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Segundo Pedro Simon, a ditadura de Getúlio, por mais simpatizante que fosse do nazismo, evitou a eleição de Plínio Salgado, abertamente defensor de Hitler.
Getulio Vargas evitou uma tragédia histórica no Brasil Entrevista com Pedro Simon: senador, franciscano e combatente Mauro Santayana, Jornal do Brasil
Pedro concorda com a tese de que Getúlio, com o golpe de 1937, tenha tido ou não esse propósito, evitou o que seria uma tragédia para o Brasil e um tropeço na luta contra o Eixo: a vitória de Plínio Salgado nas eleições marcadas para 1938. Os integralistas dominavam a opinião nacional. Controlavam a maioria das Forças Armadas, doutrinadas contra a esquerda e mobilizadas a partir da frustrada Intentona de 1935; eram senhores da hierarquia católica, arregimentada contra o fantasma do comunismo, e empolgavam eminentes intelectuais, como Alceu Amoroso Lima e Gustavo Barroso, entre outros.
Nenhum partido político brasileiro teve presença tão capilar no território nacional, nem contou com sua férrea disciplina. Onde houvesse uma igreja ou um quartel, Plínio era imbatível. Naquelas circunstâncias, as duas candidaturas republicanas, de Armando de Salles Oliveira, da oposição, e de José Américo, da situação, não teriam condições de vencer o pleito. Como não havia segundo turno, quem tivesse a maioria relativa seria vitorioso – e essa maioria relativa seria de Plínio Salgado. A vitória de Plínio, subvencionado pelos nazistas alemães e fascistas italianos, de que era confesso vassalo, impediria a nossa participação na guerra com os aliados e a criação da base de Natal, decisiva para a conquista da África e da Itália.
Esse exercício de passadofutorologia me parece as bobagens habituais. Há tantos "ses" na História que nunca sabemos o que poderia ter sido e não foi. Vai querer me dizer que a base em Natal era TÃO imprescindível assim? Ora, se bem ouvi falar, caso não tivesse havido concordância do governo brasileiro, os americanos simplesmente fariam uma ocupação do local (poder para isso tinham) e nós aqui só na bronca, a ferramenta de otário. As nossas armas mais modernas eram os fuzis do tempo do Caxias... (por que pensam que a "Revolução" de 32 fracassou?).
O problema das ditaduras é que, tanto quanto me lembre, elas nunca são ou foram boazinhas. Só se mantêm liquidando os opositores. Os fins justificam os meios. Nossos militares revolucionários de 64 tiveram formação nazista dada pela CIA e daí lidarem com a coisa como lidaram. Defendiam eles interesses nacionais? Sim... desde que não conflitassem com os interesses de empresas americanas. Nos governos Médici e Geisel havia sempre um acessor americano fiscalizando as medidas que se pretendiam tomar. Caso ele verificasse que alguma multinacional americana ia sair prejudica, vetava tudo e como resposta recebia continência...