Doentes à mercê da pirataria
Doentes à mercê da pirataria
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BRASÍLIA - Bastaram três meses de investigação sobre o mercado clandestino de medicamentos para que o governo chegasse a uma conclusão alarmante: o comércio de remédios foi inundado por um verdadeiro derrame de produtos falsos, sem registro ou contrabandeado e virou problema de saúde pública. O mais grave, no entanto, é que a pirataria deixou de ser uma atividade do muambeiro tradicional para invadir as farmácias legalmente estabelecidas, especialmente na periferia de metrópoles como São Paulo e Rio, além das cidades do interior, onde os controles são precários. Dados revelados terça-feira pelo Ministério da Justiça e a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que das 85 farmácias fiscalizadas no primeiro trimestre de 2009, 39 foram interditadas e seus proprietários presos por comércio ilegal.
O governo reconhece que é um dado estarrecedor, com ares de epidemia, quando examina o cenário e percebe não ter estrutura para fiscalizar os cerca de 55 mil estabelecimentos farmacêuticos existentes no país, com praticamente uma farmácia em cada esquina. As estatísticas tornam o quadro ainda mais preocupante quando se observa o resultado das operações desencadeadas no mesmo período. Nos primeiros três meses do ano, foram apreendidos 170 toneladas de medicamentos clandestinos, quase mil por cento a mais do que foi confiscado em todo o ano passado, com um volume de 20 toneladas.
Se a projeção incluir os outros nove meses de 2009, e se levar em conta que a fiscalização vai apertar ainda mais, o crescimento da pirataria ultrapassará o estrondoso patamar de 10 mil por cento. Segundo a Polícia Federal, o volume apreendido nesse primeiro trimestre equivale a mais de R$ 1 bilhão. O rombo não para por aí e causa pesados prejuízos à indústria legal. No ano passado, por exemplo, apenas para garantir a segurança de seus produtos e driblar a pirataria, o laboratório Lilly – detentor da marca Cialis, indicado para homens com problemas de ereção – investiu cerca de R$ 2 bilhões. Não há estimativa sobre os prejuízos provocados pela pirataria, mas as projeções mais realistas apontam para cifras superiores a dois dígitos de bilhões.
Com atraso
Essa é a primeira vez que órgãos públicos da União – Polícia Federal, Anvisa e secretaria executiva do Ministério da Justiça – se integram para fazer um pente-fino no mercado clandestino de remédios, uma anomalia que vai bem além de atividades criminosas como contrabando e sonegação fiscal.
A conclusão é que os brasileiros estão sendo enganados, envenenados e mortos por causa da pirataria. Uma pesquisa feita no ano passado em hospitais do Rio de Janeiro e Porto Alegre apontou, segundo o delegado federal Adilson Bezerra, atualmente lotado na Anvisa, que o número de óbitos envolvendo pessoas que foram ludibriadas pelos falsos remédios triplicou entre os pacientes que estavam sendo tratados de câncer. São pessoas que consomem medicamentos caríssimos, como o Glivec, prescrito para leucemia infantil, que custa, em média, R$ 4 mil, mas acaba sendo seduzidas pela oferta pirata, que normalmente sai pela metade do preço.
Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: Doentes à mercê da pirataria
Pelo nome desse tópico, achei que tinha piratas atacando hospitais em algum lugar.
Quem usa remédio falso tem mais é que se estrupiar mesmo.

Quem usa remédio falso tem mais é que se estrupiar mesmo.
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Darkside escreveu:Pelo nome desse tópico, achei que tinha piratas atacando hospitais em algum lugar.![]()
Quem usa remédio falso tem mais é que se estrupiar mesmo.
O problema é quando as pessoas não sabem que estão usando. É um problema grave, Darck.



marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
Re: Doentes à mercê da pirataria
marta escreveu:Darkside escreveu:Pelo nome desse tópico, achei que tinha piratas atacando hospitais em algum lugar.![]()
Quem usa remédio falso tem mais é que se estrupiar mesmo.
O problema é quando as pessoas não sabem que estão usando. É um problema grave, Darck.
É verdade marta.
Não é que eu diga "bem feito" pra quem acaba sendo prejudicado ao comprar remédios falsos, mas não parece uma burrice muito grande? Comprar um remédio pela metade do preço achando que é a mesma coisa?
Isso só pode ser resultado daquele pensamento paranóico de que as indústrias farmacêuticas tentam lucrar até não poder mais com a venda de remédios. Elas querem lucro sim, mas não chega a tanto.
As pessoas não entendem que as leis do mercado não permitem que você cobre demais por algum produto ou serviço, você simplesmente terá prejuízo se fizer isso praticamente em qualquer situação.
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Darkside escreveu:marta escreveu:Darkside escreveu:Pelo nome desse tópico, achei que tinha piratas atacando hospitais em algum lugar.![]()
Quem usa remédio falso tem mais é que se estrupiar mesmo.
O problema é quando as pessoas não sabem que estão usando. É um problema grave, Darck.
É verdade marta.
Não é que eu diga "bem feito" pra quem acaba sendo prejudicado ao comprar remédios falsos, mas não parece uma burrice muito grande? Comprar um remédio pela metade do preço achando que é a mesma coisa?
Isso só pode ser resultado daquele pensamento paranóico de que as indústrias farmacêuticas tentam lucrar até não poder mais com a venda de remédios. Elas querem lucro sim, mas não chega a tanto.
As pessoas não entendem que as leis do mercado não permitem que você cobre demais por algum produto ou serviço, você simplesmente terá prejuízo se fizer isso praticamente em qualquer situação.
Tem razão. Ocorre que uma pessoa doente e com poder aquisitivo apertado não pensa dessa maneira. Para ela é uma forma de se curar com o menor custo possível. Parece que em Minas, morreu um homem de câncer por causa disso. O consumidor é o menos culpado. Culpadas são as farmácias. Elas sim, sabem que estão comprando produtos pirateados, ou, na melhor das hipóteses, deveriam desconfiar. Eu acho que a ANVISA deve dar em cima, multar pesado e fechar farmácias. Eu desoconfio de certos remédios e procuro comprar sempre na mesma farmácia onde tenho vínculos de amizade. Eu sei que isso não garante nada, mas me dá uma falsa segurança



marta
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Re: Doentes à mercê da pirataria
O problema é que esses remédios são os mais empurrados pela farmácia porque eles estão ganhando muito mais, muitas pessoas ficam maravilhadas com o preço e o suposto benefício que eles podem trazer e terminam comprando gato por lebre.
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Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: Doentes à mercê da pirataria
Ainda tem aqueles que compram remédios tipo viagra e e abortivos em camelô com a facilidade relativa
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Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: Doentes à mercê da pirataria
Cabula escreveu:
Ainda tem aqueles que compram remédios tipo viagra e e abortivos em camelô com a facilidade relativa
Então Cabula, no primeiro exemplo a farmácia é responsável. Já no segundo a culpa é do consumidor. Comprar remédio em camelê é o fim do mundo, ainda que seja viagra ou abortivo



marta
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Re: Doentes à mercê da pirataria
marta escreveu:Cabula escreveu:
Ainda tem aqueles que compram remédios tipo viagra e e abortivos em camelô com a facilidade relativa
Então Cabula, no primeiro exemplo a farmácia é responsável. Já no segundo a culpa é do consumidor. Comprar remédio em camelê é o fim do mundo, ainda que seja viagra ou abortivo
Com certeza
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Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: Doentes à mercê da pirataria
Tá, todo mundo meteu o pau em quem compra do paraguai, do muambeiro, mas cadê os que apoiam a iniciativa deo governo em autuar as farmácias que vendem, hã?
Engraçado isso. O coitado vai à farmácia QUE DEVERIA VENDER SÓ DROGA DA BOA, e ainda leva cascudo do pessoal daqui.
Haja saco pra aguentar vocês em certas horas viu, puta merda!
Engraçado isso. O coitado vai à farmácia QUE DEVERIA VENDER SÓ DROGA DA BOA, e ainda leva cascudo do pessoal daqui.
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"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


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Re: Doentes à mercê da pirataria
Darkside escreveu:marta escreveu:Darkside escreveu:Pelo nome desse tópico, achei que tinha piratas atacando hospitais em algum lugar.![]()
Quem usa remédio falso tem mais é que se estrupiar mesmo.
O problema é quando as pessoas não sabem que estão usando. É um problema grave, Darck.
É verdade marta.
Não é que eu diga "bem feito" pra quem acaba sendo prejudicado ao comprar remédios falsos, mas não parece uma burrice muito grande? Comprar um remédio pela metade do preço achando que é a mesma coisa?
Isso só pode ser resultado daquele pensamento paranóico de que as indústrias farmacêuticas tentam lucrar até não poder mais com a venda de remédios. Elas querem lucro sim, mas não chega a tanto.
As pessoas não entendem que as leis do mercado não permitem que você cobre demais por algum produto ou serviço, você simplesmente terá prejuízo se fizer isso praticamente em qualquer situação.
- Não vi em nenhuma parte do texto que o remédio falso era vendido pela metade do preço.
- Não seria perfeitamente lógico supor também que o falsário procure vender seu produto por um preço o mais próximo do original possível para maximizar seus lucros?
- Não seria também perfeitamente lógico supor que, mesmo sendo a falsificação excessivamente barata, o falsário pode usar um papo 171 tipo dizendo que compra direto do laboratório ou outra coisa assim?
- Também é de considerar que pesquisas na área de psicologia social provam que seres humanos tendem a ter fé em autoridades constituídas tipo médicos e farmancêuticos, se você ler "O Animal Social" verá que o ser humano não é tão racional quanto pregam.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Aranha, na hora de comprar (e querer ganham em cima) ninguém é racional. Veja a APO e sua viagem por exemplo...
Calma APO, calmaaa...

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Re: Doentes à mercê da pirataria
Luiz Carlos Querido escreveu:Aranha, na hora de comprar (e querer ganham em cima) ninguém é racional. Veja a APO e sua viagem por exemplo...![]()
Calma APO, calmaaa...
- Não estou sabendo desta parada da viagem.
- Poste as fontes para minha análise, darei um parecer técnico completo sobre a racionalidade dela no episódio.
Abraços,
Editado pela última vez por Aranha em 16 Abr 2009, 10:20, em um total de 1 vez.
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Isso lembra aquela vez em que estavam vendendo anticoncepcionais falsos (placebos) e havia milhares de caixas, só foram descobrir porque mulheres engravidaram e resolveram denunciar na tv. Aquele remédio era o mais barato anticoncepcional da época e eram usados durante anos por muita gente. Se a tv não aceitasse a denúncia o remédio continuaria a ser vendido livremente.
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O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: Doentes à mercê da pirataria
Aranha escreveu:- Não estou sabendo desta parada da viagem.
- Poste as fontes para minha análise, darei um parecer técnico completo sobre a racionalidade dela no episódio.
Abraços,
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Aranha escreveu:- Não vi em nenhuma parte do texto que o remédio falso era vendido pela metade do preço.
O parágrafo que o Aranha não viu escreveu:São pessoas que consomem medicamentos caríssimos, como o Glivec, prescrito para leucemia infantil, que custa, em média, R$ 4 mil, mas acaba sendo seduzidas pela oferta pirata, que normalmente sai pela metade do preço.
Aranha escreveu:- Não seria perfeitamente lógico supor também que o falsário procure vender seu produto por um preço o mais próximo do original possível para maximizar seus lucros?
Na verdade não, pois se fizesse isso ele teria prejuízo. Qualquer produto pirata possui um preço muito mais barato que o original, é só passar em um camelódromo pra conferir, e isso porque é justamente nessas condições que a curva de preço e demanda dos produtos piratas encontra seu ponto de equilíbrio, onde existe a oferta e consumo considerados ideais pelos seus produtores e compradores, embora um excesso de produção não cause muitos prejuízos aos falsários nesse caso.
Remédios piratas fazem o papel (ilegal) de bens substitutos aos verdadeiros, isso significa que se uma parte dos consumidores consideram os preços dos remédios reais caros demais, vai apelar aos falsos. Essa parte dos consumidores é o mercado dos piratas. Se o preço dos falsos for próximo ao dos verdadeiros, a demanda por eles será muitíssimo menor, pois o mercado para o qual eles são voltados está com o preço em desequilíbrio em relação a demanda, gerando resultados indesejados para os seus próprios produtores. Digamos que um remédio pirata que os seus produtores consideram que rende muito lucro seja vendido a 20,00 R$, estando em seu ponto de equilíbrio no mercado. Se esse "remédio" passar a ser vendido a 30,00 R$, a demanda por ele vai cair tanto que vai causar prejuízo nos falsários, obrigando eles a baixar o preço de novo.
É óbvio que os safados que fabricam remédios piratas adorariam fazer um lucro absurdo em cima das pessoas enganadas, cobrando o quanto quisessem, mas eles não podem burlar as leis do mercado, apesar de conseguirem enganar as do Estado (até porque elas não são exatamente "leis", e sim um comportamento da sociedade).
Aranha escreveu:- Não seria também perfeitamente lógico supor que, mesmo sendo a falsificação excessivamente barata, o falsário pode usar um papo 171 tipo dizendo que compra direto do laboratório ou outra coisa assim?
A propaganda enganosa já faz parte do mercado de piratas, sendo justamente a "campanha publicitária" deles. Se todos tivessem a consciência real do que é um produto falsificado, o lucro que eles geram seria muito menor.
Aranha escreveu:- Também é de considerar que pesquisas na área de psicologia social provam que seres humanos tendem a ter fé em autoridades constituídas tipo médicos e farmancêuticos, se você ler "O Animal Social" verá que o ser humano não é tão racional quanto pregam.
Não duvido.
Mas as leis do mercado não são baseadas exatamente na inteligência das pessoas, e sim em suas necessidades e preferências.
Abraços,

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Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Existem dois tipos de remédios falsos: um que é mais barato que os daqui e é contrabandeado e o outro com o nome de um remédio de marca que as pessoas acreditam ser aquele que elas confiam e por isso pagam mais caro pela "segurança"
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Não vi em nenhuma parte do texto que o remédio falso era vendido pela metade do preço.O parágrafo que o Aranha não viu escreveu:São pessoas que consomem medicamentos caríssimos, como o Glivec, prescrito para leucemia infantil, que custa, em média, R$ 4 mil, mas acaba sendo seduzidas pela oferta pirata, que normalmente sai pela metade do preço.
- Putz! – Me estrepei nessa...
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Não seria perfeitamente lógico supor também que o falsário procure vender seu produto por um preço o mais próximo do original possível para maximizar seus lucros?
Na verdade não, pois se fizesse isso ele teria prejuízo. Qualquer produto pirata possui um preço muito mais barato que o original, é só passar em um camelódromo pra conferir, e isso porque é justamente nessas condições que a curva de preço e demanda dos produtos piratas encontra seu ponto de equilíbrio, onde existe a oferta e consumo considerados ideais pelos seus produtores e compradores, embora um excesso de produção não cause muitos prejuízos aos falsários nesse caso.
Remédios piratas fazem o papel (ilegal) de bens substitutos aos verdadeiros, isso significa que se uma parte dos consumidores consideram os preços dos remédios reais caros demais, vai apelar aos falsos. Essa parte dos consumidores é o mercado dos piratas. Se o preço dos falsos for próximo ao dos verdadeiros, a demanda por eles será muitíssimo menor, pois o mercado para o qual eles são voltados está com o preço em desequilíbrio em relação a demanda, gerando resultados indesejados para os seus próprios produtores. Digamos que um remédio pirata que os seus produtores consideram que rende muito lucro seja vendido a 20,00 R$, estando em seu ponto de equilíbrio no mercado. Se esse "remédio" passar a ser vendido a 30,00 R$, a demanda por ele vai cair tanto que vai causar prejuízo nos falsários, obrigando eles a baixar o preço de novo.
É óbvio que os safados que fabricam remédios piratas adorariam fazer um lucro absurdo em cima das pessoas enganadas, cobrando o quanto quisessem, mas eles não podem burlar as leis do mercado, apesar de conseguirem enganar as do Estado (até porque elas não são exatamente "leis", e sim um comportamento da sociedade).
- Nesse caso seu raciocínio não se aplica por duas razões singelas:
- Primeiro: - Normalmente quem compra produtos piratas sabe que o produto é falso e apenas parece com o original, neste caso o comprador pensa que está comprando o remédio VERDADEIRO a preço mais em conta.
- Segundo: - Quem compra produto pirata espera que a qualidade não seja a mesma, neste caso o comprador por mais que queira economizar não poria a vida em risco para isto.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Não seria também perfeitamente lógico supor que, mesmo sendo a falsificação excessivamente barata, o falsário pode usar um papo 171 tipo dizendo que compra direto do laboratório ou outra coisa assim?
A propaganda enganosa já faz parte do mercado de piratas, sendo justamente a "campanha publicitária" deles. Se todos tivessem a consciência real do que é um produto falsificado, o lucro que eles geram seria muito menor.
- Se, como você mesmo alega, os compradores não tem “consciência real” do que compram então eles não podem ser considerados “agentes racionais de mercado”, logo a ideologia liberal não se aplica.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:- Também é de considerar que pesquisas na área de psicologia social provam que seres humanos tendem a ter fé em autoridades constituídas tipo médicos e farmancêuticos, se você ler "O Animal Social" verá que o ser humano não é tão racional quanto pregam.
Não duvido.
Mas as leis do mercado não são baseadas exatamente na inteligência das pessoas, e sim em suas necessidades e preferências.
- Não me referi a inteligência e sim comportamentos humanos não baseados em raciocínio e que influenciam inconscientemente em suas necessidades e preferências.
Abraços,
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Aranha escreveu:- Putz! – Me estrepei nessa...
1 x 0 para o Liberalismo.
Aranha escreveu:
- Nesse caso seu raciocínio não se aplica por duas razões singelas:
- Primeiro: - Normalmente quem compra produtos piratas sabe que o produto é falso e apenas parece com o original, neste caso o comprador pensa que está comprando o remédio VERDADEIRO a preço mais em conta.
- Segundo: - Quem compra produto pirata espera que a qualidade não seja a mesma, neste caso o comprador por mais que queira economizar não poria a vida em risco para isto.
A menos que seja feita uma pesquisa, acho difícil poder afirmar com tanta precisão qual é o pensamento dos consumidores de remédios piratas. Eles também podem pensar que são remédios parecidos, ou com efeitos semelhantes, apesar de não tão eficientes quanto.
Mas mesmo que seja o caso, no que isso invalidaria as leis da oferta e demanda? Ela não leva em consideração o que as pessoas acham que estão consumindo, apenas o seu consumo. A demanda por remédios falsos vem de compradores desinformados de renda mais baixa que a do mercado de remédios, são dois mercados diferentes de qualquer maneira.
Aranha escreveu:
- Se, como você mesmo alega, os compradores não tem “consciência real” do que compram então eles não podem ser considerados “agentes racionais de mercado”, logo a ideologia liberal não se aplica.
A desinformação serve de propaganda para os remédios piratas, mas ninguém é obrigado a comprá-los e qualquer um pode perfeitamente se informar melhor sobre eles se quiser. Se você parar pra pensar, nós só ficamos sabendo das vantagens da imensa maioria dos produtos que consumimos, mesmo que possam nos prejudicar de alguma forma, e isso não nos torna "irracionais". Propaganda serve pra vender alguma coisa, e não pra nos informar de todos os aspectos de algum bem, positivos e negativos.
Isso que eu postei foram apenas algumas bases de economia de mercado, e não liberalismo. Elas se aplicam em qualquer situação onde um mercado exista.
Aranha escreveu:
- Não me referi a inteligência e sim comportamentos humanos não baseados em raciocínio e que influenciam inconscientemente em suas necessidades e preferências.
Abraços,
No caso de alguém que é enganado por um farmacêutico desonesto?
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Nesse caso seu raciocínio não se aplica por duas razões singelas:
- Primeiro: - Normalmente quem compra produtos piratas sabe que o produto é falso e apenas parece com o original, neste caso o comprador pensa que está comprando o remédio VERDADEIRO a preço mais em conta.
- Segundo: - Quem compra produto pirata espera que a qualidade não seja a mesma, neste caso o comprador por mais que queira economizar não poria a vida em risco para isto.
A menos que seja feita uma pesquisa, acho difícil poder afirmar com tanta precisão qual é o pensamento dos consumidores de remédios piratas. Eles também podem pensar que são remédios parecidos, ou com efeitos semelhantes, apesar de não tão eficientes quanto.
- Claro que não! - A caixa é imitação da original, mesmo nome-fantasia, tudo para parecer igual, não é caso de vender produto semelhante com qualidadade inferior, é fraude pura e simples mesmo, é como receber dinheiro falso.
Darkside escreveu:Mas mesmo que seja o caso, no que isso invalidaria as leis da oferta e demanda? Ela não leva em consideração o que as pessoas acham que estão consumindo, apenas o seu consumo. A demanda por remédios falsos vem de compradores desinformados de renda mais baixa que a do mercado de remédios, são dois mercados diferentes de qualquer maneira.
- Nada a ver, a reportagem diz que há farmácias estabelecidas vendendo estes remédios, as pessoas podem estar comprando pensando que são verdadeiros, o dono da farmácia compra do falsário bem mais barato do que compraria do laboratório e vendo pelo preço de tabela ao cliente, trata-se de fraude, nada a ver com mercado ou com o poder aquisitivo do consumidor.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Se, como você mesmo alega, os compradores não tem “consciência real” do que compram então eles não podem ser considerados “agentes racionais de mercado”, logo a ideologia liberal não se aplica.
A desinformação serve de propaganda para os remédios piratas, mas ninguém é obrigado a comprá-los e qualquer um pode perfeitamente se informar melhor sobre eles se quiser. Se você parar pra pensar, nós só ficamos sabendo das vantagens da imensa maioria dos produtos que consumimos, mesmo que possam nos prejudicar de alguma forma, e isso não nos torna "irracionais". Propaganda serve pra vender alguma coisa, e não pra nos informar de todos os aspectos de algum bem, positivos e negativos.
Isso que eu postei foram apenas algumas bases de economia de mercado, e não liberalismo. Elas se aplicam em qualquer situação onde um mercado exista.
- Desinformação serve de propaganda?!?!? - Esta foi uma das afirmações mais sem sentido que já li por aqui...



- O problema não é se a pessoa é ou não é obrigado a comprar, o problema é comprar pílulas de farinha pensando estar comprando remédio para câncer, isto é praticamente assassinato, você escreve como se leis de mercado prevenissem crimes ou providenciassem punições adequadas para criminosos.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Não me referi a inteligência e sim comportamentos humanos não baseados em raciocínio e que influenciam inconscientemente em suas necessidades e preferências.
Abraços,
No caso de alguém que é enganado por um farmacêutico desonesto?
- E quem disse que isto não está ocorrendo?
- Estou querendo dizer que você está buscando culpa na vítima, o fato é que quem faz isto tem que ser preso e a chave tem que ser jogada fora.
Abraços,
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Aranha escreveu:Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Nesse caso seu raciocínio não se aplica por duas razões singelas:
- Primeiro: - Normalmente quem compra produtos piratas sabe que o produto é falso e apenas parece com o original, neste caso o comprador pensa que está comprando o remédio VERDADEIRO a preço mais em conta.
- Segundo: - Quem compra produto pirata espera que a qualidade não seja a mesma, neste caso o comprador por mais que queira economizar não poria a vida em risco para isto.
A menos que seja feita uma pesquisa, acho difícil poder afirmar com tanta precisão qual é o pensamento dos consumidores de remédios piratas. Eles também podem pensar que são remédios parecidos, ou com efeitos semelhantes, apesar de não tão eficientes quanto.
- Claro que não! - A caixa é imitação da original, mesmo nome-fantasia, tudo para parecer igual, não é caso de vender produto semelhante com qualidadade inferior, é fraude pura e simples mesmo, é como receber dinheiro falso.
Olha que legal, achei mais uma informação interessante no parágrafo que você ainda não leu.
São pessoas que consomem medicamentos caríssimos, como o Glivec, prescrito para leucemia infantil, que custa, em média, R$ 4 mil, mas acaba sendo seduzidas pela oferta pirata, que normalmente sai pela metade do preço.
A reportagem deixa claro que as pessoas acabam sendo seduzidas pelos piratas, ou seja, eles são oferecidos como opção. Até porque os remédios verdadeiros ficariam fazendo estoques se só os falsos estivessem sendo vendidos nas farmácias que os negociam.
Aranha escreveu:Darkside escreveu:Mas mesmo que seja o caso, no que isso invalidaria as leis da oferta e demanda? Ela não leva em consideração o que as pessoas acham que estão consumindo, apenas o seu consumo. A demanda por remédios falsos vem de compradores desinformados de renda mais baixa que a do mercado de remédios, são dois mercados diferentes de qualquer maneira.
- Nada a ver, a reportagem diz que há farmácias estabelecidas vendendo estes remédios, as pessoas podem estar comprando pensando que são verdadeiros, o dono da farmácia compra do falsário bem mais barato do que compraria do laboratório e vendo pelo preço de tabela ao cliente, trata-se de fraude, nada a ver com mercado ou com o poder aquisitivo do consumidor.
Acontece que quando você pensa em "mercado" vem na sua mente o comércio legal e devidamente regulamentado por todo o sistema burocrático de nossa sociedade, quando na verdade mercado é simplesmente qualquer negócio que ocorre quando uma demanda por algo encontra a oferta. Desde o comércio de carros importados em montadoras luxuosas até traficantes de crack.
Aranha escreveu:Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Se, como você mesmo alega, os compradores não tem “consciência real” do que compram então eles não podem ser considerados “agentes racionais de mercado”, logo a ideologia liberal não se aplica.
A desinformação serve de propaganda para os remédios piratas, mas ninguém é obrigado a comprá-los e qualquer um pode perfeitamente se informar melhor sobre eles se quiser. Se você parar pra pensar, nós só ficamos sabendo das vantagens da imensa maioria dos produtos que consumimos, mesmo que possam nos prejudicar de alguma forma, e isso não nos torna "irracionais". Propaganda serve pra vender alguma coisa, e não pra nos informar de todos os aspectos de algum bem, positivos e negativos.
Isso que eu postei foram apenas algumas bases de economia de mercado, e não liberalismo. Elas se aplicam em qualquer situação onde um mercado exista.
- Desinformação serve de propaganda?!?!? - Esta foi uma das afirmações mais sem sentido que já li por aqui...![]()
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No sentido de mentiras propagadas pelos próprios farmacêuticos, sim. Eu não sou erudito e tenho dificuldades enormes pra me expressar, conto com sua boa vontade pra decifrar meus argumentos.
Aranha escreveu:- O problema não é se a pessoa é ou não é obrigado a comprar, o problema é comprar pílulas de farinha pensando estar comprando remédio para câncer, isto é praticamente assassinato
Isso não tem a ver com o que estávamos discutindo, que é o porque de os falsários não venderem remédios piratas a preços parecidos com os originais.
Aranha escreveu:você escreve como se leis de mercado prevenissem crimes ou providenciassem punições adequadas para criminosos.
Ridículo. Por favor, copie e cole onde eu sequer dei a entender tal coisa.
Aranha escreveu:Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Não me referi a inteligência e sim comportamentos humanos não baseados em raciocínio e que influenciam inconscientemente em suas necessidades e preferências.
Abraços,
No caso de alguém que é enganado por um farmacêutico desonesto?
- E quem disse que isto não está ocorrendo?
- Estou querendo dizer que você está buscando culpa na vítima, o fato é que quem faz isto tem que ser preso e a chave tem que ser jogada fora.
Abraços,
Aranha, é óbvio que os criminosos são os fabricantes e vendedores de remédios falsos, eu só não tiro a responsabilidade das pessoas por consumirem esse tipo de serviço.
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
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Re: Doentes à mercê da pirataria
Darkside escreveu:
Olha que legal, achei mais uma informação interessante no parágrafo que você ainda não leu.São pessoas que consomem medicamentos caríssimos, como o Glivec, prescrito para leucemia infantil, que custa, em média, R$ 4 mil, mas acaba sendo seduzidas pela oferta pirata, que normalmente sai pela metade do preço.
A reportagem deixa claro que as pessoas acabam sendo seduzidas pelos piratas, ou seja, eles são oferecidos como opção. Até porque os remédios verdadeiros ficariam fazendo estoques se só os falsos estivessem sendo vendidos nas farmácias que os negociam.
- Não está escrito que o pirata não seja "Glivec" também, e já expliquei que as pessoas compram acreditando que o efeito é o mesmo, ou você acha que o criminoso diz: " - Esse aqui é feito de farinha, tem efeito algum sobre a doença que está te matando, mas para compensar é metade do preço".
Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Desinformação serve de propaganda?!?!? - Esta foi uma das afirmações mais sem sentido que já li por aqui...![]()
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No sentido de mentiras propagadas pelos próprios farmacêuticos, sim. Eu não sou erudito e tenho dificuldades enormes pra me expressar, conto com sua boa vontade pra decifrar meus argumentos.
- Não seja modesto, você se expressa muito bem e entendi o que quis dizer, mas as vezes não consigo conter meu sarcasmo.



- As tais mentiras são prejudiciais aos fabricantes dos remédios e são prejudiciais aos doentes.
- Quando os doentes forem informados também serão prejudiciais aos fabricantes de alternativas mais baratas, uma vez que serão confundidos com piratas.
- Então serão prejudiciais ao mercado de remédios como um todo que fica viciado por clientes com medo de produtos alternativos.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:- O problema não é se a pessoa é ou não é obrigado a comprar, o problema é comprar pílulas de farinha pensando estar comprando remédio para câncer, isto é praticamente assassinato
Isso não tem a ver com o que estávamos discutindo, que é o porque de os falsários não venderem remédios piratas a preços parecidos com os originais.
- Ok, a questão é que se ele alega que o efeito é o mesmo, argumentando que é Genérico ou que está em promoção ou próximo do vencimento ou qualquer outra mentira, o cliente não tem como confirmar ou desmentir, o fato é que o cliente não pagaria mais barato se soubesse que o efeito é nulo.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:você escreve como se leis de mercado prevenissem crimes ou providenciassem punições adequadas para criminosos.
Ridículo. Por favor, copie e cole onde eu sequer dei a entender tal coisa.
- Por omissão, até agora você culpou as vítimas, fez analogias com outras mercadorias, mas em nenhum momento tratou a coisa como crime.
Darkside escreveu:Aranha escreveu:Darkside escreveu:Aranha escreveu:
- Não me referi a inteligência e sim comportamentos humanos não baseados em raciocínio e que influenciam inconscientemente em suas necessidades e preferências.
No caso de alguém que é enganado por um farmacêutico desonesto?
- E quem disse que isto não está ocorrendo?
- Estou querendo dizer que você está buscando culpa na vítima, o fato é que quem faz isto tem que ser preso e a chave tem que ser jogada fora.
Abraços,
Aranha, é óbvio que os criminosos são os fabricantes e vendedores de remédios falsos, eu só não tiro a responsabilidade das pessoas por consumirem esse tipo de serviço.
- Você mesmo pode ser vítima oras, eu já disse que podem vender falso alegando ser original até com o mesmo preço, já disse também que podem jogar um 171 para explicar o preço mais baixo, o problema maior no caso particular dos remédios é que quando você percebe que foi logrado pode estar fodido ou morto (mortos não percebem, pior ainda).
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
Ben Parker
Re: Doentes à mercê da pirataria
Mas qual o problema afinal Aranha? Quem compra remédios tem que te rreceita médica, pegar o endereço do laboratório, o numero da nota fiscal com o lote do remédio e perguntar ao laboratório. Não vai me dizer que você não fa isso? VocÊ vai à farmácia e confia no vendedor só porquê a farmácia "tem um nome à zelar"?
tsc tsc tsc...
Viva o capitalismo...
tsc tsc tsc...
Viva o capitalismo...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Doentes à mercê da pirataria
Aranha escreveu:- Não está escrito que o pirata não seja "Glivec" também, e já expliquei que as pessoas compram acreditando que o efeito é o mesmo, ou você acha que o criminoso diz: " - Esse aqui é feito de farinha, tem efeito algum sobre a doença que está te matando, mas para compensar é metade do preço".
Não seria uma propaganda muito eficiente, mas me parece que você está fazendo uma generalização com a qual eu não concordo.
Você fala como se 100% dos compradores de remédios falsos não tivessem a mínima idéia do que estão fazendo, como se não soubessem que esse mercado existe, não tivessem noção de quanto custam os remédios reais, não soubessem que farmácias de periferia má fiscalizadas oferecem essa alternativa, e principalmente, como se elas nem tivessem como ter acesso a essas informações, quando definitivamente não é o caso. Provavelmente existem pessoas ingênuas que se enquadram em seu ponto de vista, mas considero maior a probabilidade de elas serem a minoria do que serem a regra.
Pode parecer cruel atribuir responsabilidade a quem foi enganado, mas todo consumidor de qualquer produto ou serviço deve tomar medidas básicas para evitar cair em golpes de gente desonesta, ainda mais quando é algo tão sério. Se você acha que isso é exigir demais, pense no fato de que muitas vezes os remédios são para crianças pequenas, idosos e outras pessoas que não fizeram nada pra merecer farinha no lugar de cura para suas doenças.
Quando o caso não é esse, e eu acredito que na maioria das vezes não é, são mentiras nas quais os consumidores querem acreditar a razão do mercado da pirataria de remédios ser bem sucedido. Achar que uma boa parcela das pessoas doentes cometem suicídio inocentemente, em um ciclo cada vez maior, é atribuir uma irracionalidade absurda às pessoas.
Aranha escreveu:
- Não seja modesto, você se expressa muito bem e entendi o que quis dizer, mas as vezes não consigo conter meu sarcasmo.![]()
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Um petista disse que eu me expresso bem, agora o Cabeção vai me chamar de socialista pro resto da vida. Mas valeu.

Aranha escreveu:- As tais mentiras são prejudiciais aos fabricantes dos remédios e são prejudiciais aos doentes.
Sim.
Aranha escreveu:- Quando os doentes forem informados também serão prejudiciais aos fabricantes de alternativas mais baratas, uma vez que serão confundidos com piratas.
- Então serão prejudiciais ao mercado de remédios como um todo que fica viciado por clientes com medo de produtos alternativos.
Eu espero sinceramente que você não esteja se referindo à homeopatia quando fala em produtos alternativos.
Mas falando sério, não esqueça que o mercado de remédios existe legalmente dentro da nossa sociedade, sendo plenamente amparado pela grande mídia, governo, órgãos de saúde e médicos, e todos poderiam fazer um esforço coletivo para evitar que alternativas mais baratas de remédios fabricados por laboratórios particulares ou genéricos não sofram com qualquer efeito de uma paranóia popular contra remédios mais em conta que você considera que possa surgir.
Em todo caso, observe que a população está sendo informada sobre o número alarmante de remédios falsos que estão sendo vendidos (ou não estaríamos discutindo isso nesse momento) e no entanto esse mercado só aumenta.
Aranha escreveu:- Ok, a questão é que se ele alega que o efeito é o mesmo, argumentando que é Genérico ou que está em promoção ou próximo do vencimento ou qualquer outra mentira, o cliente não tem como confirmar ou desmentir, o fato é que o cliente não pagaria mais barato se soubesse que o efeito é nulo.
Esse post no geral é uma resposta a isso.
Aranha escreveu:- Por omissão, até agora você culpou as vítimas, fez analogias com outras mercadorias, mas em nenhum momento tratou a coisa como crime.
Mas é óbvio que é um crime. Você quer que eu diga algo como "esses farmacêuticos devem ser presos"? Isso é lógico, mas enquanto existirem pessoas que compram remédios ilegais, vai ter quem venda. Os infratores da lei nesse caso só conseguem cometer seus crimes através de outras pessoas, mesmo que essas outras pessoas não saibam que estão fazendo a vontade dos criminosos. Por isso é que não se deve deixar de atribuir responsabilidade a elas, que não chega a ser uma culpa propriamente dita, ou seriam cúmplices.
Pense em um cambista nos portões de um estádio. Muitos dos ingressos que ele vende são falsos, e frequentemente custando mais de dez vezes mais caro que os ingressos reais. Se ele for preso, no próximo jogo alguém estará lá no lugar dele, porque sempre tem alguém pra comprar. Pense em traficantes, em muambeiros no geral, que vendem eletrodomésticos que queimam na primeira semana. Prenda todos eles, e no dia seguinte vai ter gente pra substituir, por causa da demanda por esse tipo de serviço, que infelizmente sempre existe. Todas essas situações tem as suas peculidaridades, mas as dores de cabeça proporcionadas por todas elas poderiam ser evitadas se as pessoas soubessem como e porque evitar esse tipo de serviço. Adquirir essa cautela não custa nada.
Mais um exemplo...
"Olha só, aquele sujeito está vendendo um aparelho de DVD a 100,00 R$ ali na rua! E aqueles trouxas pagando mais de 300,00 R$ dentro das lojas! Haha, mas que idiotas! Vou correndo até a banquinha dele antes que algum esperto compre aquele DVD antes de mim."
Se o aparelho de DVD pirata desta pessoa imaginária pifar, ela deveria ser considerada totalmente inocente por ter sido enganada com um produto falso?
Aranha escreveu:- Você mesmo pode ser vítima oras, eu já disse que podem vender falso alegando ser original até com o mesmo preço, já disse também que podem jogar um 171 para explicar o preço mais baixo, o problema maior no caso particular dos remédios é que quando você percebe que foi logrado pode estar fodido ou morto (mortos não percebem, pior ainda).
Abraços,
Me diga quais são as chances de ser enganado se eu...
- Perguntar pro médico qual o preço em média do remédio que ele me receitou?
- Comprar em uma farmácia de confiança?
- Comparar o preço de diversas marcas do mesmo remédio?
Com um esforço mínimo, eu estou praticamente livre desse risco, a não ser que uma enorme conspiração quântica universal esteja em curso contra mim.
Eu só espero que você entenda que justamente por considerar criminosos como pessoas que deveriam estar enjauladas eu não espero mudança alguma no comportamento deles, e sim no das pessoas comuns que são enganadas por eles de diversas maneiras e deveriam evitar isso sendo mais conscientes.
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237