Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
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Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Autor(es): Virgínia Silveira
Valor Econômico - 14/12/2009
O Brasil está conseguindo resolver um dos principais desafios tecnológicos impostos, há quase três décadas, ao seu programa de lançadores de satélites: desenvolver e fabricar seu próprio sistema de navegação inercial, utilizado na estabilização de satélites em órbita e na orientação da trajetória de um foguete no espaço.
A primeira fase do projeto, batizado de SIA (Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial) já foi concluída, com o desenvolvimento do protótipo de uma plataforma inercial completa, que será testada em uma montanha russa, em um parque de diversões, em São Paulo, no começo do próximo ano. O teste em voo da plataforma será feito até o fim de 2010, numa operação chamada de "Maracatu".
"Vamos testar os sensores da plataforma no veículo de sondagem brasileiro VSB-30, utilizado em missões suborbitais de exploração do espaço", disse o coordenador do projeto SIA, Waldemar de Castro Leite Filho. O VSB-30 acumula um histórico de nove lançamentos de sucesso, sendo que dois foram realizados no começo deste mês, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia, levando à bordo experimentos científicos europeus.
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) também está finalizando a construção de um prédio, que irá abrigar um laboratório de infraestrutura de testes para os sensores da plataforma inercial do SIA.
O laboratório, segundo Leite Filho, é único na América Latina e será capaz de testar sensores com uma precisão de 0,1 grau por hora, ou seja, poderá medir movimentos cem vezes menor que o movimento de rotação da Terra. Empresas como a Embraer e a Petrobras, segundo o pesquisador, já utilizam os laboratórios do DCTA para calibrar seus sensores.
O projeto SIA tem um custo estimado de R$ 40 milhões e está sendo financiado pela Finep, por meio da Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). A execução do projeto está a cargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv), vinculados ao DCTA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O objetivo inicial do SIA, segundo Leite Filho, é capacitar o Brasil a fabricar sistemas inerciais para foguetes e satélites.
A tecnologia será repassada para a indústria brasileira e, por esta razão, o projeto SIA envolve ainda a participação de um consórcio de empresas, o SIN, formado pela Mectron, Equatorial, Optsensys, Navcon e Compsis. Além do programa espacial, o SIA também vem sendo acompanhado de perto pelo exército brasileiro, devido a sua aplicação em sistemas inerciais de carros de combate e mísseis. A marinha tem interesse no SIA para a guiagem de navios e como estabilizador de armas e a Petrobras utiliza sensores inerciais em brocas e sistemas de ancoragem de estruturas flutuantes, utilizadas no processo de exploração de petróleo.
"Se considerarmos um atirador, o sistema inercial é a luneta, porque sem ela não se vê o alvo", explica Leite Filho. Num avião, segundo ele, o sistema de navegação inercial diz para onde ele está indo e controla o veículo, estabilizando a sua velocidade angular e atitude (orientação no espaço em relação a um sistema de referência). O sistema inercial, neste caso, ajuda a navegação acrescentando os dados do GPS, mas ele é autônomo, ou seja, não depende de satélites, e sim dos seus sensores para funcionar.
O sistema inercial de um foguete é composto por dois sensores principais: um girômetro e um acelerômetro, que repassam as informações sobre a posição do foguete no espaço para o computador de bordo. É através da plataforma inercial que se consegue, por exemplo, identificar os desvios de rota de um foguete ou satélite em órbita.
O domínio da tecnologia que envolve o sistema de navegação de veículos espaciais, segundo Leite Filho, dará ao Brasil autonomia em uma área considerada estratégica, restrita a poucos países no mundo e sujeita a embargos tecnológicos, que há vários anos tem afetado o programa espacial brasileiro.
Os sistemas inerciais de todos os protótipos de foguetes já lançados pelo Centro Técnico Aeroespacial, (CTA), por exemplo, foram comprados da Rússia e da França, em meados da década de 90, sob objeções do governo dos Estados Unidos. A compra de componentes para o atual projeto também continua sofrendo embargo dos EUA. Já o sistema de controle de atitude dos novos satélites da Plataforma Multimissão (PMM) do Inpe, serão fornecidos pela Argentina. Os satélites que o Brasil fez com a China levam um sistema de controle de órbita chinês.
O SIA também pode ser usado na aviação e a aeronave Super Tucano, que depende do fornecimento de sistemas da americana Honeywell, teria uma opção nacional para equipar a frota de 99 aeronaves do modelo, comprada pela FAB. O Super Tucano já sofreu embargo dos EUA, em 2005, quando a Embraer tentou vender a aeronave para a Venezuela, por conta dos componentes americanos instalados no avião. Há cerca de um ano a FAB também teve dificuldades em comprar os sensores inerciais do avião de patrulha marítima P-3, que está sendo modernizado na Espanha, pela empresa europeia EADS. O fabricante original do P-3 Orion é a empresa americana Lockheed Martin.
Abraços,
Valor Econômico - 14/12/2009
O Brasil está conseguindo resolver um dos principais desafios tecnológicos impostos, há quase três décadas, ao seu programa de lançadores de satélites: desenvolver e fabricar seu próprio sistema de navegação inercial, utilizado na estabilização de satélites em órbita e na orientação da trajetória de um foguete no espaço.
A primeira fase do projeto, batizado de SIA (Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial) já foi concluída, com o desenvolvimento do protótipo de uma plataforma inercial completa, que será testada em uma montanha russa, em um parque de diversões, em São Paulo, no começo do próximo ano. O teste em voo da plataforma será feito até o fim de 2010, numa operação chamada de "Maracatu".
"Vamos testar os sensores da plataforma no veículo de sondagem brasileiro VSB-30, utilizado em missões suborbitais de exploração do espaço", disse o coordenador do projeto SIA, Waldemar de Castro Leite Filho. O VSB-30 acumula um histórico de nove lançamentos de sucesso, sendo que dois foram realizados no começo deste mês, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia, levando à bordo experimentos científicos europeus.
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) também está finalizando a construção de um prédio, que irá abrigar um laboratório de infraestrutura de testes para os sensores da plataforma inercial do SIA.
O laboratório, segundo Leite Filho, é único na América Latina e será capaz de testar sensores com uma precisão de 0,1 grau por hora, ou seja, poderá medir movimentos cem vezes menor que o movimento de rotação da Terra. Empresas como a Embraer e a Petrobras, segundo o pesquisador, já utilizam os laboratórios do DCTA para calibrar seus sensores.
O projeto SIA tem um custo estimado de R$ 40 milhões e está sendo financiado pela Finep, por meio da Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). A execução do projeto está a cargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv), vinculados ao DCTA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O objetivo inicial do SIA, segundo Leite Filho, é capacitar o Brasil a fabricar sistemas inerciais para foguetes e satélites.
A tecnologia será repassada para a indústria brasileira e, por esta razão, o projeto SIA envolve ainda a participação de um consórcio de empresas, o SIN, formado pela Mectron, Equatorial, Optsensys, Navcon e Compsis. Além do programa espacial, o SIA também vem sendo acompanhado de perto pelo exército brasileiro, devido a sua aplicação em sistemas inerciais de carros de combate e mísseis. A marinha tem interesse no SIA para a guiagem de navios e como estabilizador de armas e a Petrobras utiliza sensores inerciais em brocas e sistemas de ancoragem de estruturas flutuantes, utilizadas no processo de exploração de petróleo.
"Se considerarmos um atirador, o sistema inercial é a luneta, porque sem ela não se vê o alvo", explica Leite Filho. Num avião, segundo ele, o sistema de navegação inercial diz para onde ele está indo e controla o veículo, estabilizando a sua velocidade angular e atitude (orientação no espaço em relação a um sistema de referência). O sistema inercial, neste caso, ajuda a navegação acrescentando os dados do GPS, mas ele é autônomo, ou seja, não depende de satélites, e sim dos seus sensores para funcionar.
O sistema inercial de um foguete é composto por dois sensores principais: um girômetro e um acelerômetro, que repassam as informações sobre a posição do foguete no espaço para o computador de bordo. É através da plataforma inercial que se consegue, por exemplo, identificar os desvios de rota de um foguete ou satélite em órbita.
O domínio da tecnologia que envolve o sistema de navegação de veículos espaciais, segundo Leite Filho, dará ao Brasil autonomia em uma área considerada estratégica, restrita a poucos países no mundo e sujeita a embargos tecnológicos, que há vários anos tem afetado o programa espacial brasileiro.
Os sistemas inerciais de todos os protótipos de foguetes já lançados pelo Centro Técnico Aeroespacial, (CTA), por exemplo, foram comprados da Rússia e da França, em meados da década de 90, sob objeções do governo dos Estados Unidos. A compra de componentes para o atual projeto também continua sofrendo embargo dos EUA. Já o sistema de controle de atitude dos novos satélites da Plataforma Multimissão (PMM) do Inpe, serão fornecidos pela Argentina. Os satélites que o Brasil fez com a China levam um sistema de controle de órbita chinês.
O SIA também pode ser usado na aviação e a aeronave Super Tucano, que depende do fornecimento de sistemas da americana Honeywell, teria uma opção nacional para equipar a frota de 99 aeronaves do modelo, comprada pela FAB. O Super Tucano já sofreu embargo dos EUA, em 2005, quando a Embraer tentou vender a aeronave para a Venezuela, por conta dos componentes americanos instalados no avião. Há cerca de um ano a FAB também teve dificuldades em comprar os sensores inerciais do avião de patrulha marítima P-3, que está sendo modernizado na Espanha, pela empresa europeia EADS. O fabricante original do P-3 Orion é a empresa americana Lockheed Martin.
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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Perfeito! Agora armem um foguete num satélite virado para Brasília e explodam aquela merda toda.
Vou apoiar o investimento.
Vou apoiar o investimento.

Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Pra que gastar dinheiro com estas porcarias mal feitas tupiniquins? O BRasil não faz nada que preste. Aliás, tudo o que ele produz, o faz usando boa parte de tecnologia existente. ISso sem falar nas que usurpam de outros países.
Ah que saudades da europa.
OOps...desencosta APO!
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"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Apo escreveu:Perfeito! Agora armem um foguete num satélite virado para Brasília e explodam aquela merda toda.
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- TPM* ?!?!?!?
Beijos,
(*) Temporada Provável de Mísseis
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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Aranha escreveu:Apo escreveu:Perfeito! Agora armem um foguete num satélite virado para Brasília e explodam aquela merda toda.
Vou apoiar o investimento.
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Semana que vem ou na outra ou na outra ou na outra mando explodirem Brasília de novo.


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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Johnny escreveu:Pra que gastar dinheiro com estas porcarias mal feitas tupiniquins? O BRasil não faz nada que preste. Aliás, tudo o que ele produz, o faz usando boa parte de tecnologia existente. ISso sem falar nas que usurpam de outros países.
Ah que saudades da europa.
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Embarco pra Europa dia 28 de Janeiro. Asta la vista!

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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Apo escreveu:Aranha escreveu:Apo escreveu:Perfeito! Agora armem um foguete num satélite virado para Brasília e explodam aquela merda toda.
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- Por favor, precisão cirúrgica no ataque, alvos: Congresso e Palácio da Alvorada.
- Não vai querer matar o Aranhão amigo da vizinhança também né?
Beijos,
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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Aranha escreveu:Apo escreveu:Aranha escreveu:Apo escreveu:Perfeito! Agora armem um foguete num satélite virado para Brasília e explodam aquela merda toda.
Vou apoiar o investimento.
- TPM* ?!?!?!?
Beijos,
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Semana que vem ou na outra ou na outra ou na outra mando explodirem Brasília de novo.
- Por favor, precisão cirúrgica no ataque, alvos: Congresso e Palácio da Alvorada.
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Mude-se. Ou fique e arque com suas simpatias pelo "ambiente".

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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
O Brasil já fabrica satélites há algum tempo. O que falta são foguetes para lançá-los, mas este governo deve achar que isto não é estratégico.
E há o risco de a base de Alcântara ser entregue aos supostos quilombolas que reivindicam sua posse.
Não vamos ganhar dinheiro nem mesmo com o lançamento de foguetes dos outros.
E há o risco de a base de Alcântara ser entregue aos supostos quilombolas que reivindicam sua posse.
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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Fernando Silva escreveu:O Brasil já fabrica satélites há algum tempo. O que falta são foguetes para lançá-los, mas este governo deve achar que isto não é estratégico.
E há o risco de a base de Alcântara ser entregue aos supostos quilombolas que reivindicam sua posse.
Não vamos ganhar dinheiro nem mesmo com o lançamento de foguetes dos outros.
O Brasil vai lançar foguete
Cuba também vai lançar
Lança Cuba lança
Eu quero ver Cuba lançar.
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Re: Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites/foguetes
Apo escreveu:Perfeito! Agora armem um foguete num satélite virado para Brasília e explodam aquela merda toda.
Vou apoiar o investimento.
sera q vale a pena o gasto pra isso?

segundo bin laden...
