Digamos que eu a "perdoei" porque ela não sabia ainda que eu seria o superior dela. Havia chegado das férias ( 

 ) e pensou que eu fosse um estagiário novato. Mas quando ela dá aquelas mancadas religiosas de misturar noé com moisés e o refrão de castigo quando sofremos algum deslize(queda, tropeço, cortes) eu dou aquela retrucada.
Já sobre Jesus e o apóstolos terem cabelos longos, deixei pastor saindo puto da última escola que trabalhava. O pastorzinho insistiu no meu cabelo no porque eu deixava-o grande. Por mais que dissesse que gostava, que as garotas gostavam, e que não era proibido, ele não aceitava isso como respostas. Mas quando falei que Jesus tinha o cabelo longo e que ele devia seguir o exemplo de Jesus, ele saiu fumegando, e eu curti mesmo da cara dele no corregor. Era meu aluno, mas não admitia a existência de um ateu(assumido) numa cidade pobre de 6.000 habitantes. Tive que revelar minha condição porque era assediado insistentemente por uma colega professora para participar do culto evangélico, até que ela encheu o saco. Alunos tentaram se rebelar(os evangélicos e alguns católicos fervorosos), os pastores me cercaram numa aula, tentando conversar comigo sobre minha condição, alegando que um foi curado por Jesus e tinha "provas", outro queria argumentar pela Briba... a professora lá tentava me provocar pra discussão, me chamando de ateu(achava que era ofensa  

 ), mas sempre rebati e ria das situações. Mas quando voltei a cidade um ano depois que fui transferido, a coordenadora disse que meu jeito de ser, encarar os fatos e questionar influenciou alguns alunos a revelar a situação agnóstica deles em público.  

  E disseram que foi por minha causa!  
 
 Foi conturbado, mas ainda sinto falta deles.  

  E até me caia algumas lágrimas quando ouço noticias de ex-alunos que caíram em desgraça, largaram os estudos por gravidez precoce... me apeguei a compensação espiritual da profissão e sua responsabilidade com os jovens.