Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Johnny escreveu:Não meu caro. Estas empresas (agora quase enhuma...) eram as poucas cisas que realmente tínhamos como soberania. Acho que não preciso lembrar aqui que país soberano é aquele que detám a maior quantidade de tecnologia. Mas muitos aqui preferem o Brasil extrativista e feudal.
Soberania sem ter capacidade só leva à pobreza. Se a Bolívia não deixar que empresas de fora explorem seu petróleo e gás, vai continuar na miséria. Dominar a tecnologia é ótimo, mas não acontece por decreto, caso contrário a ditadura nos teria transformado em uma potência tecnológica.
Johnny escreveu:Não meu caro. Estas empresas (agora quase enhuma...) eram as poucas cisas que realmente tínhamos como soberania. Acho que não preciso lembrar aqui que país soberano é aquele que detám a maior quantidade de tecnologia. Mas muitos aqui preferem o Brasil extrativista e feudal.
Soberania sem ter capacidade só leva à pobreza. Se a Bolívia não deixar que empresas de fora explorem seu petróleo e gás, vai continuar na miséria. Dominar a tecnologia é ótimo, mas não acontece por decreto, caso contrário a ditadura nos teria transformado em uma potência tecnológica.
Certo Fernando, concordo MAS, entregar tudo à iniciativa privada com a desculpa que não tem competência é ridículo, mesmo por que, quem não tem competência para gerenciar, não terá para fiscalizar. No máximo mete-se uma multinha aqui, outra ali e tudo fica lindo e maravilhoso, como já é o transporte público. O pior nem é isso. O pior é que foram investidos muito mais e vendido por quase nada perto do que foi investido. Isso se chama ROUBO. Se a Vale estivesse como está a GM o que você acha que o governo deveria fazer? Deixar quebrar? Estatizar?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Johnny escreveu:Se a Vale estivesse como está a GM o que você acha que o governo deveria fazer? Deixar quebrar? Estatizar?
Depende do que fosse melhor para o país. O ideal é que desse condições para que outra empresa assumisse o negócio. Ou, se fosse uma empresa sem importância ou com muitas outras fazendo a mesma coisa, que deixasse falir.
Foi o que fez o tão criticado PROER, que hoje o Lula elogia quase como se fosse obra dele: deixou falir os banquinhos e salvou os bancões que seguravam a economia do país. Puniu os donos e manteve as instituições funcionando.
Acho que o Dimenstein está confundindo conceitos de "independência" ( soberania nacional e independência econômica ) com "democracia" ( Estado de Direito)... Tirando isto, concordo plenamente com ele.
07/09/2009 Independência de Lula é bobagem
Gilberto Dimenstein
Embalado pelo clima pré-eleitoral, o presidente Lula disse que o pré-sal é a segunda independência do Brasil. É uma enorme bobagem.
Se recursos naturais garantissem civilidade, não haveria tantos países tão autoritários e corruptos nadando em petróleo, a começar de nossa vizinha Venezuela. Há muita gente, aliás, que diz o contrário - o excesso de recursos naturais não estimula investimentos em ciência e tecnologia.
Daí que toda essa euforia em relação ao pré-sal ainda não conseguiu me animar, até porque vejo que querem dar mais poder ao Estado, que, no Brasil, muitas vezes é privatizado por interesses corporativos, políticos e empresariais.
Sem contar que o petróleo é um produto que polui.
Por isso, o que mais me interessa nesse debate é se, com esse dinheiro do petróleo, haverá mesmo um fundo de estímulo à geração e disseminação de conhecimento, com gastos em educação, ciência e tecnologia.
A segunda independência do Brasil (ou talvez até seja a primeira) pode ser comemorada, de fato, quando tivermos educação pública de qualidade para todos. É a educação que garante autonomia e independência dos indivíduos.
* Não me sinto comemorando nossa independência nem com petróleo nem com parada militar. Muito menos nesse ano, quando se comemora o fechamento de um negócio. A presença do presidente francês sela o acordo de compra de bilhões em armamentos para o Brasil.
Eu ia citar estes comentários que a APO colocou, mas acho que isso já está muito batido aqui. Edducação como forma de combate à isso e aquilo, o bla bla bla de sempre e continuamos numa imensa Matrix de otários.
Não vou mudar minha opinião dsobre o que ser nosso ter de ficar aqui e ser investido aqui. Não quero trocar bois por PC-chips...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Política de petróleo no Brasil é 'desafinada', diz FT
09/09 - BBC Brasil
O diário britânico Financial Times afirma em editorial publicado nesta quarta-feira que os planos para a exploração do petróleo da camada pré-sal anunciados pelo governo são "extremamente vagos", comparáveis ao que o jornal chama de "nota desafinada". "Por uma década, o Brasil tem desempenhado um serviço inestimável de mostrar um modelo superior de desenvolvimento para a América Latina em comparação ao de Hugo Chávez e seus acólitos.
Mas as recentes decisões de Brasília sobre como administrar as gigantescas novas descobertas de petróleo soam desafinadas", afirma o editorial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou as novas regras como forma de manter a riqueza do petróleo no país, mas, segundo o FT, o governo estaria tratando o conceito de propriedade como um "fetiche".
O discurso do governo "pode ser politicamente astuto em uma região seduzida por sirenes nacionalistas, mas isso não deixa de ser um retrocesso para o Brasil", diz o jornal.
"O pacote de leis excessivamente vagas...faz com que Lula e Rousseff pareçam estar servindo mais ao interesse público do que à promoção dessas leis", diz o FT.
Para o jornal, a proposta de produção partilhada - em que o governo mantém propriedade legal sobre o petróleo - em vez do regime de concessão em vigor seria um exemplo desta "desafinação".
"As PSCs (Production Sharing Contracts, conhecido no Brasil como produção partilhada) são usadas por países com sistemas legais tão fracos que precisam por em contratos (sujeito ao arbítrio internacional) o que países maduros determinam em lei."
"O excesso de confiança nacionalista é evidente no papel dado à Petrobras, a empresa de petróleo parcialmente estatal, que tem garantida liderança de operações e uma participação de pelo menos 30% em cada contrato", diz o jornal.
De acordo com o FT, atualmente a Petrobras é uma das maiores empresas mundiais de petróleo, com especialidade em exploração em águas profundas, mas isso deve ser pesado junto a outros fatores.
A exploração em águas profundas é um teste para qualquer empresa e exige alto investimento, diz o editorial, mas "depender muito da Petrobras pode sobrecarregar a empresa, atrasando a produção - e o rendimento".
"Uma Petrobras que não precisa competir pela operacionalidade tem poucas razões para fazer o melhor de si. Disciplina de mercado e forte regulamentação podem mantê-la excessivamente cuidadosa. Sem eles, a Petrobras se arrisca a sofrer o mesmo destino de outras empresas estatais: desperdício, ineficiência e, no pior caso, um Estado dentro do Estado."
O FT ainda critica os detalhes extremamente vagos dos planos anunciados por Lula e os atribui à promoção da candidatura de Dilma Rousseff à presidência, no ano que vem.
"Mas as manobras eleitorais devem colocar em perigo o esquerdismo pragmático (e bem sucedido) do Brasil", conclui o editorial.
Como disse alguém que já esqueci ( porque esqueço tudo..) :
" O Brasil não tem povo, tem público. "
E parece que só uma parte do público acredita ou está deslumbrado com o circo petrolífico armado pelo Lulla. Menos mal, pensei que fosse só a doida aqui. Mas sei lá, é tudo tão evidente...
"Por uma década, o Brasil tem desempenhado um serviço inestimável de mostrar um modelo superior de desenvolvimento para a América Latina em comparação ao de Hugo Chávez e seus acólitos.
Puxa, isto aqui é um grande elogio! Sinto-me num país muito civilizado!
Mas as recentes decisões de Brasília sobre como administrar as gigantescas novas descobertas de petróleo soam desafinadas", afirma o editorial.
Seria de admirar, se um país estrangeiro, interessado em explorar o petróleo, não criticasse o outro detentor da reserva, por desejar maior exclusividade para si.