Res Cogitans escreveu:O "bom" usado no caso do sorvete aparenta mais um juizo de valor estético que um moral.
Então eu já não sei mais o que vc entende por estética. Pq nós achamos um sorvete bom pq ele agrada o nosso corpo. É um juízo completamente interessado.
Res Cogitans escreveu:Considerando que Deus seja um ser cosciente e capaz de interagir com seres morais, ele é um agente moral pois seria responsável por seus atos contra e/ou a favor de determinado ser.
Isto seria uma atribuição de valor a uma ação de um ser. O que seria diferente de afirmar que este valor está na própria natureza da coisa.
Res Cogitans escreveu:E pq a moral torna alguém livre?
Necessariamente não é, pq tb existe uma concepção meramente normativa da moralidade, tal como é pensada por Kant. Mas em outras éticas, como a aristotélica, por exemplo, procurar pelo bem, é corrigir a sua ação para torná-la boa. Estou sem tempo pra explicar agora, mas a idéia é que um sujeito moral é mais capaz do que um imoral pq este está completamente submetido ás suas paixões e não tem o poder de dominá-las. Ao passo que aquele consege criar a possibilidade de agir diferentemente da sua inclinação.
Desculpe a explicação tosca, mas é que preciso sair mesmo.





 ) é proveniente de uma escala abstrata que, nos seus níveis originários (os números naturais), são uma ferramenta de correlação sem precedentes. A revolucionária correlação entre cavalos e as pedras (calculus, no grego) em um saco, semelhantemente ocorrendo também com a contagem dos ciclos solares e lunares, permitiu a escalada humana através da matemática cujos produtos de raciocínio praticamente moldaram nossa moderna civilização. Correlações similares também foram feitas com os deuses, devido à necessidade de atribuir uma causa aos fenômenos tão vitais para os berços da civilização. Mas esta necessidade foi, ao longo do crescimento de nossa relação epistêmica com a natureza, preenchida por correlações mais naturais (no sentido de menos mitológicas) que, ora vejam, possibilitou um crescimento exponencial nas nossas competências de conhecer, prever e manipular o mundo (ciência). A idéia de deus não consegue nada parecido. Ou seja, as bagunças abstratas que hoje fazemos são continuação natural de sua origem de alto grau de correlação com a natureza. O que faz, mesmo das mais altas abstrações criadas, uma fonte prolífica de correlações nos ramos mais insuspeitados, como o caso dos números complexos em relação ao tratamento matemático de muitos eventos físicos. Já a correlação de deus com a natureza teve seu momento em uma época onde não dispúnhamos de nada melhor (chegando ao ponto de sacrificarmos vidas humanas para oferecer seu sangue ao deus Sol, como era o caso dos maias). Ao ser superada, esta correlação manteve-se como necessidades mais sentimentais de apego a uma síndrome do filho sem mãe, que deseja que sua vida seja parte de algo maior que lhe dê motivos para ser o que é. Mas perdeu todo o seu valor heurístico.
 ) é proveniente de uma escala abstrata que, nos seus níveis originários (os números naturais), são uma ferramenta de correlação sem precedentes. A revolucionária correlação entre cavalos e as pedras (calculus, no grego) em um saco, semelhantemente ocorrendo também com a contagem dos ciclos solares e lunares, permitiu a escalada humana através da matemática cujos produtos de raciocínio praticamente moldaram nossa moderna civilização. Correlações similares também foram feitas com os deuses, devido à necessidade de atribuir uma causa aos fenômenos tão vitais para os berços da civilização. Mas esta necessidade foi, ao longo do crescimento de nossa relação epistêmica com a natureza, preenchida por correlações mais naturais (no sentido de menos mitológicas) que, ora vejam, possibilitou um crescimento exponencial nas nossas competências de conhecer, prever e manipular o mundo (ciência). A idéia de deus não consegue nada parecido. Ou seja, as bagunças abstratas que hoje fazemos são continuação natural de sua origem de alto grau de correlação com a natureza. O que faz, mesmo das mais altas abstrações criadas, uma fonte prolífica de correlações nos ramos mais insuspeitados, como o caso dos números complexos em relação ao tratamento matemático de muitos eventos físicos. Já a correlação de deus com a natureza teve seu momento em uma época onde não dispúnhamos de nada melhor (chegando ao ponto de sacrificarmos vidas humanas para oferecer seu sangue ao deus Sol, como era o caso dos maias). Ao ser superada, esta correlação manteve-se como necessidades mais sentimentais de apego a uma síndrome do filho sem mãe, que deseja que sua vida seja parte de algo maior que lhe dê motivos para ser o que é. Mas perdeu todo o seu valor heurístico.




