Estado: Onde meter o dedo e onde não meter (o dedo)?

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Johnny
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Estado: Onde meter o dedo e onde não meter (o dedo)?

Mensagem por Johnny »

Não lembro em que tópico foi e nem quem disse algo do tipo "O Estado deve deixar as coisas acontecerem" ou algo assim.
Lembro que o Fernando colocou que ele deve controlar certas coisas senão vira baderna (ou algo assim)

No meu ver, o Estado deveria cuidar plenamente dos interesses da população que o mantém elege.

Se eu tenho um campo de futebol, eu posso determinar pela livre concorrÊncia, que qualquer um possa vender cachorro quente nesta área, mas não devo determinar qual o tipo de cachorro quente ou o preço. Mas pela lei de licença municipal (que é um mini estado), eu posso determinar que o vendedor de cachorro quente não venda bebida alcoolica ou cigarro.

Agora, temos vários "estados municipais" dentro de um "estado estadual" e que recebe recursos, totais ou parciais) do estado maior (governo federal)

Como então determinar o que pode e o que não pode em cada estado e baseado em que?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Aranha
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Re: Estado: Onde meter o dedo e onde não meter (o dedo)?

Mensagem por Aranha »


- Só li to título, sua dúvida é de natureza Homo ou Hétero ?

Abraços,
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Johnny
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Re: Estado: Onde meter o dedo e onde não meter (o dedo)?

Mensagem por Johnny »

Aranha escreveu:
- Só li to título, sua dúvida é de natureza Homo ou Hétero ?

Abraços,


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marta
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c

Mensagem por marta »

Luiz Carlos Querido escreveu:Não lembro em que tópico foi e nem quem disse algo do tipo "O Estado deve deixar as coisas acontecerem" ou algo assim.
Lembro que o Fernando colocou que ele deve controlar certas coisas senão vira baderna (ou algo assim)

No meu ver, o Estado deveria cuidar plenamente dos interesses da população que o mantém elege.

Se eu tenho um campo de futebol, eu posso determinar pela livre concorrÊncia, que qualquer um possa vender cachorro quente nesta área, mas não devo determinar qual o tipo de cachorro quente ou o preço. Mas pela lei de licença municipal (que é um mini estado), eu posso determinar que o vendedor de cachorro quente não venda bebida alcoolica ou cigarro.

Agora, temos vários "estados municipais" dentro de um "estado estadual" e que recebe recursos, totais ou parciais) do estado maior (governo federal)

Como então determinar o que pode e o que não pode em cada estado e baseado em que?


Eu penso que o Estado deve atuar no limite da promoção do bem geral. No caso do seu cachorro quente, é o Estado quem deve fiscalizar se a salsicha é de boa procedência e se a higiene e manipulação dos alimentos está dentro das normas aceitáveis, pois o Estado tem o poder de multar, caçar a licença e até lacrar esse tipo de comércio. Na teoria é ótimo e é assim que deveria funcionar. O que estraga tudo é a porra da "caixinha" :emoticon16:
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

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Johnny
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Re: c

Mensagem por Johnny »

marta escreveu:Eu penso que o Estado deve atuar no limite da promoção do bem geral. No caso do seu cachorro quente, é o Estado quem deve fiscalizar se a salsicha é de boa procedência e se a higiene e manipulação dos alimentos está dentro das normas aceitáveis, pois o Estado tem o poder de multar, caçar a licença e até lacrar esse tipo de comércio. Na teoria é ótimo e é assim que deveria funcionar. O que estraga tudo é a porra da "caixinha" :emoticon16:


Ok Martita, a jovem a mais tempo mais simpática e sensual da casa...(eu curto ela mesmo...)

Mas voltando ao assunto: Gostaria de debater aqui até onde o estado deve ir. Vamos deixar de lado corrupção, desvios e etc e ficar só no que realmente importa, já que a corrupção e caixinhas existem em qualquer área, seja diretamente no governo, seja indiretamente, ok?

Então tá.
- Controle de preços, deve intervir? Deve definir preço mínimo? Quando? Como? Por quê?
- Liberdade do cidadão: Até onde ele deveria intervir e com quanta energia (ex: fumo, alcool, drogas, falta de zelo para com áreas publicas com praças, praias, etc)?
- Controle da qualidade de serviços: Até que ponto? Ou as pessoas devem rejeitar naturalmente o que for ruim?
- Controle da qualidade de produtos: Até que ponto? Ou as pessoas devem rejeitar naturalmente o que for ruim?

E por aí vai.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Herf
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Re: c

Mensagem por Herf »

Luiz Carlos Querido escreveu:- Controle de preços, deve intervir? Deve definir preço mínimo? Quando? Como? Por quê?
- Liberdade do cidadão: Até onde ele deveria intervir e com quanta energia (ex: fumo, alcool, drogas, falta de zelo para com áreas publicas com praças, praias, etc)?
- Controle da qualidade de serviços: Até que ponto? Ou as pessoas devem rejeitar naturalmente o que for ruim?
- Controle da qualidade de produtos: Até que ponto? Ou as pessoas devem rejeitar naturalmente o que for ruim?

E por aí vai.

- De nenhuma forma. Lembrando que o salário também é um preço.

- Com relação a drogas e a outros danos que o indivíduo causa a sua saúde, de nenhuma forma. Quanto a "falta de zelo para com áreas públicas", em um cenário onde haja locais públicos, é óbvio que deve ser atribuição do estado zelar por eles. A questão é quanto a quais locais devem ou não ser públicos ou mesmo se deve haver algum.

- As pessoas rejeitam naturalmente aquilo que não lhes for vantajoso em termos de custo/benefício, e não necessariamente aquilo que for "ruim" dentro de um padrão específico de qualidade.

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marta
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Re: c

Mensagem por marta »

Luiz Carlos Querido escreveu:
Ok Martita, a jovem a mais tempo mais simpática e sensual da casa...(eu curto ela mesmo...)

Porra Luiz!! Hoje a Sal me disse que vc é o Johnny. Cacete, eu adorava papear com vc. Fiquei feliz :emoticon262:

Luiz Carlos Querido escreveu:Mas voltando ao assunto: Gostaria de debater aqui até onde o estado deve ir. Vamos deixar de lado corrupção, desvios e etc e ficar só no que realmente importa, já que a corrupção e caixinhas existem em qualquer área, seja diretamente no governo, seja indiretamente, ok?

OK

Luiz Carlos Querido escreveu:Então tá.
- Controle de preços, deve intervir? Deve definir preço mínimo? Quando? Como? Por quê?


De um modo geral são perguntas difíceis. Dos serviços essenciais como Planos de Saúde, remédios, luz, gás, sim, por motivos óbvios. Normalmente esses produtos estão nas mãos de grandes cartéis e se não houver um controle a população não aguenta. Dos demais, ou seja, produtos de consumo ou serviços não. A velha e boa lei da oferta e da procura regulamenta qualquer mercado. Nesse caso, o papel do governo é estimular a concorrência. Ex: a guerra das operadores de celular. Elas se matam e o consumidor é quem ganha

Luiz Carlos Querido escreveu:- Liberdade do cidadão: Até onde ele deveria intervir e com quanta energia (ex: fumo, alcool, drogas, falta de zelo para com áreas publicas com praças, praias, etc)?


Aí, cada caso é um caso. Para os casos de produtos viciantes, a falta de estímulo deve começar pela ausência de propagandas. No entanto, para tudo deve se priorizar a coerência. Um exemplo claro é a diferença com a qual são tratados o fumo e o alcool. Ambos matam, porém no caso do cigarro, o desavisado tem a oportunidade de se defender, saindo de perto do fumante. O alcool não. O cara enche a cara e sai matando os outros no trânsito, sem chance de defesa. No entanto, propaganda de fumo não pode e propaganda (e marchandising) de bebida pode, inclusive com o seu ronaldo batendo no peito e se dizendo um brahmeiro. São dois pesos e duas medidas. Quanto às áreas públicas, vandalismos não deveriam ser permitidos em hipótese alguma. O que é público é de todos e não de ninguém. É esse conceito que custa a entrar na cabeça dos brasileiros

Luiz Carlos Querido escreveu:- Controle da qualidade de serviços: Até que ponto? Ou as pessoas devem rejeitar naturalmente o que for ruim?

O Código de Defesa do Consumidor eu acho muito bom para regular o mercado nesse aspécto.

Luiz Carlos Querido escreveu:- Controle da qualidade de produtos: Até que ponto? Ou as pessoas devem rejeitar naturalmente o que for ruim?
E por aí vai.

idem acima.
Resumindo: o estado deve atuar para não acontecer abusos.É para isso que servem as leis. Para dar proteção ao cidadão contra negócios, pessoas, serviços, produtos que possam prejudicá-lo sem chance de defesa ou escolha. De resto, eu sou favorável à livre iniciativa e deixar correr solto
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
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Trancado