MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
- joaomichelazzo
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Imagens de satélite mostram o avanço da monocultura da cana em São Paulo e o recuo, lento, da queima de palha
São Paulo, 04 de abril de 2.008 - Imagens de satélite obtidas por meio do projeto Canasat, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam pequena redução da queima de palha de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo e um aumento da área cultivada em 520 mil hectares.
Por meio de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento é mapeada a área cultivada, fornecendo informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar.
Segundo o Inpe, os dados serviram de base para o Protocolo Agroambiental assinado recentemente pela Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar de São Paulo (Unica) e pela Secretaria de Meio Ambiente. O documento estabelece prazos para o fim das queimas nos canaviais em São Paulo e estipula ações de sustentabilidade ambiental.
Os mapas, elaborados pelos técnicos da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe, mostram a redução da área de queima e, ao mesmo tempo, o avanço da mecanização nos canaviais. “Foram menos 108 mil hectares de área queimada, número 5% menor em relação à safra de 2007. Já a área cultivada cresceu 520 mil hectares”, disse Bernardo Rudorff, pesquisador do Inpe.
Foram comparadas as duas últimas safras (2006-2007 e 2007-2008). No total, a colheita sem o uso do fogo ocorreu em 656 mil hectares, significando aumento de 34% para 46% da área total colhida em São Paulo, que foi de 3,79 milhões de hectares. O benefício é sobretudo ambiental.
Evitar a queima da cana significa reduzir a emissão de poluentes. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a redução da área de queima evitou a emissão de 3.900 toneladas de material particulado, equivalente a 28% da emissão de partículas geradas pela combustão de óleo diesel por veículos na região da Grande São Paulo em 2006.
Fundamental para formular políticas públicas na área, as informações espaciais sobre a cana-de-açúcar são usadas para a previsão e estimativa da área cultivada. O próximo desafio do Canasat é utilizar as imagens para aferir a produtividade e mostrar como se dá o avanço da cultura.
“À medida que o projeto evolui, temos cada vez mais dados e podemos agregar outras classes de informações. Logo poderemos saber se o plantio da cana passou a ocupar áreas de outras culturas ou atividades econômicas”, disse Daniel Alves de Aguiar, que desenvolveu o método para a avaliação da área de cana colhida sem queima em seu curso de mestrado no Inpe.
O projeto Canasat utiliza as imagens de sensoriamento remoto para mapear e quantificar a área plantada com a cultura da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo visando a fornecer informações sobre a distribuição espacial da cana para diversos setores que, direta ou indiretamente, estão envolvidos com o agronegócio do setor.
Além de São Paulo, o satélite monitora Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O projeto foi criado em 2003, em parceria entre Inpe, Unica, Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
As informações estão disponíveis na internet por meio de mapas temáticos com a distribuição espacial da cana e da localização de usinas e destilarias.
Mais informações: www.dsr.inpe.br/canasat
Fonte: Agência FAPESP
São Paulo, 04 de abril de 2.008 - Imagens de satélite obtidas por meio do projeto Canasat, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam pequena redução da queima de palha de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo e um aumento da área cultivada em 520 mil hectares.
Por meio de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento é mapeada a área cultivada, fornecendo informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar.
Segundo o Inpe, os dados serviram de base para o Protocolo Agroambiental assinado recentemente pela Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar de São Paulo (Unica) e pela Secretaria de Meio Ambiente. O documento estabelece prazos para o fim das queimas nos canaviais em São Paulo e estipula ações de sustentabilidade ambiental.
Os mapas, elaborados pelos técnicos da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe, mostram a redução da área de queima e, ao mesmo tempo, o avanço da mecanização nos canaviais. “Foram menos 108 mil hectares de área queimada, número 5% menor em relação à safra de 2007. Já a área cultivada cresceu 520 mil hectares”, disse Bernardo Rudorff, pesquisador do Inpe.
Foram comparadas as duas últimas safras (2006-2007 e 2007-2008). No total, a colheita sem o uso do fogo ocorreu em 656 mil hectares, significando aumento de 34% para 46% da área total colhida em São Paulo, que foi de 3,79 milhões de hectares. O benefício é sobretudo ambiental.
Evitar a queima da cana significa reduzir a emissão de poluentes. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a redução da área de queima evitou a emissão de 3.900 toneladas de material particulado, equivalente a 28% da emissão de partículas geradas pela combustão de óleo diesel por veículos na região da Grande São Paulo em 2006.
Fundamental para formular políticas públicas na área, as informações espaciais sobre a cana-de-açúcar são usadas para a previsão e estimativa da área cultivada. O próximo desafio do Canasat é utilizar as imagens para aferir a produtividade e mostrar como se dá o avanço da cultura.
“À medida que o projeto evolui, temos cada vez mais dados e podemos agregar outras classes de informações. Logo poderemos saber se o plantio da cana passou a ocupar áreas de outras culturas ou atividades econômicas”, disse Daniel Alves de Aguiar, que desenvolveu o método para a avaliação da área de cana colhida sem queima em seu curso de mestrado no Inpe.
O projeto Canasat utiliza as imagens de sensoriamento remoto para mapear e quantificar a área plantada com a cultura da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo visando a fornecer informações sobre a distribuição espacial da cana para diversos setores que, direta ou indiretamente, estão envolvidos com o agronegócio do setor.
Além de São Paulo, o satélite monitora Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O projeto foi criado em 2003, em parceria entre Inpe, Unica, Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
As informações estão disponíveis na internet por meio de mapas temáticos com a distribuição espacial da cana e da localização de usinas e destilarias.
Mais informações: www.dsr.inpe.br/canasat
Fonte: Agência FAPESP
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Experiências mal-sucedidas com monocultura, como é o conhecido caso da Aracruz Celulose, já serve de alerta aos produtores do campo brasileiro
Recentemente, a empresa “Brasil Ecodiesel”, de extração de biodiesel a partir da mamona, anunciou que o município de Rosário do Sul (RS), será a nova sede da fábrica. Para isso, a empresa terá ajuda do próprio governo federal no incentivo à plantação exclusiva da mamona. Pequenos agricultores da região, no entanto, indicam a necessidade de um modelo mais participativo, que estimule trabalhos cooperativados e cultivos diversificados.
Para Áureo Scherer, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), todos os tipos de monoculturas são danosas aos camponeses e ao meio ambiente, além de levar os produtores à submissão com relação às multinacionais.
“Porque não dá pra ficar preso e submetido à uma única cultura. Temos vários exemplos, como a questão da monocultura da soja que trouxe uma quebradeira, uma falência generalizada no campo brasileiro, porque o preço da soja está muito abaixo de seu preço de produção. A monocultura da madeira, como a que envolve a Aracruz, na região sul. Por isso nós achamos que esse não é o caminho adequado, não é o mais apropriado para este momento. Além do mais, por estar também controlado por determinadas empresas multinacionais. Temos que construir nossa autonomia, que é isso que estamos construindo na região das Palmeiras das Missões (RS)”.
Segundo Scherer, os pequenos agricultores da região de Palmeira das Missões estão implementando uma refinaria de biodiesel, a partir da extração de vários tipos diferentes de sementes. A proposta é evitar a monocultura da mamona, já que o biodiesel pode ser extraído também do girassol, do pinhão-manso, entre outros.
Fonte: Agência FAPESP
Recentemente, a empresa “Brasil Ecodiesel”, de extração de biodiesel a partir da mamona, anunciou que o município de Rosário do Sul (RS), será a nova sede da fábrica. Para isso, a empresa terá ajuda do próprio governo federal no incentivo à plantação exclusiva da mamona. Pequenos agricultores da região, no entanto, indicam a necessidade de um modelo mais participativo, que estimule trabalhos cooperativados e cultivos diversificados.
Para Áureo Scherer, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), todos os tipos de monoculturas são danosas aos camponeses e ao meio ambiente, além de levar os produtores à submissão com relação às multinacionais.
“Porque não dá pra ficar preso e submetido à uma única cultura. Temos vários exemplos, como a questão da monocultura da soja que trouxe uma quebradeira, uma falência generalizada no campo brasileiro, porque o preço da soja está muito abaixo de seu preço de produção. A monocultura da madeira, como a que envolve a Aracruz, na região sul. Por isso nós achamos que esse não é o caminho adequado, não é o mais apropriado para este momento. Além do mais, por estar também controlado por determinadas empresas multinacionais. Temos que construir nossa autonomia, que é isso que estamos construindo na região das Palmeiras das Missões (RS)”.
Segundo Scherer, os pequenos agricultores da região de Palmeira das Missões estão implementando uma refinaria de biodiesel, a partir da extração de vários tipos diferentes de sementes. A proposta é evitar a monocultura da mamona, já que o biodiesel pode ser extraído também do girassol, do pinhão-manso, entre outros.
Fonte: Agência FAPESP
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
joaomichelazzo escreveu:Experiências mal-sucedidas com monocultura, como é o conhecido caso da Aracruz Celulose, já serve de alerta aos produtores do campo brasileiro
O que é "mal-sucedido" para você?
O Brasil é o maior produtor mundial de celulose, com talvez o dobro do segundo lugar.
A Aracruz teve problemas, sim, mas não com a celulose e sim porque se meteu com especulação financeira.
Quanto à monocultura, a celulose requer uma floresta contínua cobrindo uma vasta área, de modo a que, quando se termina de cortar a madeira no final da floresta, o início já está pronto para começar a ser cortado de novo. Dividir em muitas pequenas florestas espalhadas pelo país resultaria em custos inviáveis de manutenção e transporte.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Apo escreveu:O que eu disse é que não há como afirmar que monoculturas são mais produtivas e desenvolvimentistas do que policuturas e diversificação.
Quando se tem apenas uma opção, é claro que deve-se fazer bem feito!
A vantagem da monocultura (não do país, mas por região do país) é a otimização dos recursos.
Em vez de um monte de pequenas áreas, cada uma produzindo pequenas quantidades de uma coisa e requerendo maquinário, fertilizantes, armazenamento e transporte especiais para cada uma, cada região do país se especializa naquilo que produz mais naquele local e concentra seus recursos no maquinário etc. específico.
Resta determinar qual é, a cada época, a melhor divisão da terra para a produção das várias culturas de que o país necessita. O Brasil, como um todo, não pode plantar apenas soja ou cana, mas é apenas sensato que se reserve a uma cultura uma área grande o bastante para otimizar a produção.
O critério deve ser econômico e não ideológico. Se o país produz tudo aquilo de que necessita e com a eficiência possível, então não importa o tamanho da área reservada a cada cultura.
O MST, entretanto, acha que cada família deve ter o seu ranchinho familiar para nele plantar alguns pés de milho e feijão de forma primitiva e rejeita qualquer cooperativa que ganhe muito dinheiro.
- Fernando Silva
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
"O Globo" 23-01-09
MST contra o Brasil
DOUGLAS FALCÃO e RENATO PACCA
Recentes reportagens noticiam a mobilização de movimentos sociais brasileiros, patrocinada pelo Paraguai, que busca apoio para as mudanças propostas pelo presidente Fernando Lugo em relação ao contrato da hidrelétrica de Itaipu.
Emissários do governo paraguaio vêm mantendo contato com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Confederação Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros movimentos ligados ou simpáticos à chamada Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), criada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a fim de pressionar o governo brasileiro a aumentar o valor pago pela energia de Itaipu e reavaliar a dívida referente à obra da hidrelétrica, de modo que o Paraguai, na prática, deixe de honrar com sua parte.
O eterno líder do MST, João Pedro Stédile, já vestiu uma improvável fantasia de embaixador informal do Paraguai no Brasil e confirmou a distribuição, entre a “militância”, de “documentos e argumentos do povo do Paraguai”. Se preciso for, fará “manifestações de solidariedade ao povo do Paraguai”. Um dos negociadores paraguaios confirmou a estratégia “de guerrilha” . A campanha também está sendo levada a universidades e ao Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil.
O viés ideológico é claro. Os governos “bolivarianos” fazem uso de sua principal tática: esvaziar as instituições democráticas dos países latino-americanos, apelando para grupos que se movimentam fora das instâncias formais, como o MST, desde que sob controle dos “líderes bolivarianos”. Tudo sob o argumento de que governo e “vontade do povo” se exercem sempre por meio de assembleias.
O tabuleiro da diplomacia entre governos é relegado a segundo plano e um obscuro jogo passa a ser travado com base em velhos conceitos de informação e contrainformação, que devem povoar o imaginário das viúvas saudosas do falido regime soviético.
O MST e outros movimentos supostamente defensores de ideais “sociais”, negando de antemão os direitos do Brasil sobre Itaipu, cuja construção foi integralmente paga pelo contribuinte brasileiro, mobilizam-se pela duvidosa demanda paraguaia.
Mostram-se subservientes ao interesse estrangeiro e buscam conquistar nossa opinião pública por meio do assembleísmo de massas, uma das maiores ameaças à democracia. Nele, o indivíduo perde sua condição de cidadão, titular de um voto, e passa a integrar um rebanho que aguarda o sinal de seu líder.
De se notar que o assembleísmo tem vida curta. Após a tomada do poder pelos “valorosos” bolivarianos, como se deu na Venezuela, na Bolívia e no Equador, a liberdade de expressão e os direitos individuais são rapidamente cerceados ou suprimidos, sob o argumento de que a “revolução” não pode ser ameaçada por quem defenda “ideias discrepantes”, tudo sob o manto do governo “eleito”.
É a nova roupagem das ditaduras na América Latina do século XXI.
E o Brasil? O que faz para enfrentar a situação de Itaipu? Por determinação do Palácio do Planalto, a tão criticada Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entrou em cena e deverá monitorar os passos do MST e o governo do presidente paraguaio Fernando Lugo, enquanto o Itamaraty mostra-se tímido.
Na prática, o governo joga essencialmente o mesmo jogo obscuro, inclusive levando funcionários de Itaipu a reuniões com movimentos sociais.
Assim, a reação diplomática oficial fica relegada a segundo plano e o governo brasileiro limita-se a disputar o apoio “popular” dos nossos sem-terra com o governo paraguaio. O parlamento brasileiro, tão desgastado, sequer é ouvido e a democracia representativa, garantidora da defesa dos direitos individuais, mais uma vez aparece soterrada por uma dúzia de líderes de “movimentos sociais” .
O governo brasileiro, mais uma vez, confere ao MST um status indevido, ao dar satisfação de sua política externa soberana a um movimento “social” que, não satisfeito em sequer possuir registro formal e reiteradamente optar pelo caminho da ilegalidade ao violar direitos de cidadãos e descumprir decisões de tribunais brasileiros, ainda resolveu patrocinar os interesses do sr.Fernando Lugo — tão legítimos quanto o uísque paraguaio —, contra o Brasil e, por consequência, contra o contribuinte brasileiro, que periga pagar duas vezes pela obra da hidrelétrica. A ressaca promete ser dolorosa e duradoura.
DOUGLAS FALCÃO e RENATO PACCA são advogados.
Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
REVISTA VEJA, edição 2097, 28 de janeiro de 2009
Brasil
O MANUAL DA GUERRILHA
Como roubar, fraudar cadastros do governo e até fabricar bombas e trincheiras – está tudo na cartilha secreta do MST apreendida pela polícia
Otávio Cabral
A fazenda Estância do Céu era uma típica propriedade dos pampas gaúchos. Localizada em São Gabriel, a 320 quilômetros de Porto Alegre, seus 5 000 hectares eram ocupados por 10 000 bois e 6 000 carneiros que pastavam entre plantações de arroz e soja. O cenário, de tão bucólico, parecia um cartão-postal. Tudo mudou na fria e ensolarada manhã do dia 14 de abril passado. Por volta das 7 horas, 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, invadiram a propriedade aos gritos. "Nós ganhamos. Ganhamos dos porcos. A fazenda é nossa." Armados com foices, facões, estilingues, bombas, rojões, lanças, machados, paus e escudos, os sem-terra transformaram a Estância do Céu em um inferno. Alimentos e produtos agrícolas foram saqueados. As telhas da sede da fazenda foram roubadas. Os sem-terra picharam paredes, arrancaram portas e janelas e espalharam fezes pelo chão. Bombas caseiras foram escondidas em trincheiras. Animais de estimação, abatidos a golpes de lança, foram jogados em poços de água potável. Quatro dias depois, quando a polícia finalmente conseguiu retirar os sem-terra da fazenda, só sobravam ruínas.
A barbárie, embora não seja exatamente uma novidade na trajetória do MST, é um retrato muito atual do movimento, que festejou seu aniversário de 25 anos na semana passada. Suas ações recentes, repletas de explosão e fúria, já deixaram evidente que a organização não é mais o agrupamento romântico que invadia fazendas apenas para pressionar governos a repartir a terra. Agora, documentos internos do MST, apreendidos por autoridades gaúchas nos últimos seis anos e obtidos por VEJA, afastam definitivamente a hipótese de a selvageria ser obra apenas daquele tipo de catarse que, às vezes, animaliza as turbas. O modo de agir do MST, muito parecido com o de grupos terroristas, é uma estratégia. A papelada – cadernos, agendas e textos esparsos que somam mais de 400 páginas – é uma mistura de diário e manual da guerrilha. Parece até uma versão rural, porém rudimentar, do texto O Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito por Carlos Marighella e bússola para os grupos que combateram o regime militar (1964-1985). Os documentos explicam por que as ações criminosas do movimento seguem sempre um mesmo padrão.
O registro mais revelador sobre a face guerrilheira do MST é formado por quatro cadernos apreendidos pela polícia com os invasores da Estância do Céu em maio passado. As 69 páginas, todas manuscritas, revelam uma rotina militarizada – e bandida. "Muita arma no acampamento", escreveu Adriana Cavalheiro, gaúcha de cerca de 40 anos, uma das líderes da invasão, ligada aos dirigentes do MST Mozart Dietrich e Edson Borba. Em outro trecho, em forma de manual, o texto orienta os militantes sobre como agir diante da chegada da polícia. "Mais pedra, ferros nas trincheiras (...) Zinco como escudo (...) Bombas tem um pessoal que é preparado. Manter a linha, o controle de horas e 800 ml", anotou a militante, descrevendo a fórmula das bombas artesanais, produzidas com garrafas de plástico e líquido inflamável. O manual orienta os militantes a consumir o que é roubado para evitar a prisão em flagrante. Também dá instruções (veja trechos) sobre como fraudar o cadastro do governo para receber dinheiro público. Há até dicas sobre políticos que devem ser acionados em caso de emergência. Basta chamar o deputado federal Adão Pretto e o ex-deputado estadual Frei Sérgio. Ganha um barraco de lona preta quem souber o partido da dupla.
Em seus capítulos não contemplados pelo Código Penal, o manual expõe uma organização claramente assentada sobre um tripé leninista, com doutrinação política, centralismo duro e vida clandestina. Além de teorias esquerdistas, repletas de homenagens a Che Guevara e Zumbi dos Palmares, há relatos de espionagem e tribunais de disciplina. Uma militante, que precisou de "licença" de um mês para fazer uma cirurgia, só foi autorizada a realizar o tratamento com a condição de que ele fosse feito num único dia. Brigas, investigações internas e punições também explicitam o rígido e desumano controle exercido sobre suas fileiras. "Assim como nas favelas controladas pelo narcotráfico, o MST atua como polícia e juiz ao impor e fiscalizar seu código de conduta", afirma o filósofo Denis Rosenfield. Exagero? Talvez não. Dos 800 invasores que depredaram a fazenda Estância do Céu, por exemplo, 673 já foram identificados. Nada menos que 168 tinham passagem pela polícia. Havia antecedentes de furto, roubo e até estupro. "O MST é formado por alguns desvalidos, vários aproveitadores e muitos bandidos", diz o promotor Gilberto Thums, do Ministério Público gaúcho. "Eles usam táticas de guerrilha rural para tomar territórios escolhidos pelos líderes."
Embora raramente sejam expostos à luz, manuais de guerrilha são lidos como best-sellers nos acampamentos. Também no Rio Grande do Sul, berço e laboratório do MST, a polícia apreendeu três documentos que registram o lastro teórico de sua configuração de guerra. O mais recente, apreendido em julho passado, orienta os militantes a "se engajar na derrubada de inimigos estratégicos". Os inimigos, claro, não se resumem aos gatinhos das fazendas ocupadas pelo MST. O objetivo é a "derrota da burguesia", o "controle do estado" e a "implantação do socialismo". O documento lista exemplos de como "interromper as comunicações do inimigo" e "incendiar as proximidades para tornar o ambiente irrespirável". Pode não ser obra do acaso. Há dois anos, um membro das Farc foi descoberto pela polícia em meio aos sem-terra gaúchos. A combinação entre teoria e prática deixa poucas dúvidas sobre os propósitos do MST. O movimento, que seduziu a intelectualidade nos anos 80 e caiu nas graças do povão na década seguinte, está marchando para a guerrilha rural. Diz o filósofo Roberto Romano: "O MST está se filiando à tradição leninista de tomada violenta do poder por meio de uma organização centralizada e autoritária".
A estratégia da guerrilha é um sucesso recente nos pampas graças a sua eficácia. As invasões e os acampamentos têm funcionado em muitos casos. Em novembro passado, após cinco anos de guerra com o MST, o fazendeiro Alfredo Southall resolveu vender a Estância do Céu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Cansei da batalha. Joguei a toalha", desabafa. Suas terras serão transformadas em um assentamento para 600 famílias. O fazendeiro gaúcho Paulo Guerra teve sua fazenda invadida seis vezes desde 2004. Os invasores destruíram uma usina hidrelétrica e 300 quilômetros de cercas. Também queimaram dois caminhões, dois tratores e onze casas, além de abaterem 300 bois. "Minha família se dedica à fazenda há 100 anos. Podemos perder tudo, mas não vamos entregar nosso patrimônio ao MST", diz. Nos últimos dois anos, mais de 600 processos já foram abertos contra militantes do movimento. Uma ação judicial pede que o MST seja colocado na ilegalidade. Enquanto ela não é julgada, porém, os promotores têm conseguido impedir seus integrantes de circular em algumas regiões. "Não se trata de remover acampamentos. A intenção é desmontar bases usadas para cometer reiterados atos criminosos", justifica o promotor Luis Felipe Tesheiner.
O MST passa atualmente por uma curiosa transmutação política. Desde a chegada ao poder de Lula e do PT, aliados históricos do movimento, a sigla abrandou os ataques ao governo federal. A trégua, que beneficia a ambos, permitiu que os sem-terra apadrinhassem vinte dos trinta superintendentes regionais do Incra. É um comportamento muito diferente de quando o MST liderou as manifestações "Fora, FHC" e invadiu a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002. O terrorismo agora é praticado preferencialmente no quintal de governadores de oposição a Lula, como a gaúcha Yeda Crusius e o paulista José Serra. A reputação do MST acompanha sua guinada violenta. Dez anos atrás, a maioria dos brasileiros simpatizava com a sigla. Agora, a selvageria, aliada à extraordinária mobilidade que levou 14 milhões de pessoas a ascender socialmente nos últimos anos, mudou a imagem do movimento. Pesquisa do Ibope realizada no ano passado mostra que metade dos entrevistados é contra os sem-terra. O MST, hoje, é visto como sinônimo de violência. "As pessoas descobriram que é possível melhorar de vida sem que para isso seja necessário fazer uma revolução", diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Às vezes é preciso tempo para enxergar o óbvio.

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O MANUAL DA GUERRILHA
Como roubar, fraudar cadastros do governo e até fabricar bombas e trincheiras – está tudo na cartilha secreta do MST apreendida pela polícia
Otávio Cabral
Beto Figueirôa/JC Imagem/AE
LAÇOS DE SANGUE A invasão de uma fazenda pelo MST (acima) e a marcha de soldados das Farc: guerrilheiros colombianos estão entre os sem-terra

Scott Dalton/AP

LAÇOS DE SANGUE A invasão de uma fazenda pelo MST (acima) e a marcha de soldados das Farc: guerrilheiros colombianos estão entre os sem-terra

Scott Dalton/AP
A fazenda Estância do Céu era uma típica propriedade dos pampas gaúchos. Localizada em São Gabriel, a 320 quilômetros de Porto Alegre, seus 5 000 hectares eram ocupados por 10 000 bois e 6 000 carneiros que pastavam entre plantações de arroz e soja. O cenário, de tão bucólico, parecia um cartão-postal. Tudo mudou na fria e ensolarada manhã do dia 14 de abril passado. Por volta das 7 horas, 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, invadiram a propriedade aos gritos. "Nós ganhamos. Ganhamos dos porcos. A fazenda é nossa." Armados com foices, facões, estilingues, bombas, rojões, lanças, machados, paus e escudos, os sem-terra transformaram a Estância do Céu em um inferno. Alimentos e produtos agrícolas foram saqueados. As telhas da sede da fazenda foram roubadas. Os sem-terra picharam paredes, arrancaram portas e janelas e espalharam fezes pelo chão. Bombas caseiras foram escondidas em trincheiras. Animais de estimação, abatidos a golpes de lança, foram jogados em poços de água potável. Quatro dias depois, quando a polícia finalmente conseguiu retirar os sem-terra da fazenda, só sobravam ruínas.
A barbárie, embora não seja exatamente uma novidade na trajetória do MST, é um retrato muito atual do movimento, que festejou seu aniversário de 25 anos na semana passada. Suas ações recentes, repletas de explosão e fúria, já deixaram evidente que a organização não é mais o agrupamento romântico que invadia fazendas apenas para pressionar governos a repartir a terra. Agora, documentos internos do MST, apreendidos por autoridades gaúchas nos últimos seis anos e obtidos por VEJA, afastam definitivamente a hipótese de a selvageria ser obra apenas daquele tipo de catarse que, às vezes, animaliza as turbas. O modo de agir do MST, muito parecido com o de grupos terroristas, é uma estratégia. A papelada – cadernos, agendas e textos esparsos que somam mais de 400 páginas – é uma mistura de diário e manual da guerrilha. Parece até uma versão rural, porém rudimentar, do texto O Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito por Carlos Marighella e bússola para os grupos que combateram o regime militar (1964-1985). Os documentos explicam por que as ações criminosas do movimento seguem sempre um mesmo padrão.
O registro mais revelador sobre a face guerrilheira do MST é formado por quatro cadernos apreendidos pela polícia com os invasores da Estância do Céu em maio passado. As 69 páginas, todas manuscritas, revelam uma rotina militarizada – e bandida. "Muita arma no acampamento", escreveu Adriana Cavalheiro, gaúcha de cerca de 40 anos, uma das líderes da invasão, ligada aos dirigentes do MST Mozart Dietrich e Edson Borba. Em outro trecho, em forma de manual, o texto orienta os militantes sobre como agir diante da chegada da polícia. "Mais pedra, ferros nas trincheiras (...) Zinco como escudo (...) Bombas tem um pessoal que é preparado. Manter a linha, o controle de horas e 800 ml", anotou a militante, descrevendo a fórmula das bombas artesanais, produzidas com garrafas de plástico e líquido inflamável. O manual orienta os militantes a consumir o que é roubado para evitar a prisão em flagrante. Também dá instruções (veja trechos) sobre como fraudar o cadastro do governo para receber dinheiro público. Há até dicas sobre políticos que devem ser acionados em caso de emergência. Basta chamar o deputado federal Adão Pretto e o ex-deputado estadual Frei Sérgio. Ganha um barraco de lona preta quem souber o partido da dupla.
Em seus capítulos não contemplados pelo Código Penal, o manual expõe uma organização claramente assentada sobre um tripé leninista, com doutrinação política, centralismo duro e vida clandestina. Além de teorias esquerdistas, repletas de homenagens a Che Guevara e Zumbi dos Palmares, há relatos de espionagem e tribunais de disciplina. Uma militante, que precisou de "licença" de um mês para fazer uma cirurgia, só foi autorizada a realizar o tratamento com a condição de que ele fosse feito num único dia. Brigas, investigações internas e punições também explicitam o rígido e desumano controle exercido sobre suas fileiras. "Assim como nas favelas controladas pelo narcotráfico, o MST atua como polícia e juiz ao impor e fiscalizar seu código de conduta", afirma o filósofo Denis Rosenfield. Exagero? Talvez não. Dos 800 invasores que depredaram a fazenda Estância do Céu, por exemplo, 673 já foram identificados. Nada menos que 168 tinham passagem pela polícia. Havia antecedentes de furto, roubo e até estupro. "O MST é formado por alguns desvalidos, vários aproveitadores e muitos bandidos", diz o promotor Gilberto Thums, do Ministério Público gaúcho. "Eles usam táticas de guerrilha rural para tomar territórios escolhidos pelos líderes."
Embora raramente sejam expostos à luz, manuais de guerrilha são lidos como best-sellers nos acampamentos. Também no Rio Grande do Sul, berço e laboratório do MST, a polícia apreendeu três documentos que registram o lastro teórico de sua configuração de guerra. O mais recente, apreendido em julho passado, orienta os militantes a "se engajar na derrubada de inimigos estratégicos". Os inimigos, claro, não se resumem aos gatinhos das fazendas ocupadas pelo MST. O objetivo é a "derrota da burguesia", o "controle do estado" e a "implantação do socialismo". O documento lista exemplos de como "interromper as comunicações do inimigo" e "incendiar as proximidades para tornar o ambiente irrespirável". Pode não ser obra do acaso. Há dois anos, um membro das Farc foi descoberto pela polícia em meio aos sem-terra gaúchos. A combinação entre teoria e prática deixa poucas dúvidas sobre os propósitos do MST. O movimento, que seduziu a intelectualidade nos anos 80 e caiu nas graças do povão na década seguinte, está marchando para a guerrilha rural. Diz o filósofo Roberto Romano: "O MST está se filiando à tradição leninista de tomada violenta do poder por meio de uma organização centralizada e autoritária".
Fotos Antonio Scorza/AFP e Dida Sampaio/AE
O CHEFÃO E O PRESIDENTE O comandante-em-chefe do MST, João Pedro Stedile, e o presidente Lula com um boné do movimento: simpatia recíproca, alianças, muitos cargos no Incra para os sem-terra e trégua nos ataques ao governo.

O CHEFÃO E O PRESIDENTE O comandante-em-chefe do MST, João Pedro Stedile, e o presidente Lula com um boné do movimento: simpatia recíproca, alianças, muitos cargos no Incra para os sem-terra e trégua nos ataques ao governo.
A estratégia da guerrilha é um sucesso recente nos pampas graças a sua eficácia. As invasões e os acampamentos têm funcionado em muitos casos. Em novembro passado, após cinco anos de guerra com o MST, o fazendeiro Alfredo Southall resolveu vender a Estância do Céu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Cansei da batalha. Joguei a toalha", desabafa. Suas terras serão transformadas em um assentamento para 600 famílias. O fazendeiro gaúcho Paulo Guerra teve sua fazenda invadida seis vezes desde 2004. Os invasores destruíram uma usina hidrelétrica e 300 quilômetros de cercas. Também queimaram dois caminhões, dois tratores e onze casas, além de abaterem 300 bois. "Minha família se dedica à fazenda há 100 anos. Podemos perder tudo, mas não vamos entregar nosso patrimônio ao MST", diz. Nos últimos dois anos, mais de 600 processos já foram abertos contra militantes do movimento. Uma ação judicial pede que o MST seja colocado na ilegalidade. Enquanto ela não é julgada, porém, os promotores têm conseguido impedir seus integrantes de circular em algumas regiões. "Não se trata de remover acampamentos. A intenção é desmontar bases usadas para cometer reiterados atos criminosos", justifica o promotor Luis Felipe Tesheiner.
O MST passa atualmente por uma curiosa transmutação política. Desde a chegada ao poder de Lula e do PT, aliados históricos do movimento, a sigla abrandou os ataques ao governo federal. A trégua, que beneficia a ambos, permitiu que os sem-terra apadrinhassem vinte dos trinta superintendentes regionais do Incra. É um comportamento muito diferente de quando o MST liderou as manifestações "Fora, FHC" e invadiu a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002. O terrorismo agora é praticado preferencialmente no quintal de governadores de oposição a Lula, como a gaúcha Yeda Crusius e o paulista José Serra. A reputação do MST acompanha sua guinada violenta. Dez anos atrás, a maioria dos brasileiros simpatizava com a sigla. Agora, a selvageria, aliada à extraordinária mobilidade que levou 14 milhões de pessoas a ascender socialmente nos últimos anos, mudou a imagem do movimento. Pesquisa do Ibope realizada no ano passado mostra que metade dos entrevistados é contra os sem-terra. O MST, hoje, é visto como sinônimo de violência. "As pessoas descobriram que é possível melhorar de vida sem que para isso seja necessário fazer uma revolução", diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Às vezes é preciso tempo para enxergar o óbvio.

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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:REVISTA VEJA, edição 2097, 28 de janeiro de 2009
O MST, hoje, é visto como sinônimo de violência. "As pessoas descobriram que é possível melhorar de vida sem que para isso seja necessário fazer uma revolução", diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Às vezes é preciso tempo para enxergar o óbvio.
Só que a proposta do MST não é melhorar de vida dentro do sistema capitalista e sim destruir o sistema capitalista para melhorar de vida - ou melhor, para viver a vida do jeito que sua ideologia diz que ela deve ser vivida.
Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Fernando Silva escreveu:O MST, entretanto, acha que cada família deve ter o seu ranchinho familiar para nele plantar alguns pés de milho e feijão de forma primitiva e rejeita qualquer cooperativa que ganhe muito dinheiro.
Este é o discurso que o MST usa para cooptar os trouxas, que é exatamente o mesmo que os bolcheviques usaram em 1917 para conquistar o apoio dos camponeses russos.
Quando chegaram ao poder, empurraram goela abaixo dos caipiras idiotas as tais fazendas comunais, comandadas por comissários políticos do partido que não sabiam a diferença entre uma beterraba e um cavalo.
Resultado, fome epidêmica e fuzilamento sumário de quem ousasse reclamar.
Se estes bandidos chegarem perto do poder, vai acontecer tudo de novo.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:Fernando Silva escreveu:O MST, entretanto, acha que cada família deve ter o seu ranchinho familiar para nele plantar alguns pés de milho e feijão de forma primitiva e rejeita qualquer cooperativa que ganhe muito dinheiro.
Este é o discurso que o MST usa para cooptar os trouxas, que é exatamente o mesmo que os bolcheviques usaram em 1917 para conquistar o apoio dos camponeses russos.
Quando chegaram ao poder, empurraram goela abaixo dos caipiras idiotas as tais fazendas comunais, comandadas por comissários políticos do partido que não sabiam a diferença entre uma beterraba e um cavalo.
Resultado, fome epidêmica e fuzilamento sumário de quem ousasse reclamar.
Se estes bandidos chegarem perto do poder, vai acontecer tudo de novo.
Exemplo de que reforma agrária bem feita, coordenada e apoiada de forma correta dá certo:
http://www.jornalacidade.com.br/noticia ... eirao.html
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
joaomichelazzo escreveu:Exemplo de que reforma agrária bem feita, coordenada e apoiada de forma correta dá certo:
http://www.jornalacidade.com.br/noticia ... eirao.html
Continua a pergunta: é possível alimentar 180 milhões de brasileiros se toda a terra for cultivada desta maneira?
Ou assenta-se o que for possível e o resto morre de fome?
Você acha que "agricultura orgânica" é produtiva o bastante? Você acha que sem pesquisa agrícola nós temos algum futuro?
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Fernando Silva escreveu:joaomichelazzo escreveu:Exemplo de que reforma agrária bem feita, coordenada e apoiada de forma correta dá certo:
http://www.jornalacidade.com.br/noticia ... eirao.html
Continua a pergunta: é possível alimentar 180 milhões de brasileiros se toda a terra for cultivada desta maneira?
Ou assenta-se o que for possível e o resto morre de fome?
Você acha que "agricultura orgânica" é produtiva o bastante? Você acha que sem pesquisa agrícola nós temos algum futuro?
Não. Não é possivel. Da mesma meneira que não será possível empregar 180 milhoes em alguma industria monoculturista ou em qualquer outra indústria de qualquer ramo.
Pelo que li na reportagem a agicultura organica está sendo muito produtiva às familias que se benficiam dela.
Daí pra frente é mais facil organizar estes agricultores em grupos cooperados de maneira que possam fazer frente à grandes industrias agricolas, futuramente bancando até pesquisas agricolas relacionadas ao que produzem.
Parece um ideal utópico, mas basta um primeiro passo ao rumo certo e boa vontade do Estado em forncer recursos para que esses agricultores se desenvolvam.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Barbaridade. Bota tudo na cadeia ( no Paraguai, que eu não mereço sustentar criminoso a pão-de-ló) e manda o Lula prá ser faxineiro do Hugo.

Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
A experiência histórica quanto à reforma agrária fornece dois exemplos emblemáticos, Coréia do Sul e México.
Com a derrota do Japão na Segunda Guerra, a Coréia do Sul passou à jurisdição da administração militar americana, que implantou um conjunto de reestruturações visando modernizar o país e viabilizá-lo como nação independente, após longo período de dominação estrangeira.
Uma das medidas de reestruturação foi um amplo programa de reforma agrária, que redistribuiu a propriedade das terras controladas pelos japoneses e desapropriou a antiga aristocracia rural coreana, considerada inepta pelos americanos para responder às necessidades do país em reconstrução.
O resultado da reforma agrária foi um tremendo sucesso, que junto com os programas de educação de massa e, claro, amplo aporte de recursos dos Estados Unidos, transformaram a Coréia do Sul no Tigre Asiática que humilhou seu paradigma comunista ao norte.
Já o México entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX foi território fértil para revoluções que se propunham a derrubar as oligarquias e instituir uma nova ordem social que reduzisse as desigualdades e promovesse uma distribuição mais justa das riquezas.
Uma das ferramentas recorrentes destas revoluções era, obviamente, a reforma agrária, instituída e reinstituída mais de uma vez conforme se sucediam os governos revolucionários – que depois se tornaram revolucionários institucionais, um paradoxo tipicamente mexicano.
Resultado: Só deu merda.
Tudo que as sucessivas reformas agrárias mexicanas conseguiram fazer foi produzir êxodos rurais que tornaram a Cidade do México um depósito de miseráveis amontoados em uma rede de favelas que passaram a concentrar parcela significativa da população do país.
É interessante que propagandistas da reforma agrária nunca citem o caso coreano, absolutamente bem sucedido, por conta deste ser fruto da ação de seus arqui-inimigos ideológicos, os Estados Unidos da América.
Também evitam citar o case mexicano, totalmente afins com o discurso dos apologistas da reforma, mas um indisfarçável fracasso em todos os níveis.
O problema é que a quase totalidade dos militantes radicais pela reforma agrária na América Latina, como o MST no Brasil, não estão interessados nem no modelo coreano e nem no mexicano. Nem no sucesso pragmático de um e nem na inspiração ideológica do outro.
Tanto o MST brasileiro quanto seus similares paraguaios ou qualquer outra organização do mesmo formato na Bolívia, Venezuela ou Equador não querem a reforma agrária, seja de que modelo for, pelo simples fato de reforma agrária significar reforma na distribuição da propriedade da terra.
O que estes vigaristas querem é a abolição da propriedade da terra, conforme suas cartilhas marxistas-leninistas pública e explicitamente declaram.
Se a experiência mexicana, guiada por ideologias românticas de justiça social e blá-blá-blá do gênero foi um fiasco, mesmo assim foi infinitamente melhor sucedida do que as tentativas comunistas de imposição de fazendas estatais de administração comunal, que além de negar aos chamados camponeses qualquer poder sobre as políticas agrárias – totalmente decididas por burocratas do partido que nunca viram uma vaca ao vivo-, suprimiram violentamente toda ordem tradicional do campo, que por gerações garantiu o apego do homem à terra e motivou-o a produzir dentro da rígida disciplina que este tipo de trabalho exige.
Resultado, a única motivação para produzir disciplinadamente passou a ser a coerção pela força bruta, que os comunistas não se furtaram de prover, promovendo entusiasmadamente o massacre de dezenas de milhões, pela fome, execuções sumárias e deportações em massa.
Quem quiser se arriscar com o MST, não será por falta de avisos da História.
Com a derrota do Japão na Segunda Guerra, a Coréia do Sul passou à jurisdição da administração militar americana, que implantou um conjunto de reestruturações visando modernizar o país e viabilizá-lo como nação independente, após longo período de dominação estrangeira.
Uma das medidas de reestruturação foi um amplo programa de reforma agrária, que redistribuiu a propriedade das terras controladas pelos japoneses e desapropriou a antiga aristocracia rural coreana, considerada inepta pelos americanos para responder às necessidades do país em reconstrução.
O resultado da reforma agrária foi um tremendo sucesso, que junto com os programas de educação de massa e, claro, amplo aporte de recursos dos Estados Unidos, transformaram a Coréia do Sul no Tigre Asiática que humilhou seu paradigma comunista ao norte.
Já o México entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX foi território fértil para revoluções que se propunham a derrubar as oligarquias e instituir uma nova ordem social que reduzisse as desigualdades e promovesse uma distribuição mais justa das riquezas.
Uma das ferramentas recorrentes destas revoluções era, obviamente, a reforma agrária, instituída e reinstituída mais de uma vez conforme se sucediam os governos revolucionários – que depois se tornaram revolucionários institucionais, um paradoxo tipicamente mexicano.
Resultado: Só deu merda.
Tudo que as sucessivas reformas agrárias mexicanas conseguiram fazer foi produzir êxodos rurais que tornaram a Cidade do México um depósito de miseráveis amontoados em uma rede de favelas que passaram a concentrar parcela significativa da população do país.
É interessante que propagandistas da reforma agrária nunca citem o caso coreano, absolutamente bem sucedido, por conta deste ser fruto da ação de seus arqui-inimigos ideológicos, os Estados Unidos da América.
Também evitam citar o case mexicano, totalmente afins com o discurso dos apologistas da reforma, mas um indisfarçável fracasso em todos os níveis.
O problema é que a quase totalidade dos militantes radicais pela reforma agrária na América Latina, como o MST no Brasil, não estão interessados nem no modelo coreano e nem no mexicano. Nem no sucesso pragmático de um e nem na inspiração ideológica do outro.
Tanto o MST brasileiro quanto seus similares paraguaios ou qualquer outra organização do mesmo formato na Bolívia, Venezuela ou Equador não querem a reforma agrária, seja de que modelo for, pelo simples fato de reforma agrária significar reforma na distribuição da propriedade da terra.
O que estes vigaristas querem é a abolição da propriedade da terra, conforme suas cartilhas marxistas-leninistas pública e explicitamente declaram.
Se a experiência mexicana, guiada por ideologias românticas de justiça social e blá-blá-blá do gênero foi um fiasco, mesmo assim foi infinitamente melhor sucedida do que as tentativas comunistas de imposição de fazendas estatais de administração comunal, que além de negar aos chamados camponeses qualquer poder sobre as políticas agrárias – totalmente decididas por burocratas do partido que nunca viram uma vaca ao vivo-, suprimiram violentamente toda ordem tradicional do campo, que por gerações garantiu o apego do homem à terra e motivou-o a produzir dentro da rígida disciplina que este tipo de trabalho exige.
Resultado, a única motivação para produzir disciplinadamente passou a ser a coerção pela força bruta, que os comunistas não se furtaram de prover, promovendo entusiasmadamente o massacre de dezenas de milhões, pela fome, execuções sumárias e deportações em massa.
Quem quiser se arriscar com o MST, não será por falta de avisos da História.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:
Resultado: Só deu merda.
Errado.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:A experiência histórica quanto à reforma agrária fornece dois exemplos emblemáticos, Coréia do Sul e México.
Com a derrota do Japão na Segunda Guerra, a Coréia do Sul passou à jurisdição da administração militar americana, que implantou um conjunto de reestruturações visando modernizar o país e viabilizá-lo como nação independente, após longo período de dominação estrangeira.
Uma das medidas de reestruturação foi um amplo programa de reforma agrária, que redistribuiu a propriedade das terras controladas pelos japoneses e desapropriou a antiga aristocracia rural coreana, considerada inepta pelos americanos para responder às necessidades do país em reconstrução.
O resultado da reforma agrária foi um tremendo sucesso, que junto com os programas de educação de massa e, claro, amplo aporte de recursos dos Estados Unidos, transformaram a Coréia do Sul no Tigre Asiática que humilhou seu paradigma comunista ao norte.
Já o México entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX foi território fértil para revoluções que se propunham a derrubar as oligarquias e instituir uma nova ordem social que reduzisse as desigualdades e promovesse uma distribuição mais justa das riquezas.
Uma das ferramentas recorrentes destas revoluções era, obviamente, a reforma agrária, instituída e reinstituída mais de uma vez conforme se sucediam os governos revolucionários – que depois se tornaram revolucionários institucionais, um paradoxo tipicamente mexicano.
Resultado: Só deu merda.
Tudo que as sucessivas reformas agrárias mexicanas conseguiram fazer foi produzir êxodos rurais que tornaram a Cidade do México um depósito de miseráveis amontoados em uma rede de favelas que passaram a concentrar parcela significativa da população do país.
É interessante que propagandistas da reforma agrária nunca citem o caso coreano, absolutamente bem sucedido, por conta deste ser fruto da ação de seus arqui-inimigos ideológicos, os Estados Unidos da América.
Também evitam citar o case mexicano, totalmente afins com o discurso dos apologistas da reforma, mas um indisfarçável fracasso em todos os níveis.
O problema é que a quase totalidade dos militantes radicais pela reforma agrária na América Latina, como o MST no Brasil, não estão interessados nem no modelo coreano e nem no mexicano. Nem no sucesso pragmático de um e nem na inspiração ideológica do outro.
Tanto o MST brasileiro quanto seus similares paraguaios ou qualquer outra organização do mesmo formato na Bolívia, Venezuela ou Equador não querem a reforma agrária, seja de que modelo for, pelo simples fato de reforma agrária significar reforma na distribuição da propriedade da terra.
O que estes vigaristas querem é a abolição da propriedade da terra, conforme suas cartilhas marxistas-leninistas pública e explicitamente declaram.
Se a experiência mexicana, guiada por ideologias românticas de justiça social e blá-blá-blá do gênero foi um fiasco, mesmo assim foi infinitamente melhor sucedida do que as tentativas comunistas de imposição de fazendas estatais de administração comunal, que além de negar aos chamados camponeses qualquer poder sobre as políticas agrárias – totalmente decididas por burocratas do partido que nunca viram uma vaca ao vivo-, suprimiram violentamente toda ordem tradicional do campo, que por gerações garantiu o apego do homem à terra e motivou-o a produzir dentro da rígida disciplina que este tipo de trabalho exige.
Resultado, a única motivação para produzir disciplinadamente passou a ser a coerção pela força bruta, que os comunistas não se furtaram de prover, promovendo entusiasmadamente o massacre de dezenas de milhões, pela fome, execuções sumárias e deportações em massa.
Quem quiser se arriscar com o MST, não será por falta de avisos da História.
- Os próprios EUA também são um caso bem-sucedido de reforma agrária com o Homestead Act de Lincoln, a partir de 1862.
- EUA e Coréia são um choque e tanto para aqueles que consideram "reforma agrária" um palavrão.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
joaomichelazzo escreveu:Pelo que li na reportagem a agicultura organica está sendo muito produtiva às familias que se benficiam dela.
Sim, e eles são mantidos como uma vitrine de propaganda do MST, só que é uma coisa artificial.
Não é possível usar este modelo no país todo. Se você pesquisar direito, vai ver que eles dependem do resto do país para posar de "independentes".
E, enquanto isto, o resto dos assentados segue desmatando e queimando sem controle.
joaomichelazzo escreveu:Daí pra frente é mais facil organizar estes agricultores em grupos cooperados de maneira que possam fazer frente à grandes industrias agricolas, futuramente bancando até pesquisas agricolas relacionadas ao que produzem.
Por que este ódio pelas "grandes indústrias"? Se é grande e tem recursos, é maligno?
Por que essa utopia de pequenas propriedades familiares vivendo da terra? Isto não é mais possível.
Hoje, com quase 7 bilhões de habitantes no planeta, a terra não pode mais ser usada para se morar. As pessoas têm que ir para as cidades, como já foram, em sua maioria, e a terra tem que produzir da maneira mais eficiente possível.
E quanto menos gente envolvida na produção, mais eficiência e comida a um custo menor.
Voltar atrás é como querer que as roupas voltem a ser produzidas pelas famílias, com as mulheres fiando algodão, tecendo e costurando. Muito romântico, mas improdutivo.
joaomichelazzo escreveu:Parece um ideal utópico, mas basta um primeiro passo ao rumo certo e boa vontade do Estado em forncer recursos para que esses agricultores se desenvolvam.
Não adianta desenvolver uma coisa que não vai dar certo em larga escala.
Esqueça essa história de "cada família, um lote". O futuro - o presente, aliás - é a agricultura mecanizada, industrializada.
E pare de falar em monocultura. Se fôssemos uma monocultura, teríamos montanhas de açúcar e estaríamos passando fome ou importando alimentos, o que não acontece. E, se não acontece, você deve estar esquecendo de considerar algum detalhe.
Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Fernando Silva escreveu:E pare de falar em monocultura. Se fôssemos uma monocultura, teríamos montanhas de açúcar e estaríamos passando fome ou importando alimentos, o que não acontece. E, se não acontece, você deve estar esquecendo de considerar algum detalhe.
Os dados estatísticos sobre a produção agrícola do Estado de São Paulo, postado anteriormente, provam que a agricultura paulista é simplesmente o oposto de qualquer coisa que passe perto de ser chamado de monoculturista.
É preciso não confundir os conceitos básicos, como monocultura e regiões agrícolas especializadas em determinado cultivo.
Concentrar a produção de determinado gênero em áreas específicas é uma fórmula de produtividade tão reconhecida que era praticada tanto pela moderna agricultura dos Estados Unidos, quanto pelos camponeses russos pré-revolução, cujas famílias pertencentes a uma mesma aldeia ignoravam as divisas dos lotes e uniam as áreas de cultivo para garantir viabilidade econômica da produção.
Monocultura mesmo tem..., adivinhe quem...?
Cuba, aquele imenso canavial.
Não é contradição que a monoculturista e estatizante Cuba seja a menina dos olhos da corja do MST, que prega a propriedade familiar da terra e a agricultura diversificada.
É só mais uma prova que estes bandidos são um bando de mentirosos.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Aranha escreveu:- EUA e Coréia são um choque e tanto para aqueles que consideram "reforma agrária" um palavrão.
O problema não está na reforma agrária em si, tanto que os próprios governos militares brasileiros - que ninguém há de chamar de um bando de comunas - tinham seu programa de desapropriação, redistribuição e assentamento em propriedades improdutivas.
O problema, como dito, é esta corja que usa a reforma agrária como bandeira, mas não quer reforma agrária coisa nenhuma, querem a revolução comunista e usam a peãozada e a caipirada seduzida por seu discurso como bucha de canhão para atingir seus objetivos.
Como sempre, se algum dia o MST conseguir o que almeja, os primeiros que levarão um pé na bunda serão justamente os que acreditaram neles.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Caso ninguém tenha notado, e é possível que não, pois esta corja sabe ser sutil quando lhe convém, o discurso dos militantes violentos da reforma agrária mudou gradativamente do combate e ocupação dos grandes latifúndios improdutivos para o combate e ocupação das grandes monoculturas do perverso agro-negócio capitalista.
Ganha um doce virtual quem adivinhar o porquê desta mudança.
Por que as hordas do MST não exibem triunfantes às câmeras de TV as vastas planícies vazias, abandonadas ao léu por proprietários especuladores gananciosos que colocam seu lucro fácil acima das necessidades de famílias desvalidas?
Por que os bárbaros só ocupam, destroem e queimam fazendas produtivas, muitas delas modelos de eficiência de produção agrícola?
A resposta é que, mais uma vez, para a surpresa de quem acha que este país nunca faz nada que presta, o Brasil promoveu uma revolução silenciosa no campo, utilizando métodos pacíficos e institucionais como a taxação progressiva das terras improdutivas, a desapropriação para reforma agrária nos termos da lei e o incentivo ao agro-negócio.
Com as conseqüências diretas deste conjunto de medidas, potencializadas pelo controle da inflação a partir de 1994, passou a dar prejuízo manter grandes propriedades improdutivas, que perderam o valor especulativo como moeda alternativa protegida da inflação e foram gradativamente vendidas ao agro-negócio, a verdadeiros pequenos e médios produtores rurais ou desapropriadas para assentamento.
Obviamente, pena ter que dizer antes que alguém venha com algum exemplo factóide, isto não significou o fim de todos os latifúndios improdutivos do Brasil, mas denotou uma profunda transformação no perfil da ocupação e exploração da terra, fato confirmado pelos sucessivos ganhos anuais de produtividade no campo e pela sucessão de safras recordes.
Quem quiser ficar com os bárbaros, que fique. Como dizem, dize-me com quem andas e te direi quem és.
Ganha um doce virtual quem adivinhar o porquê desta mudança.
Por que as hordas do MST não exibem triunfantes às câmeras de TV as vastas planícies vazias, abandonadas ao léu por proprietários especuladores gananciosos que colocam seu lucro fácil acima das necessidades de famílias desvalidas?
Por que os bárbaros só ocupam, destroem e queimam fazendas produtivas, muitas delas modelos de eficiência de produção agrícola?
A resposta é que, mais uma vez, para a surpresa de quem acha que este país nunca faz nada que presta, o Brasil promoveu uma revolução silenciosa no campo, utilizando métodos pacíficos e institucionais como a taxação progressiva das terras improdutivas, a desapropriação para reforma agrária nos termos da lei e o incentivo ao agro-negócio.
Com as conseqüências diretas deste conjunto de medidas, potencializadas pelo controle da inflação a partir de 1994, passou a dar prejuízo manter grandes propriedades improdutivas, que perderam o valor especulativo como moeda alternativa protegida da inflação e foram gradativamente vendidas ao agro-negócio, a verdadeiros pequenos e médios produtores rurais ou desapropriadas para assentamento.
Obviamente, pena ter que dizer antes que alguém venha com algum exemplo factóide, isto não significou o fim de todos os latifúndios improdutivos do Brasil, mas denotou uma profunda transformação no perfil da ocupação e exploração da terra, fato confirmado pelos sucessivos ganhos anuais de produtividade no campo e pela sucessão de safras recordes.
Quem quiser ficar com os bárbaros, que fique. Como dizem, dize-me com quem andas e te direi quem és.
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Acauan Guajajara
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- Fernando Silva
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:A resposta é que, mais uma vez, para a surpresa de quem acha que este país nunca faz nada que presta, o Brasil promoveu uma revolução silenciosa no campo, utilizando métodos pacíficos e institucionais como a taxação progressiva das terras improdutivas, a desapropriação para reforma agrária nos termos da lei e o incentivo ao agro-negócio.
Com as conseqüências diretas deste conjunto de medidas, potencializadas pelo controle da inflação a partir de 1994, passou a dar prejuízo manter grandes propriedades improdutivas, que perderam o valor especulativo como moeda alternativa protegida da inflação e foram gradativamente vendidas ao agro-negócio, a verdadeiros pequenos e médios produtores rurais ou desapropriadas para assentamento.
Em outras palavras, a reforma agrária já aconteceu.
Acauan escreveu:Obviamente, pena ter que dizer antes que alguém venha com algum exemplo factóide, isto não significou o fim de todos os latifúndios improdutivos do Brasil, mas denotou uma profunda transformação no perfil da ocupação e exploração da terra, fato confirmado pelos sucessivos ganhos anuais de produtividade no campo e pela sucessão de safras recordes.
E seria interessante descobrir por que latifúndios de propriedade de políticos corruptos quase nunca são invadidos.
- Apáte
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:
A resposta é que, mais uma vez, para a surpresa de quem acha que este país nunca faz nada que presta, o Brasil promoveu uma revolução silenciosa no campo, utilizando métodos pacíficos e institucionais como a taxação progressiva das terras improdutivas, a desapropriação para reforma agrária nos termos da lei e o incentivo ao agro-negócio.
Isso não seria o que chamam de função social da terra?
Como se dá as desapropriações nos termos da lei?
Por que um agricultor com terras próximas à cidade, no caminho para o qual ela se expande, não poderia deixar suas terras paradas por algum tempo? Não estou me referindo a imensas porções.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Apáte escreveu: Isso não seria o que chamam de função social da terra?
Como se dá as desapropriações nos termos da lei?
Correto.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Apáte escreveu: Por que um agricultor com terras próximas à cidade, no caminho para o qual ela se expande, não poderia deixar suas terras paradas por algum tempo? Não estou me referindo a imensas porções.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Pequenas emédias propriedades, quando o dono não tem outras, não podem ser desapropriadas para efeito de reforma agrária.
Havendo uma justificativa para curtos períodos de não exploração das terras, pode se enquadrar tais paradas no conceito de aproveitamento racional e adequado.
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Acauan escreveu:Havendo uma justificativa para curtos períodos de não exploração das terras, pode se enquadrar tais paradas no conceito de aproveitamento racional e adequado.
Nao acha que esse e um poder discricionario muito perigoso?
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
user f.k.a. Cabeção escreveu:Acauan escreveu:Havendo uma justificativa para curtos períodos de não exploração das terras, pode se enquadrar tais paradas no conceito de aproveitamento racional e adequado.
Nao acha que esse e um poder discricionario muito perigoso?
Extremamente perigoso.
Basta lembrar a famigerada lei delegada número 4, que em 1986 foi usada como justificativa legal para confiscar bois no pasto, sob a alegação de políticos candidatos de que pecuaristas estariam se negando a vender carne para o mercado por causa do congelamento de preços do Plano Cruzado.
Hoje o absurdo disto é óbvio, mas na época o país se mobilizou a FAVOR da tal lei do confisco, que quando foi redigida, aprovada e promulgada nem passava pela cabeça de quem a escreveu, aprovou e promulgou que ela seria usada para referendar uma tentativa de golpe estatal contra a lei da oferta e da procura.
Se as circunstâncias históricas deram tal poder e uso a uma leizinha da qual, até então, ninguém nunca tinha ouvido falar, que dirá do que pode sair da interpretação oportunista de artigos constitucionais que se abrem a tais interpretações?
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- user f.k.a. Cabeção
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Re: MST trai o Brasil e se alia ao Paraguai
Exato.
O Plano Cruzado consistia na reformulacao da ideia macroeconomica mais infeliz e mais repetida da historia: imprimir dinheiro para cobrir gastos do governo.
Mas como imprimir dinheiro leva ao aumento dos precos, congela-se os precos.
Com precos congelados os produtores obviamente diminuem a quantidade ofertada. Os burocratas entao precisam obriga-los a produzir e vender, ou roubar deles.
Essa prerrogativa legal escorada nesse conceito torto de "aproveitamento racional" apenas estabelece esse poder arbitrario como uma das incumbencias do Estado de direito formal.
Essa constituicao de 88 e uma grande ofensa e uma verdeira derrota nacional, como ja afirmava nosso saudoso "tecnocrata" Roberto Campos.
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