Vítimas questiona o novo manual contra pedof
Vítimas questiona o novo manual contra pedof
Grupo de vítimas questiona benefícios do manual contra pedofilia da Igreja
Folha on line
da Reportagem Local
O principal grupo de vítimas dos Estados Unidos questionou nesta segunda-feira os efetivos benefícios do novo manual de procedimentos da Igreja Católica para casos de pedofilia cometidos por padres e disse estar a espera de ações e não de novos documentos. O manual responsabiliza os bispos por investigar e delatar os padres suspeitos de abusar sexualmente de crianças e determina que eles devem decidir o que fazer com os pedófilos.
"Vamos manter isso em perspectiva: é uma sentença e é virtualmente nada até que nós vejamos que os bispos estão respondendo", disse Joelle Casteix, diretora regional da Rede de Sobreviventes de Quem Sofreu Abusos por Padres, o principal grupo nos Estados Unidos de vítimas de pedofilia por padres.
"Uma sentença não pode imediatamente reverter centenas de séculos de omissão", completou.
Ela disse ainda que se o Vaticano quer efetivamente mudar a situação "seria muito mais efetivo demitir bispos que claramente colocaram crianças em risco e permitiram abuso, escondendo o crime, do que acrescentar uma sentença em uma política que raramente é seguida com consistência".
O Vaticano divulgou nesta segunda-feira a nova versão do manual sobre o procedimento da Igreja Católica para os casos de abusos sexuais de crianças por padres.
No documento, publicado no seu site, a Santa Sé pede que os casos de padres pedófilos sejam denunciados "sempre" à autoridade civil e que, nos casos mais graves, o papa pode reduzir os religiosos diretamente ao estado laical --sem a necessidade de um julgamento canônico.
Segundo o vice-porta-voz do Vaticano, Ciro Benedettini, não se trata de um novo guia, mas da revisão de um documento redigido em 2003 e que foi publicado hoje "em nome da absoluta transparência" pregada pelo papa.
O documento, que não traz novidades ao que o próprio papa Bento 16 já havia pedido em carta aos fiéis da Irlanda, é a maior cartada do Vaticano para responder não só as recentes denúncias de pedofilia, mas às denúncias de que a Igreja Católica se calou diante de centenas de casos.
Até mesmo o papa foi acusado de omissão para os abusos cometidos por padres quando era arcebispo de Munique, na Alemanha, entre 1977 e 1981, e durante os 25 anos em que foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antes de ser eleito pontífice em 2005.
"A lei civil referente à denúncia dos crimes às autoridades apropriadas deve ser sempre seguida", explica a Santa Sé, escrevendo expressamente pela primeira vez que recorrer às autoridades civis é obrigatório.
Avaliação
O texto é dividido em três partes. A primeira se refere ao procedimento preliminar e assinala que, quando há uma denúncia de abuso de uma criança por um clérigo, a diocese local é a primeira encarregada de investigar o fato.
Se a acusação tiver peso, o bispo local envia o caso com toda a documentação necessária ao Vaticano e expressa sua opinião sobre os procedimentos a serem seguidos e as medidas que serão adotadas a curto e longo prazo.
O texto acrescenta que, durante a etapa inicial, até que o caso seja resolvido, o bispo pode impor medidas cautelares para preservar a comunidade e as vítimas e assegurar que as crianças não sofram mais.
A segunda parte fala dos procedimentos autorizados pela Congregação para a Doutrina da Fé. Uma vez que o caso caia nas mãos do dicastério (tribunal eclesiástico) vaticano, este pode autorizar o bispo local a abrir um processo perante uma corte local da Igreja, com a presença de dois assessores.
Em alguns casos o Pontífice poderá evitar o processo no Vaticano e diretamente reduzir o criminoso ao estado laico. Na hipótese da prática ser adotada, "não pode haver recurso canônico contra tal decreto papal".
Confissão
Nos casos em que o pedófilo reconheça o crime e aceite levar uma vida de preces e penitências, a congregação autorizará o bispo local a ditar um decreto que proíba ou limite o exercício público do sacerdócio.
As diretrizes também comentam a prescrição dos crimes graves, prevista até agora para dez anos depois que a vítima completasse seu 18º aniversário. A ideia é abolir completamente o esgotamento do prazo legal.
No último ponto, o guia explica que a congregação começou a revisar alguns artigos do documento papal "Sacramentorum santictatis tutela" para atualizar o "Delicta graviora", sobre os delitos de abusos mais graves, dentre os quais a pedofilia, escrito em 2001.
Folha on line
da Reportagem Local
O principal grupo de vítimas dos Estados Unidos questionou nesta segunda-feira os efetivos benefícios do novo manual de procedimentos da Igreja Católica para casos de pedofilia cometidos por padres e disse estar a espera de ações e não de novos documentos. O manual responsabiliza os bispos por investigar e delatar os padres suspeitos de abusar sexualmente de crianças e determina que eles devem decidir o que fazer com os pedófilos.
"Vamos manter isso em perspectiva: é uma sentença e é virtualmente nada até que nós vejamos que os bispos estão respondendo", disse Joelle Casteix, diretora regional da Rede de Sobreviventes de Quem Sofreu Abusos por Padres, o principal grupo nos Estados Unidos de vítimas de pedofilia por padres.
"Uma sentença não pode imediatamente reverter centenas de séculos de omissão", completou.
Ela disse ainda que se o Vaticano quer efetivamente mudar a situação "seria muito mais efetivo demitir bispos que claramente colocaram crianças em risco e permitiram abuso, escondendo o crime, do que acrescentar uma sentença em uma política que raramente é seguida com consistência".
O Vaticano divulgou nesta segunda-feira a nova versão do manual sobre o procedimento da Igreja Católica para os casos de abusos sexuais de crianças por padres.
No documento, publicado no seu site, a Santa Sé pede que os casos de padres pedófilos sejam denunciados "sempre" à autoridade civil e que, nos casos mais graves, o papa pode reduzir os religiosos diretamente ao estado laical --sem a necessidade de um julgamento canônico.
Segundo o vice-porta-voz do Vaticano, Ciro Benedettini, não se trata de um novo guia, mas da revisão de um documento redigido em 2003 e que foi publicado hoje "em nome da absoluta transparência" pregada pelo papa.
O documento, que não traz novidades ao que o próprio papa Bento 16 já havia pedido em carta aos fiéis da Irlanda, é a maior cartada do Vaticano para responder não só as recentes denúncias de pedofilia, mas às denúncias de que a Igreja Católica se calou diante de centenas de casos.
Até mesmo o papa foi acusado de omissão para os abusos cometidos por padres quando era arcebispo de Munique, na Alemanha, entre 1977 e 1981, e durante os 25 anos em que foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antes de ser eleito pontífice em 2005.
"A lei civil referente à denúncia dos crimes às autoridades apropriadas deve ser sempre seguida", explica a Santa Sé, escrevendo expressamente pela primeira vez que recorrer às autoridades civis é obrigatório.
Avaliação
O texto é dividido em três partes. A primeira se refere ao procedimento preliminar e assinala que, quando há uma denúncia de abuso de uma criança por um clérigo, a diocese local é a primeira encarregada de investigar o fato.
Se a acusação tiver peso, o bispo local envia o caso com toda a documentação necessária ao Vaticano e expressa sua opinião sobre os procedimentos a serem seguidos e as medidas que serão adotadas a curto e longo prazo.
O texto acrescenta que, durante a etapa inicial, até que o caso seja resolvido, o bispo pode impor medidas cautelares para preservar a comunidade e as vítimas e assegurar que as crianças não sofram mais.
A segunda parte fala dos procedimentos autorizados pela Congregação para a Doutrina da Fé. Uma vez que o caso caia nas mãos do dicastério (tribunal eclesiástico) vaticano, este pode autorizar o bispo local a abrir um processo perante uma corte local da Igreja, com a presença de dois assessores.
Em alguns casos o Pontífice poderá evitar o processo no Vaticano e diretamente reduzir o criminoso ao estado laico. Na hipótese da prática ser adotada, "não pode haver recurso canônico contra tal decreto papal".
Confissão
Nos casos em que o pedófilo reconheça o crime e aceite levar uma vida de preces e penitências, a congregação autorizará o bispo local a ditar um decreto que proíba ou limite o exercício público do sacerdócio.
As diretrizes também comentam a prescrição dos crimes graves, prevista até agora para dez anos depois que a vítima completasse seu 18º aniversário. A ideia é abolir completamente o esgotamento do prazo legal.
No último ponto, o guia explica que a congregação começou a revisar alguns artigos do documento papal "Sacramentorum santictatis tutela" para atualizar o "Delicta graviora", sobre os delitos de abusos mais graves, dentre os quais a pedofilia, escrito em 2001.
Editado pela última vez por marta em 12 Abr 2010, 16:17, em um total de 1 vez.



marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
Re: Grupo de vítimas questiona benefícios do manual contra p
Alemães perdem confiança na Igreja Católica, mostra pesquisa
Folha on line
da Reuters, em Berlim
A maioria dos alemães não confia na Igreja Católica, e um quarto dos católicos do país pensa em deixar a instituição após os escândalos de abuso sexual, mostrou uma pesquisa de opinião.
A pesquisa, a ser publicada na revista Focus na segunda-feira, apurou que 56% dos alemães não confia na Igreja após informações de centenas de casos de abuso sexual e de acobertamento por clérigos.
Somente 18% dos alemães têm fé na Igreja, mostrou a pesquisa feita pela Focus com 613 pessoas. Entre os católicos, 26% disseram que pensam em sair da Igreja, o que na Alemanha é uma decisão formal e tem consequências sobre o imposto de renda.
Uma pesquisa semelhante feita em março pela revista Stern mostrou que 19% dos católicos alemães pensavam em deixar a Igreja. Milhares deixaram a Igreja no mês passado.
Um disque-denúncia apresentado na semana passada por Stephan Ackermann, bispo de Trier e especialista da Igreja nos casos de abuso, foi inundado com 12.293 ligações e ficou brevemente fora do ar. Apenas 2.670 ligações puderam ser respondidas.
Folha on line
da Reuters, em Berlim
A maioria dos alemães não confia na Igreja Católica, e um quarto dos católicos do país pensa em deixar a instituição após os escândalos de abuso sexual, mostrou uma pesquisa de opinião.
A pesquisa, a ser publicada na revista Focus na segunda-feira, apurou que 56% dos alemães não confia na Igreja após informações de centenas de casos de abuso sexual e de acobertamento por clérigos.
Somente 18% dos alemães têm fé na Igreja, mostrou a pesquisa feita pela Focus com 613 pessoas. Entre os católicos, 26% disseram que pensam em sair da Igreja, o que na Alemanha é uma decisão formal e tem consequências sobre o imposto de renda.
Uma pesquisa semelhante feita em março pela revista Stern mostrou que 19% dos católicos alemães pensavam em deixar a Igreja. Milhares deixaram a Igreja no mês passado.
Um disque-denúncia apresentado na semana passada por Stephan Ackermann, bispo de Trier e especialista da Igreja nos casos de abuso, foi inundado com 12.293 ligações e ficou brevemente fora do ar. Apenas 2.670 ligações puderam ser respondidas.



marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
- Apo
- Mensagens: 25468
- Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
- Gênero: Feminino
- Localização: Capital do Sul do Sul
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
É evidente que manuais e disk-denúncia montados pelo algoz, são só para pegar mais vítimas e desviar estatísticas.
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?

- Sorrelfa
- Mensagens: 2441
- Registrado em: 27 Mar 2007, 10:21
- Gênero: Masculino
- Localização: Rua Sem entrada e Sem saida, Nº Infinito
- Contato:
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
"Entre os católicos, 26% disseram que pensam em sair da Igreja, o que na Alemanha é uma decisão formal e tem consequências sobre o imposto de renda."
Você não sai da Santa Madre Igreja, A Santa Igreja sai de você.
Você não sai da Santa Madre Igreja, A Santa Igreja sai de você.
Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
Apo escreveu:É evidente que manuais e disk-denúncia montados pelo algoz, são só para pegar mais vítimas e desviar estatísticas.
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?
Aceita sugestão?




marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
- joaomichelazzo
- Mensagens: 1689
- Registrado em: 07 Nov 2008, 12:09
- Gênero: Masculino
- Localização: Mais perto do inferno que do céu
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
Apo escreveu:É evidente que manuais e disk-denúncia montados pelo algoz, são só para pegar mais vítimas e desviar estatísticas.
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?
A Itália não expulsaria-os.
Aquela Piazza de San Pedro é ponto turístico. Fica cheio de fiéis querendo ver o papa.
E você sabe como fiél é tapado.
Mas creio que eles poderiam instalar o vaticano no Acre. Pelo menos teria alguma serventia aquela joça de estado.
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)
"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"
"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
joaomichelazzo escreveu:Apo escreveu:É evidente que manuais e disk-denúncia montados pelo algoz, são só para pegar mais vítimas e desviar estatísticas.
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?
A Itália não expulsaria-os.
Aquela Piazza de San Pedro é ponto turístico. Fica cheio de fiéis querendo ver o papa.
E você sabe como fiél é tapado.
Mas creio que eles poderiam instalar o vaticano no Acre. Pelo menos teria alguma serventia aquela joça de estado.
acre n eh apenas uma lenda?


- Apo
- Mensagens: 25468
- Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
- Gênero: Feminino
- Localização: Capital do Sul do Sul
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
joaomichelazzo escreveu:Apo escreveu:É evidente que manuais e disk-denúncia montados pelo algoz, são só para pegar mais vítimas e desviar estatísticas.
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?
A Itália não expulsaria-os.
Aquela Piazza de San Pedro é ponto turístico. Fica cheio de fiéis querendo ver o papa.
E você sabe como fiél é tapado.
Mas creio que eles poderiam instalar o vaticano no Acre. Pelo menos teria alguma serventia aquela joça de estado.
A Itália tem muitos atrativos, inclusive a própria Roma. Certamente que o Vaticano é a Disney da Itália, mas se começassem a descobrir que fazem atrocidades com as crianças nos parques, não sei até que ponto a pressão se sustentaria. Questão de tempo.

- Apo
- Mensagens: 25468
- Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
- Gênero: Feminino
- Localização: Capital do Sul do Sul
Re: Vítimas questiona o novo manual contra pedof
marta escreveu:Apo escreveu:É evidente que manuais e disk-denúncia montados pelo algoz, são só para pegar mais vítimas e desviar estatísticas.
Espero sinceramente que o mundo tenha tanto ódio por este câncer com cérebro no centro de Roma, que a até a Itália encurte as rédeas contra eles.
O que me passou pela mente agora foi uma pergunta: Onde será que o Vaticano iria se enfiar, se a Itália resolvesse expulsá-los?
Aceita sugestão?![]()
O Vaticano é um puteiro de luxo cercado apenas no lado que interessa: o que precisa permanecer escondido. Mas pagando, pode-se entrar um pouquinho. A analogia diz tudo.
