Acauan escreveu:Tô muito curioso para saber as bases históricas documentadas nas quais baseia sua afirmação de que a criação e existência do Estado de Israel configura um "roubo de propriedades". Quais as bases legais, diplomáticas, políticas e factuais que provam tal afirmação, tão solidamente fundamentada na propaganda divulgada por um dos lados em conflito.
Primeiramente casos de roubos de terra ocorrem até mesmo nos territórios ocupados que vem sendo não só colonizados, como com a construção do muro tem suas terras sendo anexadas, locais como a Cisjordânia:
http://jc.uol.com.br/radiojornal/2008/0 ... 191912.phpMas não foi a esse tipo de coisa que me referi e sim a terras publicas e aos assentamentos palestinos em terras publicas antes de administração britânica que passaram então a ser propriedade israelense após a tomada do poder pelos sionistas.
Acauan escreveu:E estado binacional da Palestina é tão possível e viável quanto Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Cachinhos Dourados e defensor inteligente desta idéia, não necessariamente nesta ordem.
Diziam o mesmo sobre a criação do estado de Israel, mas a viabilidade já é outra discussão, a paz entre dois estado independente não me parece tão mais viável assim, mas é certamente menos justo.
Falei quanto a justiça, não quanto a viabilidade, sendo que sua opinião pessoal e arrogante sobre o que é ou deixa de ser viável pouco me importa.
Acauan escreveu:UAU!
Chamem a reportagem do Fantástico.
Um festival de ignorância desta magnitude merece ser apresentado em cadeia nacional no domingo a noite.
Cara, o Estado de Israel é tão semi-teocrático, que os judeus ortodoxos se recusam a aceitar sua existência porque este Estado-nação laico e moderno contraria as profecias judaicas de que Eretz Israel (não vou te explicar o que é, procure no Google) deve ser instituído pelo Messias, logo tem Israel moderno como ilegítimo e herético.
Além do que, os sionistas fundadores do Estado de Israel eram em sua esmagadora maioria partidários do laicismo estatal, sendo que os partidos religiosos de Israel, sempre e sempre minoritários no Parlamento, só conquistam alguma influência com coalizões que lhe prometem algumas condescendências irrelevantes, como controlar a qualidade kosher da comida servida nos restaurantes e bobagens do gênero.
E como o Estado de Israel pode ser racista, se tanto judeus quanto árabes são semitas, logo, pertencentes à mesma etnia?
O fato é que Israel foi fundada e é governada por religiosos fanáticos, além de ter parte de seu sistema legal baseado em leis religiosas.
Só não é um estado teocrático por não ser subordinado ao rabinato, por isso mesmo o chamei de semi-teocrático, mas de resto possui todos os elementos fanáticos misturados a sua suposta democracia laica, em um estado onde um judeu nem ao menos pode se casar com alguém que não o seja.
Eu poderia citar outros exemplos, mas basta até aqui.
E claro, os ortodoxos sempre irão reclamar de qualquer coisa que não seja 100% teocrática, então essas reclamações não são argumento.
Quanto ao racismo, ele não é racional e não se limita a genética.
São grupos e povos diferentes, separados pela língua, pela religião e pelo tempo.
Acauan escreveu:
UAU 2!
O festival de ignorância continua.
Para você que não sabe, os árabes, muçulmanos ou não, que tem cidadania israelense tem exatamente os mesmos direitos civis dos judeus, inclusive o de votar, fundar partidos políticos e defender democraticamente suas teses.
Depois, caso não tenha percebido, o argumento que chamou de estúpido, talvez por projeção, falava da incoerência da propaganda anti-israelense que propunha a artificialidade do Estado de Israel sem tocar no ponto inegável de que todos os estados da região são igualmente artificiais.
Meter argentinos e Índios na história é, realmente, coisa para o Fantástico.
Seu domínio do assunto deve ser melhor que sua capacidade a acompanhar a discussão, já que caso não tenha percebido, não refutei seu textos em si, mas sim um trecho dele usado por outro usuário para defender a idéia de que Israel está apenas se defendendo.
Depois, mesmo na forma como o usa, não percebe diferenças básicas entre o estado de Israel e outros, o que já torna falsa a analogia.
Todo estado é de alguma forma artificial, mas cada um tem diferenças pertinentes demais para tentar descaracterizar as citações sobre a criação do estado de Israel no pressuposto de que outros estados são também artificiais e, com isso, obscurecer o ponto fundamental do argumento ao que se referem quando citam a forma como Israel foi criada.
Por fim, se quer conhecer os "direitos" dos palestinos:
http://www.liveleak.com/view?i=1b2_1179298051Acauan escreveu:
O que ninguém noticia é que os árabes só descobriram o Estado-nação na segunda metade do século XX, antes suas lealdades primordiais eram com a religião e a tribo.
E não noticia porque o vulgus não entende estas coisas...
Toda aquela região foi dominada pelos turcos otomanos por séculos e séculos e nenhum árabe nunca chiou porque se o fizesse seus irmãos muçulmanos turcos os passariam pelo fio da cimitarra um por um, pouco se cagando para o que um dia se chamaria de opinião pública.
Inventada a tal da opinião pública, inventou-se um tal de grupo terrorista Hamas que descobriu o óbvio que se meterem foguetes explosivos em Israel e Israel não reagir, ganham militarmente o conflito e se meterem foguetes explosivos em Israel e Israel reagir, ganham a tal da opinião pública internacional, composta em sua quase totalidade de totais idiotas.
Como alguém aqui.
Vamos ver se entendi a lógica.
Já que antes desse período não tinham conceitos de estado-nação, não precisam de um estado nação e podem ter as terras onde vivem sendo decretadas por imigrantes com conhecimento desse conceito, como sendo o estado-nação de Israel.
Realmente genial.
