosa, vai se filiar a partido e frequentar palanque ou vai ao culto. Ou em casa, que cada um professa o que quiser.
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Re: Livro espírita ataca os ateus

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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Apo »

A CRUZ E A SUÁSTICA


O lançamento, em 1999, do polêmico livro de John Cornwell, “Hitler's Pope” (O Papa de Hitler), que suscitou debates acalorados (inclusive através da Internet), reabriu uma questão delicada que envolve o relacionamento de Pio XII com os regimes nazi-fascistas europeus, nos anos 30 e 40, e a responsabilidade da Igreja Romana na onda de anti-semitismo que varreu o mundo naquele período.



N�o foi a primeira vez que o tema foi trazido à baila. Antes de Cornwell, outros autores já haviam tratado desse assunto, quer de uma forma ampla (como Paul Johnson, em sua “História do Cristianismo”), quer de uma forma episódica (como Robert Katz, em seu “Massacre em Roma”). Mas nenhum foi tão contundente quanto Cornwell, talvez por não disporem do acervo documental que esse escritor inglês pode utilizar. Na condição de pesquisador católico do Jesus College, de Cambridge, e gozando de prestígio junto à alta cúpula da Igreja, ele teve acesso a uma fonte valiosíssima de informações: os arquivos do Vaticano.



Cornwell confessa que decidira escrever um livro sobre Pio XII com o propósito de desfazer, de uma vez por todas, as dúvidas que pairavam sobre o papel do Papado na História do S�culo XX. Mas o resultado de seu trabalho acabou sendo exatamente o oposto: “(...) quase ao fim de minha pesquisa, descobri-me num estado que só pode ser descrito como choque moral. O material que eu recolhera, (...) não servia para inocentá-lo [ao papa Pio XII]; em vez disso, consolidava as acusações”.



Mas ainda que a memória daquele papa possa estar irremediavelmente maculada, essa questão, além de controvertida, tem uma dimensão bem mais ampla, pois não se trata de avaliar apenas o papel desempenhado pela Igreja Católica, mas sim de todas as igrejas cristãs, diante do hitlerismo.


Se examinarmos o que aconteceu na Alemanha durante o período de ascensão e consolidação do nazismo, veremos que os protestantes foram, pelo menos nos primeiros anos, mais receptivos ao nacional-socialismo do que os católicos, especialmente no tocante à doutrina anti-semita, teorizada por Alfred Rosemberg.


Já em meados dos anos 20, um grupo de luteranos havia formado a “Federação por uma Igreja Alemã”, com o propósito declarado de “extirpar a base judaica do Cristianismo”. Segundo eles, o próprio Lutero teria feito declarações anti-judaicas, à época em que deflagrou a Reforma (século XVI). Outro grupo luterano, ainda mais extremado, auto-intitulado “Cristãos Alemães da Turingia”, chegou a aclamar Hitler como “enviado de Deus”, enquanto o “Movimento Cristão Alemão”, também protestante, foi o primeiro a aceitar a presença de unidades nazistas uniformizadas no interior de suas igrejas.


No verão de 1933, o anseio de muitos protestantes alemães em se enquadrar à ordem nazista levou a Igreja Evangélica Prussiana a propor seu alinhamento direto (ou seja, sua subordinação) ao partido de Hitler. Mas o füher rejeitou a oferta. Ele não gostava dos cristãos, mesmo daqueles que rastejavam aos seus pés.


Dentre os não-católicos da Alemanha, os únicos que proclamaram, desde o princípio, sua oposição doutrinária ao nazismo, foram as “Testemunhas de Jeová”, cuja coragem chegou a despertar a admiração do próprio Heinrich Himmler (o sinistro guardião da segurança do regime). Obviamente, pagaram um pesado preço por isso: mais de um terço dos membros dessa igreja foi exterminado.


Quanto aos católicos, é preciso reconhecer que, inicialmente, alguns bispos alemães foram hostis a Hitler. Houve mesmo quem proibisse os fiéis de votarem nos nazistas, por causa da política racial do partido. Isso aconteceu, por exemplo, na arquidiocese de Mainz, em 1930.


Mas também é forçoso dizer que esses bispos eram minoritários. A maioria adotava uma postura conciliatória, sendo de conivência, mesmo que alguns deles repudiassem, por exemplo, a política cultural do partido que, em nome do germanismo, resgatava antigos rituais pagãos. Na verdade, eles seguiam a orientaçao do Vaticano, que já advertira que o papa Pio XI não daria apoio a nenhuma política de oposição oficial da Igreja Católica Alemã em relação ao Estado Nazista. Por isso, quando o dr. Erich Klausener, secretário-geral da “Açao Católica”, Adalbert Probst, diretor da “Organização Desportiva Católica” e o padre Bernard Stempfle, editor de um jornal anti-semita da Baviera, foram assassinados na “Noite das Longas Facas” (30/06/34), os bispos alemães ficaram calados. Aliás, os protestantes, que também tiveram alguns líderes mortos naquele episódio, fizeram o mesmo.



As razões que levaram o Vaticano a adotar essa conduta são complexas e remetem a tempos mais remotos. Herdeira da tradição imperial romana, a Igreja Católica sempre foi aristocrática e autoritária, opondo-se a “modernidades” políticas, notadamente as decorrentes da Revolução Francesa (1789), dentre elas a Democracia, o Liberalismo e (mais acentuadamente) o Socialismo. Desde o Concílio Vaticano I (1870), ela vivia um processo de (ainda maior) centralização hierárquica, acentuando a autocracia papal. Esse processo, sistematizado no Código de Direito Canônico (1917), encontrava-se em seu apogeu à época da ascensão do nazi-fascismo, e tinha no Monsenhor Eugenio Pacelli (o futuro Pio XII), de reconhecidas habilidades diplomáticas, um eficiente arquiteto.

Quando, após o triunfo bolchevique na Rússia (1917), a ameaça revolucionária pairou sobre a Europa, a Igreja passou a namorar o fascismo nascente e o papa Pio XI chegou a saudar Mussolini como o “enviado da Providência que salvou a Itália do perigo vermelho”, assinando com ele o Tratado de Latrão (1929), que pôs fim à velha "Questão Romana" e criou o Estado do Vaticano.

Em relação à Alemanha, foi também o declarado anti-comunismo de Hitler que orientou a política papal. Em troca da manutenção de alguns privilégios católicos no país, foi assinada uma Concordata (negociada por Pacelli) com o füher (1933), que desarmou os poucos bispos ainda dispostos a resistir à barbárie nazista e levou o Partido do Centro (católico) a se auto-dissolver, não sem antes votar o Ato de Autorização, através do qual Hitler recebeu do Reichstag poderes discricionários..


Hitler desprezava os cristãos quase tanto quanto odiava os judeus: “Por que deveria me preocupar com a reação dos cristãos?”, disse ele certa vez. “Eles engolirão qualquer coisa para manter suas vantagens materiais!”.


Pacelli já era o papa quando Hitler destruiu a Checoslováquia (1939). Mas apesar dos sofrimentos que se abateram sobre o povo desse país, de longa tradiçao católica, ele preferiu considerar aquela tragédia como sendo um “processo histórico no qual, do ponto de vista político, a Igreja não se encontra interessada”.


Durante a guerra, a atitude das igrejas cristãs alemães tornou-se ainda mais servil. Apesar do confisco de propriedades religiosas e da ostensiva propaganda anti-cristã dentro das forças armadas, elas continuaram a soar seus sinos para comemorar as vitórias nazistas, até que estes também lhes foram tomados para alimentarem a indústria armamentista.


Ao iniciar a perseguição aos judeus, Hitler sabia que podia contar com o apoio, ou pelo menos com a omissão, dos cristãos alemães: “Estou simplesmente dando prosseguimento à mesma pol�tica adotada pela Igreja nos últimos mil e quinhentos anos”, disse ele ao bispo de Osnabrück, em abril de 1933.


Em sua “História do Cristianismo”, Paul Johnson comenta: “Os católicos que participaram do extermínio de judeus, nunca ouviram o seu clero declarar especificamente que o que eles estavam fazendo era errado (...). O máximo que pode ser dito em favor deles [dos bispos] é que não receberam ajuda alguma por parte do papa”.



Realmente, vários exemplos atestam o comportamento no mínimo omisso do Vaticano, diante da política anti-semita do nazismo. É época em que os judeus italianos tiveram seus bens sequestrados e passaram a ser transferidos para campos de concentração, o papa limitou-se a qualificar tais medidas como “demasiado rigorosas”. E quando os cardeais e arcebispos franceses tentaram se opor aos Estatutos Judaicos de Pétain, em junho de 1941, o Vaticano recusou-se a criticar essa legislação espúria, por não considerá-la “em conflito com os ensinamentos católicos”.

Quando Mussolini já havia caído e os exércitos anglo-americanos avançavam pelo sul da Itália, a grande preocupação de Pio XII era que a administração militar alemã ruísse antes que os Aliados viessem a substituí-la, pois isso criaria um vácuo de poder que poderia ser ocupado pelos comunistas, o mais organizado grupo da resistência anti-fascista. Provavelmente, esse foi o motivo que o levou a lavar as mãos diante do fuzilamento de 330 civis romanos, ordenado por Hitler em represália a um ataque dos partisanos contra policiais-SS, em Roma (1944). Esse episódio, conhecido como O Massacre das Grutas Ardeatinas, foi tema do livro de Robert Katz e do filme italiano “Rappresaglia” (1973), que custou aos seus produtores um processo judicial de difamação, movido pela famélia de Eugenio Pacelli.


Tudo indica que o “pastor angélico” (como Pio XII gostava de ser chamado) não tinha reservas apenas contra comunistas e judeus. No momento em que os aliados se preparavam para ocupar Roma, ele solicitou ao alto-comando americano que não incluísse soldados negros entre as tropas de ocupação, pois temia que as mulheres romanas pudessem ser vítimas de estupros.

Certamente não se pode dizer que Pio XII jamais criticou severamente o Nazismo. Ele o fez em junho de 1945, perante o Colégio dos Cardeais, quando disse que os nazistas eram “um espectro satânico” e “a destruiçao da liberdade e da dignidade humanas”.

Só que, a essa Época, a Alemanha já havia se rendido e Hitler estava morto.


http://br.geocities.com/kaderno2004/mat ... astica.htm
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Botanico
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Apo escreveu:Escolas e repartições públicas são locais para estudo e trabalho, não lugar de proselitismo ou culto.

São tantas as religiões e ideologias que deveriam permitir, então, que todos estes lugasses fossem infestados de símbolos variados e não só crucifixos ou santinhos! Agora imagina a guerra que ia dar se numa repartição pública fossem trabalhar atendendo o público ( de todas as religiões e ideologias , inclusive os que não têm nada a ver com religião alguma, partido político algum...) com mesas, paredes e material tapado de desenhos e frases e imagens apelativas!

Isto seria um panorama dantesco!

Lugar de estudo tem que ter coisas relacionada ao tema: material didático comum a todos. Local de trabalho é lugar de material de trabalho. Quer simbologia política ou religiosa, vai se filiar a partido e frequentar palanque ou vai ao culto. Ou em casa, que cada um professa o que quiser.


Dona Apokalipitika
O que me interessa aqui é o CONTEXTO HISTÓRICO e não como a coisa deveria ser. A Bavária (onde atuou o grupo Rosa Branca) é um estado alemão MAJORITARIA (FANATICAMENTE PORQUE NÃO DIZER) CATÓLICO. Daí então, nos idos dos anos 1930 (e certamente antes e provavelmente depois desta década), crucifixos eram comuns nas salas de aulas, de tribunais, repartições públicas, etc e tal.

No que estou insistindo é que a posição antirreligiosa de Hitler é um forte indicativo de que ele era ateu e portanto deve ser incluído na lista dos grandes líderes ateus, cujo ateísmo e NADA contribuiu para fazer deles líderes melhores, mas sábios, mais tolerantes, etc e tal... Como os filósofos ateus de hoje parecem sugerir que seria o que se deve esperar de um ateu...

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Botanico
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Apo escreveu:
A CRUZ E A SUÁSTICA


O lançamento, em 1999, do polêmico livro de John Cornwell, “Hitler's Pope” (O Papa de Hitler), ... etc, etc

Certamente não se pode dizer que Pio XII jamais criticou severamente o Nazismo. Ele o fez em junho de 1945, perante o Colégio dos Cardeais, quando disse que os nazistas eram “um espectro satânico” e “a destruiçao da liberdade e da dignidade humanas”.

Só que, a essa Época, a Alemanha já havia se rendido e Hitler estava morto.


http://br.geocities.com/kaderno2004/mat ... astica.htm


Cortei o texto para não ficar repetitivo.
Mas Dona Apokalipitika
Você só está endossando o meu ponto de vista: mostrou-me este texto, que ressalta a antirreligiosidade de Hitler, e que as igrejas cristãs sob seu tacão simplesmente correram a lhe
CENSURADO! NÃO SE FALA DESSAS COISAS PARA UMA DAMA.

Ora, a mesma coisa fez a Igreja Ortodoxa Russa em relação aos comunistas. Eu gostaria de saber quando é que a família real russa, fuzilada pelos comunistas, foi CANONIZADA por essa dita igreja... É isso aí: o Nicolau Sangrento virou santo ortodoxo... Sabia?

Então as igrejas, quaisquer que sejam elas, se ajoelharem diante dos governantes antes de se ajoelharem diante do deus delas, só deve ser novidade para você...
Editado pela última vez por Botanico em 20 Dez 2008, 05:53, em um total de 1 vez.

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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Usuário deletado escreveu:Quotations from Mein Kampf

Volume 1, Chapter 1, In the House of My Parents

"Their sword will become our plow, and from the tears of war the daily bread of future generations will grow."

-Adolf Hitler (Mein Kampf)

Note: "Their sword will become our plow" appears to paraphrase Micah 4:3 about beating swords into ploughshares, but his tears of war more resembles Joel 3:9-10 "Beat your plowshares into swords."


"I had excellent opportunity to intoxicate myself with the solemn splendor of the brilliant church festivals. As was only natural, the abbot seemed to me, as the village priest had once seemed to my father, the highest and most desirable ideal."

-Adolf Hitler (Mein Kampf)


"I thank Heaven that a portion of the memories of those days still remains with me. Woods and meadows were the battlefields on which the 'conflicts' which exist everywhere in life were decided."

-Adolf Hitler (Mein Kampf)


"Only a handful of Germans in the Reich had the slightest conception of the eternal and merciless struggle for the German language, German schools, and a German way of life. Only today, when the same deplorable misery is forced on many millions of Germans from the Reich, who under foreign rule dream of their common fatherland and strive, amid their longing, at least to preserve their holy right to their mother tongue, do wider circles understand what it means to be forced to fight for one's nationality."

-Adolf Hitler (Mein Kampf)


Muito mais citações aqui.., eu não vou copiar todas no post, mas se tiver o interesse de entrar no link poderá comprovar que Hitler no Mein Kampf mostra-se claramente cristão, independentemente de denominação, não há como dizer que Hitler não foi um religioso. As medidas de Hitler contra instituições religiosas foram claramente políticas, em um Estado no qual o ideal era a hegemonia do NSDAP sobre tudo, não haveria lugar para uma instituição como a Igreja Católica.


Ô da Noite, é o seguinte:
Hitler, assim que se meteu com o grupo embrião que deu origem aos nazistas, mostrou-se logo de cara um líder nato. LÍDERES ENXERGAM OS LIDERADOS; chefões não.

Ele tinha um discurso para cada público: quando falava aos empresários, malhava os trabalhadores. Quando falava aos trabalhadores, malhava os empresários. Quando falava às mulheres, falava das virtudes da mulher alemã... Portanto, o que ele escreveu no Mein Kampf tem tanto valor quanto as promessas que os nossos políticos fazem em seus discursos de campanha. Sacou?

Como eu disse, um líder enxerga os liderados, então se o povo alemão era e é ainda um povo religioso, ele não criaria empatia alguma se malhasse as religiões logo de cara. Falou contra os judeus. Foi porque ele era antissemita? Sim, mas se o povo alemão também não o fosse, então ele guardaria seu antissemitismo para si mesmo. Assim são os líderes.

O meu ponto, conforme eu tenho dito, é que apesar dos discursos dos filósofos ateus exaltando a racionalidade, a lógica, a tolerância, etc e tal, que se esperam haver num camarada ateu, quando um grande líder ateu assume um governo, faz coisas irracionais, ilógicas e é tão ou mais intolerante que os religiosos.

Fica claro com isso, que o ateísmo não produz coisa melhor que o religiosismo.

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Dragão Invisível
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Dragão Invisível »

Botanico escreveu:
Dragão Invisível escreveu:
Botanico escreveu:AS GRANDES FIGURAS ATEIAS DA HUMANIDADE: Pol Pot, Adolf Hitler, Josef Stalin, Mao Tsé Tung e outros que posso pesquisar depois (ou não, esses aí já podem ser suficientes).


Nenhum desses caras matou em nome do ateísmo ou por serem ateus. Mataram por seus regimes, pra se perpetuarem no poder. Teriam feito o mesmo se praticassem qualquer uma das religiões atuais e/ou extintas.


Então antes de proclamarmos que religião é veneno, temos de nos lembrar que os líderes religiosos ou leigos que cometeram crimes em nome da religião estavam apenas usando-a como desculpa: o motivo real era perpetuarem-se no poder, certo?
Isso, para mim, é bem óbvio. Mas para a comunidade cética/ateia...

Mas o meu ponto não era em nome do que os líderes ateus cometeram crimes e sim que eles não eram melhores do que os religiosos em nada. Ou seja, ainda que os filósofos ateus de hoje proclamem a superioridade do pensamento ateu em detrimento do supersticioso e intolerante pensamento religioso, na prática ficou claro que os famos líderes ateus foram tão ruins ou piores que os religiosos...


Não há como comparar. O ateísmo não prega a escravidão, a morte, a tortura, a conversão forçada, a inferioridade da mulher e nem se diz representante de deus algum (deus este, que dá "autoridade" para tudo que foi citado aqui).

Líderes ateus ou religiosos são apenas humanos, podem fazer o bem e o mal, mas a diferença entre eles é que os líderes religiosos têm um deus que os autoriza (vide os "livros sagrados"). E ainda têm a cara de pau de dizer que este mesmo deus é amor.
O ateísmo não é uma filosofia, não é sequer uma visão de mundo, é simplesmente o reconhecimento do óbvio.

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Botanico
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Usuário deletado escreveu:Você pode provar que Hitler era ateu? A possibilidade dele não ter sido cristão não diz que ele era ateu (existem pessoas sem religião que crêem em Deus), até agora você ficou só no campo da especulação, não apresentou a mínima evidência que corrobore a sua tese.


Campo da especulação... Há algum outro? Talvez os únicos que poderiam nos responder a respeito seriam aqueles que partilharam da vida mais íntima com o cara. Mas esses, salvo engano, já bateram todos com as dez. E enquanto vivos, era muito conveniente não deixar que outros soubessem que um dia tiveram mais intimidade com a figura.
Só podemos saber de uma coisa com certeza: ele não mostrou a menor consideração por religiões exceto no caso de ser politicamente conveniente...

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Botanico
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Botanico »

Dragão Invisível escreveu:Não há como comparar. O ateísmo não prega a escravidão, a morte, a tortura, a conversão forçada, a inferioridade da mulher e nem se diz representante de deus algum (deus este, que dá "autoridade" para tudo que foi citado aqui).

Líderes ateus ou religiosos são apenas humanos, podem fazer o bem e o mal, mas a diferença entre eles é que os líderes religiosos têm um deus que os autoriza (vide os "livros sagrados"). E ainda têm a cara de pau de dizer que este mesmo deus é amor.


Bem lembrando que líderes ateus ou religiosos são apenas humanos... Ainda não conheci nenhum ET ou mesmo algum líder que fosse espírito materializado...
É... Mas líderes humanos costumam ter os mesmos defeitos em geral, principalmente "o meu primeiro". Se o grande líder ateu Stalin achou por bem fuzilar Karpechenko pois entendeu que a genética comprometia a infabilidade do marxismo, deve ter tido lá suas razões. Suponho que seriam as mesmas invocadas por algum pastor quanto ao darwinismo...

Mas como tenho dito, o meu ponto é que os líderes religiosos baseiam-se em obras sagradas capengas, ilógicas, irracionais e incoerentes e por isso a religião tornou-se a causa de muitas desgraças. Essa é a tese levantada pelos sábios filósofos ateus, certo? Contudo, conforme já mostrei, grandes líderes ateus, talvez com inveja dos feitos dos líderes religiosos, cometeram asneiras que resultaram em desgraças e mortes em proporção muito maior do que as burradas dos religiosos.
Neste aspecto, o ateísmo continua perdendo em se mostrar coisa melhor do que o religiosismo...

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Fernando Silva
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:O meu ponto, conforme eu tenho dito, é que apesar dos discursos dos filósofos ateus exaltando a racionalidade, a lógica, a tolerância, etc e tal, que se esperam haver num camarada ateu, quando um grande líder ateu assume um governo, faz coisas irracionais, ilógicas e é tão ou mais intolerante que os religiosos.

Fica claro com isso, que o ateísmo não produz coisa melhor que o religiosismo.

Quando foi que um ateu assumiu o poder em nome do ateísmo?

Aqueles que você citou assumiram-se ateus (quer fossem, quer não fossem) em nome de uma ideologia que não tinha, em princípio, nada a ver com o ateísmo.
O ateísmo foi uma ferramenta da ideologia e não o ponto de partida.

Para eles, a religião era um obstáculo que tinha que ser removido. Anestesiava as massas e impedia sua conscientização. Ocupava suas mentes com outros objetivos que não os da ideologia e subordinava seus seguidores, ainda que parcialmente, a outros líderes que não os ditadores.

E essa ideologia, ao contrário do ateísmo, que é apenas a ausência de crença em deuses, tinha objetivos, dogmas, livros "sagrados", santos, mártires etc. Não era "cada ateu por si" e sim "todos pela ideologia".

Ainda não sabemos como seria um governo defensor do ateísmo. Nunca tivemos um para ver os resultados.

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Fernando Silva
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Re: Livro espírita ataca os ateus

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Então antes de proclamarmos que religião é veneno, temos de nos lembrar que os líderes religiosos ou leigos que cometeram crimes em nome da religião estavam apenas usando-a como desculpa: o motivo real era perpetuarem-se no poder, certo?

Pode ter sido, mas, como você mesmo disse, "cometeram crimes em nome da religião". Explicitamente.
Já Pol Pot, Stalin e Mao cometeram crimes em nome do socialismo ou comunismo. Seu ateísmo foi um detalhe.

Eu sou ateu e sou anti-comunista. Como conciliar isto com o ateísmo dos ditadores comunistas?

Trancado