Cidade: 7.250 discos piratas apreendidos
Discos foram apreendidos 15 policiais civis do Garra e Setor de Inteligência da Delegacia Seccional participaram da operação
ANA CRISTINA ANDRADE
Da Gazeta de Piracicaba
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.brQuinze homens da Polícia Civil, entre Garra (Grupo Armado e Repressão a Roubos e Assaltos) e Setor de Inteligência da Delegacia Seccional) realizaram ontem uma operação contra a pirataria no camelódromo do Terminal Central de Integração (TCI), que resultou na apreensão de 7.250 diversos e na prisão em flagrante de cinco pessoas, entre elas uma mulher e um adolescente.
Em uma hora de blitz, chefiada pelo delegado Edélcio Vieira, os policiais recolheram 3.985 DVDs, 1.744 CDs, 435 jogos playstation e 86 CDs para computadores. Vieira informou que, nas duas últimas vezes em que os policiais estiveram no camelódromo, encontraram todas as barracas fechadas. Ontem, chegaram ao meio-dia e fizeram a 'limpeza' no local.
Para o delegado, que autuou os adultos por violação contra direitos autorais, artigo 184 do Código Penal, os acusados disseram que compraram os discos em São Paulo, por R$ 2 cada, e vendiam a R$ 5 a unidade. Um deles, inclusive, foi preso em outra ocasião pelo mesmo crime.
"Tem gente que alega que um CD não-pirata custa R$ 15. Só que na China, por exemplo, os caras não pagam músicos e muito menos estúdio para gravar. Em outro lugar, a pessoa gasta uma fortuna para produzir um CD e sai prejudicado porque tem quem vende o mesmo CD muito mais barato. Não é justo", diz o delegado.
Em abril deste ano, a Polícia Civil apreendeu, por meio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), 4.543 discos piratas com uma única pessoa. A maioria dos detidos, segundo apurou a Gazeta, sabia que a prática é ilegal e se aventurou a vender CDs e DVDs sem nota fiscal. Recentemente, uma mulher declarou à polícia que 'tentava a sorte' enquanto seu comércio não era fiscalizado.
Os discos apreendidos ontem foram encaminhados ao IC (Instituto de Criminalística) para perícia e os presos encaminhados à cadeias públicas. A pena prevista aos infratores é de um a quatro anos de prisão.
Blitze vão continuar
Desde o início deste ano, a Polícia Civil de Piracicaba tirou de circulação mais de 15 mil discos piratas, incluindo CDs, DVDs e jogos. O trabalho de fiscalização não vai parar, de acordo com o delegado seccional José Antonio dos Santos.
"Evidentemente, como se trata de crime inafiançável, a Polícia Civil tem de combater sempre", detalha. “No caso de discos piratas, se for preso em flagrante vai direto para a cadeia. Quem pensa que vender CD ou DVD pirata é coisa boba está completamente enganado", completa.
As denúncias podem ser feitas pelo telefone 181.