TEORIA MUSICAL
Missa
por Adriano Brandão, em 21/02/2004,
atualizado em 29/02/2004
Mais do que qualquer outro, a missa é um gênero extremamente ligado às tradições e ao formalismo das cerimônias da Igreja Católica. Como o próprio nome diz, a missa é uma obra para vozes solistas (geralmente quatro, duas masculinas e duas femininas), coro e orquestra que reproduz integralmente o texto da missa católica, em latim.
As missas são estruturadas em seis grandes partes: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Diferentemente do oratório e da cantata, na missa não há grande distinção entre árias e coros (que podem aparecer em conjunto), e desaparece a figura do recitativo. Algumas missas podem apresentar subdivisões entre as seções, ou mesmo acrescentar outras, mas a estrutura básica mantém-se sempre a mesma.
Embora seja um gênero católico, a maior missa de todos os tempos foi composta por um protestante: é a monumental Missa em si menor, de Bach. Outras missas importantes são a grandiosa Missa solene, de Beethoven, a Missa Nelson, de Haydn, a Missa da coroação, de Mozart, a Missa em mi bemol maior, de Schubert, a Missa em fá maior, de Bruckner e a Missa glagolítica, de Janácek (esta, de maneira nada ortodoxa, é cantada em eslavo antigo).
Outra espécie de missa é o requiem, a missa dos mortos. Ela é dividida em sete grandes seções: Introitus, Sequentia, Offertorium, Sanctus, Benedictus, Agnus Dei e Communio. O requiem mais conhecido é o de Mozart, seguido pelos de Berlioz, Verdi e Fauré, sem esquecer o Réquiem alemão de Brahms, que não usa o texto tradicional latino, mas trechos da Bíblia de Lutero.
Além da missa e do requiem, há uma variedade de textos da liturgia católica que são ocasionalmente musicados, como o Gloria (Vivaldi e Poulenc), o Magnificat (Bach), o Te deum (Berlioz e Bruckner), o Stabat mater (Vivaldi e Dvorák) e o Jubilate, entre outros.
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