Anúncio com freira grávida é proibido na Grã-Bretanha

[Johnny]

Anúncio de sorvete com freira grávida é proibido na Grã-Bretanha (se fosse no Brasil, seria censura)
Publicidade mostra grávida, vestida de freira, saboreando o sorvete em uma igreja com os dizeres: "Concebido imaculadamente"

BBC Brasil | 15/09/2010 09:33

Um anúncio de sorvete com a fotografia de uma modelo como uma freira grávida foi proibido pelo órgão que regula a publicidade na Grã-Bretanha. A Advertising Standards Authority (ASA, na sigla em inglês) considerou que o anúncio desrespeitava as crenças cristãs, principalmente de católicos.

Anúncio de sorvete da empresa Antonio Federici causa polêmica na Grã-Bretanha

A empresa por trás do anúncio, Antonio Federici, no entanto, prometeu exibir pôsteres semelhantes em parte do trajeto que o papa Bento 16 fará na capital britânica. A visita de Estado do papa, que começa nesta quinta-feira, é a primeira desde a criação da Igreja Anglicana em 1534.

A peça publicitária mostra uma modelo grávida, vestida de freira, saboreando o sorvete em uma igreja com os dizeres: "Concebido imaculadamente", em referência ao dogma cristão da concepção de Jesus, e "Sorvete é a nossa religião".

Novo anúncio

A empresa britânica responsável pela peça disse que exibirá pôsteres com imagens semelhantes perto da Abadia de Westminster. A agenda do papa prevê uma visita à abadia na sexta-feira, que será seguida da celebração de uma missa na Catedral de Westminster no sábado.

A empresa não revelou que imagem será exibida no novo anúncio, dizendo apenas que será uma "continuação do tema".

Por meio de uma porta-voz, a empresa disse que a nova peça tem como objetivo "desafiar" a proibição do órgão regulador. Por meio de um comunicado, a agência reguladora disse não poder fazer comentários sobre anúncios que ainda não foram divulgados, mas que está atuando, nos bastidores, para que o anunciante respeite as diretrizes.

A empresa disse ainda que tem o objetivo de comentar e questionar, usando a sátira e o humor, a relevância e a hipocrisia da religião e a postura da igreja em relação a questões sociais.

O anúncio proibido foi publicado em edições das revistas The Lady e Grazia e recebeu dez reclamações. A empresa tentou argumentar que o baixo número de queixas não deveria comprometer a liberdade de expressão com o grande público.

Esse é o segundo anúncio de Antonio Federici proibido pela ASA. Em 2009, uma imagem que mostrava um padre e uma freira se preparando para um beijo foi também rejeitada pela agência reguladora.

[Fernando Silva]

[Huxley]

Anúncio de sorvete com freira grávida é proibido na Grã-Bretanha (se fosse no Brasil, seria censura)
Publicidade mostra grávida, vestida de freira, saboreando o sorvete em uma igreja com os dizeres: "Concebido imaculadamente"

BBC Brasil | 15/09/2010 09:33

Um anúncio de sorvete com a fotografia de uma modelo como uma freira grávida foi proibido pelo órgão que regula a publicidade na Grã-Bretanha. A Advertising Standards Authority (ASA, na sigla em inglês) considerou que o anúncio desrespeitava as crenças cristãs, principalmente de católicos.

Anúncio de sorvete da empresa Antonio Federici causa polêmica na Grã-Bretanha

A empresa por trás do anúncio, Antonio Federici, no entanto, prometeu exibir pôsteres semelhantes em parte do trajeto que o papa Bento 16 fará na capital britânica. A visita de Estado do papa, que começa nesta quinta-feira, é a primeira desde a criação da Igreja Anglicana em 1534.

A peça publicitária mostra uma modelo grávida, vestida de freira, saboreando o sorvete em uma igreja com os dizeres: "Concebido imaculadamente", em referência ao dogma cristão da concepção de Jesus, e "Sorvete é a nossa religião".

Novo anúncio

A empresa britânica responsável pela peça disse que exibirá pôsteres com imagens semelhantes perto da Abadia de Westminster. A agenda do papa prevê uma visita à abadia na sexta-feira, que será seguida da celebração de uma missa na Catedral de Westminster no sábado.

A empresa não revelou que imagem será exibida no novo anúncio, dizendo apenas que será uma "continuação do tema".

Por meio de uma porta-voz, a empresa disse que a nova peça tem como objetivo "desafiar" a proibição do órgão regulador. Por meio de um comunicado, a agência reguladora disse não poder fazer comentários sobre anúncios que ainda não foram divulgados, mas que está atuando, nos bastidores, para que o anunciante respeite as diretrizes.

A empresa disse ainda que tem o objetivo de comentar e questionar, usando a sátira e o humor, a relevância e a hipocrisia da religião e a postura da igreja em relação a questões sociais.

O anúncio proibido foi publicado em edições das revistas The Lady e Grazia e recebeu dez reclamações. A empresa tentou argumentar que o baixo número de queixas não deveria comprometer a liberdade de expressão com o grande público.

Esse é o segundo anúncio de Antonio Federici proibido pela ASA. Em 2009, uma imagem que mostrava um padre e uma freira se preparando para um beijo foi também rejeitada pela agência reguladora.

Como eu já disse aqui em outro tópico... A intocabilidade das religiões é coisa de outro mundo. Devido a ela:

- Pessoas são demitidas de seu emprego por mostrar publicamente seu desprezo por livros sagrados;
- É possível abrir empresas do ramo de religião sem pagar imposto num país em que se tributa até venda de lata reciclada;
- Sociedade tidas como exemplo de liberdade de expressão fazem censura pura e descarada;
-Deve-se "respeitar" as crenças dos escritos de livros que incitam a castidade, a violência despropositada, etc.

Não é claro porque existe esta coisa de dizer que por causa de um Sam Harris ou de um Richard Dawkins as religiões são "perseguidas". As religiões são as coisas mais legalmente protegidas e "intocáveis" que se existe na maioria das sociedades.

[Apo]

Censura provém do Estado. Autorregulamentação é outra coisa.

[Judas]

Não é claro porque existe esta coisa de dizer que por causa de um Sam Harris ou de um Richard Dawkins as religiões são "perseguidas". As religiões são as coisas mais legalmente protegidas e "intocáveis" que se existe na maioria das sociedades.

O problema das religiões é que antes não precisavam conviver com as críticas. Quem duvidava morria. Eles não têm mais esse poder, o que resta é supervalorizar o conceito de blasfêmia, e usar toda e qualquer oportunidade possível pra se sentirem ofendidos.
A fé religiosa não resiste sequer a perguntas que uma criança de 3 anos possa fazer “Papai se deus existe, cadê ele?” Não precisa nem de Dawkins pra isso.
Essa postura ultra defensiva deles já demonstra a fragilidade de suas crenças.

[Fernando Silva]

Essa postura ultra defensiva deles já demonstra a fragilidade de suas crenças.

Uma reação emocional que mostra que, no fundo, eles sabem que acreditam numa ilusão, mas não querem admitir nem para si próprios.