Castelo assombrado sediará escola de fantasmas

[Aurelio Moraes]

Os fãs de histórias de assombrações estão com sorte, pois o castelo de Muncaster, uma das casas "assombradas" mais famosas da Inglaterra, será a primeira escola sobre fantasmas do país. Conhecido por deixar de cabelo em pé os visitantes com as freqüentes aparições de seus hóspedes do além, o castelo de Muncaster é uma majestosa construção de 800 anos, situada na região dos lagos, ao noroeste da Inglaterra.

Este local místico foi escolhido por Jason Braithwaite, psicólogo cognitivo e neurologista da Universidade de Birmingham, para dar aulas de sensibilização dos fenômenos paranormais. O castelo é famoso por sua sala de tapetes e por gritos e gemidos de crianças que são ouvidos, além dos barulhos inexplicáveis e aparições.

Uma "dama de branco", que seria o fantasma de uma jovem mulher, Mary Bragg, assassinada em frente às grades do castelo no século XIX, seria uma visita regular nos jardins ou estradas vizinhas, assim como o fantasma de um antigo bobo da corte do castelo, Tom Fool.

Braithwaite, 34 anos, é cético sobre a veracidade destes fenômenos, mas quer dar os conhecimentos científicos necessários a seus alunos para que possam verificar a realidade dos acontecimentos. "Não digo que possam explicar estes fenômenos, mas os alunos terão os conhecimentos necessários para examinar de forma racional e sensata" o que ocorre no castelo, explicou o professor.

Segundo Braithwaite, os ruídos e visões no castelo podem estar vinculados a fenômenos físicos naturais. "Algumas percepções podem ser causadas por campos magnéticos estranhos e irregulares", explicou.

As "aulas" começam em março e dois dias de curso custam 120 libras (213 dólares), com uma noite no castelo incluída. Os organizadores receberam o aval da família Pennington, que "vive" no castelo desde 1208.

Respeitosos do desejo de Peter Pennington, o patriarca da família que não quer entrar no "sensacionalismo televisivo", os alunos não usarão bola de cristal, tabuleiro ouija ou outro instrumento associado a médiuns. "O objetivo é fazer um verdadeiro trabalho científico, explicar por que tanta gente vê ou acredita ver fantasmas neste castelo", insistiu Braithwaite.

"As pessoas ouvem coisas, vêem coisas, sentem coisas, o que acontece? Podemos explicar isto psicologicamente ou em termos de funcionamento do cérebro?", acrescentou.


http://noticias.terra.com.br/popular/in ... 41,00.html

[Tranca]

Eu sempre gostei de histórias de fantasmas. Principalmente as que se passam em locais clássicos, como os castelos e mansões de campo inglesas/escocesas/irlandesas ou os velhos casarões senhoriais brasileiros, localizados no campo ou nas cidades.

Mas a distância entre gostar e exercitar a imaginação e vir a acreditar é grande. Quando era criança e adolescente, imagiava o quão reais podiam ser tais histórias. Depois desenvolvi um ceticismo que não me impedia de apreciar as narrativas fantasmagóricas, apesar de julgar isso pouco provável.

O interessante nestas histórias, assim como deve ser muito mais ao vivo, é que o local influencia a imaginação do indivíduo - o que deve ser capaz de despertar nos mais sensíveis impressões que podem ser geradas pelo medo ou outro sentimento equivalente, que seja capaz de ativar a imaginação.

Um castelo, um casarão de campo, uma antiga fazenda de escravos são muito mais propícios para despertar a imaginação e levá-la ao ponto de "ver" algo do que um lugar que não tenha qualquer traço de mistério ou acúmulo de acontecimentos históricos que possam dar impulso a imaginação ou causar a impressão de medo ou receio. Vejam os casos de fantasmas em bibliotecas, igrejas, teatros, quartéis e outros, também.

Já li teorias e teorias sobre o assunto. Das que afirmam a existência de fantasmas àquelas que explicam serem as manifestações (das quais não se faz prova cabal, por óbvio) de resquícios de "energia psíquica" acumulada nesses locais ao longo de anos ou até séculos. Também tem os que falam da capacidade do ser humano de "captar" eventos ocorridos fora de seu espaço-tempo, como que existisse uma antena que "sincronizasse" o indivíduo com outros seres humanos do passado que estiveram no mesmo local. Afinal, para explicar esses fenômenos, cada crédulo escolhe a teoria que mais lhe apetece.

Do mesmo modo, os céticos estudam estes casos com base naquilo que percebem.

Primeiramente, esquecem-se os que crêem nestes fenômenos, é necessário provar que os tais efetivametne existem e não são frutos da imaginação humana.

No que toca ao texto que abre o tópico, creio que a maioria penserá que pode não passar de mais uma daquelas idéias excêntricas de algum inglês querendo ganhar dinheiro fácil.

Mas não deixaria de ser uma experiência interessante passar uns dias em um castelo de 800 anos.

[Tranca]

Eu tenho uma coletânea de 1963, se não me engano, do Reader's Digest, intitulada "As Melhores Histórias Reais de Crime, Mistério e Suspense".

Há muitas histórias de fantasmas ocorridas no eixo USA/UK, desde o século XIX até lá por 1950. Muitas ocorridas com personagens famosos. Vale conferir, para se ter uma amostragem da variedade dos eventos ocorridos (segundo seus relatores, claro ).

Muito interessante.

[rapha...]

Eu tenho uma coletânea de 1963, se não me engano, do Reader's Digest, intitulada "As Melhores Histórias Reais de Crime, Mistério e Suspense".

Há muitas histórias de fantasmas ocorridas no eixo USA/UK, desde o século XIX até lá por 1950. Muitas ocorridas com personagens famosos. Vale conferir, para se ter uma amostragem da variedade dos eventos ocorridos (segundo seus relatores, claro ).

Muito interessante.

Interessante, mesmo.

Onde comprou este livro?

[Tranca]

Eu ganhei há anos, mas encontra-se facilmente em sebos. Aqui em Londrina eu já vi umas quatro vezes esta publicação.