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Ilovefoxes escreveu:É impossível alguém "biologicamente heterossexual" transar com alguém do mesmo sexo?
completamente.
afinal de contas tudo que é biológico é determinado e inevitável
num outro exemplo. a questão do estupro. se houver uma predisposição nos homens ao estupro, pois isso favoreceria a propagação do estuprador, o estupro se torna então inevitável e a sociedade não deve mais manter leis para coibi-lo.
Determinismo biológico? Sei lá, eu como sempre tenho a tendência de achar que diversos fatores influenciam os fenômenos observados. Por causa do preconceito em torno do assunto somente nest e século o tema, em relação aos animais, tem sido pesquisado por cientistas, aos poucos vamos conseguindo um panorama mais claro dos processos que o envolve.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
O lado delicado do mundo animal Casais de albatrozes do mesmo sexo levantam debate sobre comportamento de espécies
Jon Modallem Do New York Times
Há alguns anos, quando ainda era a primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush saudou os albatrozes de Laysan por se engajarem em compromissos de longo prazo.
Lindsay C. Young, uma bióloga que estuda uma colônia dessas aves em Kaena Point, no Havaí, me disse o seguinte, quando estive lá: — Eles são supostamente ícones da monogamia: um macho e uma fêmea.
Mas eu não diria que o que você está vendo é um casal formado por um macho e uma fêmea.
Lindsay estuda os albatrozes de Oahu desde 2003, e eles foram o foco do seu doutorado na Universidade do Havaí. Ao longo do trabalho, a pesquisadora e seus colegas descobriram, quase incidentalmente, que 1/3 dos pares existentes em Kaena Point consiste de duas aves fêmeas, e não um macho e uma fêmea.
Os albatrozes de Laysan são uma entre várias espécies de animais em que os dois sexos parecem idênticos. Mas a maior parte dos casais de fêmea-fêmea de Kaena Point está junto há quatro, oito ou até 19 anos — ou até onde os registros existem.
Esses pares de fêmeas incubam juntos os seus ovos e passeiam juntos na frente de todos os outros animais — que poderiam ser chamados de “héteros” — da colônia.
Mas Lindsay nunca usa o termo “casais héteros”, da mesma forma como ela se recusa a chamar essas duplas de “lésbicas”.
E diz que não se sente confortável em fazer algum tipo de julgamento se aquilo, tecnicamente, pode classificá-las como lésbicas ou não. Até porque essa questão não faz sentido para o seu trabalho.
— Lésbicas é uma expressão humana — diz Lindsay, uma pesquisadora tão brilhante quanto cautelosa. — O estudo é sobre albatrozes, não sobre humanos.
Uma descoberta como esta pode ser desorientadora para a maior parte dos biólogos que trabalham no campo, caso eles levem esse assunto a sério, o que tradicionalmente não tem sido o caso. Várias formas de atividade entre animais do mesmo sexo já foram registradas entre mais de 450 espécies diferentes, de flamingos a bisões, de besouros a porcos selvagens.
Artigo gera ataque de conservadores
Na maior parte dos casos, esse tipo de observação tem sido relatado em estudos científicos como uma curiosidade, e não como um tema que mereça maiores análises.
Biólogos tentam explicar o que veem como um ato isolado e sem sentido dentro do elegante universo darwiniano, no qual todas as faces do comportamento animal são dirigidas para a reprodução das espécies. Um primatologista chegou a sugerir que dois orangotangos faziam sexo oral entre si por motivos nutricionais.
Nos últimos anos, porém, mais cientistas estão olhando de forma objetiva para esse tipo de comportamento — e tratando dele como ciência. Para Lindsay, a existência de tantos casais de fêmeas albatrozes colocou abaixo preconceitos que ela nem sabia que tinha e levantou uma série de perguntas cada vez mais complicadas.
Uma delas é como os cientistas vão conseguir falar disso, já que vivemos ansiosamente tentando comparar o sexo entre os animais com o nosso próprio.
— Essa colônia tem a maior proporção de... não sei o termo para isso... “animais homossexuais”?... do mundo — afirma ela.
— Sei que algumas pessoas vão gostar de saber isso, enquanto outras não.
Sua precaução faz sentido. Há dois anos, Lindsay escreveu um artigo sobre esses pares de albatrozes fêmeas: — Fomos cautelosos, apenas reportando o que vimos.
Mas a revista na qual o artigo foi publicado, “Biology Letters”, mandou resumos para a imprensa, dias depois de a Califórnia ter legalizado o casamento gay. Às 6h do dia seguinte, um repórter da Fox News ligou para Lindsay. A reportagem que se seguiu rendeu à pesquisadora comentários de que estava fazendo “ciência de propaganda, da pior espécie”.
Um senador disse que ela estava jogando no lixo o dinheiro público (embora suas pesquisas não sejam bancadas pelo governo). Um grupo gay pediu que ela pusesse uma bandeira com as cores do arcoíris em cada ninho, em “solidariedade”.
Ainda hoje, a primeira coisa que todos perguntam a Lindsay — às vezes a única coisa que perguntam — é o que os albatrozes podem dizer sobre nós.
SickBoy escreveu:O termo orientação sexual é considerado, atualmente, mais apropriado do que opção sexual ou preferência sexual. Isso porque opção indica que uma pessoa teria escolhido a sua forma de desejo, coisa que muitas pessoas consideram como sem sentido. Assim como o heterossexual não escolheu essa forma de desejo, o homossexual (tanto feminino como masculino) também não, pois, segundo pesquisas recentes esta orientação poderá estar determinada por factores biogenéticos, sejam questões hormonais in utero ou genes que possam determinar esta predisposição. É importante esclarecer que há grande apelo e imposição do modelo heteressexual para todos. Não existe a preocupação em conhecer o nível ou qualidade de vida afetiva, nível de prazer ou felicidade que uma pessoa possa ter, mas sim que ela devera ser heterosexual; trata-se assim da ditadura da heterossexualidade ou, se considerado um fenômeno, do heterossexualismo. Por conta dessa forte imposição, muitas pessoas encontram alívio dos desejos homoeróticos na igreja, nos remédios, nas drogas ou mesmo, adotando um padrão escondido ou de vida dupla: No seu entorno social e familiar assume um comportamento heterossexual e num mundo privado permite-se exercer a sua homossexualidade, situação esta que cria um maior ou menor conflicto interior e assim as suas repercusões posteriores nesse ser humano.
Anna escreveu:ai, ai, eu falo, ninguém me escuta....
Quem não quer, não escuta mesmo. Quem escuta, nem precisaria tu falar. O óbvio não precisa de tanta explicação.( ái, que horror! parece papo de crente!!!! )