Grande deusa frígia da fertilidade. Poderosa força da ordem natural, Cibele se ausentava periodicamente para buscar o seu amor perdido, o castrado Átis. Também estava relacionada com os bosques, as montanhas e os leões.
O culto de Cibele, transladado a Roma em 204 a.C por conselho do oráculo de Delfos, supos a ruptura do caráter impessoal e autero da religião romana. Trata-se de uyma das chamadas religiões "do mistério" que os romanos importaram do Mediterâneo oriental e que permitiu aos seus seguidores reconhecer as suas aspirações pessoais através de ritos aparentemente irracionais.
O culto de Cibele e de Átis, o seu amante castrado, ofereceu aos iniciados o acesso a um estade de felicidade que, conforme pensavam, durava além da morte. Não obstante, somente sob o império de Claudio (41-54 d.C.) concedeu-se a Átis a mesma importância que à deusa.
Sem dúvida, os partidários de Cibele ficaram intrigados pela sua tormentosa aventura amorosa com Átis, e a forma em que se vingou dele pela sua infidelidade é um tema legendário que não deixa de ser repetido. Quando Cibele descobriu a admiração de Átis por uma ninfa, fez com que sofresse de loucura, auto-mutilação e a morte antes de aceder em recuperá-lo como consorte.
Pouco acostumados às tradições de um sacerdócio eunuco no oeste da Ásia, os romanos se horrorizaram ao ver que os partidários de Cibele continuavam o mesmo caminho ritual. Durante a sua festa, celebrada em março, transferiam um pinho ao seu templo e ali o cortavam, o vendavam e o adornavam com flores e com uma esfinge de Átis. A castração e a morte do deus era celebrada com danças frenéticas e derramamento de sangue, incluída a auto-castração; também se celebrava um carnaval em honra da sua ressurreição e a festa concluía com o banho ritual da imagem de Cibele.
A cerimônia do taurobolium ou criobolium, na qual o partidário se banhava com o sangue de um touro ou de um cordeiro sacrificados, foi um adido posterior e se tornou muito popular durante o renascimento pagão, no final do século V.
fonte: Atlas do Estraordinário - Mitos e Lendas - Volume I - Ediciones del Prado.
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