Acauan escreveu:Johnny escreveu:Eu, Johnny não disse que as midias atuais apoiaram a ditadura descaradamente. O que eu deixo bem claro é que campanha de desinformação só é possível para quem tem algum tipo de meio para desinformar, e nisso as atuais midias impressas e televisivas tem de sobra. Se os outros acreditam, bem, não são vocês que vivem dizendo que uma mentia dita um milhão de vêzes passa a ser verdade? Por que agora o tom muda quando eu digo que a midia, principal ferramenta de políticos e outros bixos, o faz?
Credo Acauan, não quero entrar num debate ideológico com você, mesmo porquê nem tenho cacife para isso. A única coisa que te ofereço é a razão e o fato de ter tido a oportunidade de ter visto tudo isso que eu disse de perto. Desde festivais de música com cartas marcadas até seleção de perguntas e respostas pré-fabricadas para determinados políticos em gravações que seriam editadas depois. Com a vergonha do evento Collor, passaram a ser mais cautelosos. Mas isso nas sedes. As afiliadas tem abertura para fazerem o que quiser, inclusive inventar e apagar verdades. E com não bastasse, vi isso acontecer aqui (sudeste) e no nordeste, onde existe também o coronelismo midiático. Só isso.
Johnny,
A Imprensa brasileira tem uma História e tradição ricas.
O jornalismo foi a militância profissional de alguns dos mais célebres intelectuais brasileiros por mais de século, que mais do que simplesmente informar, ajudaram a forjar um pensamento brasileiro com personalidade própria e levar este pensamento ao grande público.
Pense em um grande intelectual brasileiro, como Machado de Assis, e haverá uma grande chance que em algum momento o cara plantou noites em uma redação ou pelo menos foi articulista de algum jornal.
Fora isto há a tradição das famílias empresariais jornalistas, das quais a mais emblemática talvez seja os Mesquita, cuja obra é tão importante para a liberdade de imprensa no Brasil quanto é injusta e malediciente as calúnias que a Esquerda lhes lança.
Quem checar estas biografias e histórias verá que há muito mais por trás da edição e redação de um jornal do que a fantamasgórica mídia controlada por uma aristocracia do mal.
E quem já ouviu falar do dinamismo frenético das redações sabe que esta conversa toda é bobagem, como é o caso da quantidade enorme de esquerdistas que trabalham na imprensa, mas confirmam o mito por interesse ideológico.
E claro, tem aquele número enorme de caras que se formam em jornalismo, não arranjam emprego na tal mída e vão trabalhar em telemarketing, fazendo assessoria de imprensa prá alguma socialite mequetrefe ou simplesmente vendendo seus serviços e consciências para a CUT, o PT e o MST.
Estes juram de pés juntos que tudo que dizem da mídia é verdade.
- O pessoal da esquerda sempre teve uma bronca dos infernos com a Globo, ela foi colaboracionista com o regime militar, tentou ignorar o movimento das Diretas Já, criou o Collor e editou o debate dele com o Lula.
- Já a bronca com os Civita é por causa da Veja, conheço muuuuita gente que cancelou assinatura por causa da oposição sistemática ao nosso Grande Líder.
- Mas o maior problema que vejo no Brasil é o uso político de grandes conglomerados midiáticos estaduais, criados nos porões do congresso, via concessões públicas que são usados por caciques políticos prá ocultar notícias ruins e alardear as boas (para eles, claro, o contrário vale para os adversários), tem os Sarney no Maranhão, os Magalhães na Bahia, os Collor em Alagoas, os Barbalho no Pará e muitos outros.
- Se não me engano, os EUA tem leis antitruste contra isso, me parece que uma empresa não pode ter mais de um canal de mídia dentro de uma determinada área geográfica.
Abraços,