Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Questionou deus é xiita. Pronto. Isto diz tudo a respeito de um debate racional.
Lógico! Qualquer um que questionar Deus é um xiita. Finalmente, você entendeu.
Falando em entender, ficou claro agora, depois dessa sua pérola, porque eu não tento mais?
Então explique melhor: por que a alusão à xiitas no RV?
Você, às vezes, dá valor a coisas sem importância. Quisera que dispensasse a mesma atenção a outras palavras minhas.
Se eu tivesse escrito kamikaze, no lugar de xiita, faria diferença? Foi a primeira palavra que me veio à cabeça e eu estava apenas fazendo uma brincadeira com seu jeito pouco conservador de lidar com religiosos. Posso te oferecer outras explicações, até que uma delas te sirva mas, sinceramente, acho uma perda de tempo e acho também que é uma estratégia de diversão, mesmo que inconsciente, onde uma questão menor concentra as atenções, retirando o foco do que é mais importante e mais incômodo.
Fui muito claro e muito direto, no post anterior, quando fiz este alerta:
Uma frase como essa, onde eu digo “desde que alguma coisa mudasse” provocaria a seguinte resposta: “Ah, para você, alguma coisa mudar significa que eu devo aceitar o seu deus”.
E, em sua resposta, você ignorou toda a mensagem e apegou-se a uma única palavra, xiita, ainda com a agravante de transformar uma simples reclamação em uma questão ideológica::
Questionou deus é xiita. Pronto. Isto diz tudo a respeito de um debate racional.
Se você não percebe o que está acontecendo aqui, Apo, perdoe-me, mas é exatamente por isso que eu estou “fugindo” deste grande debate.
Fernando Silva escreveu:Eles dizem que sabem o que Deus quer e pensa quando convém a eles. Quando não convém ou é uma coisa embaraçosa, eles dizem que "não podemos alcançar a lógica de Deus" ou que "não é para entender, é para aceitar" .
Exatamente. E essa é outra grande diferença. Nada existe em minha “relação com Deus” que tenha surgido por conveniência. Aceito as respostas que encontro, porque compreendo que não posso mudá-las (estou falando rigorosamente como um teísta), mas não significa que concorde o tempo todo ou que esteja à vontade com essas respostas. Se a conveniência fosse minha bússola, eu só encontraria coisas boas pela frente.
Eu já fui assim. Todas as minhas discussões internas terminavam com "De alguma forma, está certo. Um dia entenderei".
O pior é que agora você falou a minha língua. “Um dia entenderei” faz muito sentido para mim. Mas não se trata de ter fé hoje para entender amanhã. Sou homem de pouca fé, tenho dito sempre, e não sirvo para acreditar em quimeras. Quando eu era criança, tinha uma clara noção de que os adultos falavam de coisas que eu não entendia, mas um dia eu seria, também, um adulto. Bem, digamos que, espiritualmente falando, eu seja uma criança.
A sua afirmação não está sujeita a debate.
Sem dúvida!
E creia-me, nem por um segundo eu pensei em transformar isso em argumento. Estava respondendo minha própria pergunta e a frase acima tornou-se necessária para completar o raciocínio. Como eu mesmo disse, sem evidências concretas nenhuma afirmação pública é válida. Meus argumentos, você já deve saber, não apelam para o mais mínimo elemento de fé. Qualquer pessoa modestamente lógica e sensata consegue conversar comigo numa boa, mesmo que, necessariamente, não concorde. (O “modestamente” não se aplica a você).
Essa “quebra de protocolo” acontece porque a convivência ameniza as formalidades dispensadas a um estranho, agora já não tão estranho, e acaba provocando um relaxamento na postura de debatedor (se é que posso me considerar um). Poderei fazer isso em outros momentos, pelos mesmos motivos aqui apresentados, mas esteja certo de que não se trata de um argumento em favor da causa defendida. Você pode, pela coerência que sempre lhe foi característica, ignorar esses momentos.
É aquilo que se enquadra em nossa lógica, limitada ou não. Aquilo que parece funcionar. Aquilo que se confirma na prática. Pode ser uma ilusão, pode ser uma Matrix, mas é o temos. Vivemos imersos nessa realidade.
Certo. Você trouxe uma resposta prática à pergunta. Mas eu tentava ser um pouco mais polêmico. Algo só pode fazer sentido se houver um observador, uma mente que analise e enquadre a coisa observada em seus padrões lógicos e racionais. Não é sensato conferir tanta importância a essa mente, a ponto de rejeitar os conceitos que ela não alcança. Estou resumindo, mas é mais ou menos essa a idéia.
Ayyavazhi escreveu:Certo. Você trouxe uma resposta prática à pergunta. Mas eu tentava ser um pouco mais polêmico. Algo só pode fazer sentido se houver um observador, uma mente que analise e enquadre a coisa observada em seus padrões lógicos e racionais. Não é sensato conferir tanta importância a essa mente, a ponto de rejeitar os conceitos que ela não alcança. Estou resumindo, mas é mais ou menos essa a idéia.
Há uma diferença entre "conceitos que a mente não alcança" (mas que estão diante de nossos olhos) e "conceitos hipotéticos sobre coisas que a gente nem sabe se existem".
Suponho que, do seu ponto de vista, essas coisas existem, embora incompreensíveis, mas, do meu ponto de vista, é apenas algo que me disseram. Uma das muitas coisas conflitantes que me disseram.
Fernando Silva escreveu:Há uma diferença entre "conceitos que a mente não alcança" (mas que estão diante de nossos olhos) e "conceitos hipotéticos sobre coisas que a gente nem sabe se existem".
Suponho que, do seu ponto de vista, essas coisas existem, embora incompreensíveis, mas, do meu ponto de vista, é apenas algo que me disseram. Uma das muitas coisas conflitantes que me disseram.
