André escreveu:1-Eu não disse que iria ter de onde tirar 200 bilhões essa suposição é falsa e não se encontra no que escrevi.
É claro que você não escreveu isso. Se tivesse escrito, seria a primeira coisa que você teria apresentado baseado em fatos, até agora só o vejo apresentar sonhos socialistas puramente ideológicos e irreais.
Comece a ler com atenção o que eu escrevo, fui eu quem disse que era necessário um investimento de 200 bilhões de reais ao ano na saúde para que ela melhorasse de maneira razoável, baseado nos dados que apresentei, e que você ignorou pelo visto.
André escreveu:2-O sistema de livre mercado e a alternativa privada deixa quem não pode pagar de fora, já disse que isso ofende meu sentido de respeito a vida humana e nunca vou adotar essa visão. Toda vida humana tem valor, e quero um sistema que busque oferecer circunstancias para que todos possam desenvolver suas capacidades.
Já eu me tornaria um socialista, e até mesmo um comunista, se alguém me provasse que retirar a liberdade e o dinheiro das pessoas para que estes sejam administrados pelo estado é uma coisa boa.
Ainda bem que prefiro pensar e pesquisar ao invés de ter fé em ideologias absurdas. O socialista prefere ignorar a realidade e viver em um mundo encantado onde o governo pode dar tudo sem tirar nada, um olhar eventual para o mundo real deveria ser o suficiente para mostrar o quanto esse conceito está errado, mas infelizmente ele se recusa a enxergar.
André escreveu:Não acho mais realista coisa alguma, mais de 20 milhões de brasileiros sairam da pobreza devido a um programa social que não custa nem 0,5 do PIB do Brasil.
Você está passando uma informação parcialmente incorreta. Foram 20 milhões de brasileiros que subiram das classes E e D de 2003 a 2008 no geral, isso foi proporcionado por diversos fatores, como o bom andamento da economia, não apenas a esmola governamental.
Sem falar que assim que o governo parar de sustentar essas pessoas, elas voltarão para o buraco de onde vieram, e enquanto o governo continuar, elas permanecerão como classes baixas da sociedade com limitadíssimo poder de compra e praticamente sem capacidade para movimentar a economia.
"Vamos sustentar todos os pobres do país e acabar com a miséria!" pensa o socialista, só que qualquer pessoa que esteja na classe D e E, desempregado, vive em condições miseráveis justamente porque encontra dificuldades para trabalhar. Aí, do nada, ele começa a ganhar dinheiro por ser pobre, mais do que ele ganha com o serviço que consegue prestar, na maioria das vezes braçal. É óbvio que ele, caso não pare de trabalhar, vai diminuir seu empenho na busca por serviço, pois considera tanto a busca quanto a execução de seu trabalho extenuante. Não acho que isso seja uma regra, mas certamente é comum. Isso que estou olhando apenas pelo ponto de vista de quem recebe o suposto benefício, e não do resto da sociedade injustiçada que tem que pagar por ele.
André escreveu:3-Tal concorrência é boa e isso é óbvio, pois força o privado a diminuir preços e ter maior qualidade e é exatamente o que acontece na Inglaterra.
A situação do sistema inglês prova justamente que a competição entre público e privado é desigual e causa os efeitos que eu já disse. Apenas o conhecimento mínimo de como funciona um mercado livre deveria deixar isso claro, mas vou mostrar fatos que comprovam.
Enquanto os governos do Reino Unido investem pesadamente no sistema público, o sistema privado cobre apenas 11% dos britânicos com planos de saúde, a maioria através de convênios com empresas. O número de britânicos que procuram o sistema privado tem caído, pois os preços tem aumentado, já que o governo investe cada vez mais no sistema público e cada vez menos no privado, com o sistema público recebendo em torno de 3/4 da verba total para a saúde. Alguns destes investimentos incluem o governo pagar aos convênios da iniciativa privada para que pacientes do sistema público utilizem camas de hospitais e outros serviços. Como é natural neste quadro, o sistema público é muito superior em todos os aspectos ao privado, oferecendo inclusive tratamento a muitas doenças que nenhum plano de saúde particular britânico oferece.
Confira você mesmo.
http://en.wikipedia.org/wiki/Healthcare ... ealth_carehttp://www.nchc.org/documents/UnitedKingdom.pdfEnquanto o governo investe incomparavelmente mais na saúde pública do que na particular com o dinheiro dos impostos, as empresas da área da saúde são obrigadas a aumentar o preço dos seus serviços para competir com um serviço superior e gratuito, sendo que eu já afirmei anteriormente que isso acontece nestas situações.
É ridículo chamar esse tipo de concorrência de boa, as empresas e os empreendedores sempre serão muito prejudicados, como está acontecendo hoje no Reino Unido.
André escreveu:É ruim para o privado que quer lucros astronômicos em cima da doença e dos problemas de saúde da população, como empresas fazem nos EUA. Lá tb negam cobertura a quem já está doente, ou seja se vc tem já uma doença, e é crônica, thau.
As empresas da saúde utilizam grande parte do seu lucro para pesquisas em novos remédios e tratamentos, isso é algo positivo para toda a sociedade e é um dos aspectos positivos do sistema americano. Dizer que "negam cobertura a quem já está doente" é uma afirmação generalizada e incorreta, eu mesmo já critiquei o sistema americano pelos seus problemas atuais.
André escreveu:Isso é uma desconsideração pela vida humana incrível, e ter quem ache isso normal me surpreende.
Não existe desconsideração maior pela vida e pela dignidade humana que cercear a liberdade da sociedade, impedindo que ela apresente meios eficazes para resolver os seus problemas.
O que deveria causar surpresa em qualquer pessoa é alguém se agarrar em uma ideologia irracional e fechar os olhos ao mundo. Os fatos estão diante de você, apresentados de forma didática, esqueça as ideologias por um minuto e pense no que é de fato melhor para a sociedade, a informação e a capacidade pra isso está ao seu alcance.