O delírio tropical de Henry Ford
Americano conta história da cidade que o industrial construiu na selva no início do século XX
Fordlândia — Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva, de Greg Grandin.
Tradução de Nivaldo Montingelli Jr. Editora Rocco, 400 páginas. R$ 56
Nelson Vasconcelos
Dezembro de 1930. Cansados de refeições demasiado “americanizadas” — incluindo pêssegos enlatados do Michigan e pão de trigo integral — trabalhadores braçais no interior do Pará se revoltam e exigem dos empregadores nada mais que peixe, farinha, arroz, feijão. A insatisfação não para por aí. Reclamam dos relógios de ponto espalhados pela floresta e repudiam a lei seca decretada pelo patrão, que também banira os prostíbulos e bares da sua pequena cidade. Pequena porém invejável.
Tinha escolas, creches, hospital, vilas bem planejadas, rede elétrica de primeira.
Tinha até campo de golfe.
A cidade se chamava Fordlândia — e o patrão era ninguém menos que o industrial americano Henry Ford, que nos anos 1920 investiu milhões em seringais próprios na Amazônia e... perdeu tudo.
É dessa história que trata “Fordlândia — Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva”, de Greg Grandin, que chega em bela edição da Rocco. Mais que um caso de insensatez, o episódio reitera que um sujeito teimoso, por mais rico e poderoso que seja, nem sempre está com a razão. Ainda mais quando é confrontado com os caprichos da natureza.
Rico e admirado, embora antissemita e racista Grandin traça um ótimo perfil do industrial. Naquela época, Ford era o homem mais rico do mundo. Dizia ter inventado o que havia de melhor no planeta. Seu império acelerou as mudanças do século XX, revolucionando as relações humanas.
Era o símbolo do progresso.
Aqui no Brasil, por exemplo, o grande Monteiro Lobato nunca se cansou de exaltar Henry Ford.
Ao mesmo tempo, Ford era um antissemita inveterado, racista, contrário à formação de organizações trabalhistas, que não hesitava em usar o terror para contornar greves ou conflitos dentro de suas fábricas.
O industrial não via limites, o que ajuda a explicar o que o levou a empreender um projeto tão maluco numa região tão desconhecida.
Razões, na verdade, não faltavam para que Ford tivesse seus próprios seringais. Seus milhões de carros produzidos anualmente demandavam muita borracha — e não só para os pneus, como também para inúmeros componentes e para as máquinas que os fabricavam.
No fim dos anos 20, a borracha era um mercado de US$ 1 bilhão nos EUA, onde eram produzidos 50 milhões de pneus por ano.
Só que os grandes fornecedores de borracha estavam fora dos EUA, reforçando o colonialismo europeu em lugares como Sri Lanka, Malásia, Indonésia e Indochina. E isso não agradava nem às fabricantes nem ao governo americano.
Para Ford, plantar suas próprias seringueiras seria melhor solução do que ter que comprar borracha no mercado externo. Ora, a Ford Motors já tinha cidades somente para plantio e extração de árvores para seus carros (cada unidade do mítico Modelo T exigia meio metro cúbico de madeira).
E plantar seringueiras não poderia ser muito difícil. Contanto que fosse num lugar apropriado, claro.
O lendário ciclo da borracha amazônica já tinha ficado para trás. Mas a região ainda seria uma alternativa para quem quisesse plantar seringueiras.
Entre idas e vindas, a equipe de Ford recebeu do governo paraense uma oferta tentadora: uma área de um milhão de hectares. Depois de muita politicagem e a corrupção de praxe, o americano pagou US$ 125 mil pelo terrenão. E pôs sua tropa para trabalhar. Estimava-se que a nova cidade de Ford produziria pneus para dois milhões de carros anualmente.
Por mais que o povo e a imprensa brasileira quisessem o contrário, Ford nunca pisou no Pará. Mas não economizou no seu empreendimento. Mandou trazer tudo dos EUA: de hidrantes a vasos sanitários, móveis, janelas, caixas d’água.
Transferiu para a Amazônia a arquitetura e a infraestrutura características das pequenas cidades americanas.
Deu certo? Não. Depois de milhões em gastos, o projeto sucumbiu a uma questão hoje bastante debatida: choque de culturas. Primeiro porque os americanos não tinham a mínima intimidade com o trabalhador braçal amazônico — de quem exigiam, por exemplo, o uso de distintivos (!) em plena selva. Além disso, os botânicos da Ford, querendo extrair o máximo da gigantesca plantação, não respeitaram a natureza local, e os fungos e pragas trataram de fazer sua parte.
Em 1945, Ford devolveu Fordlândia ao governo brasileiro.
Hoje, poucas famílias ainda moram por lá. E os mais antigos ainda sentem saudades dos bons tempos.
Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazônica
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Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazônica
"O Globo" 11/09/10
Re: Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazôni
Anna escreveu:rapha... escreveu:
Acho que você se cometeu uma contradição.
Veja as duas citações a seguir:Anna escreveu:Não, não foi. Existem zil áreas de exploração sustentada na Amazônia, e todas feitas com base em projetos que integram ou foram mesmo criados por comunitários que lucram e resgatam a sua identidade com isso. O problema é que só nós sabemos disso. O resto do Brasil acha que Amazônia é um monte de mato intocado e sem gente morando.Anna escreveu:Existem flonas de exploração e comercialização de madeira na Amazônia, não só madeira como muitas outras coisas. Existem RDS de uso sustentado que produzem produtos incríveis. Engraçado é que somente nós aqui no NOrte sabemos disso!
Oi Rapha,
Não, eu não cometi nenhuma contradição. O que aconteceu foi que vc misturou posts distintos meus, tratando de duas questões, como se estivessem abordando uma única. Eu tb deveria ter explicitado que Amazônia brasileira é uma coisa, Amazônia Bioma Latino Americano e Amazônia peruana, venezuelana, colombiana, etc é outra (em termos político-regionais), mas achei que estaria claro quando ao fim de cada post tratando dos loteamenentos, tratei de colocar “amazônia dos países vizinhos”, como pode ser visto aí mesmo na mistura que vc fez acima.
Os loteamentos e explorações de Terra na Amazônia não foram feitos nas terras brasileiras, mas os resultados de contaminação de rios afetam nossa comunidade por causa do pulso das águas na Amazônia através da conexão entre os sistemas dos rios. Aqui os rios tem uma importância fundamental, tanto para a manutenção do bioma, e todos os ciclos naturais quanto para a persistência de populações tradicionais. A dança da água aqui influencia a vida das pessoas e da biota local de forma direta e indireta, bem como influencia questões econômicas e políticas. Os rios sofrem ainda a influência das marés do oceano Atlântico ao qual estão conectados via o Solimões-Amazônas. Não é simples mexer com a Amazônia. É preciso cuidado pois estas conexões apesar de gigantes e poderosas são extremamente frágeis. Por exemplo: um período pequeno de seca aqui na Amazônia é sinônimo de catástrofe, como vcs devem ter visto em jornais o caso da grande seca natural ocorrida no ano passado. Portanto, contaminação da água, é algo muitíssimo grave aqui nesta região. Outro caso importante que tb pode ser usado como exemplo foi a construção da usina hidrelétrica de Balbina, na Amazônia Central. O que morreu durante a inundação para a construção da usina, ficou no fundo apodrecendo e desceu com o pulso natural das águas, indo parar diretamente nas águas usadas pela população ribeirinha local e atingiu distâncias maiores prejudicando muita gente e mudando ciclos naturais em menores escalas.
Aqui na Amazônia brasileira, ao contrário do que veiculado na mídia (quando algo é veiculado sobre esse lugar esquecido do grande Brasil), existem projetos e mais projetos de desenvolvimento sustentado em andamento e esses funcionam. Como falei anteriormente pessoas do próprio local se aliam a empresários (na maioria das vezes regionais, alguns com conexões internacionais) e institutos compromissados com a região a fim de promover o uso racional dos recursos sem degradá-los definitivamente. Nossa Amazônia a meu ver poderia ter um caminho muito mais bonito e produtivo do que a Amazônia loteada dos países vizinhos. A questão é que não pode ser “alugada” pra quem quer sugar e deixar um rastro de destruição pra trás. Grandes empresas multinaionais não têm qualquer compromisso ou conhecimento das demandas dessa região e de sua gente. E quer saber da verdade? Não querem ter! É uma parte da história que fica velada, e ninguém têm conhecimento.
Semana passada eu conheci um lugar no Pará chamado Belterra. Esse local foi “alugado” por Henrry Ford no passado, Ford viu aqui no Norte a grande galinha dos ovos de borracha. Fez um acordo com o governo, prometeu mundos e fundos para essa gente, iniciou um projeto de construção de uma vila Americana, casas ao estilo americano, explorou o que tinha de explorar (madeira, borracha, minério), sacaneou, e demais, a população local, e depois saiu fora e deixou o lugar a sua própria sorte, hoje vc chega lá e tem vontade de chorar. É terra pra tudo que é lado, literalmente vc come terra, a roupa fica poeira pura. Não tem hospital, não tem nada! Somente a vontade daquela gente de continuar lá e fazer dali um local bom pra se viver. Vivem da história triste, numa cidade que começou e acabou antes de se levantarem os alicerces, isso conta o caso de um paraíso de recursos e de beleza abandonado literalmente pelas promessas de grandes multinacionais.
Por que falei tudo isso? Porque são bons exemplos de como projetos e saídas teoricamente simples, e tomadas às pressas aqui neste lugar são tão estúpidas e podem ser até irreversíveis. Além de que sempre prejudicam quem não merece e por direito são os verdadeiros donos dessa terra, descendentes diretos dos índios, negros e primeiros homens que se aventuraram nesse chão. A Amazônia é nossa? É nossa vírgula! Antes de mais nada ela é dessa gente, que descende de quem a amou, cuidou e valoriza até hoje, e pretende continuar vivendo nela e dela com suas linhagens.
Exploração da Amazônia deve ser feita por quem tem compromisso e compreensão dela e de seu valor. O pessoal do Sul, sudeste, e todos os governantes sabem dizer o que deve e não deve ser feito aqui, assistindo a uma Amazônia rascunhada e imaginária, irreal, esfumaçada. Além do que a mesma região Norte só é lembrada quando se tratade $$$$$$$$$$$$. É um absurdo. Amazônia tem riquezas sim, mas tem população, riquezas culturais fabulosas, estilos de distribuição de gente e história fantásticas. Além do que essa região não é a galinha dos ovos de ouro do Brasil, é uma região que merece respeito e dignidade, merece ser incluída e lembrada em todos os tipo de resoluções e discussões, não apenas na hora de quanto ela vai render pra quem tá interessado em $. Nessa hora aparecem mil interessados, mil soluções, mil temáticas. Todas completamente fora de propósito e que não beneficiam os verdadeiros interessados e para quem tais medidas tem influência direta: O povo daqui.Anna escreveu:Só rindo Rapha! Tem noção do que é a floresta amazônica?Sim: é um monte de mato intocado e sem gente morando.![]()
Na verdade, só tenho a noção convencional que aprendi nas aulas de geografia.
Poizé! É bem isso aí mesmo, eu sei porque sai dai e vim parar aqui pra ver como estamos equivocados. A Amazônia é ensinada por gente que leu sobre a Amazônia em livros escritos por quem nunca colocou o pé aqui. Amazônia, é muito mais do que isso, ela não é parecida com nada do que tenhamos conhecido aí no Sul e Sudeste, por isso não é justo nem inteligente lidar com ela tendo como base as demandas e soluções sulinas.
Além do que ela só é lembrada como Amazônia indomável, um monte de floresta selvagem, ou como Amazônia rentável para o país e interesses de grandes empresas internacionais. E Amazônia reantável para o Amazônida??? Na muringa não vai água? Se deixar por conta do pensamento geral, não vai mesmo, literalmente!
viewtopic.php?f=1&t=7139&p=143092&hilit=Belterra#p143092
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Re: Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazôni
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/s ... 20184.html
Seca atinge níveis críticos em rios do Amazonas
Índice está abaixo do registrado na maior estiagem da história, em 1963
O Rio Negro, que banha Manaus, estava na última sexta-feira apenas sete centímetros abaixo do registrado na mesma data em 1963, ano da maior seca da história. No dia 10 de setembro daquele ano, a cota do rio era de 20,33 metros ante 20,26 metros de sexta-feira. Os dados são do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Na seca de 1963, o Rio Negro atingiu em outubro, pico da estiagem, a marca de 13,64 metros.
O Rio Solimões, que banha a maior parte dos municípios do interior, está em nível ainda mais crítico. No dia 9, atingiu 32 centímetros negativos, ou seja, abaixo do zero da régua - medição menor do que o pico recorde registrado em 2005. O ano registrou a maior vazante do Solimões já aferida pelo CPRM. Em 2005, no pico da estiagem, verificado na primeira quinzena de outubro, a régua marcou dois centímetros positivos.
Os problemas que já acometem o interior, como isolamento de comunidades e barcos impedidos de atracar nos portos, começam a dar sinais também na capital. Há leitos de igarapés secos bem no meio de Manaus, como o igarapé do Quarenta, que corta a capital.
O prefeito do município de Itamarati (a 980 quilômetros de Manaus), João Campelo, também vice-presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), afirmou que as plantações de vegetais e frutas de solo, como as de melancia e mandioca, estão destruídas. "Como se não bastassem os problemas de agora, ainda há o do futuro: como sobreviver."
Todos os municípios do Amazonas dependem de energia de termelétricas e já há cidades com estoque crítico de combustível. "As balsas que transportam combustível estão levando menos da metade para fugir do encalhe e pelo menos Itamarati, Tabatinga e Envira têm combustível para no máximo 15 dias", disse Campelo. Seis cidades decretaram estado de emergência, todos na calha do Solimões e Juruá: Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Itamarati, Ipixuna e Guajará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Re: Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazôni
É 2012 chegando:
" O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão". Não é bem isto, mas tá esquisito.
Bom, aqui, a umidade é grande. Chove dia sim, dia não. Hoje tá chegando um treco com ventos de mais de 100 km/h.
" O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão". Não é bem isto, mas tá esquisito.
Bom, aqui, a umidade é grande. Chove dia sim, dia não. Hoje tá chegando um treco com ventos de mais de 100 km/h.

- salgueiro
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Re: Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazôni
Rio Negro cai a nível histórico no Amazonas
Manaus - O Rio Negro, no Amazonas, atingiu hoje a marca histórica de 19,10 metros, ultrapassando o número registrado durante a seca no Estado de 1963, quando chegou a 19,18 metros. O chefe do setor de hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Daniel Oliveira, disse que ainda não há previsão de quando o período de seca vai acabar na capital amazonense e no interior do Estado.
Ele informou que o nível do Rio Solimões, no município de Tabatinga, que compõe o conjunto de sete municípios que decretaram estado de emergência por conta da seca, já começou a subir e o nível registrado hoje foi de 55 metros.
Porém, em Coari, que também faz parte da calha do Solimões o registro é negativo, segundo Daniel, e o rio atingiu a marca de 3,50 metros. A CPRM também registrou hoje no Rio Juruá, na região do município de Eirunepé, 2,50 metros, e no Rio Purus, na Boca do Acre, 4,12 metros.
De acordo com o Boletim Climático da Amazônia, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), publicado no dia 3 de setembro, a seca no Amazonas deve durar até o mês de novembro. Além da prefeitura de Tabatinga, os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Itamarati, Ipixuna e Guajará também decretaram estado de emergência
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agenc ... 62416.jhtm
Manaus - O Rio Negro, no Amazonas, atingiu hoje a marca histórica de 19,10 metros, ultrapassando o número registrado durante a seca no Estado de 1963, quando chegou a 19,18 metros. O chefe do setor de hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Daniel Oliveira, disse que ainda não há previsão de quando o período de seca vai acabar na capital amazonense e no interior do Estado.
Ele informou que o nível do Rio Solimões, no município de Tabatinga, que compõe o conjunto de sete municípios que decretaram estado de emergência por conta da seca, já começou a subir e o nível registrado hoje foi de 55 metros.
Porém, em Coari, que também faz parte da calha do Solimões o registro é negativo, segundo Daniel, e o rio atingiu a marca de 3,50 metros. A CPRM também registrou hoje no Rio Juruá, na região do município de Eirunepé, 2,50 metros, e no Rio Purus, na Boca do Acre, 4,12 metros.
De acordo com o Boletim Climático da Amazônia, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), publicado no dia 3 de setembro, a seca no Amazonas deve durar até o mês de novembro. Além da prefeitura de Tabatinga, os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Itamarati, Ipixuna e Guajará também decretaram estado de emergência
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agenc ... 62416.jhtm
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau
Re: Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazôni
Apo escreveu:É 2012 chegando:
" O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão". Não é bem isto, mas tá esquisito.
Bom, aqui, a umidade é grande. Chove dia sim, dia não. Hoje tá chegando um treco com ventos de mais de 100 km/h.
povo que moro mais ou menos entre o o norte e sul ("meio do brasil") vai sofrer choque termico do jeito que o tempo anda

um dia ta 10º dia seguinte ta 30º...

ta.. ta.. posso estar exagerando mas esta qse assim mesmo

Re: Fordlândia - a cidade americana no meio da selva amazôni
salgueiro escreveu:Rio Negro cai a nível histórico no Amazonas
Manaus - O Rio Negro, no Amazonas, atingiu hoje a marca histórica de 19,10 metros, ultrapassando o número registrado durante a seca no Estado de 1963, quando chegou a 19,18 metros. O chefe do setor de hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Daniel Oliveira, disse que ainda não há previsão de quando o período de seca vai acabar na capital amazonense e no interior do Estado.
Ele informou que o nível do Rio Solimões, no município de Tabatinga, que compõe o conjunto de sete municípios que decretaram estado de emergência por conta da seca, já começou a subir e o nível registrado hoje foi de 55 metros.
Porém, em Coari, que também faz parte da calha do Solimões o registro é negativo, segundo Daniel, e o rio atingiu a marca de 3,50 metros. A CPRM também registrou hoje no Rio Juruá, na região do município de Eirunepé, 2,50 metros, e no Rio Purus, na Boca do Acre, 4,12 metros.
De acordo com o Boletim Climático da Amazônia, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), publicado no dia 3 de setembro, a seca no Amazonas deve durar até o mês de novembro. Além da prefeitura de Tabatinga, os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Itamarati, Ipixuna e Guajará também decretaram estado de emergência
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agenc ... 62416.jhtm
Seca desse ano conseguiu bater a do ano passado, que havia sido a maior dos últimos tempos.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.