Eu não acredito que uma redação que tenha "eu acredito profundamente" e "??" é campeã de alguma coisa que vá além de um concurso de piadas.
zumbi filosófico escreveu:Basicamente o que ela fez foi expandir em um texto não muito grande noções vagas de que as coisas não andam bem, e que as soluções seriam melhor educação ("libertadora") e maior participação política (dando um pouco mais de colher de chá do que a do Acauan), além de uma ainda mais vaga "revolução". Mas não tem realmente mais conteúdo sólido do que isso que eu coloquei nessa frase. Em vez de definir melhor esses pontos que de fato levariam a "vencer a pobreza e a desigualdade", passou a perna nos juízes com essas analogias preconceituosas com madrastas e o floreio de "contradições" e etc.
Notou o mais importante.
Ela expôs o problema mal e porcamente, citou uma tal "educação libertadora" como solução, mas não desenvolveu a idéia em momento algum.
Isso só mostra que expressões de efeitos, repetidas à exaustão, como "educação libertadora social socializante da sociedade" são muito mais efetivas que uma argumentação sólida.
Não que eu ache que em "20 poucas linhas" alguém consiga fazer um trabalho realmente importante sobre as mudanças que um país precisa. Acho um tanto presunçoso fazer uma redação curta sobre um tema tão complexo, e meio idiota cobrarem sínteses tão curtas deste tipo de tema. Acho que redações deste tipo deviam cobrir temas banais.
Temas muito sofisticados deveriam ser abordados, de preferência, em "teses de cento ou mil e tantas páginas", e mesmo assim é complicado abordar tudo que envolve o assunto.