A verdade sobre Chico Xavier - Parte 2
MAIS UMA MÁSCARA
Com a retratação do sobrinho reconhecendo que tudo, dele e do famoso tio, era pura farsa, Chico Xavier, às pressas, simplesmente com a roupa do corpo, abandonando tudo, fugiu secretamente de Pedro Leopoldo.
# Após algum tempo escondido, verificou-se que reaparecera como médium psicógrafo em Uberaba. Até o fim da sua vida. E mais um engano ou disfarce tão grosseiro como atraente: na "Comunhão Espírita Cristã".Segundo o artigo na tal Realidade de 1971, que o Quevedo cita tanto, Chico teria deixado Pedro Leopoldo por algum tempo devido ao escândalo, mas a mudança definitiva foi porque havia passado num concurso público, mas a vaga ficou em Uberaba. Assim Chico deixou seus livros com a família, mas dizer que fugiu às pressas só com a roupa do corpo me parece exagero...
Fingem ignorar que Espiritismo e Cristianismo são absolutamente incompatíveis.Nesta instância em particular, concordo plenamente com o Sr Quevedo: Espiritismo e Cristianismo são de fato incompatíveis. O problema é que há espíritas que erroneamente pensam que Cristianismo é uma doutrina ou postura moral que enaltece a caridade, o amor ao próximo, a filantropia _ coisas essas que não têm nada a ver e nem são produtos de um credo religioso específico. O Cristianismo é um amontoado de elucubrações teológicas, apresentadas por diversas igrejas que reivindicam a condição de cristãs, onde o que importa é acreditar em três DEUSES fazendo o papel de UM, num Cristo Salvador, na infabilidade e exatidão da Bíblia (o que exige que se creia que a Terra é plana e está no centro do Universo, que o céu é sólido e que houve um Dilúvio que inundou a Terra inteira até 10 metros acima do cume do Everest), e por aí vai. De prático mesmo, amor ao próximo é só perfumaria. Taí a história dos povos cristãos que não me deixa mentir. As Cruzadas, a Santa Inquisição e a Ku-Klux-Klan são eventos e coisas legitimamente cristãs. Certo Quevedo? Turatti?
# Mas Amauri Xavier Pena, carregado de remorsos, insistia na retratação. E os "espíritos superiores" decretaram a morte: num muito conveniente "acidente" de carro.Alguém aqui avançou o sinal e não foi o Amauri. Por que acidente entre aspas? Está se sugerindo que não foi um acidente acidental? Se sabe de algo, Sr Quevedo, apresente-se às autoridades policiais e revele o que sabe. Afinal se houve crime, é dever de um bom cidadão trazê-lo a público. Mas pelas palavras do nosso bom padre, não se trata de má cidadania e sim de uma ação mágica dos espíritos superiores (= demônios de acordo com a fé do padre) que fizeram o acidente acontecer. Daí a polícia nada descobriria a respeito, mas um parapsicólogo católico, e ainda por cima, eclesiástico, tem recursos especiais que lhe permitem identificar uma ação demoníaca e daí o Sr Quevedo ter dito o que disse na frase acima. Deve ser isso.
Mas que o Quevedo e o Turatti jamais me convidem a deixar o Espiritismo e me tornar um católico apostólico romano, pois a tamanha ingratidão que Amauri Pena recebeu fundamenta a minha recusa. Senão vejamos: ele renunciou a seus erros, denunciou a farsa, valorizou a fé católica e recusou retratar-se, enfim, era uma valiosa testemunha em defesa da fé católica e contra o Espiritismo. Mas “espíritos superiores” decretaram sua morte e nem os três Deuses (Pai, Filho e Espirito Santo), nem a Santa Maria, nem os milhares de santos e nem os bilhões de anjos foram capazes de impedir essa ação contra aquela tão valiosa testemunha! Como me explica isso, Quevedo? Quer dizer então que o Amauri foi abandonado à sua própria sorte? Se não foi, sabe o que esse “acidente” do Amauri prova? Que os tais espíritos superiores são muito mais poderosos do que as entidades católicas acima citadas.
Senhores Quevedo e Turatti, tempos atrás um bispo da universal chutou uma santa, a tal Nossa Senhora de Aparecida, para provar que era só uma imagem de gesso e que não tinha poder algum. Nossa! Pra que! Os católicos ficaram revoltados e o bispo se deu mal. Nas semanas seguintes eu via adesivos nos vidros dos carros com a imagem de uma fulana com lenço na cabeça e ao lado a frase: _ Ela tem poder!
Pois bem, Quevedo e Turatti, é a sua vez: Provem que os seus três Deuses, que esta tal Santa Maria, que os outros milhares de santos e os seus bilhões de anjos TÊM PODER. Pois senão, o melhor é eu continuar sendo espírita, pois segundo suas próprias palavras acima, estes sim TÊM PODER.
Ah! Aproveitando o gancho e demonstrando a tremenda credulidade católica que existe no Brasil, esse mesmo bispo caiu doente há algum tempo, com graves dores na perna a qual chutou a santa. Foi internado num hospital nos EUA, mas a cura da perna doente só se deu pela ajuda intensa e carinhosa de uma senhora negra. Recuperado, quis ele agradecer àquela enfermeira negra tão eficiente e ficou sabendo que não havia nenhuma enfermeira negra naquele hospital. Ninguém a tinha visto por lá. Só então o bispo compreendeu que a tal “enfermeira” era mesma Nossa Senhora de Aparecida, a quem ele havia chutado. Em agradecimento e em reconhecimento, ele abandonou o protestantismo e batizou-se católico. Para quem não sabe, essa linda estória é só um “chute”.
E ainda no caso do Amauri: Quevedo fala em “acidente” de carro, mas não dá detalhes do ocorrido, nem onde foi noticiado isso. Nas consultas que fiz, na Internet, descobri que ele foi internado num sanatório depois de tomar todas (vejam o texto de Marcel Souto Maior, abaixo). Turatti fica se queixando dos espíritas por dizer que Amauri era dependente químico, mas NINGUÉM PROVA QUE ELE MENTIU. Bem, eu já pedi a Turatti para me fornecer as provas, a mais simples e abundante, os 50 livros escritos pelo Amauri, e ele NUNCA ME APRESENTA NADA. Como provar que ele mentiu se Quevedo e Turatti não provam que ele disse a verdade?
Declaração de Jefferson Benetton: Declarações de Chico Xavier acerca de seu Sobrinho Amauri, extraídas da Folha online - publicadas em 30/06/2002 : "Quanto ao meu sobrinho, era um perturbado. Bebia muito, não trabalhava direito, acabou louco. E morreu há alguns anos. Ele fez aquilo, ao que parece, pela sedução do dinheiro. Que o altíssimo o perdoe."Este texto se encontra no artigo da Realidade de nov. De 1971. Sabedor disso, Turatti, quando fala desse sobrinho, tenta desqualificar esse aspecto ruim da vida da tão valiosa testemunha, desamparada de Deus e dos santos católicos...
Complementado, Jefferson Benetton também postou o seguinte texto:
Marcel Souto Maior: Jornalista, nos últimos quatro anos trabalhou no Jornal do Brasil, onde exerceu a função de subeditor do Caderno B e da Revista Programa. Antes, atuou como repórter do Correio Braziliense. O caráter investigativo de suas matérias coadunam com o seu espírito Jornalístico. Marcel nunca se identificou com qualquer corrente religiosa. Eis alguns trechos do Livro que tratam de Amauri Pena:
"Em julho de 1958, enquanto o Brasil rebolava com o bambolê, palavras escandalosas atingiam Chico Xavier em cheio. Seu sobrinho, Amauri Pena Xavier, 25 anos, que morava em Sabará, apareceu na redação do Jornal Diário de Minas para ‘desabafar’. Precisava se livrar de um peso na consciência: há muitos anos escrevia poemas, atribuía a obra ao espírito de Castro Alves e dizia ter sido escolhido pela espiritualidade para divulgar na Terra um novo Lusíadas. Pois bem: era tudo mentira.
Amauri exibiu as oitavas lusitanas aos jornalistas, renegou os espíritos, atribuiu a autoria dos versos a si mesmo e levantou novas suspeitas contra o tio. A imprensa ignorou a qualidade de seus textos e explorou ao máximo a chance de transformar Chico Xavier em escândalo.
O Jornal 'O Globo' estampou em manchete, com direito a ponto de exclamação, na primeira página de sua edição de 16 de julho do mesmo ano:
"Desmascarado Chico Xavier pelo sobrinho e auxiliar!"
O texto, curto, era taxativo:
Depois de se submeter ao papel de mistificador durante anos, o jovem Amauri Pena, sobrinho de Chico Xavier resolveu, por uma questão de consciência, revelar toda a verdade! Chico Xavier era, desde muito cedo, um devorador de livros.
O Jornal 'Diário da Tarde' decidiu apurar melhor a confissão do sobrinho de Chico Xavier e mandou um repórter a Sabará para entrevistar Amauri. O rapaz estava em Belo Horizonte. O delegado Agostinho Couto recebeu o jornalista e deu a folha corrida do ‘confessor’:
Alcoólatra inveterado, ‘um desordeiro’, ele já tinha sido apanhado tentando roubar uma casa e fora expulso da cidade várias vezes pelo policial. O pai de Amauri, Jaci Pena, confirmou as acusações:
- "Meu filho é um doente da alma. Todo mundo sabe disso. É dado a bebidas. Ontem mesmo eu o apanhei caído no jardim no maior pileque. Chico conhece Amauri. As declarações dele não alteram nada”.
A polêmica acabou ali. Amauri, sempre bêbado, acabou internado em um sanatório na cidade de Pinhal em São Paulo e morreu pouco tempo depois. Seu último desejo: divulgar um documento com um pedido de desculpas ao tio. Os diretores da Federação Espírita Brasileira decidiram adiar a retratação. Os adversários podiam insinuar que o jovem havia sido forçado a se arrepender.
Amauri morreu e deixou como herança um mistério para os espíritas. Por que ele teria atacado o tio? A versão mais aceita no meio é a de que ele assumiu a autoria dos poemas e levantou suspeitas contra Chico para impressionar e agradar uma moça católica por quem estava apaixonado. Outra versão, mais apimentada, coloca dinheiro na roda: ele teria sido subornado por um padre para desmoralizar o Espírita de Pedro Leopoldo.”
Livro : "As Vidas de Chico Xavier", Marcel Souto Maior, Rocco, Rio de Janeiro, RJ, 9ª edição, 1994, páginas 122 a 125.
A título de complementação, vou incluir também o texto de outro católico roxo, Cledson Ramos, com quem também troquei umas idéias. Ele é um grande fã do Quevedo e me recomendava ler toda a obra quevediana. Só por que ele quer! O texto está em azul e os meus comentários em branco.
O sobrinho de Chico Xavier
O famoso Chico Xavier tem um sobrinho chamado Amauri Pena que, aos treze anos de idade, bom leitor como o tio, já escrevia poemas e lia as obras espíritas. Mais tarde, estudou ainda literatura brasileira, portuguesa e francesa.
Eis que o sobrinho também "psicografava", e muito ! Foi considerado pela FEB como o sucessor de Chico Xavier, a mesma FEB que não aceitaria (?!) mais tarde o seu desmentido.Uma pergunta: Quem, quando, onde e em que veículo de comunicação a FEB teria apontado Amauri Pena como sucessor do Chico? Do Chico que ainda estava em plena atividade. Muito cedo para se falar em sucessor...
Eis que em 1958, Amauri Pena procura a imprensa mineira e solta a notícia bombástica:
"Tudo o que tenho psicografado até hoje, apesar das diferenças de estilo, foi criado por minha própria imaginação, sem que precisasse da interferência de outro mundo".
(...)
"Depois de anos, resolvi por uma questão de consciência contar a verdade".
(...)
"Vi-me, então, diante de duas alternativas: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre ou levantar-se corajosamente para penitenciar-me diante do mundo e de mim mesmo, libertando-me definitivamente. Foi o que resolvi fazer".
(...)
"Tenho uma obra idêntica (ao "Parnaso do Além Túmulo", de Chico Xavier) e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia".
A reação dos espíritas nacionalistas não demorou. O Reformador, da FEB, tentava se consolar, dizendo que Jesus também teve o seu traidor. Um dos escritores espíritas da época (Irmão Saulo) anunciava a respeito da psicografia de Amauri Pena: "é inegável e irretratável" (?!).Que edição, ano, número, páginas deste Reformador o Cledson se refere?
Não é a toa que o Espiritismo vem decaindo em toda a Europa, e demais países. Só no Brasil, praticamente, que esta superstição consegue sobreviver. Fato um tanto constrangedor, diga-se de passagem, para a doutrina que seria "triunfante" !!!
http://www.universocatolico.com.br/inde ... 7&Itemid=3Do Universo Católico, desmentidos do Espiritismo – autoria de Cledson Ramos. Pedi a ele informações de onde teriam sido tirados esses dados e ele disse que foi do livro Espiritismo, Orientação para os católicos, - de Boaventura Kloppemburg. (nenhuma fonte original, infelizmente, e nenhum esclarecimento)
E para terminar, segue abaixo mais um texto que explica a situação real de Amauri Pena.
Cap. 45
AMAURI PENA
UM SOBRINHO DE CHICO XAVIER
O mundo espiritual é o mundo onde os espíritos vivem. Numerosas são as faixas de vibração onde eles se movimentam e residem. .
As faixas vibratórias cor respondem à vibração dos seres que ali permanecem até que atingindo vibração maior são arrastados ou impulsionados pela força da lei para outra faixa. Ninguém vive num meio ambiente vibracional que não é o seu. A força que nos conduz só se satisfaz com o nosso estacionamento no meio que nos é próprio. Fora disso, sofreremos os impactos das vibrações diferentes que nos atacarão de todos os lados ou com os quais nos chocaremos violentamente.
Os médiuns têm a sensibilidade necessária para perceber e sentir o plano espiritual e aqueles seres que vivem nele.
É lógico que a mediunidade nos dá condições de perceber e sentir não somente a presença das criaturas superiores que habitam o Mundo dos Espíritos como também as inferiores. Sintonizados com entidades superiores marchamos para o melhor; sintonizados com entidades inferiores, caminhamos ao encontro do pior. A mediunidade, porém, é a capacidade de vibrar nessas faixas que estão além da nossa mas misturadas conosco. O Reino de Deus e o Reino de Satanás estão aqui mesmo. "O Reino de Deus" está no meio de nós - disse Jesus. E está mesmo. Nele vivemos, existimos e nos movemos, conforme afirma a palavra de Paulo.
O médium tanto pode receber espíritos bons quanto espíritos maus. No Evangelho de Jesus encontramos Pedro, o apóstolo, nas seguintes circunstâncias:
Na primeira, Jesus pregava e Pedro inquieto, sentindo que o Senhor abalava os alicerces falsos do edifício construído pelos fariseus, exclamou:
- Senhor, é muito duro ouvir este discurso!
- Se não quereis ouvir, ide, pois, embora, respondeu Jesus.
- Mas, Senhor, é muito duro ouvir este discurso e para quem iremos nós!
- Vai, afasta-te de mim, Satanás!
Noutra oportunidade, os discípulos se acercaram. do Mestre porque se falava muito de Jesus e os Judeus andavam preocupados em saber quem era Ele.
- Quem dizem os homens que Eu Sou? - perguntou-lhes.
- Uns dizem que sois Elias, outros, que sois João Batista. ou algum dos antigos profetas, responderam.
- E vós, quem dizeis que Eu Sou?
- Vós sois o Messias, o Filho do Deus Vivo! - exclamou Pedro. - Em verdade vos digo, que não foram nem a carne nem o sangue que vos disseram isto, mas meu Pai que está nos Céus!- afirmou Jesus.
Como se vê, Pedro, que era apóstolo, e a quem Jesus entregaria as "Chaves do Reino de Deus", ora ficava possui do por Satanás, isto é, espírito inferior, e ora pelo Pai que está nos Céus ou seja, o Espírito Superior.
A força mediúnica é uma só, tanto para o bem quanto para o mal, é apenas questão de sintonia e direção. A energia elétrica obtida da cachoeira tanto pode servir para iluminar uma cidade quanto para acionar o raio da morte.
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Amauri Pena era sobrinho de Chico Xavier, filho de Maria Xavier Pena, irmã de Chico. Conhecemo-lo em Sabará. Amauri tinha 11 anos de idade, e era uma criança magra, enfezada, sem expressão. Dona Maria, muito pobre~ mas um coração excepcional. Trabalhava com Rubens Romanelli, que era professor. Rubens disse-nos apontando o garoto.
- É um gênio. Escreve poesias maravilhosas dignas de Castro Alves e de outros grandes poetas brasileiros.
Olhei o garoto e não dei nada por ele. Vi algumas poesias que escrevera e achei realmente extraordinárias. Escrevia num caderno.
- Eu não deixei que publicasse, até agora, disse o Rubens, porque quero me certificar melhor se são dele mesmo ou se são de espíritos.
Fiquei pasmado. Ali havia um médium extraordinário, que era um menino; e não se publicavam as coisas notáveis que escrevia!
Mais tarde, passados alguns anos, soube que Romanelli tomara-o sob sua responsabilidade.
O menino, agora rapaz, estava escrevendo um livro fantástico que se chamava "Os Cruzilidas", escrito pelo espírito de Camões.
Estivemos com o Rubens e ele nos mostrou páginas escritas naquela . linguagem típica do poeta português, não só o estilo mas também o vocabulário eram puramente camoneano.
As oitavas luzitanas voltaram a viver através do lápis de Amauri Pena. A maneira de escrever era a mesma do grande vate. Tão igual que espantava, embora os versos fossem novos, absolutamente novos, não sendo modificação ou simples adulteração dos versos escritos em vida terrestre por Luiz de Camões.
Ao lado desse poema que contava a “História Espiritual da Descoberta do Brasil", já que relatava o que ocorrera no Plano do Espírito antes que o Brasil fosse descoberto e tudo que aconteceu ali durante a travessia do oceano, as interferências espirituais e as lutas.
Krishna nos ensinou que no Céu se travam terríveis batalhas entre o Bem e o Mal e Zaratrusta também fala disso.
Camões retrata, pois, nos 'Cruzilidas', a epopéia espiritual da descoberta de um novo continente, porque o Brasil na realidade tem a força e as dimensões de um imenso continente.
Pode-se imaginar a importância desse poema, que até hoje não foi publicado. Segundo nos disse Romanelli, na última vez que o encontramos, que o livro estava na Livraria Allan Kardec, para publicação. Talvez tenha voltado às mãos do Rubens, não sabemos. (**)
Além do poema 'Os Cruzilidas', Amauri recebia sonetos perfeitos e assinados por outros espíritos. Os sonetos e outros poemas Rubens andou publicando no jornal "A Síntese", do qual era diretor. Pensávamos que Amauri Pena pudesse um dia ser o substituto do fio, no campo da mediunidade, mas isso não aconteceu. O que ocorreu foi que um dia Amauri foi para os jornais e fez tremendas acusações a Chico Xavier, chamou-o de mistificador e outras acusações, dizendo que tudo o que Chico escrevia era da cabeça dele mesmo e aquilo que o próprio Amauri também escreveu era tudo de sua própria lavra, embora assinado por nomes respeitáveis da literatura brasileira. Os jornais sensacionalistas do Brasil inteiro estamparam o caso em manchetes e exploraram fartamente o assunto.
Chico foi para a rua da amargura. Todavia. não se defendeu. Pelo contrário, o pouco que falou foi em defesa do sobrinho e procurou justificar-lhe a atitude inconseqüente.
Nós, porém, ficamos particularmente sabendo que Amauri morava com o Romanelli, antes disso, e no sobrado em cima, ou ao lado, morava também uma linda jovem pela qual o rapaz se apaixonara. Parece que estava aos cuidados de uma velha tia. Amauri, além de mulato, não tinha nada, pobre de pobreza franciscana. A moça loura gostava do rapaz, a velha, no entanto, se opôs, e acabou com o namoro. Apaixonado, desesperado, o moço pobre que acreditava ter escrito um poema genial, passou a beber, descontrolou-se e julgou-se por sua vez um gênio desprezado. Daí a lembrar-se do tio e culpá-la de seus fracassos foi um pulo. Chico nada tinha com o caso, mas o moço Amauri havia se sintonizando com as forças inferiores do espírito e foi dominado por elas.
Envolto pelas entidades malignas, acabou, pouco depois, no hospício. O Chico sofreu com tudo aquilo.
O caso, exposto publicamente nos jornais. As acusações injustas do sobrinho e os religiosos de outros credos armados ferozmente para destruí-lo.
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Cremos que lembrar-se de acusar o tio psicologicamente deve-se ao fato de Amauri desde criança ouvir em sua casa falar de Espiritismo, de espíritos, de mediunidade, tudo ocasionado por ser o tio o maior médium brasileiro. A própria mãe é médium extraordinário. É possível, embora não tenhamos notícias disso, que Chico Xavier o tenha orientado inicialmente em sua mediunidade, falando-lhe alguma coisa que o impressionara. Pode ser que acreditasse que em decorrência disso tudo é que assinara poemas e sonetos com nomes de grandes poetas, que fora influenciado pelo tio e pela mãe. Daí, também, a revolta. Parece que a velha tia da moça que amava era católica fervorosa e fanática e o fato de Amauri receber espíritos se tornou para elas uma barreira intransponível além da sua pobreza e da sua cor. Ora, naturalmente, sob a influência de. espíritos maus, pensou ele, para vencer esses obstáculos de pobreza, cor e pouca beleza, só provando que era um gênio e que escrevera um livro de gênio.
O livro já havia sido elogiado por Romanelli e outros professores que leram a obra e disseram que era digna de Camões. Demonstrando que não era mediunidade, ele seria famoso por si mesmo e haveria de entrar nas boas graças da velha, que não teria dúvida de receber o moço mulato, pobre, mas genial!
Mas para isso deveria começar provando que o tio também não era médium mas simplesmente outro gênio e só isso já daria a ele, como aliás deu, repercussão nacional.
Sabemos que foi também influenciado por outras pessoas. Oportunamente, quem sabe, voltaremos a esclarecer melhor os fatos.
Embriagando-se permanentemente, Amauri atirou-se nos braços das entidades inferiores do mundo espiritual inferior e foi afinal internado em Sanatório, na cidade de Pinhal, no Estado de S. Paulo.
O assunto foi amplamente divulgado e miseravelmente explorado pelos adversários da Doutrina Espírita e pelos inimigos gratuitos de Chico Xavier.
Mais tarde, Amauri melhorou, arranjou uma banca de sapateiro e começou a trabalhar. Quando a Fraternidade realizou um congresso naquela cidade, Amauri nos procurou e pediu que reuníssemos os diretores da OSCAL porque ele tinha uma notícia importante a nos dar.
XX
Reunimos os componentes mais credenciados da Fraternidade na Casa do Cavalieri e ouvimos Amauri Pena.
Humildemente, retratou-se de todas as acusações que fizera contra Chico Xavier e declarou que desejava fazê-lo por escrito para que todo o Brasil soubesse.
Como havia pouco tempo saído de uma Casa de Saúde, resolvemos não aceitar naquele momento a sua retratação por escrito, dizendo-lhe que oportunamente, aceitaríamos a sua declaração escrita. Ali, poderia parecer que a Fraternidade o forçara a tomar essa atitude.
Tempos depois, Amauri morreu e a declaração não foi escrita. Perdeu-se uma bela oportunidade, no entanto, a intenção dos diretores da Fraternidade foi a melhor possível.
E que ele se retratou espontaneamente, se retratou.
Na luta diária de cada médium, os dramas se sucedem a todo o momento. As forças do mal estão vigilantes para nos destruir. Médiuns com grandes possibilidades serão arrastados pelos abismos da incompreensão e da loucura se não colocarem sua 'alma e seu coração em Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Só através do Evangelho conseguiremos sintonizar com o Bem Verdadeiro. Diz o Espírito de Charles que intuir é vibrar no Infinito.
Desprendido do organismo físico, mais que os outros homens, o médium vibra no Infinito e sente poderosamente a influência dos Espíritos que o rodeiam.
De acordo com a qualidade habitual e o tipo de nosso pensamento emitimos ondas concêntricas e raios em todas as direções que nos situação no clima e no mundo com o qual nos afinamos.
A passagem citada de Pedro, o Apóstolo, ilustra bem o assunto. Ele era discípulo do Senhor e até o discípulo a quem Jesus entregaria as chaves do Seu Reino neste mundo. Ouvira Jesus todos os dias, recebera os seus ensinamentos, o seu amor e as suas vibrações, o Senhor estava com ele e é o Príncipe dos Apóstolos, no entanto, ora estava dominado pelo espírito de Satanás e ora, pelo Pai que está nos Céus. Logo, a mediunidade se presta ao bem e ao mal, dependendo apenas de nós a posição que venhamos a possuir. Amauri também foi um grande médium e tanto recebeu Camões, o genial poeta, como recebeu os espíritos das trevas que através dele, investiram contra Chico Xavier.
Orai e vigiai - disse Jesus a seus amigos.
E nós, na humildade de nosso coração e na pequenez de nossa vida, murmuremos com Francisco de Assis:
- Senhor, faze de mim um instrumento de tua paz!
(**) Atualmente tenho. em mãos uma parte dos originais de “Os Cruzilidas". Nota do Autor.
Fonte: RANIERI, R.A., Recordações de Chico Xavier, Guaratinguetá, SP: Editora Fraternidade, (pp. 123-127)
Como se vê, Amauri SÓ ESCREVEU UM LIVRO, que JAMAIS FOI PUBLICADO. De onde o tão amante da verdade, Sr Padre Quevedo, tirou os outros 49?
O TESTEMUNHO DA IRMÃ
Dona Maria Xavier, irmã mais velha e que fizera de "mãe" de Chico Xavier, declarou inúmeras vezes que tudo isso da pretendida psicografia espírita era devido a incansável treino anos e anos a fio.Onde e quando ela se fez de mãe e como soube do incansável treino? Onde e quando fez tal declaração? A propósito, a Realidade de novembro de 1971 diz que quem se fez de segunda mãe para o Chico foi Luísa Xavier e não a Maria... Vejam só a competência quevediana!
E freqüentemente declarou mais: que por tais testemunhos, Chico, quando já "médium" famosíssimo, por duas vezes tentou sugestiona-la para morrer, dizendo que os espíritos superiores haviam anunciado a morte dela para tal data. Errou. Novamente anunciou a morte para uns meses mais tarde. Errou de novo. Dona Maria Xavier não se deixou sugestionar pelo famoso irmão espírita.Onde e quando a tal Maria fez tal declaração? Melhor que isso: foi uma declaração registrada em cartório, obtida sob juramento a algum santo católico ou sob Maria, Jesus, Deus, enfim, alguma entidade cara à fé católica, cujo perjuro implicaria em pecado mortal?
Ah! Esqueci-me: o padre poderia instruí-la de que mentir e difamar, desde que seja em defesa da Fé Católica é aprovado por Deus e portanto não constitui pecado... mesmo jurando por tudo quanto é mais sagrado! Bem, se a Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana fez torturar e queimar pessoas em defesa de Deus e da Fé, então mentir em defesa dessa Fé é fichinha...
MALANDRAGEM E MENTIRAS
# Chico Xavier, quando "psicografa", com os dedos tampa o olho esquerdo.
Para que? Nele é completamente cego.
# E com a palma da mão, folgadamente, encobre o olho direito fechado, de formas que num palpebrar rápido pode ver perfeitamente sem que os presentes percebam essa vulgar manobra...--- que, porém, não engana a nenhum aprendiz de mágico...
# Ou, então, deixa ao descoberto o olho esquerdo fechado, o cego, enquanto que encobre com a palma da mão com bastante folga o olho direito...Não sei o que uma coisa tem a ver com outra. A autenticidade ou genuinidade de uma mensagem psicografada é obtida, ou pelo menos melhor conceituada em vista da comprovação do seu conteúdo, não pelo fato de um médium escrever sem supostamente ver o que está escrevendo...
Observação de Jefferson Benetton: Quando alguém vai rezar (orar), observa-se o costume de juntar as mãos, mas se não juntar as mãos, poderemos dizer que essa mesma pessoa não está rezando (orando)? O mesmo acontece com a psicografia, se o médium coloca a mão nos olhos é puramente um gesto mecânico e além do mais a mediunidade de Chico era tão grande que, com olhos abertos ou não, nada mudaria, afinal até de trás para frente ele já escreveu.# Vendo-o falar sozinho, o pai leva-o à paróquia de Matosinhos, próxima a Pedro Leopoldo, para falar com o Padre Sebastião Scarzelli. "Era um senhor muito bondoso, de quem eu recebia muitos conselhos e algumas penitências".
"Uma das pequenas penitências impostas pelo padre: seguir todas as procissões que houvesse, carregando uma pedra de 15 quilos na cabeça. Uma vez eu tinha de rezar mil Ave-Marias. Ia rezando e contando. Quando chegava mais ou menos a 950, vinha um espírito brincalhão e me fazia errar a conta. Lá eu ia começar tudo de novo".
"'Cínico, tem parte com o Diabo, precisa internar', e lá ia o pai com Chico ao Padre, e tome mais Ave Maria e outras penitências" (Entrevista ao repórter Ramón García y García, em "Fatos e Fotos", 1977, artigo "As torturas a um menino órfão", págs. 24 s).
Alguém pode duvidar que estas afirmações de Chico Xavier são mentiras deslavadas? E quem assim mente, quantas outras mentiras haverá proferido?Eu posso e muita gente pode aceitar tais declarações de Chico como verdadeiras, da mesma forma que qualquer católico sincero e fanatizado aceitaria a suas. Mas tem um jeito de demonstrar que elas são falsas, Sr Quevedo: é só demonstrar que é tecnicamente impossível a um garoto da idade e constituição física de Chico na época levar uma pedra de 15 quilos na cabeça; que o Direito Canônico proíbe expressamente rezar mais de um Ave Maria por dia (obviamente o padre em questão deveria saber disso...); que penitências de quaisquer tipo foram proibidas na Igreja desde a sua fundação... Isso e mais algumas outras provas de que são mentiras que o senhor puder apresentar, caro Quevedo. Do contrário acho tolice invocar o suposto bom senso do leitor a exigir que ele automaticamente entenda serem mentiras. Um leitor católico talvez fizesse isso, por exigência sua, mas um espírita não.
DOENTE MENTAL
# Por motivos de saúde houve que fazer o eletroencefalograma de Chico Xavier, fora do controle dos espiritistas quando finge que está "psicografando". Resultado esclarecedor:
"Foco temporal classicamente responsável por distúrbios sensoriais, alucinações, ouvir vozes (...), arritmia, tendência a ataques epilépticos ou `transes´" (Ver, entre outras publicações, Revista "Realidade", Novembro, 1971).Vejam só a contradição quevediana: mais acima dizia que Chico recusava-se submeter a um eletroencefalograma e agora... fez um eletroencefalograma. Eu pensava que os médicos tinham certos compromissos éticos... Lembro-me que quando o Mário Covas já estava sendo consumido pelo câncer, uma reportagem ressaltou esse compromisso: os médicos não podiam dizer que ele sentiu dor, que chorou, que recebeu tal e qual tratamento que resultou nisso..., etc e tal. Mas vamos transcrever o que está dito na Realidade de novembro de 1971 (as maiúsculas são minhas):
(Um PSIQUIATRA, o dr. Alberto Lyra, interpretando esse episódio: Tendo em vista que seu eletroencefalograma revela um foco temporal, classicamente responsável por distúrbios sensoriais, com ocorrência de alucinações, vozes, visões, etc., podemos estar diante de um ataque epiléptico. Por outro processo psicológico, uma pessoa, contando repetidas vezes um episódio e obtendo para ele o consenso de seu meio, acaba acreditando que ele é de fato verdadeiro, e nunca mais duvidará de que assim não seja.)
(UM ESPIRITUALISTA, o MESMO dr. Alberto Lyra, ex-presidente do Instituto Paulista de Parapsicologia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Teosofia, analisando o mesmo episódio: - O patológico não exclui, nem deforma, o fenômeno paranormal, ou sobrenatural. Eu acredito na existência dos espíritos, e pode muito bem tudo ter-se passado conforme o relato de Chico Xavier.)
Notaram a safadeza quevediana neste lance? Começa dizendo que o eletroencefalograma foi feito por motivos de saúde (onde está dito isso no texto?) e que o o PSIQUIATRA dr Alberto Lyra concluiu que, etc etc, mas faltou dizer que o mesmo doutor também era espiritualista (que estranha coincidência). Aí suas conclusões não valem e Quevedo as joga para baixo do tapete.
# Depoimento do pai, Sr. João Cândido. Confessou o próprio Chico Xavier com referência à sua "iniciação mediúnica" na infância, de sonâmbulo falante e ambulante: "Meu pai estava querendo internar-me em um sanatório para enfermos mentais (...) Devia ter suas razões: naquela época me visitavam (...) também entidades estranhas perturbadoras" (Em entrevista ao repórter Mauro Santayana, "Folha Ilustrada", São Paulo, 11-Julho-1982).
# Depoimento da madrinha, Da. Rita: "Dizia que eu era louco". Surrava-me "por ser doido (...) Dizia a todo mundo que o menino era doido varrido" (Em entrevista ao repórter Ramón García y García, "Fatos e Fotos", n. 1072).
# Por afirmação do próprio Chico. Afirmou inúmeras vezes que estava sempre sendo assistido e inspirado por "Emmánuel". Continuamente, ininterruptamente, dia e noite..., que o via, ouvia e sentia como a qualquer pessoa viva ou a qualquer coisa ao redor. Especialmente por "Emmánuel", como chefe, mas também mais de 500 outros "espíritos" subordinados.
Sendo isto não só sem prova nenhuma senão também clarissimamente falso, como veremos, de duas uma: ou Chico Xavier não acreditava no que afirmava e seria um continuo mentiroso e continuo farsante, ou acreditava nessa afirmação e então estava completamente fora da realidade, o que significaria que era absoluta e continuamente louco em alto grau.Teríamos um país muito melhor se loucos como ele estivessem na presidência da República, no Congresso e nos tribunais... Infelizmente há muitos de juízo perfeito é que lá estão e cuja atuação não é bem a favor do povo... Já tivemos parlamentar e juiz acusados de vender habeas corpus, casos que não me deixam mentir. Agora a mesma Realidade de novembro de 1971 fala que, em vendas, só Jorge Amado se rivalizava com Chico Xavier: todos os demais autores famosos, Machado de Assis, Érico Veríssimo, etc, perdiam para ele.
Eu é que gostaria de ser um louco assim, retendo os direitos autorais, é claro!
SURTOS? OU CONFIRMAÇOES DA LOUCURA?
Se todo o proceder e afirmações de Chico Xavier foi totalmente farsa, os episódios a que agora vou me referir classificar-se-iam propriamente como surtos, ataques de loucura mais ou menos freqüentes. Se, porem, não fosse farsa, os casos que vamos citar seriam só confirmações, manifestações mais notáveis da sua plena e habitual grande loucura.
# Por exemplo quando era escriturário no Ministério de Agricultura em Pedro Leopoldo: "Eu estava trabalhando, quando vi entrarem dois espíritos perturbados, que já vinham há vários dias fazendo ameaças. Um deles estava armado de revólver e, depois de me dirigir vários desaforos, disse que ia me matar. Dito e feito: apertou o gatilho e a bala atingiu meu ombro, mas só de raspão, porque eu ainda tive tempo de desviar o corpo (...) Tanto o tiro foi real, que eu fiquei oito dias com o ombro dolorido" (Em entrevista à revista "Realidade", Novembro, 1971).
# "Este coelho não é muito honesto. Outro dia, dois gatos meus vieram denuncia-lo (...) O coelho, disseram, lhes estava comendo a razão de carne. Os coelhos deveriam ser herbívoros, mas este, acanalhado, virou carnívoro" (Ibidem).
# "Freqüentemente, quando viaja de carro, se nota uma folha ao vento ou alguma coisa semelhante, 'mando parar. Temo que os cavalos do motor se assustem' me diz Chico Xavier" (Ibidem).
# Etc., etc.Exceto o lance dos espíritos armados, que Chico relatava no maior tom de bom humor (será que não estaria só brincando mesmo?), os outros relatos não figuram no texto. De onde o Sr Quevedo os teria tirado? Será que foi do seu fabuloso inconsciente?
E AS INCONGRUÊNCIAS
Apresento algumas, entre milhares. Se Chico Xavier não era louco, a farsa seria gravíssima demais... Se Chico Xavier era um grande doente mental, não estranhariam as contínuas e enormes incongruências e que ele as atribuísse a "espíritos" superiores.
A propaganda que dele fazem os líderes do espiritismo é que deveria estranhar, se não fosse conhecido o fanatismo e mesmo tortuosa intenção...Na luta para aproveitar todos os argumentos contra o Espiritismo, Quevedo tem enorme dificuldade em decidir se Chico era louco ou farsante. Tal coisa só compromente a clareza de raciocínio e lógica. Ainda bem que Quevedo não tem nem uma coisa e nem outra. Nem o Turatti, que só o copia.
# No "Parnaso de Alem Túmulo" Chico Xavier apresenta um soneto, no "estilo dos sonetos do exílio" como se fosse uma psicografia ditada pelo "espírito" de Dom Pedro II.
Ora, o "espírito" de Dom Pedro II não sabia nem ninguém lhe comunicou no além, nem a ele nem a Chico, que os "sonetos do exílio" não eram de Dom Pedro senão de um nobre que o acompanhava? (Com toda razão Gustavo Barroso ridicularizava então a Chico Xavier num artigo em "O Cruzeiro").Infelizmente não li o Parnaso... e não sei do que se trata, mas do jeito que está colocado acima, não se percebe uma ilação de que o texto supostamente do Dom Pedro II diz ter sido o autor dos sonetos do exílio, mas que fez um soneto ao estilo daqueles. Uma transcrição literal do que está escrito no Parnaso seria mais convincente do que uma declaração do Sr Quevedo... Mas acho que não vai adiantar, pois ao que parece o Quevedo também não sabe fazer transcrições literais... E nem dar os dados corretos sobre que dia, mês e ano dessa reportagem do Gustavo Barroso no O Cruzeiro.
# "E no caso de Humberto de Campos é mais grave"...
"porque ele capricha em obedecer ao Decreto do Governo Federal que instituiu a ortografia fonética, decreto baixado depois de seu trespasse" (Timponi, Miguel: "A Psicografia ante os Tribunais", 4ª ed., pág. 333).O Sr Quevedo pode entender do que se trata o texto acima, mas eu não entendi lhufas. Suponho que o Quevedo exija que um espírito, para ser considerado legítimo, tenha por obrigação escrever ou se expressar exatamente como quando estava encarnado. Mas compreendo a exigência do padre: é que a Fé Católica diz que a alma é incapaz de receber quaisquer conhecimentos quando está sem corpo.... Só poderia receber a sabedoria infusa, vinda de Deus. Se Deus não prover a sabedoria da ortografia oficial, então a alma escreveria com a ortografia da época em que ainda estava presa a um corpo. Assim então percebe-se que Quevedo queria que a psicografia confirmasse o dogma católico. É isso?
# Chico Xavier fundou em Pedro Leopoldo o Centro Espírita São Luis Gonzaga, Rei da França.
Isto é, os "espíritos superiores" que pretendidamente assessoram a Chico seriam tão ignorantes, que não sabem que São Luís Gonzaga, jesuíta, italiano, morto muito jovem no século XVI é completamente diferente de São Luís, Rei da França, das Cruzadas, morto velho no século XIII.Pode me dizer onde, quando e em que publicação espírita está registrada a fundação do tal centro? No tal artigo da Realidade de Novembro de 1971 só fala em Luiz Gonzaga, sem o “São” à frente, e portanto sem qualquer referência a qualquer santo, e sem o Rei da França depois. Já é tempo do Sr Quevedo saber que suas declarações em fé só são aceitas pelos seus fanáticos seguidores ou por desavisados que não pensam, não perguntam e não se mancam de quem está falando.
# A "psicografia" mais reeditada e mais vendida, mais traduzida a outras línguas, mais difundida em Teatro e Televisão... é a novela "Nosso Lar".
Não sabemos que admirar mais, se a tão delirante como brilhante imaginação de Chico Xavier ou o "fanatismo" dos seus propagandistas:
Conta a história no além do "espírito" do famoso médico Dr. Osvaldo Cruz, que no além e nas numerosíssimas mensagens transmitidas a Chico e nos numerosos lares e centros de espiritismo que patrocina, recebe o nome de André Luís. Este espírito "desencarnado", ficou oito anos andando, andando (com que pernas?) sem saber por onde nem para onde. "Persistiam em mim as necessidades fisiológicas sem modificação" (um desencarnado precisando esconder-se detrás de arbustos para fazer chichí e cocô!). "Castigava-me a fome todas as fibras" (?), "De quando em quando deparavam-se-me verduras (no além!), que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d'água a que me atirava sequioso.
Devorava (com que dentes?) as folhas desconhecidas, colocava os lábios (?) à nascente turva", "Suguei lama da estrada". "Não raro era imprescindível ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bandos quais feras insaciáveis".
Por fim chegou "à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas". É o "Nosso Lar", uma colônia espiritual do além consagrada ao Cristo, fundada por "espíritos" portugueses "desencarnados" no Brasil no século XVI. Tem um milhão de "almitantes". Está num lugar do espaço mais perto do Sol do que da Terra (que cegos nossos astrônomos e astronautas que não encontraram no nosso sistema solar água, nem plantas, nem feras, nem habitantes, nem construções... nem esse "planeta"). Ocorria um movimento de greve para melhorar a comida, mas a ordem foi logo restabelecida com censura à imprensa, prisões em massa. André Luiz descreve vampiros, rostos encabeirados, mãos esqueléticas, fácies monstruosas" com vômitos negros (apesar de desencarnados!?). Quem na Terra usou os olhos para o mal, em "Nosso Lar" (como espírito desencarnado!) comparece com as órbitas vazias. Quem usou as pernas para o mal, (desencarnado!) fica paralítico e mesmo sem pernas. Mas de um a outro lado da colônia, há um serviço regular de aerobus.
Naqueles dias o governador do "Nosso Lar" comemorava seu 114º aniversário de governança (lá também há ditadura!), assistido por doze Ministérios, cada ministério orientado por 12 ministros (lá também há cabides de empregos).
Através das brechas nos muros da cidade, por desleixo do Ministério e dos serviços de Regeneração, havia intercâmbio clandestino (como o contrabando daqui!), pelo que o Governador "mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de dardos magnéticos".Antes de mais nada, como sabe o Sr Quevedo que André Luiz foi o médico Oswaldo Cruz? Essa idéia surge de vez e quando, por gente tentando adivinhar de quem se tratava. Oswaldo Cruz não podia ser, pois André Luís teve duas filhas e um filho e o Oswaldo teve cinco filhos e morreu antes da época assinalada pelo livro Nosso Lar. Lembra-me vagamente de ter lido acho que numa Folha Espírita, de uma fulana que perguntou a Chico quem teria sido André Luís e Chico respondeu que fora Carlos Chagas (cujo pai morreu quando ele tinha cinco anos, e o pai do André Luís morreu quando este já era adulto). Outros médicos com algum cacife foram cogitados, já ouvi um desavisado falar até que teria sido Vital Brasil (que morreu em 1953, 15 anos depois da publicação do livro _ em 1938...). Com se vê, em todos esses casos, quando se comparam os dados biográficos, estes não conferem com o que André Luís diz de si próprio. Somente por orgulho ou esnobismo alguém poderia querer que André Luís tivesse necessariamente ter animado um médico famoso e não apenas um desconhecido que, mesmo na espiritualidade, quis se manter anônimo para preservar a família. Isso quanto a André Luís.
Segundo: Kardec transcreve no livro o Céu e o Inferno o texto de uma pastoral de eminente autoridade católica, onde é descrito o Inferno, com lances que sugerem almas passando fome (mas elas teriam estômago?), outras a beber em rubras taças chamejantes (têm boca? e suponho que o chamejante líquido deva sair por algum lugar, seria o habitual?), queimando-se no fogo (têm receptores de dor na pele, ou melhor têm pele material?) e por aí vai. Agora vejamos a lógica quevediana: quando um teólogo católico descreve sofrimentos FÍSICOS de almas, ele está expressando a verdade da Fé Católica; quando um espírito qualquer escreve algo no mesmo estilo, aí então é só produto de imaginação ou farsa do inconsciente. Registrado.
# Toda a sua vida Chico Xavier proclamou que seu principal "espírito guia" era "Emmánuel" (assim, com acento tônico na letra a, proparoxítona), afirmando que fora "senador romano dos tempos de Cristo".
Chico ouviu que o latim não tem oxítonas, e transformou a palavra em proparoxítona. É que nenhum "espírito" do além saberia que a palavra "Emmánuel" não existe, é Emmanuel (oxítona), como Manuel, Gabriel, Rafael, Miguel.
E nenhum "espírito" de morto saberia que Emmanuel não é uma palavra latina, senão hebraica, que significa "Deus conosco", termo profético aplicado na Bíblia a Jesus Cristo.Quanto cavalo de batalha em cima de um simples erro tipográfico. Aliás, de onde o Sr Quevedo tirou esse Emmánuel? Todos os textos e livros que vi a respeito só falam em Emmanuel (sem acento)... Além disso, Emmanuel é só um pseudônimo, sem nenhuma referência a Cristo (aliás a profecia bíblica sobre Emmanuel x Cristo é pura balela, apesar de a Bíblia ser exata e infalível de acordo com a Igreja do nosso Quevedo, certo?).
# Quando ridicularizei a afirmação de Chico, pois nos tempos de Cristo nenhum senador romano poderia chamar-se "Emmánuel", nome cristão, e então o Cristianismo ainda não chegara a Roma, Chico Xavier inventou que "Emmánuel" era o pseudônimo de Públio Léntulo.Ou esse Sr Quevedo se dá muita importância ou foi vítima da vaidade da qual acusa Chico mais adiante. Como sempre, só se tem a sua declaração, sem nenhum dado comprobatório. Sr Quevedo, faça-me um favor, mostre-me a publicação em jornal, livro ou periódico espírita onde Chico Xavier declara: em resposta à pergunta do irmão Pe Oscar Quevedo sobre Emmánuel(?) declaro que ele foi Públio Léntulo, etc, etc.
Corresponderia o onus da prova a Chico Xavier..., ou a "Emmánuel".
Houve um senador romano chamado Publius Cornelius Lentulus, padrastro do Imperador Marco Antônio, e foi destituído do Senado por corrupção e por corrupção executado a pedido do célebre orador Cícero. Mas nenhum "espírito" de morto sabia que essa execução foi no ano 63 antes do nascimento de Cristo... Portanto, bem longe de ser contemporâneo de Jesus.Deve ter sido este o único senador romano com o nome Publius Lentulus...
Observação de Jefferson Benetton: - Cabe aqui, uma intervenção da minha parte. A pessoa a que se refere o sr. Quevedo, na realidade, chama-se Públio Lentulus Sura, BISAVÔ de Publius Lentulus Cornelius. Este último sim, tornou-se Emmanuel, mentor de Chico Xavier. Públio Lentulus Sura, bisavó paterno de Publius Lentulus Cornelius, tinha sido estrangulado 93 anos antes, na revolução de Catilina. Portanto, não são a mesma pessoa. Padre Quevedo diz que a execução foi no ano 63 A.C., e Cristo, naquela época já contava com mais de 30 anos. Portanto, não há dúvidas de que a pessoa executada era o bisavô de Publius Lentulus Cornelius. Logo, percebe-se, e com facilidade, que Publius Lentulus Cornelius era SIM contemporâneo de Jesus. Mais uma falácia de Quevedo cai por terra.Cabe informar também que Júlio Siqueira dá indicações que o tal Públio Lentulus teria sido uma figura fictícia (
http://geocities.yahoo.com.br/criticandokardec/)
# Quando perguntei, publicitariamente, contra a absurda afirmação dos espiritistas kardecistas, se "Emmánuel" esquecera de reencarnar, Chico Xavier inventou que "Emmánuel" tivera outras duas reencarnações posteriores, o Padre Manuel da Nóbrega, jesuíta, e o Padre Damián, espanhol.Que interessante. Quanta deferência o Sr Quevedo obteve de Chico e dos espiritistas kardecistas. Ele pergunta qualquer idiotice e Chico e os espiritistas já vão inventando estorinhas para agradar vossa excelência. Quanta importância a sua... Quando e onde o Sr Quevedo fez a pergunta? E quando e onde veio a resposta do Chico?
O ônus da prova?
Agradeço a homenagem: eu sou jesuíta e espanhol.Quanta vaidade a sua de achar que quando se fala em jesuítas (dos quais a História não fala nada bem) é em sua homenagem...
# Acontece que Chico Xavier disse que o Pe. Manuel da Nóbrega teria sido a última reencarnação de "Emmánuel" segundo revelação dele próprio (Citemos, entre tantas fontes, por exemplo "O Popular", de Goiânia, 19-Novembro-1975, 2º. Caderno, pág. 15).
Quando mente Chico Xavier? Quando diz que a última reencarnação de "Emmánuel" foi no Pe. Nóbrega, ou quando diz que no Pe. Damián? (Claro, as duas são mentiras).
# Mas mesmo com as tais supostas duas reencarnações não se resolve o problema. O Pe. Manuel da Nóbrega morreu em 1570. Segundo Chico teria reencarnado 50 anos depois (portanto 1620) no Pe. Damián, espanhol que haveria evangelizado na França.Desculpe-me, Sr Quevedo, mas história não é o meu forte. Sei do Manuel da Nóbrega, mas afinal quem foi o tal Damián? Quando de fato nasceu e morreu (dados da História, por favor), onde viveu e o que fez de fato? E o tal Popular é um periódico espírita? Não? Então de preferência cite esses periódicos e, se possível, transcrevendo o texto.
Ora, e depois voltou a esquecer de reencarnar?Como costuma acontecer com os apologistas cristãos (afinal li 50 livros de autores cristãos contra o Espiritismo), quando o Espiritismo real não diz o que os tais apologistas querem que seja dito, então eles fazem o seu espiritismo à moda da casa para então refutá-lo. O espírito reencarna quando chega a sua hora e não quando determina o Sr Quevedo, ou quando inventa o Chico...
# Acontece também que todos os senadores romanos ("Emmánuel"), e todos os jesuítas até há poucos anos (Pe. Manuel da Nóbrega), e todos os padres antigos (como seria o não identificado Pe. Damián) falamos latim. Desafiei em nome da Parapsicologia internacional: 10.000 dólares a Chico e mais outros tantos a cada um dos coubessem na sala, se Chico conseguisse falar ao menos um minuto comigo em latim. E nas mesmas condições outros 10.000 se falasse em espanhol (Pe. Damián). E nas mesmas condições outros 10.000 se falasse em francês (Pe. Damián, de novo).O desafio seria até válido e poderia ser aceito se os espíritas tivessem algo a ganhar com isso. E não estou me referindo aos prêmios em dinheiro, pois além de duvidar que os ofertantes tenham esses valores em caixa, sempre se arranja uma desculpa que justifica a não entrega do prêmio. O lance é que, mesmo tendo sido cumpridas todas as condições e os espíritos viessem e falassem em latim, espanhol, francês, inglês, ou qualquer outra língua exigida, o Sr Quevedo admitirá que são quem dizem ser? Eu duvido! O mais provável é que, diante da fala em línguas previstas, venham então os argumentos do tipo: nada provam em favor dos espíritos, pois através da captação do pensamento, do talento do inconsciente, da xenoglossia, da pantomnésia, da criptomnésia e mais duas dúzias de outras anésias, etc e tal, fica perfeitamente explicado pela Parapsicologia como e porque ele falou latim, espanhol e francês e assim justifica-se a não entrega dos prêmios...
# Etc., etc., etc. Acrescentarei mais alguns disparates somente a respeito da reencarnação, absurdo de que espiritistas kardecistas são ferrenhos propagadores.e se dizem cristãos, sendo que é impossível conciliar reencarnação com ressurreição, esta que é baluarte principal da fé cristã. O próprio Cristo, e Nossa Senhora já não mais existiriam, pois haveriam reencarnado já várias vezes!Realmente os espíritas não podem se dizer cristãos, nem se concilia ressurreição à moda cristã com a reencarnação, mas nada sei quanto à reencarnação do Jesus e da Nossa Senhora, nem porque deixariam de existir se tivessem reencarnado. Isso é espiritismo à moda quevediana, mas não o Espiritismo.
# Inúmeras vezes Chico cai em contradição com respeito à reencarnação. Por exemplo na "Mensagem aos meus pais" do "espírito" de Syumara de Oliveira "psicografada" por Chico:
"Conservem a certeza de que surgirá o dia em que nos reencontraremos para a felicidade sem ponto final" (Reunião Pública no Grupo Espírita da Prece, Uberaba, 7-Junho-1980).
O que é proclamar a ressurreição e felicidade eterna.Ou a condição a que todos chegaremos de espíritos puros, sem necessidade de reencarnação... Ou simplesmente reconhecer que a morte não separa as pessoas e que contatos com os espíritos são possíveis. O Sr Quevedo é do tipo que adora tirar de um texto mais do que lhe pertence. Um defeito grave, mas não é só dele.
# Igualmente na tão paparicada "psicografia" em que teria escrito em espelho e em inglês, não fosse evidente que foi desenhada muito pacientemente uma frase aprendida de cor; truque tão infantil; perante que testemunhas "psicografou" tal frase?...Pena que o Sr Quevedo ache que evidências estão sempre na cara e esqueça de que tem que nos mostrar claramente, senão não percebemos....
Observação de Jefferson: - A psicografia em Chico Xavier atingia níveis de qualidade inigualáveis. Cientistas e parapsicólogos estudam suas obras. Chico dava demonstrações do nível incomparável ao escrever perante mais de duzentas pessoas, em Campos, Estado do Rio de Janeiro, mensagens em línguas mortas, ou então em inglês clássico, mas de trás para frente, levando as pessoas presentes a usar um espelho para a leitura do texto. A velocidade de sua mão era espantosa. E Chico, pouco tempo depois, acaba psicografando textos diferentes, com as duas mãos, ao mesmo tempo, fenômeno até hoje não realizado por nenhum outro médium.
A repercussão é tão significativa, que o jornal O Globo enviou a Pedro Leopoldo o repórter Clementino de Alencar, sem prazo determinado para voltar, com o objetivo de entrevistar o médium, autoridades, assistir a reuniões mediúnicas, enfim, verificar in loco os fenômenos de além-túmulo. O jornalista chega a entrevistar em língua estrangeira vários espíritos e assiste, extasiado, a um fenômeno da escrita invertida em inglês. Hospedado no hotel Diniz, o jornalista ali permanece por dois meses até concluir sua "investigação", sempre acompanhado de fotógrafo, o qual faz dezenas de imagens para registrar os acontecimentos.Mas o que agora frisamos: o conteúdo da frase é contra a interpretação reencarnacionista da dor, contra a doutrina espiritista em geral, e no sentido cristão de colaborar com Cristo na Redenção do mundo: (Tradução) "Meus caros amigos espiritualistas, o conhecimento dos homens é nulo em face da morte (o conhecimento dos espiritistas, pois a eles seria dirigida a mensagem de "Emmánuel"); suportai a vossa Cruz com paciência e coragem. A dor e a fé são os maiores tesouros terrenos e o trabalho é o ouro da vida".
# Se a dor e as doenças fossem em castigo de "reencarnações" anteriores como absurdamente diz o próprio Chico e os espiritistas kardecistas em geral, Chico Xavier seria - - - - - - - - , em vez de um espírito muito desenvolvido, como pretendem, pois desde criançinha teria péssimo "karma", perdendo a mãe aos cinco anos, foi maltratado por cruel madrinha, sempre teve péssima saúde, sexualmente invertido, tendência à epilepsia e alucinações, sofreu dois infartos, teve laberintite muito violenta, a próstrata temía-se que o levasse à morte prematura, ficou cego do olho esquerdo, etc., etc.: Uma coletânea do pior "karma" (!?).Mais uma vez o Sr Quevedo faz o seu próprio espiritismo e depois o refuta. O sofrimento pode, naturalmente, ser conseqüência da lei de causa e efeito, mas NÃO SOMENTE. É o que ensina o Espiritismo. Espíritos podem requerer situações sofridas como forma de experimentarem sua evolução espiritual. Espíritos missionários passam às vezes por situações sofredoras. Seja num caso, ou no outro, as palavras acima se encaixam perfeitamente. Só o Quevedo é que não vê isso, pois fez o seu próprio espiritismo. E o grau de sofrimento nada tem a ver com o grau evolutivo do espírito. Tem a ver é o quanto o espírito deseja suportar numa prova ou o quanto mais rápido deseja ver resgatado o seu débito para com a Lei de Causa e Efeito.
# Em resposta ao repórter Almir Guimarães, Chico afirma que o Beato Padre José de Anchieta está "no plano espiritual" ("Pinga Fogo" da TV Tupi e "Especial Encarte" do "Diário de São Paulo", Dezembro 1971, pág. 12).
É claro, não há reencarnação, está ressuscitado com corpo espiritualizado no Céu por toda a eternidade.As GRANDES VERDADES CRISTÃS têm uma característica fundamental: são IMPALPÁVEIS E INVERIFICÁVEIS. Acho que o tal beato já apareceu ao Quevedo com o seu corpo ressurreto e por isso nosso digno sacerdote sabe do que fala... cientificamente, é claro.
Mas com referencia a essa absurda doutrina dos espiritistas kardecistas, também o Pe. Anchieta esqueceu de reencarnar?Os espíritos reencarnam quando é necessário e não quando o Sr Quevedo assim deseja. Corre entre os espíritas, pelo menos foi o que ouvi de Roque Jacintho, que o Pe José de Anchieta reencarnou tempos posteriores à sua passagem na Terra como o Frei Fabiano de Cristo. Mas isso é só especulação e da minha parte não afianço coisa alguma.
E também agradeço a nova homenagem: O Pe. Anchieta também era espanhol e jesuíta...E trocentos outros que atuaram na tão santificada Santa Inquisição também...E por isso também acho uma bobagem ele ser canonizado como um santo... brasileiro (ele era espanhol, certo?). Não engraçado? A Coréia tem mais de trezentos santos... o papa Jão Paulo II foi um generoso povoador do panteão celeste... Mas o Brasil, o maior país católico do mundo continuou rezando para santo multinacional. Tá provado que o brasileiro não é nada santo! Bem, agora tem aí o Frei Galvão pro brasileiro rezar... Ao menos um!
# Quando Chico praticava "exercício ilegal da medicina" (artigo 284 do Código Penal), as receitas seriam por "psicografia" do "espírito" de Bezerra de Menezes.
mais um que haveria esquecido de reencarnar...Ô cara chato que faz seu próprio espiritismo... Há no artigo da Realidade de novembro de 1971 um lance sobre essas receitas: são homeopáticas, quinta diluição, que segundo a Medicina Oficial é o mesmo que dar água ou placebo e que não oferece perigo se houvesse troca indevida de receita...
# Etc., etc.