Fabris escreveu:Apo escreveu:Mas a maioria votou mesmo no Crivella.
Errado! Crivela teve 3,3 milhões de votos em um colégio eleitoral de 11,6 milhões (28% dos eleitores)
Você não me entendeu. Está literalizando os números. Dentro dos candidatos disponíveis, Crivella se elegeu. Logo, ele conquistou alguma maioria. E você há de convir comigo que 3,3 milhões de votos um fenômeno! Um obtuso e lamentável fenômeno! Demonstra mesmo que 3,3 milhões de cidadãos no RJ não tem lá muita coisa aproveitável na cabeça.
Apo escreveu:Acho que impor aquele tipo de evento uma demonstração de poder e nada mais.
Em uma democracia, qualquer segmento que deseje pode fazer o que você chama de "demonstração de poder", desde que a faça dentro da lei
Quer dizer que se a Lei é tendenciosa ou falha ou permissiva ou uma Lei laica ( ou que é bom) é aceitável e até honorável votar em figuras como Crivella? Ou as pessoas deveriam se pautar pelo direito que elas têm e votar em gente de melhor qualidade?
Se a Lei me disse que só posso votar em bandidos, é bom que eu escolha um dos bandidos e me sinta livre por isto?Pra mim, é cumplicidade e consentimento. Aliás, algumas leis feitas e votadas em determinadas sociedades é feita justamente para premiar apenas os abjetos.
Apo escreveu: Então o interior tem mesmo orgulho das favelas.
Prove, então, essa sua tese. Para mim esse tipo de afirmação não passa de raciocínio fascistóide, sem nenhuma demonstração possível. Em todo caso, ofereço-lhe, gentilmente, a oportunidade de provar que o povo de Campos dos Goytacazes sente-se profundamente honrado de ter em seu estado uma favela como a da Rocinha e o Complexo do Alemão.

Mas querido, se votam em quem votam e o maior valor neste país de tolos é ter orgulho do que se tem e do se é...você chega a que conclusão? O que eu posso pensar de um funkeiro e um rapper que cantam aquelas músicas acintosas e que se gabam de ser bandidos ou vagabundas? Que eles estão felizes ou não? Eu ein... São sociedades doentes. Daí você vai achar um culpado que não sejam eles próprios, claro.
Apo escreveu:Acho que tentar explicar e justificar uma coisa horrenda e vergonhosa daquelas através do que começou no século XIX é um absurdo!
Não se trata de justificar, mas entender a razão da existência de favelas, para evitar propagação de pensamentos nazistóides do tipo "os favelados do Rio são uns acomodados que adoram viver na favela..."
Isto é justificar. É como quando eu morei em SP e não me adaptei à selva. Eu que estava errada ou eu ia acabar "ententendo a cidade" e me apaixonando por ela. Sanatório geral.
Apo escreveu:Mas então os bons cidadãos que moram nas favelas não se orgulham e não são felizes? Parecem ser, estão sempre rindo, pulando, dançando e se gabando! Se fazem de vítimas o tempo todo, mas só quando a mídia golpista aparece. Vai entender...
Mais uma afirmativa vazia. Você consegue demonstrar o que afirma com fatos e cifras ou este é apenas mais um belíssimo exemplo de seu raciocínio nazistóide e elitista?[/quote]
Já explicado acima. Quer números de quantos fazem festa e pulam, basta ir a um baile de periferia, ao estádio de futebol ou ao ensaio de uma escola de samba, o maior trunfo nacional.
Você, alguma vez na vida, já entrou em alguma favela?
Já e há farta literatura e filmes brasileiros a respeito. Orgulhos nacionais, inclusive concorrendo a prêmios internacionais.
Sabe como vivem seus habitantes?
Se com 50 anos de vida uma brasileira não souber isto, é uma alienada. Além do mais, este o principal mote de toda campanha política neste país. Prometer acabar com uma coisa que nunca acaba porque estes que prometem são tidos como "iguais na desgraça", por isto são legais. Sanatório geral.
Sabe por que eles vivem na favela?
Tá brincando né? Você tá brincando. Ou não. Não importa.
Alguma vez já conversou seriamente com um favelado (sobre essa situação e não apenas para dar ordens a uma empregada doméstica ou gari)?
Seriamente seria como conversa o Presidente Lula? Ou algum jogador de futebol que saiu na favela pra um hotel 6 estrelas em Abuh Dab aos 16 anos? Tô fora. Mas a gente vê como eles conversam. E sobre o que falam. O problema aqui é que alguns gostam daquele tipo de conversa e eu não.
Dar ordens? Nunca. Não trato meus colaboradores como animais. Já o Estado...
Anauê, fräulein Apo!
PS: Uso a expressãpo Anauê com o sentido adotado pelos integralistas e não com o sentido que o Acauan costuma usar.
Se for neste sentido estrito, são completos imbecis.
Integralismo (também denominado "nacionalismo integral") é uma Doutrina política de inspiração tradicionalista, ultra-conservadora, inspirada na Doutrina Social da Igreja Católica, que surgiu em Portugal nos inícios do século XX
.
A outra parte é temerária e dúbia:
defendendo o princípio de que uma sociedade só pode funcionar com ordem e paz no respeito das hierarquias sociais, fundamentando-se para isso nas aptidões e nos méritos pessoais demonstrados (em oposição às doutrinas igualitárias saídas da Revolução Francesa, como o socialismo, comunismo e anarquismo), e na harmonia e união social.
Ou seja, mesmo sendo meritocrata, eles continuam doidos de pedra. Alguns objetivos são corretos através das razões erradas.