Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
A consultoria Software Improvement Group alertou entidades governamentais a não implantar o OpenOffice.org como suíte de escritório até que a Oracle mostrasse o comprometimento – e o investimento – que teria com o software tal qual a Sun Microsystems fizera.
Na época, como se sabe, a Oracle estava quase adquirindo a Sun, que por muito tempo fora o principal patrocinador da solução de produtividade da comunidade open-source.
Passados sete meses, parece que a advertência, vista como cautelosa no começo do ano, tinha suas razões. Não só a gigante está processando a Google pelo uso da linguagem Java em seu Android, como também colocou o OpenSolaris, versão de código aberto do sistema operacional Sun Solaris, na corda bamba.
Definitivamente, a Oracle está declarando guerra ao open-source. Em outras palavras, os clientes corporativos que usam tais programas têm diversos motivos para ficarem preocupados.
Desenvolvimentos paralelos
O OpenOffice não é o único software em perigo. Há também o MySQL, por exemplo, que deverá sofrer com o humor instável da Oracle.
A diferença para este último, no entanto, é que já existem programas similares em desenvolvimento pela comunidade open-source, além de serem completamente independentes em relação à Oracle. Dentre eles, o de maior destaque é Drizzle, mas o Percona e o MariaDB também merecem atenção.
Para o OpenSolaris, por sua vez, existe o projeto Illumus, recentemente anunciado pela Nexenta, que pretende se tornar uma alternativa autônoma ao sistema operacional.
40 milhões de downloads um futuro incerto
Para o OpenOffice, no entanto, não há tanta perspectiva, apesar de sua popularidade. Em 2005, o software ultrapassou a marca de 40 milhões de downloads e, hoje em dia, estima-se que a suíte de produtividade detenha 10% do mercado.
Por ser open source, não tendo de ser adquirido, é difícil provar o índice de uso do OpenOffice. Todavia, o programa está presente nas mais populares distribuições de Linux, inclusive o Ubuntu, e é claramente a alternativa mais famosa ao Office da Microsoft.
Mas o que isso significa para os clientes corporativos que usam o OpenOffice? Terão eles que procurar outra opção?
Se há vontade, há um rumo
Seria uma decisão prematura. Embora eu acredite que a Oracle irá priorizar a tecnologia do StarOffice, que pode lhe garantir maior renda, em detrimento desenvolvimento do OpenOffice, isso não quer dizer que o software desaparecerá.
Um dos melhores aspectos no mundo livre do open source é que onde existe uma comunidade de desenvolvedores e usuários dispostos a manter viva uma tecnologia, isso será feito – e você pode apostar que muitos estão trabalhando neste momento.
No caso do OpenOffice, o código continua aberto para quem desejar baixá-lo, dando nova vida ao programa. Algo em torno de 450 mil pessoas já contribuíram com a suíte, portanto, são muitos os usuários com capacidade e vontade para manter sua evolução e manutenção.
A Oracle pode ter decidido que o lucro é tudo, mas os milhões de usuários de softwares de código aberto não dependem de sua boa vontade. O OpenOffice é, simplesmente, muito grande e popular para morrer; é chegado a hora de declarar sua independência.
A pergunta que fica, claro, é se a Oracle aproveitará esse movimento para iniciar mais uma vingança contra a comunidade open source, usando suas patentes como armas.
(Katherine Noyes)
http://idgnow.uol.com.br/computacao_cor ... penoffice/
Na época, como se sabe, a Oracle estava quase adquirindo a Sun, que por muito tempo fora o principal patrocinador da solução de produtividade da comunidade open-source.
Passados sete meses, parece que a advertência, vista como cautelosa no começo do ano, tinha suas razões. Não só a gigante está processando a Google pelo uso da linguagem Java em seu Android, como também colocou o OpenSolaris, versão de código aberto do sistema operacional Sun Solaris, na corda bamba.
Definitivamente, a Oracle está declarando guerra ao open-source. Em outras palavras, os clientes corporativos que usam tais programas têm diversos motivos para ficarem preocupados.
Desenvolvimentos paralelos
O OpenOffice não é o único software em perigo. Há também o MySQL, por exemplo, que deverá sofrer com o humor instável da Oracle.
A diferença para este último, no entanto, é que já existem programas similares em desenvolvimento pela comunidade open-source, além de serem completamente independentes em relação à Oracle. Dentre eles, o de maior destaque é Drizzle, mas o Percona e o MariaDB também merecem atenção.
Para o OpenSolaris, por sua vez, existe o projeto Illumus, recentemente anunciado pela Nexenta, que pretende se tornar uma alternativa autônoma ao sistema operacional.
40 milhões de downloads um futuro incerto
Para o OpenOffice, no entanto, não há tanta perspectiva, apesar de sua popularidade. Em 2005, o software ultrapassou a marca de 40 milhões de downloads e, hoje em dia, estima-se que a suíte de produtividade detenha 10% do mercado.
Por ser open source, não tendo de ser adquirido, é difícil provar o índice de uso do OpenOffice. Todavia, o programa está presente nas mais populares distribuições de Linux, inclusive o Ubuntu, e é claramente a alternativa mais famosa ao Office da Microsoft.
Mas o que isso significa para os clientes corporativos que usam o OpenOffice? Terão eles que procurar outra opção?
Se há vontade, há um rumo
Seria uma decisão prematura. Embora eu acredite que a Oracle irá priorizar a tecnologia do StarOffice, que pode lhe garantir maior renda, em detrimento desenvolvimento do OpenOffice, isso não quer dizer que o software desaparecerá.
Um dos melhores aspectos no mundo livre do open source é que onde existe uma comunidade de desenvolvedores e usuários dispostos a manter viva uma tecnologia, isso será feito – e você pode apostar que muitos estão trabalhando neste momento.
No caso do OpenOffice, o código continua aberto para quem desejar baixá-lo, dando nova vida ao programa. Algo em torno de 450 mil pessoas já contribuíram com a suíte, portanto, são muitos os usuários com capacidade e vontade para manter sua evolução e manutenção.
A Oracle pode ter decidido que o lucro é tudo, mas os milhões de usuários de softwares de código aberto não dependem de sua boa vontade. O OpenOffice é, simplesmente, muito grande e popular para morrer; é chegado a hora de declarar sua independência.
A pergunta que fica, claro, é se a Oracle aproveitará esse movimento para iniciar mais uma vingança contra a comunidade open source, usando suas patentes como armas.
(Katherine Noyes)
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"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Fernando Silva
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Re: Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
É bem possível que no futuro pouca gente instale um Office no próprio computador e prefira usar uma versão na nuvem.
Re: Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
Fernando Silva escreveu:É bem possível que no futuro pouca gente instale um Office no próprio computador e prefira usar uma versão na nuvem.
Menos eu, você e mais um zilhão de pessoas. A não ser que esta novidade seja obrigatória, como foi a implantação do CD.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Fernando Silva
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Re: Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:É bem possível que no futuro pouca gente instale um Office no próprio computador e prefira usar uma versão na nuvem.
Menos eu, você e mais um zilhão de pessoas. A não ser que esta novidade seja obrigatória, como foi a implantação do CD.
A Petrobras já começou a exigir documentação no formato ODF.
Re: Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
Fernando Silva escreveu:Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:É bem possível que no futuro pouca gente instale um Office no próprio computador e prefira usar uma versão na nuvem.
Menos eu, você e mais um zilhão de pessoas. A não ser que esta novidade seja obrigatória, como foi a implantação do CD.
A Petrobras já começou a exigir documentação no formato ODF.
A Petrobras, assim como órgãos do governo são obrigados por lei a atender às normas da ABNT e esta (ABNT) diz que o padrão de documentos seja ODF. Mas ODF não é uma patente do OpenOffice que EU saiba (não sei mesmo).
Ou estou enganado?
Agora, perto dos usuários comuns (não juridicos) talvez mude pouco, principalmente se a MS se adequar à ODF.
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Re: Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:É bem possível que no futuro pouca gente instale um Office no próprio computador e prefira usar uma versão na nuvem.
Menos eu, você e mais um zilhão de pessoas. A não ser que esta novidade seja obrigatória, como foi a implantação do CD.
A Petrobras já começou a exigir documentação no formato ODF.
A Petrobras, assim como órgãos do governo são obrigados por lei a atender às normas da ABNT e esta (ABNT) diz que o padrão de documentos seja ODF. Mas ODF não é uma patente do OpenOffice que EU saiba (não sei mesmo).
Ou estou enganado?
Agora, perto dos usuários comuns (não juridicos) talvez mude pouco, principalmente se a MS se adequar à ODF.
parece q o formato padrão ODF é patente da IBM, foi o que ouvi falar.. posso estar errado pq n estou lembrado direito, e o Office 2010 ja abre arquivos nesse formato, nas versões anteriores não abria

Editado pela última vez por Reid em 26 Ago 2010, 12:28, em um total de 1 vez.
- Fernando Silva
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Re: Será o fim do Open Office (e BRoffice)?
Reid escreveu:parece q o formato padrão ODF é patente da IBM, foi o que ouvi falar.. posso estar errado pq n estou lembrado dierito, e o Office 2010 ja abre arquivos nesse formato, nas versões anteriores não abria
Pode até ter sido criado pela IBM, mas é "open", o que significa que qualquer um pode criar programas que gerem e leiam documentos nesse formato, com total compatibilidade, hoje e daqui a 50 anos.