Botanico escreveu:Sinto muito, Monsieur Fernandô, mas eu não entendi lhufas.
Como tenho dito, ou melhor, os filósofos ateístas têm dito, o ateísmo é um poço de lógica, racionalidade e sabedoria, pois trata-se de uma doutrina cuja proposta é dar fim às tolices e superstições religiosas. Certo? Servindo-se de estatísticas, esses mesmos filósofos proclamam que as pessoas mais inteligentes do mundo são majoritariamente atéias. Então eu esperaria que países governados por líderes ateus se saíssem melhor do que os outros.
Você continua insistindo na idéia de que Mao, Stalin e outros tinham como objetivo a implantação do ateísmo, quando, na verdade, eles se baseavam, vagamente, no socialismo.
O ateísmo foi só uma ferramenta e não necessariamente uma convicção pessoal.
Vou repetir:
Antes da revolução, é preciso despertar o povo, entorpecido pelo conformismo religioso, para que se revolte contra seus opressores. É o que pregam os ideólogos do comunismo ao dizer que "a religião é o ópio do povo".
Depois que a revolução venceu e, supostamente, o povo está no poder, é preciso manter o ateísmo para isolar as pessoas da influência de líderes religiosos e idéias externas, que poderiam competir com os auto-impostos líderes da revolução.
Agora não interessa mais que o povo questione o regime e torna-se necessário entorpecê-lo novamente criando uma religião ideológica. Uma religião onde os dirigentes, como Mao e Stalin, são cultuados como deuses. Seus livros se tornam os novos livros sagrados e grandes manifestações públicas, como desfiles, comícios e paradas militares, em locais decorados com imensos retratos dos "deuses", substituem os cultos nas igrejas. E as crianças são doutrinadas desde pequenas para que se tornem fiéis seguidoras do partido e sua ideologia.
No caso específico de líderes malucos e corruptos como Mao e Stalin, talvez não se possa falar nem mesmo em "defesa do socialismo".
Tentar atacar o ateísmo a partir do que fizeram pessoas assim é se agarrar a detalhes irrelevantes de uma situação bem mais complexa.