Sarney ataca jornal e Simon diz que Senado vive pior momento
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acusou o jornal O Estado de S.Paulo de "práticas nazistas" e fez um apelo à meditação para que seus pares reflitam antes de acusá-lo. Já o veterano Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou que neste momento a Casa "é pior que o inferno".
O ex-presidente da República, aliado-chave do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez pronunciamento no plenário da Casa nesta segunda-feira após o Estadão ter publicado uma matéria com denúncias de que a família Sarney era beneficiária de dois apartamentos em região nobre da capital paulista pagos por uma empreiteira.
O senador do PMDB não quis entrar no mérito da denúncia. Disse apenas que seus filhos se defendem por eles mesmos e que a escritura de pelo menos um dos imóveis consta na declaração de Imposto de Renda do deputado Sarney Filho (PV-MA), acrescentando que a escritura em nome do empreiteiro só não foi passada para o nome do parlamentar porque este ainda está pagando as prestações do imóvel.
"Peço aos meus colegas que pelo menos pensem sobre suas responsabilidades", reclamou Sarney em discurso repleto de recados a alguns senadores da oposição. Ao atacar o periódico, o presidente da instituição disse que o Estadão transformou-se "em tabloide londrino que busca escândalo para vender".
"É uma prática nazista", disse. "Felizmente no Brasil não temos câmaras de gás."
Segundo o senador, alguns de seus colegas que repercutiram a notícia foram muito apressados e não procuraram ouvir sua versão da história.
Sarney e o jornal paulistano estão em confronto desde que Fernando Sarney, outro filho do senador, conseguiu liminar para impedir que o Estadão publique informações sobre as investigações da Polícia Federal que envolvam seu nome. O desembargador que deu a liminar foi mais tarde apontado como alguém com relação pessoal com o presidente do Senado.
"PIOR QUE O INFERNO"
Para o peemedebista Pedro Simon (PMDB-RS), o Senado vive seu pior momento.
"Esta Casa nunca foi santa (mas) estamos num momento em que esta Casa é pior que o inferno", disse o senador no plenário.
Segundo ele, os aliados de Sarney querem ganhar no grito, sem debate e sem analisar as denúncias contra o presidente da Casa.
Pedindo novamente a renúncia de Sarney, Simon, um veterano do antigo MDB, criticou a intervenção de Lula junto à bancada do PT no Senado para proteger Sarney afirmando que um presidente da República não interveio dessa maneira nem durante o regime militar.
Ele também atacou o PT por ter se curvado à lógica de proteger Sarney. "Isso é um atestado de óbito do velho PT e a certidão de nascimento do novo PT".
(Reportagem de Natuza Nery)
http://noticias.br.msn.com/brasil/artig ... d=21210162
Práticas Nazistas no Senado
- Fernando Silva
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Re: Práticas Nazistas no Senado
Sarney quer 'ocultar' reunião de conselho, diz Simon
19/08 - 13:46 - Agência Estado
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no Senado, que é "ridícula" a afirmação do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), de que não pode impedir que a reunião de hoje do colegiado se dê no mesmo horário (14 horas) da sessão do plenário da Casa. Simon afirmou que o episódio demonstra que Sarney não tem mais condições de presidir o Senado e deixa claro que o senador "joga a seu favor" ao agir supostamente para que a reunião do conselho ocorra "de forma oculta", isto é, sem transmissão pela TV - pelo regimento interno, a TV da Casa só transmite a sessão do plenário.
Simon considera "uma das mais importantes da história do Senado" a reunião de hoje do Conselho de Ética, que tomará uma decisão sobre os recursos apresentados pelos governistas contra o arquivamento das ações em que Sarney é acusado de envolvimento em irregularidades e quebra do decoro parlamentar. Simon voltou a defender a renúncia de Sarney do cargo após ouvir do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Demóstenes Torres (DEM-GO), a informação de que, em telefonema, o presidente da Casa lhe disse que não poderia alterar o horário da reunião do colegiado ou do plenário.
"Indaquei se poderia perguntar ao presidente do Conselho de Ética (senador Paulo Duque, PMDB-RJ) se ele poderia alterar o horário da reunião. Sarney disse que não poderia alterar a coincidência de horários e não teria como interferir nesse caso", contou Demóstenes. Ele acrescentou que Sarney lhe afirmou também que não poderia receber os integrantes da CCJ, porque já tinha um almoço programado.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2 ... 72930.html
19/08 - 13:46 - Agência Estado
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no Senado, que é "ridícula" a afirmação do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), de que não pode impedir que a reunião de hoje do colegiado se dê no mesmo horário (14 horas) da sessão do plenário da Casa. Simon afirmou que o episódio demonstra que Sarney não tem mais condições de presidir o Senado e deixa claro que o senador "joga a seu favor" ao agir supostamente para que a reunião do conselho ocorra "de forma oculta", isto é, sem transmissão pela TV - pelo regimento interno, a TV da Casa só transmite a sessão do plenário.
Simon considera "uma das mais importantes da história do Senado" a reunião de hoje do Conselho de Ética, que tomará uma decisão sobre os recursos apresentados pelos governistas contra o arquivamento das ações em que Sarney é acusado de envolvimento em irregularidades e quebra do decoro parlamentar. Simon voltou a defender a renúncia de Sarney do cargo após ouvir do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Demóstenes Torres (DEM-GO), a informação de que, em telefonema, o presidente da Casa lhe disse que não poderia alterar o horário da reunião do colegiado ou do plenário.
"Indaquei se poderia perguntar ao presidente do Conselho de Ética (senador Paulo Duque, PMDB-RJ) se ele poderia alterar o horário da reunião. Sarney disse que não poderia alterar a coincidência de horários e não teria como interferir nesse caso", contou Demóstenes. Ele acrescentou que Sarney lhe afirmou também que não poderia receber os integrantes da CCJ, porque já tinha um almoço programado.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2 ... 72930.html
