A besteira do dia: Presidência, com Lula, tem dobro de servidores de Obama
Estava eu curtindo um merecido descanso, quando me deparei com matéria do Estadão, que tenta desgastar o governo Lula, com uma besteira que não tem tamanho. O que me obrigou a escrever este post.
Essa comparação é daquelas em que se compara melancia com ovo. Ou aspirina com antibiótico.
Ou seja, são coisas completamente diferentes, com funções diferentes e, portanto, não se aplica fazer comparações.
Vamos aos fatos:
Pesquisa do IPEA mostra que Estado brasileiro é menor que nos EUA, Espanha, Alemanha, França, Suécia, Argentina, Uruguai e Paraguai
Nas conclusões, o documento afirma que "o atual contexto de crise, em especial, é justamente o momento para se discutir o papel que pode assumir o emprego público na sociedade brasileira. Os indicadores não revelam 'inchaço' do Estado brasileiro, quer seja sob o ponto de vista de sua comparação com o tamanho da população ou com relação ao mercado de trabalho nacional.
Em qualquer empresa ou órgão público o número de funcionários depende das atribuições de cada órgão. Então a pergunta que precede é: a Presidência dos EUA tem a mesma estrutura da Presidência do Brasil?
Na Presidência do Brasil estão Secretarias com status de ministério que exigem uma quantidade mínima de funcionários para cumprir sua missão institucional. O principal exemplo é a Secretaria Especial de Portos, criada há dois anos, com a missão de cuidar dos portos marítimos brasileiros. Não se trata de simples assessoria ao presidente como o Estadão quer dar a entender, mas de um ministério dos mais importantes.
Outras Secretarias com status de ministério:
Casa Civil
Secretaria-Geral da Presidência
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Secretaria de Assuntos Estratégicos
Advogado Geral da União
Controladoria Geral da União
Secretaria de Comunicação Social
Gabinete de Segurança Institucional
Secretaria de Imprensa e Porta-Voz
Além das Secretarias Especiais, com status de ministério, a própria Casa Civil, no governo Lula, tem a função extra de coordenar o PAC, que não é pouca coisa.
A Presidência dos EUA tem essa mesma estrutura?
O mais importante é que boa parte desses cargos criados a mais foram remanejados de outros ministérios. O que significa que não houve ampliação de cargos, como o Estadão tenta vender.
A tentativa de comparar o número de funcionários com o Lula e com o Fernando Henrique é uma grande besteira porque as estruturas eram diferentes em função do programa de governo vencedor das eleições (Ex.: questão racial e de gênero teve peso na eleição do Lula e não teve na do FH), mas também porque o FH utilizava em grande quantidade assessoria terceirizada, fato condenado pelo TCU e que obrigou o governo Lula a realizar concursos em todas as áreas para atender essa exigência do TCU, ainda que concordasse com a posição desse órgão de controle externo.
Os salários dessas assessorias terceirizadas eram muito altos e oneravam as bem mais do que os cargos comissionados e de carreira. Mas isto, que não é besteira, o Estadão não comenta.Logo, cabe a pergunta: a Presidência com Lula tem dobro de servidores de Obama, e daí? E se tivesse a metade?? E se tivesse o triplo??? Porque estruturas diferentes têm que ter o mesmo número de funcionários???? De onde saiu essa idéia maluca?????
FBI. FESTIVAL DE BESTEIRAS DA IMPRENSA!!!
- carlo
- Mensagens: 3974
- Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
- Gênero: Masculino
- Localização: Governador Valadares MG
FBI. FESTIVAL DE BESTEIRAS DA IMPRENSA!!!

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
- carlo
- Mensagens: 3974
- Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
- Gênero: Masculino
- Localização: Governador Valadares MG
Re: FBI. FESTIVAL DE BESTEIRAS DA IMPRENSA!!!
Nem só de besteira vive a imprensa brasileira. Ou melhor, mais ou menos...
Faço uma pausa de exibição das besteiras publicadas na imprensa brasileira para mostrar que, quando ela quer, pode informar a sociedade brasileira sem manipulações.
A fonte das duas matérias a seguir é o site do Estadão.
Após dois meses de queda, exportação agrícola cresce
Depois de dois meses consecutivos de queda, a receita obtida com as exportações de produtos agrícolas teve leve alta em março na comparação com igual período de 2008, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura. As exportações de produtos agrícolas cresceram 0,3%, para US$ 4,791 bilhões.
***
Venda de embalagens mostra recuperação em março
O indicador de vendas de papelão ondulado no País, considerado um dos termômetros da atividade econômica por envolver a indústria de embalagens, mostrou uma leve recuperação em março, depois de fortes quedas nos dois meses anteriores.
***
Mas, para não perder o hábito, a Miriam Leitão escreveu o seguinte sobre este último indicador:
A pior fase da recomposição dos estoques da indústria pode estar ao fim. É isso que indica o resultado de março das vendas de papelão ondulado, divulgado agora pela ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado). O papelão ondulado é considerado a "embalagem da embalagem", ou seja, embala o que a indústria vende para as empresas, no início da cadeia produtiva.
Estava indo muito bem. Mas ela não se conforma em não dar o seu "toque de mestre" e, ao final, besteiriza:
Março pode significar que esses estoques já estão no fim e as empresas voltaram a fazer pedidos para as indústrias. Mesmo assim, o novo ritmo de produção ainda está muito abaixo dos níveis anteriores à crise. Vejam no gráfico abaixo como a curva ainda precisa subir bastante para chegar ao nível anterior à crise.
É óbvio que o novo ritmo de produção ainda está muito abaixo dos níveis anteriores à crise!!!
Ou será que ela não sabe que isso está assim em todo o mundo? Tem algum país em que os novos ritmos de produção estão acima dos níveis anteriores à crise?
Esse óbvio sobre o qual ela escreve repetidamente serve apenas para escamotear o que realmente interessa que é a curva de recuperação da economia brasileira que, em muitos aspectos, está melhor do que as dos países desenvolvidos e demais emergentes.
Porque a Miriam Leitão e a imprensa em geral não fazem essa análise: Brasil versus demais países emergentes e desenvolvidos?
Será que é porque uma análise que mostre que o Brasil está melhor do que os demais ajudaria a aumentar a avaliação do presidente Lula?
Faço uma pausa de exibição das besteiras publicadas na imprensa brasileira para mostrar que, quando ela quer, pode informar a sociedade brasileira sem manipulações.
A fonte das duas matérias a seguir é o site do Estadão.
Após dois meses de queda, exportação agrícola cresce
Depois de dois meses consecutivos de queda, a receita obtida com as exportações de produtos agrícolas teve leve alta em março na comparação com igual período de 2008, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura. As exportações de produtos agrícolas cresceram 0,3%, para US$ 4,791 bilhões.
***
Venda de embalagens mostra recuperação em março
O indicador de vendas de papelão ondulado no País, considerado um dos termômetros da atividade econômica por envolver a indústria de embalagens, mostrou uma leve recuperação em março, depois de fortes quedas nos dois meses anteriores.
***
Mas, para não perder o hábito, a Miriam Leitão escreveu o seguinte sobre este último indicador:
A pior fase da recomposição dos estoques da indústria pode estar ao fim. É isso que indica o resultado de março das vendas de papelão ondulado, divulgado agora pela ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado). O papelão ondulado é considerado a "embalagem da embalagem", ou seja, embala o que a indústria vende para as empresas, no início da cadeia produtiva.
Estava indo muito bem. Mas ela não se conforma em não dar o seu "toque de mestre" e, ao final, besteiriza:
Março pode significar que esses estoques já estão no fim e as empresas voltaram a fazer pedidos para as indústrias. Mesmo assim, o novo ritmo de produção ainda está muito abaixo dos níveis anteriores à crise. Vejam no gráfico abaixo como a curva ainda precisa subir bastante para chegar ao nível anterior à crise.
É óbvio que o novo ritmo de produção ainda está muito abaixo dos níveis anteriores à crise!!!
Ou será que ela não sabe que isso está assim em todo o mundo? Tem algum país em que os novos ritmos de produção estão acima dos níveis anteriores à crise?
Esse óbvio sobre o qual ela escreve repetidamente serve apenas para escamotear o que realmente interessa que é a curva de recuperação da economia brasileira que, em muitos aspectos, está melhor do que as dos países desenvolvidos e demais emergentes.
Porque a Miriam Leitão e a imprensa em geral não fazem essa análise: Brasil versus demais países emergentes e desenvolvidos?
Será que é porque uma análise que mostre que o Brasil está melhor do que os demais ajudaria a aumentar a avaliação do presidente Lula?

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
- carlo
- Mensagens: 3974
- Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
- Gênero: Masculino
- Localização: Governador Valadares MG
Re: FBI. FESTIVAL DE BESTEIRAS DA IMPRENSA!!!
CUIDADO QUE O FBI VAI TE PEGAR!!!!!









NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
- carlo
- Mensagens: 3974
- Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
- Gênero: Masculino
- Localização: Governador Valadares MG
Re: FBI. FESTIVAL DE BESTEIRAS DA IMPRENSA!!!
O assunto do dia: o acionista majoritário de uma mega-empresa (Banco do Brasil) tem ou não o direito de implantar sua política?
O principal assunto do final do dia de ontem e da manhã de hoje diz respeito à troca de presidente do Banco do Brasil o que, segundo a oposição e parte da imprensa, significa uso político do governo numa instituição que tem outros acionistas que não a União.
Em seu blog, Míriam Leitão, publicou ontem alguns posts sobre o assunto:
Porque a demissão derruba as ações do BB;
Derrubar juros é mais complexo do que parece;
BC é quem deve atuar para baixar o spread;
Interferência do governo no BB pode não reduzir spread;
Banco do Brasil tem o pior desempenho da Bovespa.
Primeiro, ela diz que o governo errou e com isso derrubou as ações do BB. Eu pergunto, e daí que derrubou ontem? Quem garante que essa perda se manterá no médio e longo prazo, que são os únicos que interessam para a grande maioria dos acionistas?
Segundo, diz que derrubar juros é mais complexo do que parece. Quando se fala em reduzir juros, de fato o que interessa ao governo é o BB facilitar operações de crédito, onde os juros são apenas uma componente. Significa agir como o BNDES e a Caixa e não como o Bradesco (como todo o respeito por quem age exclusivamente visando o seu negócio). Logo, é óbvio que é complexo. A vida é complexa. O que interessa é o esforço para cumprir essa complexa missão.
Terceiro, diz o óbvio de maneira torta. O correto seria "BC também deve atuar para reduzir juros".
Quarto e quinto, apenas emite uma opinião - entre outras - de que o acionista majoritário do Banco, a União, não deve se meter na gestão do mesmo. E utiliza opiniões de "especialistas do mercado" para dizer que com essa intervenção o governo interrompe a blindagem que estava sendo feita nos últimos anos na instituição. O que parece uma visão autista de quem não está percebendo o que está ocorrendo no mundo todo. Além do que há uma outra opinião - da qual partilho - de que o governo deve intervir sim nas empresas da qual é acionista, segundo interesses da sociedade, conforme garantido na Constituição Federal.
Países desenvolvidos estão intervindo muito mais agressivamente no sistema bancário, incluindo algumas nacionalizações e estatizações de bancos, e quem é considerada uma das principais analistas econômicas da imprensa brasileira trata deste assunto como se nada estivesse acontecendo em nosso país.Proponho algumas reflexões sobre o tema para fundamentar um juízo a respeito desse tema:
1. Pode e deve um acionista majoritário exercer o poder que tem e implantar a sua política, especialmente num momento de crise financeira internacional, com alguns efeitos em seu país?
2. O Banco do Brasil é um banco como outro qualquer e, por isso, deve atuar exclusivamente com base nas leis de mercado?
3. É anti-natural o acionista majoritário substituir o dirigente maior da sua empresa?4. Estamos vivendo um momento de normalidade em que pareça absurdo impor à empresa uma política de redução dos juros, ou melhor, facilitação do crédito?
5. Se não estamos, não parece mais correto impor essa política do que deixar o barco à deriva?
6. A Constituição Federal diz em seu Artigo 5º: Inciso XXII - é garantido o direito de propriedade; Inciso XXIII - a propriedade atenderá a sua função social. Será razoável utilizar uma empresa mista para cumprir uma relevante função social de favorecer o crédito para que o país cresça e garanta empregos e renda?
7. Será que a Oposição quer o pior para o país, para tentar colher dividendos eleitorais em 2010, e por isso é contra a troca de presidentes do BB, coisa que eles fizeram em grande quantidade, no período em que governaram o país?
E olha que o governo apenas trocou um simpatizante petista por outro simpatizante petista. Imaginem se fosse um tucano por um petista?...
O principal assunto do final do dia de ontem e da manhã de hoje diz respeito à troca de presidente do Banco do Brasil o que, segundo a oposição e parte da imprensa, significa uso político do governo numa instituição que tem outros acionistas que não a União.
Em seu blog, Míriam Leitão, publicou ontem alguns posts sobre o assunto:
Porque a demissão derruba as ações do BB;
Derrubar juros é mais complexo do que parece;
BC é quem deve atuar para baixar o spread;
Interferência do governo no BB pode não reduzir spread;
Banco do Brasil tem o pior desempenho da Bovespa.
Primeiro, ela diz que o governo errou e com isso derrubou as ações do BB. Eu pergunto, e daí que derrubou ontem? Quem garante que essa perda se manterá no médio e longo prazo, que são os únicos que interessam para a grande maioria dos acionistas?
Segundo, diz que derrubar juros é mais complexo do que parece. Quando se fala em reduzir juros, de fato o que interessa ao governo é o BB facilitar operações de crédito, onde os juros são apenas uma componente. Significa agir como o BNDES e a Caixa e não como o Bradesco (como todo o respeito por quem age exclusivamente visando o seu negócio). Logo, é óbvio que é complexo. A vida é complexa. O que interessa é o esforço para cumprir essa complexa missão.
Terceiro, diz o óbvio de maneira torta. O correto seria "BC também deve atuar para reduzir juros".
Quarto e quinto, apenas emite uma opinião - entre outras - de que o acionista majoritário do Banco, a União, não deve se meter na gestão do mesmo. E utiliza opiniões de "especialistas do mercado" para dizer que com essa intervenção o governo interrompe a blindagem que estava sendo feita nos últimos anos na instituição. O que parece uma visão autista de quem não está percebendo o que está ocorrendo no mundo todo. Além do que há uma outra opinião - da qual partilho - de que o governo deve intervir sim nas empresas da qual é acionista, segundo interesses da sociedade, conforme garantido na Constituição Federal.
Países desenvolvidos estão intervindo muito mais agressivamente no sistema bancário, incluindo algumas nacionalizações e estatizações de bancos, e quem é considerada uma das principais analistas econômicas da imprensa brasileira trata deste assunto como se nada estivesse acontecendo em nosso país.Proponho algumas reflexões sobre o tema para fundamentar um juízo a respeito desse tema:
1. Pode e deve um acionista majoritário exercer o poder que tem e implantar a sua política, especialmente num momento de crise financeira internacional, com alguns efeitos em seu país?
2. O Banco do Brasil é um banco como outro qualquer e, por isso, deve atuar exclusivamente com base nas leis de mercado?
3. É anti-natural o acionista majoritário substituir o dirigente maior da sua empresa?4. Estamos vivendo um momento de normalidade em que pareça absurdo impor à empresa uma política de redução dos juros, ou melhor, facilitação do crédito?
5. Se não estamos, não parece mais correto impor essa política do que deixar o barco à deriva?
6. A Constituição Federal diz em seu Artigo 5º: Inciso XXII - é garantido o direito de propriedade; Inciso XXIII - a propriedade atenderá a sua função social. Será razoável utilizar uma empresa mista para cumprir uma relevante função social de favorecer o crédito para que o país cresça e garanta empregos e renda?
7. Será que a Oposição quer o pior para o país, para tentar colher dividendos eleitorais em 2010, e por isso é contra a troca de presidentes do BB, coisa que eles fizeram em grande quantidade, no período em que governaram o país?
E olha que o governo apenas trocou um simpatizante petista por outro simpatizante petista. Imaginem se fosse um tucano por um petista?...

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!