Luis Dantas escreveu:Se você não aceita que nem toda resposta é como você quer, não vejo mérito nessa atitude, sinto muito.
É você quem diz que eu não aceito as respostas como eu as quero, e não eu. Eu aceito respostas que me pareçam corretas, e as respostas que me foram dadas pela filosofia kardequiana são as que mais se aproximam do meu entender, da minha vivência e da minha espiritualidade. Não enxergo estas respostas no budismo, como também não as vejo no meio cristão, ou mesmo nas ciências.
Os cristãos simplificam demais; as ciências neurocentralizam demais; e o budismo complica demais...
Luis Dantas escreveu:E se eu te disse que a resposta é que não há um motivo?
Eu não aceito um efeito sem uma causa, portanto, deve haver um motivo.
Luis Dantas escreveu:Que ninguém MERECE infortúnios, mas eles são causados por uma mistura de chance aleatória com ignorância e descuido?
Merecer não é a palavra mais certa. Há lições e há aprendizado; não há reprimendas e nem castigos.
Luis Dantas escreveu:E que muitas vezes não é saudável ficar pensando nos infortúnios como sendo justos ou injustos para as pessoas específicas que são atingidas por eles?
Eu aposto numa Justiça - ainda que tardia...
Luis Dantas escreveu:Enquanto alimentamos autopiedade com idéias de "justiça", as soluções podem escapar entre nossos dedos, por que nos falta vontade de segurá-las.
Como disse, há lições e há aprendizado. Não me apego em autopiedade ou idéias de "justiça" apenas.
O sofrimento traz a maturidade.
Luis Dantas escreveu:É um dos motivos para duvidar da existência de um Deus no molde de Abraão.
Sim, sem dúvida.
Luis Dantas escreveu:Euzébio escreveu:Por que complicar tanto algo que é tão simples?
Essa pergunta cabe a você responder, Euzébio. É você que propõe a existência de um espírito sobrenatural que de alguma forma é a essência imortal de cada pessoa, apesar de todas as dificuldades lógicas desse conceito.
O modelo dos cinco agregados é muito mais simples, lógico e intuitivo.
Pode ser, no seu entender. Mas mesmo este modelo deixa muitas lacunas a serem preenchidas, você há de concordar.
Luis Dantas escreveu:Euzébio escreveu:Putz, e isto não é reencarnação?...
Não, porque o que renasce não é uma pessoa que já existiu antes. É, isso sim, um resultado ou consequência de ações passadas. Mas a pessoa que morreu, morreu mesmo, não volta mais nem faria sentido querer que voltasse. O que ela tem não são reencarnações, mas sim herdeiros.
Meu caro, desculpe a sinceridade, mas isto para mim não quer dizer nada. Talvez se encaixe perfeitamente em contextos histórico-sociais, onde cada ato nosso irá repercutir em gerações futuras. Desculpe, mas a minha busca é muito mais profunda...
