A lição de Roosevelt que Lula não quer aprender
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/pens ... 1995.shtml
Formou-se uma tempestade perfeita sobre as contas públicas brasileiras.
A crise global que reergueu das cinzas o estatismo econômico e a difícil eleição presidencial em 2010 tornarão brutal o assalto lulo-petista aos recursos do Estado.
A névoa da crise, com as intervenções estatais lideradas por baluartes do liberalismo econômico como EUA e Reino Unido, confunde e serve de álibi ideal para quase toda extravagância com o dinheiro (do) público.
Assim, o governo Lula acaba de reduzir o já modesto rigor fiscal brasileiro, permitindo gastos adicionais de quase R$ 40 bi neste ano (do governo e da Petrobras) que antes seriam economizados para pagamento da dívida pública.
A crise é o álibi. E se de Londres a Washington, de Tóquio a Berlim, defende-se o gasto estatal contra a crise, não seríamos nós brasileiros a contestar este novo consenso.
Mas o problema é que o Estado brasileiro é muito pior que os Estados americano, britânico, japonês, alemão. Desde sempre, ele é essencialmente corrupto, gasta mal e é mal conduzido, uma inegável herança maldita da qual Lula nem tentou escapar.
Seu governo e o sempre afável Congresso penetraram fundo nos bolsos brasileiros ao aprovarem aumentos de salário ao funcionalismo que nos custarão ao menos R$ 17 bilhões neste ano (e nunca poderão ser revertidos).
Os gastos com a folha de pagamento foram os que mais cresceram no governo Lula no primeiro bimestre deste ano: estonteantes 25%. Isso num ano de crise e queda aguda da arrecadação, quando essa montanha mágica de dinheiro estaria muito melhor aplicada nas sempre empacadas obras de infraestrutura que poderiam empregar e dinamizar a economia.
Mas a prioridade do governo Lula é amaciar uma de suas grandes bases eleitorais (e fonte de renda via dízimos sobre o salário dos servidores filiados), como já havia feito na véspera das eleições de 2006.
O mesmo governo Lula que, por outro lado, não consegue tocar obras essenciais capazes de tornar o país mais competitivo, abrir mais mercados, gerar mais empregos, criar mais riquezas.
Mas que facilmente solta os gastos da Petrobras, presidida por um petista histórico com ambições políticas na Bahia, que também turbinou os gastos com funcionários e sofre denúncias (negadas, claro) de uso político de verbas para financiar festas de São João no interior baiano intermediadas por dirigente do PT estadual.
Temos ainda a troca de comando no Banco do Brasil, outro titã do estatismo nacional e das oportunidades eleitoreiras, presidido agora por executivo ligado ao PT. E as obras-promessas do PAC e seus contratos bilionários com as generosas empreiteiras.
Quantas oportunidades para o governo Lula gastar dinheiro e angariar aliados enquanto prepara a campanha de Dilma Roussef à Presidência e de outros petistas ao Congresso e governos estaduais nas cruciais eleições de 2010, aquelas que podem garantir 16 anos seguidos de poder nacional ao PT.
Franklin Delano Roosevelt, ícone do estatismo em voga, presidiu os EUA de 1933 a 1945 e tirou o país da depressão pós-crise de 1929.
Uma das chaves do sucesso de Roosevelt foi o combate severo à corrupção enquanto bombeava dinheiro público na veia da economia americana.
Roosevelt criou um escritório para combater a corrupção e fiscalizar com rigor as obras do New Deal, seu programa de estímulo econômico.
Apesar de obviamente indispensável neste país escandaloso, alguém espera atitude semelhante do presidente Lula?
Sérgio Malbergier é editor do caderno Dinheiro da Folha de S. Paulo. Foi editor do caderno Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a Folha Online às quintas.
Houve algum outro tanto ou mais corrupto?
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Houve algum outro tanto ou mais corrupto?
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
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Re: Houve algum outro tanto ou mais corrupto?
É...
Governo vai discutir mudança em cálculo de rendimento da poupança, afirma Lula
Segundo o presidente, objetivo é evitar que grandes investidores migrem para a poupança, com a queda da taxa de juro
InfoMoney
16 abril 2009
SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (16), que vai discutir com a equipe econômica mudanças no cálculo de rendimento da caderneta de poupança.
O objetivo, de acordo com Lula, é evitar que grandes investidores migrem para esta aplicação, com a queda da taxa de juro.
"Daqui a pouco, as grande multinacionais vão querer colocar dinheiro na poupança, por isso, precisamos ter cuidado para não quebrar um sistema que funciona adequadamente", ressaltou.
O governo vai cuidar do assunto com muita cautela, diz o presidente, para preservar "o que temos de mais sagrado, que são os poupadores brasileiros".
Tributos
Vale lembrar que, na última terça-feira (14), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a tributação que incidirá na poupança para depósitos acima de R$ 100 mil ainda não foi decidida.
Ele explicou que tão logo o governo tenha alguma conclusão sobre o assunto, logo será divulgada para todos.

Re: Houve algum outro tanto ou mais corrupto?
Ervas daninhas só se proliferam em ambientes propícios, ponto!
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


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Re: Houve algum outro tanto ou mais corrupto?

- Respondo mais tarde, agora estou envolvido em outro projeto...
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
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