Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouriço
Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouriço
Cientistas brasileiros criam curativo de cana-de-açúcar
Fábio Reynol - Agência Fapesp
Cientistas brasileiros criam curativo de cana-de-açúcar
Pesquisa feita na USP desenvolveu um tecido a partir do bagaço de cana-de-açúcar para ser utilizado em curativos. [Imagem: Ag.Fapesp]
Curativo de cana
Um dos mais abundantes resíduos da indústria sucroalcooleira, o bagaço de cana-de-açúcar, poderá ter uma destinação nobre graças a uma pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP).
A equipe, coordenada pelo professor Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, desenvolveu uma fibra que poderá se tornar um tecido que, com o acréscimo de enzimas e fármacos, tem potencial para ser utilizado como curativo com múltiplas aplicações.
Quitosana
A pesquisa surgiu a partir da iniciativa da professora Silgia Aparecida da Costa. "O objetivo foi aproveitar dois importantes resíduos, o bagaço da cana e a quitosana, substância extraída da carapaça de crustáceos e que tem propriedades farmacológicas", disse ela.
A quitosana é obtida a partir da quitina, um polissacarídeo formador do esqueleto externo de crustáceos como siris e caranguejos, e tem propriedades fungicida, bactericida, cicatrizante e antialérgica.
O trabalho uniu as áreas farmacêutica e de engenharia de tecidos e depositou patente do processo de fabricação da fibra com potenciais farmacêuticos.
Fibra de cana-de-açúcar
O primeiro desafio foi extrair a fibra da cana-de-açúcar, trabalho feito por Sirlene Maria da Costa. Durante seu doutorado, Sirlene havia desenvolvido um papel corrugado, utilizado no interior de embalagens de papelão, feito da celulose do bagaço da cana.
"Por ter uma fibra curta, nosso maior receio era que a cana produzisse uma fibra de má qualidade para a fabricação de tecidos", disse Sirlene.
No entanto, em testes efetuados no Laboratório de Têxteis e Confecções do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o tecido derivado do bagaço apresentou um grau de polimerização quatro vezes maior que o da viscose, o que significa maior resistência.
Roupas doces
Os bons resultados da fibra extraída do bagaço tornaram desnecessária a sua mistura com outros tipos de celulose, uma alternativa que os pesquisadores previam caso a qualidade do material oriundo da cana não correspondesse aos padrões exigidos.
A fibra obtida pela equipe da USP ainda conta com características que a tornam adequada para a confecção de roupas. "Ela é agradável ao toque e bastante confortável, sendo um tipo de liocel", disse a professora Silgia referindo-se ao nome comercial da fibra oriunda da polpa da madeira.
Curativo de cana-de-açúcar
Para ser utilizada como curativo foi preciso analisar se não haviam vestígios dos reagentes utilizados no processo de obtenção da celulose. "Constatamos que 99% do reagente é recuperado após o processo, portanto a fibra não agride a saúde", afirmou.
Obtida a fibra, o passo seguinte foi agregar enzimas e fármacos. Além da quitosana, a professora Silgia realizou ensaios para imobilizar quatro outras substâncias às fibras de cana: os fármacos comerciais anfotericina B e sulfadiazina e as enzimas bromelina e lisozima, a primeira obtida do talo do abacaxi e a segunda da clara de ovo.
A equipe foi bem-sucedida também nessa etapa e os testes realizados posteriormente em células mostraram que o tecido curativo da cana não apresentava efeitos tóxicos.
"O produto se mostrou tecnicamente viável. A avaliação econômica caberá à iniciativa privada, caso alguma empresa se interesse em licenciar o processo", disse Pessoa, que considera o material útil para tratamento de queimaduras, por exemplo.
Curativos bucais e roupas repelentes
Um grupo de pesquisa da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP entrou em contato com Pessoa a fim de desenvolver um curativo em parceria para ser utilizado na mucosa bucal.
"O local é de difícil aderência, por isso, vamos testar a fibra para verificar se ela adere no interior da boca", explicou o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
A professora Silgia, por sua vez, pretende agora iniciar uma pesquisa para incorporar citronela a tecidos de algodão. A substância extraída do capim-limão é eficiente para repelir insetos. "Roupas com citronela seriam úteis para afastar insetos como o mosquito da dengue", destacou.
O grande desafio do trabalho, segundo ela, é fazer com que a substância permaneça na roupa mesmo após sucessivas lavagens e que não seja absorvida pela pele.
Fábio Reynol - Agência Fapesp
Cientistas brasileiros criam curativo de cana-de-açúcar
Pesquisa feita na USP desenvolveu um tecido a partir do bagaço de cana-de-açúcar para ser utilizado em curativos. [Imagem: Ag.Fapesp]
Curativo de cana
Um dos mais abundantes resíduos da indústria sucroalcooleira, o bagaço de cana-de-açúcar, poderá ter uma destinação nobre graças a uma pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP).
A equipe, coordenada pelo professor Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, desenvolveu uma fibra que poderá se tornar um tecido que, com o acréscimo de enzimas e fármacos, tem potencial para ser utilizado como curativo com múltiplas aplicações.
Quitosana
A pesquisa surgiu a partir da iniciativa da professora Silgia Aparecida da Costa. "O objetivo foi aproveitar dois importantes resíduos, o bagaço da cana e a quitosana, substância extraída da carapaça de crustáceos e que tem propriedades farmacológicas", disse ela.
A quitosana é obtida a partir da quitina, um polissacarídeo formador do esqueleto externo de crustáceos como siris e caranguejos, e tem propriedades fungicida, bactericida, cicatrizante e antialérgica.
O trabalho uniu as áreas farmacêutica e de engenharia de tecidos e depositou patente do processo de fabricação da fibra com potenciais farmacêuticos.
Fibra de cana-de-açúcar
O primeiro desafio foi extrair a fibra da cana-de-açúcar, trabalho feito por Sirlene Maria da Costa. Durante seu doutorado, Sirlene havia desenvolvido um papel corrugado, utilizado no interior de embalagens de papelão, feito da celulose do bagaço da cana.
"Por ter uma fibra curta, nosso maior receio era que a cana produzisse uma fibra de má qualidade para a fabricação de tecidos", disse Sirlene.
No entanto, em testes efetuados no Laboratório de Têxteis e Confecções do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o tecido derivado do bagaço apresentou um grau de polimerização quatro vezes maior que o da viscose, o que significa maior resistência.
Roupas doces
Os bons resultados da fibra extraída do bagaço tornaram desnecessária a sua mistura com outros tipos de celulose, uma alternativa que os pesquisadores previam caso a qualidade do material oriundo da cana não correspondesse aos padrões exigidos.
A fibra obtida pela equipe da USP ainda conta com características que a tornam adequada para a confecção de roupas. "Ela é agradável ao toque e bastante confortável, sendo um tipo de liocel", disse a professora Silgia referindo-se ao nome comercial da fibra oriunda da polpa da madeira.
Curativo de cana-de-açúcar
Para ser utilizada como curativo foi preciso analisar se não haviam vestígios dos reagentes utilizados no processo de obtenção da celulose. "Constatamos que 99% do reagente é recuperado após o processo, portanto a fibra não agride a saúde", afirmou.
Obtida a fibra, o passo seguinte foi agregar enzimas e fármacos. Além da quitosana, a professora Silgia realizou ensaios para imobilizar quatro outras substâncias às fibras de cana: os fármacos comerciais anfotericina B e sulfadiazina e as enzimas bromelina e lisozima, a primeira obtida do talo do abacaxi e a segunda da clara de ovo.
A equipe foi bem-sucedida também nessa etapa e os testes realizados posteriormente em células mostraram que o tecido curativo da cana não apresentava efeitos tóxicos.
"O produto se mostrou tecnicamente viável. A avaliação econômica caberá à iniciativa privada, caso alguma empresa se interesse em licenciar o processo", disse Pessoa, que considera o material útil para tratamento de queimaduras, por exemplo.
Curativos bucais e roupas repelentes
Um grupo de pesquisa da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP entrou em contato com Pessoa a fim de desenvolver um curativo em parceria para ser utilizado na mucosa bucal.
"O local é de difícil aderência, por isso, vamos testar a fibra para verificar se ela adere no interior da boca", explicou o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
A professora Silgia, por sua vez, pretende agora iniciar uma pesquisa para incorporar citronela a tecidos de algodão. A substância extraída do capim-limão é eficiente para repelir insetos. "Roupas com citronela seriam úteis para afastar insetos como o mosquito da dengue", destacou.
O grande desafio do trabalho, segundo ela, é fazer com que a substância permaneça na roupa mesmo após sucessivas lavagens e que não seja absorvida pela pele.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


brasileiros produzem antibiótico com ouriço-do-mar
Cientistas brasileiros produzem antibiótico com ouriço-do-mar
19 de abril de 2010 • 15h03 • atualizado às 15h07
Um grupo de pesquisadores do Centro de Ciências Genômicas e Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) descobriu que uma proteína presente no ouriço-do-mar pode ser base para desenvolver um antibiótico que combata infecções hospitalares. As informações são do site do Sistema Integrado de informação em Saúde do Rio Grande do Sul.
Os estudos, que ainda estão em andamento, já demonstraram que a proteína é capaz de eliminar com maior eficiência variedades das bactérias Escherichia coli, Salmonella, Proteus e Klebsiella, que causam infecções intestinais, renais e pulmonares.
Os pesquisadores, que desenvolvem dois projetos que buscam o controle de doenças por meio de compostos extraídos de animais marinhos, afirmam que de todas as 30 espécies de invertebrados analisadas, o ouriço-do-mar foi a que se mostrou mais eficiente. Segundo eles, o que despertou o interesse do grupo por animais marinhos foi a grande capacidade de adaptação destes a ambientes extremamente agressivos e competitivos, cheios de microorganismos.
Para o grupo, a descoberta traz grandes vantagens por ser natural e derivada de um organismo encontrado facilmente no País.
Contra a resistência
O desenvolvimento de novos princípios ativos para antibióticos é fundamental para criação de medicamentos alternativos já que o uso prolongado dos antibióticos convencionais pode gerar resistência em bactérias causadoras de infecções.
Os hospitais são "caldo de cultivo" dessas bactérias potencialmente mais resistentes, pois o uso de medicamentos no combate a infecções gera variedades cada vez mais perigosas e difíceis de eliminar.
19 de abril de 2010 • 15h03 • atualizado às 15h07
Um grupo de pesquisadores do Centro de Ciências Genômicas e Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) descobriu que uma proteína presente no ouriço-do-mar pode ser base para desenvolver um antibiótico que combata infecções hospitalares. As informações são do site do Sistema Integrado de informação em Saúde do Rio Grande do Sul.
Os estudos, que ainda estão em andamento, já demonstraram que a proteína é capaz de eliminar com maior eficiência variedades das bactérias Escherichia coli, Salmonella, Proteus e Klebsiella, que causam infecções intestinais, renais e pulmonares.
Os pesquisadores, que desenvolvem dois projetos que buscam o controle de doenças por meio de compostos extraídos de animais marinhos, afirmam que de todas as 30 espécies de invertebrados analisadas, o ouriço-do-mar foi a que se mostrou mais eficiente. Segundo eles, o que despertou o interesse do grupo por animais marinhos foi a grande capacidade de adaptação destes a ambientes extremamente agressivos e competitivos, cheios de microorganismos.
Para o grupo, a descoberta traz grandes vantagens por ser natural e derivada de um organismo encontrado facilmente no País.
Contra a resistência
O desenvolvimento de novos princípios ativos para antibióticos é fundamental para criação de medicamentos alternativos já que o uso prolongado dos antibióticos convencionais pode gerar resistência em bactérias causadoras de infecções.
Os hospitais são "caldo de cultivo" dessas bactérias potencialmente mais resistentes, pois o uso de medicamentos no combate a infecções gera variedades cada vez mais perigosas e difíceis de eliminar.
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- Apo
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- Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
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- Localização: Capital do Sul do Sul
Re: Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouri
DE novo esta coisa de Quitosana? Treco velho. Parece Cogumelo do Sol, barbatana de tubarão e outras esquisitices. Cuidado com "descobertas" fajutas.

Re: Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouri
Apo escreveu:DE novo esta coisa de Quitosana? Treco velho. Parece Cogumelo do Sol, barbatana de tubarão e outras esquisitices. Cuidado com "descobertas" fajutas.
Agora é minnha vez: Prove! (sem linguiças eim?

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- Fernando Silva
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Re: Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouri
Johnny escreveu:Apo escreveu:DE novo esta coisa de Quitosana? Treco velho. Parece Cogumelo do Sol, barbatana de tubarão e outras esquisitices. Cuidado com "descobertas" fajutas.
Agora é minnha vez: Prove! (sem linguiças eim?)
http://www.vitabrasilnet.com.br/dietfuel.htm

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Re: Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouri
Mas a pesquisa é sobre o curativo e o antibiótico, orra meu.
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- salgueiro
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Re: Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouri
Johnny escreveu:Os hospitais são "caldo de cultivo" dessas bactérias potencialmente mais resistentes, pois o uso de medicamentos no combate a infecções gera variedades cada vez mais perigosas e difíceis de eliminar
Será excelente se esse antibiótico der cabo dessas super bactérias, esse ano meu ex-sogro faleceu vítima de uma delas. Vc chega a um hospital com um problema solucionável e acaba morto.
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau
- Apo
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Re: Brasil: curativo a partir da cana e antibioticos de ouri
Bactérias querem sobreviver. E vão. A menos que Deus faça um milagre.
