As Cidades mais Felizes do Mundo

[Mucuna]

Matéria da Forbes

Desde quando Fred Astaire e Ginger Rogers apareceram no filme Flying Down to Rio de 1933, o mundo foi fascinado com o Rio de Janeiro. A percepção popular da cidade é infundida de imagens de jovens com olhares sonhadores dançando ao por-do-sol, tendo como fundo montanhas imponentes e o mar escuro.

Esta visão impulsionou o Rio para o topo da nossa lista das cidades mais felizes do mundo. Famoso por seu Carnaval, a segunda maior metrópole da América do Sul terminou em primeiro lugar entre 50 cidades numa pesquisa conduzida pelo consultor de política Simon Anholt e pesquisador de mercados GfK Custom Research North America.

"O Brasil é associado com todas estas qualidades de bom humor e de vida boa e Carnaval", diz Anholt. "Carnaval é muito importante-É a imagem clássica que as pessoas tem do Rio, e é uma imagem de felicidade."

Próxima na lista é a mais populosa cidade de Down Under: Sidnei, Austrália. Conhecida por clima agradável, locais amistosos e uma casa de ópera icônica, Sidnei foi bem na pesquisa de Anholt devido a sua associação com uma Austrália conhecida.

"É onde todos gostariam de ir,", diz ele. "Todos pensam que conhecem a Austrália por terem visto Crocodilo Dundee. Há esta imagem de uma nação de pessoas que basicamente sentam-se de bobeira e preparam um churrasco".

Dentro das cinco mais há a terceira colocada Barcelona, Espanha, a qual Anholt chama de "a clássica cidade do Mediterrâneo"; quarta colocada Amsterdã, Holanda, pois os jovens que responderam a Anholt "sabiam que você pode fumar erva em bares"; e Melbourne, Austrália, que está na lista simplesmenste por ser na Austrália.

"Pessoas sabem que ela fica na Austrália, e que está cheia de australianos", diz Anholt. "Então deve ser divertido."

Por trás dos números
Os dados de Anholt que deram origem a nossa lista é parte do Índice de Marcas das Cidades Anholt-GfK Roper 2009, lançado em junho. A pesquisa foi compilada através de entrevistas online com 10.000 respondentes em 20 países.

Felicidade é difícil de quantificar, e Anholt reconhece que seus dados refletem mais a idéia de onde os respondentes se imaginam mais felizes do que um indicador de onde as populações locais são as mais felizes.

"Esta é uma pesquisa de percepção, não uma pesquisa de realidade," diz ele. "Pessoas sempre me escrevem e dizem 'isso não é verdade.' Provavelmente não é verdade, mas é o que as pessoas pensam. A lacuna que separa percepção de realidade é o que interessa os governos das cidades."

O historiador francês Fernaund Braudel escreveu que "Felicidade, tanto nos negócios quanto na vida privada, deixa quase nenhum traço na história." Porém a percepção de felicidade deixa um rastro claro nos balanços gerais de cidades que dependem de convenções, turismo e um fluxo de talento.

A Busca de Felicidade
Anholt nota que os resultados de sua pesquisa refletem a duradoura reputação de cidades do Mediterrâneo e America Latina como locais onde a festa não para.

"É um grupo bem esperado", diz Anholt. "Apesar de eu estar um pouco surpreso da Espanha ter ultrapassado a Itália. É interessante que a Espanha é vista como sendo mais felizes que os italianos-eu acho a Espanha mais pra baixo."

Mesmo assim, Barcelona-a cidade da Espanha mais bem colocada no rank-tem muitos defensores.

"A beleza da cidade e seus arredores, em conjunto com seu custo de vida e possibilidades de negócios, é um estilo de vida fantástico,", diz Michelle Finkelstein, vice-presidente na agencia de viagens Our Personal Guest. "Não há o stress de conseguir para um filho a melhor pré-escola-As públicas são boas e por perto. E eles tem o melhor time de futebol e um dos melhores climas da Europa."

Outros lugares no mundo que não possuem a elegância metropolitana das cidades nesta lista são muitas vezes identificadas com a noção de felicidade. "Qualquer um sortudo o suficiente para visitar o mágico Reino himalaio de Butão deveria saber que não há como competir: Não há lugar mais feliz," diz Patricia Schults, autora de 1.000 Lugares para Conhecer antes de Morrer. "Esta pequena nação budista de beleza estonteante segue uma filosofia de vida única de GNH-Gross National Happiness (Felicidade Interna Bruta). Você pode ver suas expressões abertas-eles sorriem de coração. Barcelona não tem nada disso."

Não obstante rivalidades globais, Anholt lembra que seus achado mais ou menos segue tendências históricas, com uma notável exceção.

"Cidades nesta lista provavelmente estariam na mesma se a pesquisa fosse feita em 1890, com exceção de Sidnei e Melbourne," diz ele. "Austrália é uma espécie de milagre em termos de construção de marca junto ao mercado."

Nada mal para uma ex-colônia penal.

Fonte: http://www.forbes.com/2009/09/02/worlds ... ities.html

Fotos das cidades: http://www.forbes.com/2009/09/02/worlds ... peed=25000

[Apo]

Três cidades no mundo me causam controvérsias internas. Porque não as conheço e por motivos meio óbvios: Veneza, Tóquio e Istambul.

[Jack Torrance]

Mucuna, foi você quem traduziu?

[Mucuna]

Mucuna, foi você quem traduziu?

Sim, foi meio de orelhada. Desconsidere qualquer erro ou tradução mal feita.

Eu vi a matéria e me espantei que a primeira cidade era o Rio de Janeiro, onde resido. Pensei "ah, vamos ver o que é colocado sobre o Rio. De repente sou eu que estou muito ranheta".

Logo no início, comecei a pensar "ah, num filme de Fred Astaire de 1933, o Rio deve ser felicíssimo mesmo" e comecei a me irritar. Depois que eu fui ver como foi feita a pesquisa e como o próprio autor a vê. Aí fiquei mais calminho.

Resolvi colocar aqui pq achei interessante. Só não entendi a "justificativa" para Melbourne.

[Mucuna]

Três cidades no mundo me causam controvérsias internas. Porque não as conheço e por motivos meio óbvios: Veneza, Tóquio e Istambul.

Também não conheço, mas as conheceria numa boa. Porém os motivos que te causam "controvérsias internas" não me pareceram óbvios (e nem sei se eram para parecer).

[Apo]

Três cidades no mundo me causam controvérsias internas. Porque não as conheço e por motivos meio óbvios: Veneza, Tóquio e Istambul.

Também não conheço, mas as conheceria numa boa. Porém os motivos que te causam "controvérsias internas" não me pareceram óbvias (e nem sei se eram para parecer).

Veneza não me parece assim a coisa mais romântica como cantam. Tem ratos e fede e deve ser esquisita e apertada. Pelo menos eu não vejo isto como romance.
Tóquio deve ser um negócio muito surreal: todo mundo com a mesma fisionomia, numa cultura milenar, mas com os contrapontos da modernidade, sons estranhos e tudo o mais de um oriental ocidentalizado. É como ver banda de rock japonesa, é bizarro.
Istambul por ser um elo entre dois mundos. Talvez eles não percebam nada disto, mas eu acho que sentiria sensações "históricas" indescritíveis.

[salgueiro]

Minha primeira reação foi, como é que é ?

Depois de lido deu para entender. Pelo menos prá mim felicidade está estreitamente ligada a liberdade coisa que está encolhendo de forma vertiginosa por aqui.

[Ayyavazhi]

Não entendo porque Boa Vista não apareceu nessa pesquisa.

[Mucuna]

Veneza não me parece assim a coisa mais romântica como cantam. Tem ratos e fede e deve ser esquisita e apertada. Pelo menos eu não vejo isto como romance.
Tóquio deve ser um negócio muito surreal: todo mundo com a mesma fisionomia, numa cultura milenar, mas com os contrapontos da modernidade, sons estranhos e tudo o mais de um oriental ocidentalizado. É como ver banda de rock japonesa, é bizarro.
Istambul por ser um elo entre dois mundos. Talvez eles não percebam nada disto, mas eu acho que sentiria sensações "históricas" indescritíveis.

Colocando dessa forma, sim. Mas só as duas últimas vc apresentou de forma mais interessante.

[Mucuna]

Minha primeira reação foi, como é que é ?

Depois de lido deu para entender. Pelo menos prá mim felicidade está estreitamente ligada a liberdade coisa que está encolhendo de forma vertiginosa por aqui.

Foram minhas reações também.

[Apo]

Veneza não me parece assim a coisa mais romântica como cantam. Tem ratos e fede e deve ser esquisita e apertada. Pelo menos eu não vejo isto como romance.
Tóquio deve ser um negócio muito surreal: todo mundo com a mesma fisionomia, numa cultura milenar, mas com os contrapontos da modernidade, sons estranhos e tudo o mais de um oriental ocidentalizado. É como ver banda de rock japonesa, é bizarro.
Istambul por ser um elo entre dois mundos. Talvez eles não percebam nada disto, mas eu acho que sentiria sensações "históricas" indescritíveis.

Colocando dessa forma, sim. Mas só as duas últimas vc apresentou de forma mais interessante.

Como não conheço, tenho medo de apresentar de forma equivocada demais. Prefiro guardar impressões para quando eu, por ventura, for até lá.

[Ayyavazhi]

E Manaus?

Essa pesquisa foi muito tendenciosa.

[Viajante]

A cidade feliz depende do interior do ser humano, quem vê a beleza nas pessoas e no meio que o rodeia, verá uma cidade feliz. Aos restantes resta deplorar a sorte de viverem em tão amaldiçoado lugar.

[Apo]

A cidade feliz depende do interior do ser humano, quem vê a beleza nas pessoas e no meio que o rodeia, verá uma cidade feliz. Aos restantes resta deplorar a sorte de viverem em tão amaldiçoado lugar.

Por aí.
Um lugar pode ser feliz ou não para quem vive nele e para quem é apenas passageiro.
Pode ser ou não feliz num primeiro momento, numa primeira impressão...e depois passar a ser feliz. É uma descrição baseado num conjunto de sensações particulares.
Não tem muito a ver com beleza estética, ou IDH, ou por ser mais bucólica ou cosmopolita. Mas dependendo de quem olha, pode ter tudo a ver.

Este feliz não aquele trivial, em que se imagina pessoas alegres e bom poder aquisitivo, nem uma bela vista marítima, ou uma ruazinha repleta de casinhas com cerquinhas brancas. É outro "feliz".

Para alguns um certo grau de estranheza cultural pode ser "feliz". Para outros, nem tanto.
Aliás, há lugares que nos parecem tão fora de nossos parâmetros sensoriais que nos deixam perplexos e por vezes, deprimidos.

Mas uma nuance interessante é a que mistura ares de liberdade com ordem. Você pode trafegar, mas se sentir seguro para tal, sendo isto uma metáfora para todas as relações dentro do lugar.

[Apo]

Quanto ao Rio, estive lá em 74 e fiquei extasiada, como adolescente que era num Rio dos 70. Depois estive em 82 e já não achei a mesma "felicidade", embora eu tivesse muito mais liberdade para aproveitar.
E depois, estive este ano e fiquei chocada como ainda vendem aquela imagem do Rio Maravilha, quando na verdade, eu não consigo me imaginar sendo feliz naquele cartão postal destruído.
Acho que análises assim devem ter uns critérios alienígenas ou ultrapassados demais.
Pelo que foi descrito no texto, pode-se perceber muito mais fantasia do que realidade. A não ser que seja este o parâmetro.

[Ayyavazhi]

A cidade feliz depende do interior do ser humano, quem vê a beleza nas pessoas e no meio que o rodeia, verá uma cidade feliz. Aos restantes resta deplorar a sorte de viverem em tão amaldiçoado lugar.

Por aí.
Um lugar pode ser feliz ou não para quem vive nele e para quem é apenas passageiro.
Pode ser ou não feliz num primeiro momento, numa primeira impressão...e depois passar a ser feliz. É uma descrição baseado num conjunto de sensações particulares.
Não tem muito a ver com beleza estética, ou IDH, ou por ser mais bucólica ou cosmopolita. Mas dependendo de quem olha, pode ter tudo a ver.

Este feliz não aquele trivial, em que se imagina pessoas alegres e bom poder aquisitivo, nem uma bela vista marítima, ou uma ruazinha repleta de casinhas com cerquinhas brancas. É outro "feliz".

Para alguns um certo grau de estranheza cultural pode ser "feliz". Para outros, nem tanto.
Aliás, há lugares que nos parecem tão fora de nossos parâmetros sensoriais que nos deixam perplexos e por vezes, deprimidos.

Mas uma nuance interessante é a que mistura ares de liberdade com ordem. Você pode trafegar, mas se sentir seguro para tal, sendo isto uma metáfora para todas as relações dentro do lugar.

Vocês estão filosofando demais. Então, tá:

Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

"Que tipo de pessoas vive neste lugar?"

Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? - Perguntou por sua vez o ancião.

Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.

A isso o velho replicou: a mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

"Que tipo de pessoas vive por aqui?"

O velho respondeu com a mesma pergunta:

"Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem?"

O rapaz respondeu:

"Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste pôr ter de deixá-las".

"O mesmo encontrará pôr aqui", respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

"Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?"

Ao que o velho respondeu:

"Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares pôr onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos".

[Apo]

Muito bonitinho, mas o final é um nhénhénhé que parece papo de diário de menina de 11 anos.

Não é nada disto, necessariamente.

[Ayyavazhi]

Muito bonitinho, mas o final é um nhénhénhé que parece papo de diário de menina de 11 anos.

Não é nada disto, necessariamente.

Insensível...

O final podia ser mais conciso. Acho que o autor esticou demais (não posso nem criticar. Prolixo é meu sobrenome).

[Apo]

Muito bonitinho, mas o final é um nhénhénhé que parece papo de diário de menina de 11 anos.

Não é nada disto, necessariamente.

Insensível...

O final podia ser mais conciso. Acho que o autor esticou demais (não posso nem criticar. Prolixo é meu sobrenome).

Não é insensibilidade, é o contrário. Isto ali é pseudo-sensibilidade juvenil.
Na verdade, aquela relação não procede. Posso me sentir de um jeito em um lugar com um ambiente e um grupo de pessoas e mudar tudo em outro lugar.
Eu sou feliz aqui e tenho amigos e paz etc. Sinto-me muito feliz assim em algumas idades e um estranho no ninho em outras. E nem tem a ver com cultura tampouco.
A análise do tio aí é simplista, determinista e coisa de tchuchuca miguxa.