Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Usuário deletado escreveu:Eu gostaria de entender mais sobre a relação entre essas duas grandezas. Se por exemplo: Houver muito mais riqueza contábil do que riqueza real, isso necessariamente significa que haverá algum tipo de crise?
Não necessariamente, mas o risco é enorme.
Tanto em 1929, quanto na quebra da NASDAQ e na presente crise dos imóveis, o crack foi precedido de uma supervalorização de ativos, motivada por fatores predominantemente especulativos. Nos três casos uma quantidade enorme de poupança interna foi aplicada em uma riqueza nominal, volátil, que eram as cotações das ações e dos imóveis supervalorizados. Quando as bolhas especulativas espocaram, milhões haviam perdido sua poupança, incluídos pessoas físicas, empresas e instituições financeiras, criando um efeito dominó.
Estes movimentos especulativos não tem que necessariamente produzir crises cíclicas porque a poupança interna aplicada não desaparece quando as cotações despencam, mas tumultua o sistema de crédito, que é o que movimenta a economia produtiva. Especialistas apontam que as crises são mais devidas a erros na estrutura dos sistemas de crédito, que os tornam vulneráveis aos efeitos das ações especulativas, do que à especulação propriamente dita, que, afinal, é parte ativa e mesmo necessária do capitalismo.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Entendo que, enquanto pedaços de papel se valorizam e desvalorizam sem razões ligadas à economia real, os especuladores ficam ricos num dia e pobres no outro, mas o problema é só deles.
Acho que a crise começa quando um pedaço de papel que valia 10 reais, passa a valer 1000 reais e um monte desses papéis é usado para comprar, digamos, uma casa. No dia seguinte, os papéis caem para 10 reais de novo e quem os recebeu agora não tem mais a casa nem o dinheiro.
Acho que o que aconteceu nos EUA é que papéis com valor artificialmente alto foram usados em um monte de transações, envolvendo toda a economia real e não apenas os especuladores e, de repente, quem os recebeu ficou sem nada. O castelo de cartas desabou.
O efeito dominó no mercado imobiliário americano combinou especulação desenfreada e concessão desmedida de créditos podres, aqueles de alto risco de inadimplência.
Ocorreu que alguém comprava uma casa de duzentos mil dólares e financiava cento e cinquenta mil. Com o tempo a especulação elevava a cotação da casa de duzentos para quinhentos mil dólares e os donos faziam uma segunda hipoteca e com o dinheiro compravam carros, viagens e bens de consumo. Na ciranda as casas continuavam valorizando e as hipotecas se multiplicando, garantidas apenas pelas cotações especulativas e supervalorizadas dos imóveis. Um dia, alguém caiu na real e percebeu que aquela casa cotada inicialmente a duzentos mil dólares não tinha como valer um milhão e meio, como chegou a ser avaliada e então as cotações dos imóveis despencam. As financeiras de repente se viram com milhões de hipotecas garantidas por imóveis cujo valor de mercado era uma fração do valor dos empréstimos que deveriam garantir.
Literalmente, a casa caiu.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu: Um dia, alguém caiu na real e percebeu que aquela casa cotada inicialmente a duzentos mil dólares não tinha como valer um milhão e meio, como chegou a ser avaliada e então as cotações dos imóveis despencam. As financeiras de repente se viram com milhões de hipotecas garantidas por imóveis cujo valor de mercado era uma fração do valor dos empréstimos que deveriam garantir.
Literalmente, a casa caiu.
- Ocorreu que o endividamento ficou tão alto que há algum tempo alguém começou a dizer: "isto vai dar MERDA!", mais tarde alguém disse: "tá começando a dar MERDA!", no final, quando já tinha gente que não conseguia pagar as prestações e os bancos não conseguiam vender as casas confiscadas, um super-analista do mercado financeiro acabou decretando: "corram prá vender essa porra que JÁ TÁ DANDO MERDA!".
Então..., Literalmente, a casa caiu.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker