

Acauan escreveu:Ah..., as maravilhas da democracia...
A tal mulher lá tem um ótimo discurso, mesmo que errado.
Certamente o líder conservador citado também tem um ótimo discurso, presumivelmente certo.
Do confronto dos dois surgirá a decisão dos representantes do povo, que será soberana, como deve ser dentro dos limites impostos pelas liberdades e garantias individuais.
Mas todo este nhémnhémnhém em defesa do casamento homossexual não passa disto, retórica recitada por bons oradores.
Há um consenso entre os casados que é extremamente difícil manter um casamento dentro das regras tradicionais.
Nada mais lógico que um grupo excluído desta tradição reinvidicasse critérios mais modernos, que adequassem o modelo tradicional às suas realidade e necessidades específicas, aproveitando o aprendizado da experiência visando previnir no novo modelo as mazelas do antigo.
Mas o que defendem os militantes da causa?
Queremos o modelo tradicional, mesmo não tendo sido formatado para nossas necessidades e sabendo que as tais mazelas virão junto aumentadas exponencialmente.
Ou seja, quem defende isto só quer encher o saco.
Não querem a felicidade das uniões homossexuais, querem apenas pentelhar as tradições dos héteros. Algo como, quero brincar com suas forminhas de areia, quer você goste ou não - mesmo eu detestando brincar com forminhas de areia.
E a tal senadora gordinha e simpática fala bem aos desatentos, mas só diz bobagens aos que prestam mais atenção.
A sociedade protege a união de homem e mulher porque ela é indispensável à perpetuação da própria sociedade, como consequência de ser indispensável à perpetuação da espécie.
Não fosse isto, a sociedade estaria cagando e andando para quem faz sexo com quem, quem mora com quem ou quem herda os bens da dupla em caso de morte ou separação. Eles que são brancos, hétero, homo ou que quer que sejam que se entendam.
E assim é com os gays.
Sociedades democráticas oferecem mil e um recursos civis para que resolvam seus problemas de propriedade comum, herança, planos conjuntos etc. Não precisam casar no formato tradicional para isto.
Homossexuais podem transar, morar, dividir propriedades em escrituras de posse, firmar contratos, estabelecer sociedades e o que mais queiram do jeito que bem entendam sem que os aldeões com tochas e forcados marchem à noite para os portais de seus castelos.
E se os caras (ou as caras) se amam ou deixam de se amar ninguém liga a mínima para isto.
Como a própria senadora disse, ninguém liga se um casal hétero é apaixonado ou não para casa-los, tirado o imperativo de que só a união de homem e mulher garante uma nova geração, o resto cada um vá se amar do jeito que quiser e bem entender, sem pentelhar as instituições civis para que lhes sirvam de babá.
Zato-one escreveu:Mas é claro Acauan, e não existem índios gays...
Acauan escreveu:Zato-one escreveu:Mas é claro Acauan, e não existem índios gays...
Obviamente.
[...] There’s no way to make this other than personal, so I’ll just say it straight out: my anxieties about gay marriage had little really to do with real, practical concerns about “the state of marriage in America” and certainly nothing to do with “fears” of “teh gays” but, rather, with very real anxieties about my own marriage and my own ability, as a flawed human being, to sustain it in the face of adversity. I looked at myself, and I told myself: I need something more than I have in me to make this work for the long term. And I found it in what I guess I’d have to call the “ideology of marriage.”
[...]
The ideology of marriage serves as a substitute for the absorption of unconscious lessons about life and how to live it from actual, living married couples, ideally one’s parents. And so, in an age when there are so many broken marriages, it’s not surprising that an ideology of marriage would take root. There was and is a palpable hunger, in many people besides me, that the ideology aimed to satisfy.
[...]
Once upon a time, we did not choose our mates; they were chosen for us, by our parents, by the tribal chief, by someone in authority. [...]
And then, the world changed, and we could marry who we would – indeed, we were expected to marry who we wanted to marry. We might seek advice of those wiser or more experienced than we, but we were the sovereign arbiters of our fate. And who else, really, could be?
But this meant that the burden of a mistake fell squarely on our own shoulders. If marriage were a choice, then its fatality would be too terrible to accept. Because in the marriage ideology, the failure of a marriage is the failure of a human being, in a deeply fundamental way, something that forever marks them as fallen. In the sphere of choice, if you choose wrongly, you can undo it, choose again without moral opprobrium. If deep shame is supposed to accompany the decision to choose again, then a choice cannot really be a choice. And so, marriage is not a choice. A bad marriage is not the result of a terrible choice you made that you will have to live with the rest of your life. It’s just your destiny. You’re in a bad marriage. Now learn to live with it. Much easier to do than to blame yourself. And it should be clear why, if marriage is not fundamentally a choice, talking about the right to marry might seem like something that would open the floodgates.
That’s the ideology in a nutshell, as best I can understand. And it’s all false, all an attempt to set up an artificial ideal to replace the only thing that is real, which is people, how they treat each other, care for each other, feel about each other.
And so, now, let’s turn to my original argument against gay marriage. It consisted of three parts:
[...]
http://theamericanscene.com/2010/07/16/ ... x-marriage
zumbi filosófico escreveu:Bem resumidamente, a oposição ao que foge do tradicional é uma forma de lidar com as inseguranças do próprio casamento. Essa defesa do casamento tradicional, estritamente heterossexual, é também, na perspectiva pessoal dele, como a defesa de um símbolo que funciona um pouco como um placebo. Uma espécie de necessidade da continuidade do casamento tradicional na sociedade para que não se questione o próprio casamento. Se o casamento continua sendo tradicional, "até que a morte os separe", ele não é uma escolha, é destino, está seguro assim.