marta escreveu:Por muito tempo, aqui em Lorotânia, o estupro foi debitado na conta da vítima por conta da roupa ousada, do comportamento, enfim. Os machos se achavam no direito de estuprar. Com muita luta, esse tipo de conceito jurássico-machista foi cedendo, mas ainda vemos estupro por conta das tais pulseirinhas do sexo, e outras desculpas esfarrapadas. As religiões são machistas. A blablablília é um verdadeiro manual de machismo.
Mulher que é mulher pula fora dessas religiões boçais. Um dos princi´pais motivos que me fizeram encarar a religião chatóilica e as freiras do colégio em que estudei foi essa cultura machista. Eu vivia me rebelando e promovendo altos escâdalos por causa dessas teorias que as freiras teimavam em enfiar na nossa cabeça. Eu me rebelava em sala de aula e ainda fazia a cabeça das minhas amigas na hora do intervalo.
As próprias freiras chamavam o curso Normal do colégio de "espera marido". Fui convidada a sair da sala de aula diversas vezes. Não fui expulsa por pouco, mas jamais aceitei.
Eu nunca tive contato com padres, freiras, pastores e esse tipo de coisa.
Me lembro de quando eu era moleque e todos meus amigos estavam fazendo catecismo.
Eu enfie na cabeça que queria fazer também.
Fui desistimulado quase instântaneamente por meu pai que dizia:
O catecismo é de sábado. Você prefere ir ao Guarujá ou à igreja.
A praia de Pernambuco ganhou de longe.
Mas eu ficava abismado pois minha vizinha de frente era "crente".
Não sei bem ao certo qual era a religião dela, mas ela tinha que usar uma saia até o pé, tinha cabelão, não usava jóias nem maquiagem. E o marido dela, que era mecânico, a tratava com muita rispidez, além de bater nos filhos com uma varinha. Desde deste tempo que eu tenho medo dos "crentes".
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)
"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"