Ministério Público pede prisão preventiva de procuradora e denuncia agressora por tortura
POR MARIA MAZZEI
Rio - ‘Vera Lúcia pertence a religião satânica, onde creio ser este o motivo da adoção: o sacrifício da criança’. O relato assustador é de uma voluntária do Conselho Tutelar e faz parte da denúncia apresentada ontem pelo Ministério Público Estadual contra a procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Sant’Ana Gomes, 66 anos, por ter torturado a menina T., 2 anos, que ficou 27 dias sob sua guarda provisória. Ontem, a Promotoria denunciou Vera por tortura e pediu sua prisão preventiva.
Conforme o depoimento da voluntária, as sessões de tortura física e psicológica sofridas por T. estão ligadas a uma seita. Ela conta que a procuradora tinha muitos ‘vodus’ e bonecos com rostos desfigurados. “Na mesa, havia cartas e um punhal que, neste ritual, significa sacrifício, morte”. E continua: “Creio que T. foi escolhida para ser oferecida em sacrifício. A intenção da senhora Vera era de matar a criança, rituais eram feitos na casa, como banhos de canjica”.
A denúncia ressalta ainda que T. não é a primeira criança vítima das agressões de Vera. Segundo o MP, ela obteve de forma irregular a guarda de outro menor deixado sob seus cuidados pelos pais biológicos. Mas, ao saber dos maus-tratos, o casal pegou o filho de volta.
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BEBIDA À FORÇA
Luzia de Almeida relata frequentes tapas no rosto, puxões de cabelo e empurrões desferidos por Vera Lúcia em T.. “Numa sexta-feira, ela estava mais agressiva e mandou T. tomar copo de achocolatado. Como a criança não conseguiu, Vera Lúcia a obrigou a beber três copos, tapando o nariz da criança e jogando a bebida pela boca. A menina engasgava e vomitava. Vera a forçava a beber mais. A criança acabou chorando, toda suja, e foi apanhando na cara até o banheiro”, disse em depoimento.
‘É UM DEMÔNIO’
Sidilania de Lacerda Borges da Silva detalhou quando a menina apanhou após ir a um shopping com Vera. “Ela perguntou, aos gritos, por que ela estava tão feliz e dava tapas que a fizeram cair no chão”, lembra. “Logo em seguida, ela arrastou T. pelo cabelo até o quarto, onde deu mais socos. A criança agarrou uma boneca de pano e ficou tremendo num canto”, declarou. Dias depois, outra surra. “Ela derrubou a menina da cadeira e gritou para mim: ‘Você está vendo? Ela se comportou no shopping e hoje já apronta! Essa garota é um demônio!!!’”, acrescentou. Sidilania conta ter visto T. com sangue na boca após esta surra.
OFENSAS À MÃE
Luzia e Maria Isabel Lima de Castilho revelam ainda os insultos de Vera Lúcia à menina: “Sua filha da p.! Você não vale nada, sua vaca, cachorra! Você é igual à sua mãe! Sua piranha! Antes meus bichos do que você, mil vezes meus bichos do que você!!!”.
ROTINA DE MURROS
Cláudio Pereira Morgado é outro ex-funcionário que, em depoimento, garantiu ter visto surras diárias. “Eu presenciei agressões em todos os cafés da manhã e almoços em que estive na casa”.
http://odia.terra.com.br/portal/rio/htm ... 78981.html
Desde quando você anda aceitando meninas surradas como sacrifício, Lu? Ou é intriga da oposição por não poder fazer mais o feito como antigamente praticavam?
