Os imbecis do celular agora vão nos encher o saco nos aviões

[Fernando Silva]

"O Globo" 10/11/10

Não merecem o celular
Zuenir Ventura

Como o avião ainda é um dos poucos lugares onde se respeita o direito do outro ao silêncio, é preciso cuidado na hora de liberar o uso de celular durante os voos, como se pretende. Nenhuma implicância com o telefone, mas com aquelas pessoas que têm o hábito de ultrapassar o limite de decibéis estabelecido pela boa educação e pela sensibilidade dos tímpanos.

Numa de minhas viagens, havia no hall do aeroporto um senhor com dois aparelhos.

Falava em um deles, interrompia quando tocava o segundo — “já te ligo” — e continuava falando tão alto que os passageiros foram se afastando e deixando-o sozinho numa área do salão.

Assim ele permaneceu na fila, assim entrou e sentou-se (olha o azar) ao meu lado, sempre falando. Despachou com a secretária, deu uma bronca na filha, que não queria ir para o colégio, fechou um negócio no Canadá, voltou a ligar para saber da mulher se a menina obedecera a sua ordem e fez uma rápida consulta ao médico.

Estávamos nas primeiras poltronas, mas da última ele devia estar sendo ouvido, e acho que o interlocutor do Canadá nem precisou do aparelho para ouvir também.

De repente, avisou: “Vou desligar porque tem um chato aqui que parece não gostar de telefone.” Quer dizer, o chato não era ele, que estava incomodando os que iam ser seus companheiros de viagem, mas eu, que estava lendo meu livro e apenas estranhei com um olhar o seu exagerado tom de voz.

Fiquei imaginando 50, 100 sujeitos desses gritando ao telefone numa viagem de oito horas, ou de uma que fosse.

Porque eles pertencem a uma fauna cada vez maior dos sem desconfiômetro, os que invadem pelo ar o espaço de quem está lendo, dormindo, conversando baixinho ou simplesmente pensando na vida. O humorista Tutty Vasques classificou de “evasão de privacidade” o fenômeno das celebridades que usam a mídia para expor suas intimidades. No caso, o exibicionismo se dá através do celular. Por acaso, já ouvi surpreendentes confissões de alcova saídas da boca de insuspeitadas senhoras.

Se os usuários de celular se limitassem a essa conquista aérea, eu ainda me conformaria, desde que as companhias fornecessem borrachinhas e algodão para o ouvido. Mas temo que, liberado o celular nos voos, haja um movimento para que se faça o mesmo nos cinemas, teatros e salas de concerto. Tentativas não faltam. Muitos já insistem em não respeitar a interdição nesses recintos, deixando os aparelhos ligados. Quem já não viveu um desconforto desses durante um filme ou uma peça? Decididamente, na nossa elite falante, há os que não foram preparados para usar civilizadamente esse avanço da civilização, que em Portugal é chamado com mais propriedade de telemóvel, porque é mesmo onipresente.

[Judas]

Outro dia eu estava comendo em uma praça de alimentação de um shopping, um cara aos berros no telefone se sentou na minha mesa, (aquelas para 4 pessoas) e continuou sua conversa sobre os CARRAPATOS QUE ESTAVAM INFESTANDO O CURRAL DA FAZENDA.
Eu olhei pra ele com uma cara de quem não estava acreditando no que ouvi. Ele abaixou o tom de voz, mas continuou no mesmo lugar e com o mesmo assunto.
Agora esse tipo de gente tem um lugar a mais pra ser mal educado.

[Johnny]

Por isso que eu falo. Dar celular para estes mendigos donos de empresas e de fazendas é o cúmulo. Depois dizem que pobre é que não se enxerga.

Trabalhei para um japones, dono de uma fornecedora de produtos agropecuários e remédios, que comia literalmente como um porco. E saia todo garboso com sua 320. Só os puxa-sacos alomçavam com ele. Era muito, mas muito nojento mesmo.

[Apáte]

Eu não tenho um celular.

[salgueiro]

Eu não tenho um celular.

Não ? Pensei que eu fosse a única a não ter um.

[Judas]

Eu não tenho um celular.

Não ? Pensei que eu fosse a única a não ter um.

Ele disse que não tem um celular.

[Johnny]

Eu não tenho um celular.

Não ? Pensei que eu fosse a única a não ter um.

Nem eu, e eu conheço muita gente que não faz questão de ter. Agora, tem gente que até saio de perto pois atende celular até na hora do almoço. Viraram escravos do sistema. Depois, daqui ha uns anos, morrem de infarto ou estresse fulminante e não sabem por que (claro, morreram).

Bem, na verdade tenho em casa dois celulares pois, como minha filha estuda e/ou as vezes minha esposa tem de levá-la ao médico, e como não existem mais telefones públicos disponíveis por aí, etnão não tive escolha a não ser adquirir dois celulares. Minha mãe pediu um de presente, está com ela faz 3 mêses e até agora não comprou o chip.

[Reid]

Eu não tenho um celular.

Não ? Pensei que eu fosse a única a não ter um.

Nem eu, e eu conheço muita gente que não faz questão de ter. Agora, tem gente que até saio de perto pois atende celular até na hora do almoço. Viraram escravos do sistema. Depois, daqui ha uns anos, morrem de infarto ou estresse fulminante e não sabem por que (claro, morreram).

Bem, na verdade tenho em casa dois celulares pois, como minha filha estuda e/ou as vezes minha esposa tem de levá-la ao médico, e como não existem mais telefones públicos disponíveis por aí, etnão não tive escolha a não ser adquirir dois celulares. Minha mãe pediu um de presente, está com ela faz 3 mêses e até agora não comprou o chip.

Para que celular quando se pode usar o "expresso mensagens do além"?

[salgueiro]

Todo mundo que conheço tem um inclusive minha sobrinha-neta de 10 anos

[salgueiro]

[quote]="Reid"[Para que celular quando se pode usar o "expresso mensagens do além"?/quote]

Pode ter certeza que essas mensagens são um saco.

[Reid]

O celular é uma maneira de as pessoas estarem mais conectadas... e exageros sempre serão ruins neh

[Apáte]

Eu não tenho um celular.

Não ? Pensei que eu fosse a única a não ter um.

Ele disse que não tem um celular.

Na verdade eu devo ter vários aparelhos inúteis aqui, que não me servem nem como despertador.

Não tem chip, nem conta ativa, nem crédito, nem bateria, nem carregador, nem nada.

[Fernando Silva]

Eu não tenho um celular.

Não ? Pensei que eu fosse a única a não ter um.

Nem eu. A única utilidade que eu teria para ele seria chamar o reboque em caso de o carro enguiçar, mas já enguicei e me virei sem ele.

[Fernando Silva]

Nem eu, e eu conheço muita gente que não faz questão de ter. Agora, tem gente que até saio de perto pois atende celular até na hora do almoço. Viraram escravos do sistema. Depois, daqui ha uns anos, morrem de infarto ou estresse fulminante e não sabem por que (claro, morreram).

Não dá para conversar com gente assim. Temos que esperar pacientemente que haja um intervalo entre 2 ligações.
Quando é no trabalho, eu levo o jornal e fico lendo.

[Apo]

Pode-se fazer uma analogia entre a necessidade de ter celulares hoje em dia com a necessidade de se ter ou não linha fixa em décadas passadas. Quando se estava na rua, na casa de outras pessoas , numa situação de emergência, ou se alguém precisava falar conosco ( pessoal ou profissionalmente), usar a linha dos outros ou um orelhão era algo muitas vezes constrangedor ou impossível. Muitas oportunidades se desfaziam e muitos problemas ficavam sem solução e até viravam fatalidades.
Hoje em dia, paradoxalmente com um mundo cada vez mais complexo e muito mais interligado, é praticamente impossível viver sem contar com um aparelho no bolso, já que emprestar telefone e andar atrás de um orelhão que funcione é impensável.

Cada qual com seu estilo de vida, mas eu não troco as facilidades de um celular por nada! Era muito estressante querer falar com um filho e não poder, querer avisar alguém que você não poderá ir a um compromisso ( com a pessoa já a caminho e um monte de coisas pra fazer), mudar de idéia no meio de um processo qualquer e ter que pedir ajuda etc etc etc.

Dei um celular para minha filha quando ela tinha 9 anos depois que 3 coisas muito constrangedoras aconteceram com ela sozinha e ela não tinha como se sair da situação. Ela precisava se sentir mais segura e eu nós, os pais, também. Depois do celular, ela passou a resolver os próprios problemas muito mais satisfatoriamente. Sou totalmente a favor.

Aliás...que discussão mais década de 90 esta...nem acredito que estou discutindo isto.

Vamos falar de GPS e do padre dos balões?

[Apo]

Nossa, este papo de virar escravo de alguma máquina é uma coisa tão ultrapassada, gente! Não é por aí.
Vira escravo das coisas quem quer! Vira-se escravo do relógio ( e não é por isto que as pessoas conspirarão contra relógios - já tentaram fazer isto, mas parece que não pegou!), vira escravo do carro, vira escravo do elevador, vira escravo da agendinha de bolso e de telefone! Putz! Que discussão antiquada!

Mas quanto ao avião...os espaços entre as cadeiras estão cada vez menores. Já viajamos sem o mínimo de conforto e sentindo a respiração e o roçar de braços do vizinho ao lado. Vai ser um saco realmente aguentar o cara do lado berrando ou fazendo confissões bizarras ao celular. Sou totalmente contra.

Quer coisa pior do que idiotas com uma tonelada de watts de som na bosta do Escort 95, com capô levantado e parando ao seu lado no trânsito? E gente que vai pra areia com caixa de som e bota pagode pro litoral todo ouvir?

E aquela moda de negrão levando uns mega 3 em 1 no ombro com música aos berros?

O problema dos aparelhos e de toda tecnologia é o modo como são usados e não o aparelho em si.
E celular é questão de educação e bom senso.

[Fernando Silva]

Pode-se fazer uma analogia entre a necessidade de ter celulares hoje em dia com a necessidade de se ter ou não linha fixa em décadas passadas. Quando se estava na rua, na casa de outras pessoas , numa situação de emergência, ou se alguém precisava falar conosco ( pessoal ou profissionalmente), usar a linha dos outros ou um orelhão era algo muitas vezes constrangedor ou impossível. Muitas oportunidades se desfaziam e muitos problemas ficavam sem solução e até viravam fatalidades.

Isto tudo faz sentido, mas não para todo mundo. Eu detesto telefone. Para mim, ele é uma ferramenta, mais nada.
Quando ele toca lá em casa, eu me sinto agredido.
Só pego nele para marcar dentista ou resolver algum raro assunto urgente. Quase todo o resto é por email.

Quando ele toca, já sei que é alguém querendo me vender alguma coisa, pedir contribuição para as criancinhas do asilo ou me propondo mais um cartão de crédito. Se for de alguém da família, eu já acho que aconteceu alguma desgraça.

Suponho que a coisa mude de figura no caso de famílias grandes com todos morando juntos, mas não é meu caso.

Eu tinha uma colega de trabalho que passava o dia do meu lado falando no celular e no fixo (ocupando o ramal, é claro...).
Ligava para o marido ou para a filha para resolver assuntos urgentíssimos como o que comprar no supermercado ou em que armário estava aquela travessa ou panela. A mãe dela, mais chata ainda, não parava de ligar porque não tinha mais ninguém com quem conversar (eu sabia que era a mãe porque ela só dizia "arrã, arrã, pois é...."). E fofocava com as amigas: "A fulaninha tava no churrasco, nem te conto!". Lembro de uma vez em que ela estava organizando um churrasco e ligou para um monte de gente. Teve uma hora em que ela disse a algum surdo para levar o CD do Exaltassamba: "Exaltassamba. É, do Exaltassamba! EXALTASSAMBAAAA!"

Incomodava o setor inteiro.

[Johnny]

APO, comprei um para minha filha como já dito acima pela mesma questão. Só que, a não ser que sua filha, a minha e até mesmo adultos sejam um pouco precavidos, corre-se o risco de se perder o celular por batedores. Não sei como anda em SP, em Campinas, em PA com relação à isso, mas em Aracaju, todo santo dia tinha no mínimo uns 10 assaltos à celular em ônibus, em pontos e em ruas. Tirando isso, tenho duas colocações ainda a fazer:

Para seguro e guincho: somente se você não for atingido pela Lady Murph (ser assaltado enquanto liga na estrada ou pior, não ter sinal na estrada)

Para entretenimento: comprei um para minha mãe que tem câmera de 3Mp, mp3/wma/ogg e blue tooth, as três coisas que ela pediu e que não tem idéia de como usar, além do fato dela não comprar o maldito chip. No caso de entretenimento (meu) valeria a pena pela qualidade do equipamento portátil, aliado à sua utilidade num caso emergencial.

Mas, no meu caso ainda, não preciso pois os dois de casa dão conta do recado quanto à comunicação.

[Fernando Silva]

Nossa, este papo de virar escravo de alguma máquina é uma coisa tão ultrapassada, gente! Não é por aí.
Vira escravo das coisas quem quer! Vira-se escravo do relógio ( e não é por isto que as pessoas conspirarão contra relógios - já tentaram fazer isto, mas parece que não pegou!), vira escravo do carro, vira escravo do elevador, vira escravo da agendinha de bolso e de telefone! Putz! Que discussão antiquada!

É como a bebida: alguns bebem até cair e tudo bem, outros se tornam alcoólatras no primeiro copo.
Lembro de uma crônica da Cora Rónai: ela andava com 6 celulares e um dia esqueceu todos em casa. O primeiro impulso foi entrar numa loja e comprar outro, mas se controlou a custo.

Quer coisa pior do que idiotas com uma tonelada de watts de som na bosta do Escort 95, com capô levantado e parando ao seu lado no trânsito? E gente que vai pra areia com caixa de som e bota pagode pro litoral todo ouvir?

Quando alguém bota som alto para todos ouvirem, 100% de chance de ser porcaria. Ninguém ouve Vivaldi, Pink Floyd ou Ataulfo Alves ao berros.

E aquela moda de negrão levando uns mega 3 em 1 no ombro com música aos berros?

No metrô de Londres havia uma placa com várias coisas proibidas. Um dos desenhos era o de um cara com o "boombox" no ombro, cortado por uma faixa vermelha.

O problema dos aparelhos e de toda tecnologia é o modo como são usados e não o aparelho em si.
E celular é questão de educação e bom senso.

Educação e bom senso estão em falta.

[Apo]

Pode-se fazer uma analogia entre a necessidade de ter celulares hoje em dia com a necessidade de se ter ou não linha fixa em décadas passadas. Quando se estava na rua, na casa de outras pessoas , numa situação de emergência, ou se alguém precisava falar conosco ( pessoal ou profissionalmente), usar a linha dos outros ou um orelhão era algo muitas vezes constrangedor ou impossível. Muitas oportunidades se desfaziam e muitos problemas ficavam sem solução e até viravam fatalidades.

Isto tudo faz sentido, mas não para todo mundo. Eu detesto telefone. Para mim, ele é uma ferramenta, mais nada.
Quando ele toca lá em casa, eu me sinto agredido.
Só pego nele para marcar dentista ou resolver algum raro assunto urgente. Quase todo o resto é por email.

Quando ele toca, já sei que é alguém querendo me vender alguma coisa, pedir contribuição para as criancinhas do asilo ou me propondo mais um cartão de crédito. Se for de alguém da família, eu já acho que aconteceu alguma desgraça.

Suponho que a coisa mude de figura no caso de famílias grandes com todos morando juntos, mas não é meu caso.

Sim, Fernando, tem os dois lados da moeda. Odeio ser invadida! Por isto tenho detector de quem está ligando em todos os aparelhos da casa. E meus telefones são sem fio. Sumo com eles ou ligo na secretária já no primeiro toque.

Mas é impossível viver sem telefone para todos os outros fins! Até pra chamar um táxi ou pedir um remédio pra farmácia.
Quando morei em SP, não se coneguia linha fixa em menos de 3 anos. Eu tinha só celular e vivia bem com ele. Mas a ligação de celular é mais cara. Então, quando estou em casa, uso o fixo. Até porque tenho netfone, e a ligação entre netfones é de graça.

Eu tinha uma colega de trabalho que passava o dia do meu lado falando no celular e no fixo (ocupando o ramal, é claro...).
Ligava para o marido ou para a filha para resolver assuntos urgentíssimos como o que comprar no supermercado ou em que armário estava aquela travessa ou panela. A mãe dela, mais chata ainda, não parava de ligar porque não tinha mais ninguém com quem conversar (eu sabia que era a mãe porque ela só dizia "arrã, arrã, pois é...."). E fofocava com as amigas: "A fulaninha tava no churrasco, nem te conto!". Lembro de uma vez em que ela estava organizando um churrasco e ligou para um monte de gente. Teve uma hora em que ela disse a algum surdo para levar o CD do Exaltassamba: "Exaltassamba. É, do Exaltassamba! EXALTASSAMBAAAA!"

Incomodava o setor inteiro.

Mas isto é um caso de permissividade da empresa. É outra coisa. Todos nós já passamos por coisas assim. Eu trabalhei um tempo com uma idiota que brigava com o ex-marido no telefone da empresa ( ocupando o ramal também) , enquanto fumava como um morcego e depois que desligava, ligava O MEU RÁDIO DE TRABALHO ( eu trabalhava no dep de mídia da RBSTV) numa música qualquer pra ficar dançando pela sala! Maluca!

[Apo]

APO, comprei um para minha filha como já dito acima pela mesma questão. Só que, a não ser que sua filha, a minha e até mesmo adultos sejam um pouco precavidos, corre-se o risco de se perder o celular por batedores. Não sei como anda em SP, em Campinas, em PA com relação à isso, mas em Aracaju, todo santo dia tinha no mínimo uns 10 assaltos à celular em ônibus, em pontos e em ruas.

Corre-se o risco de perder o dinheiro do lanche também. Batedores roubam o que está a mão. Meu irmão ficou sem o par de tênis e a camiseta há 30 anos atrás saindo do colégio público. Ou seja, não é porque corre-se o risco que ter o celular roubado ( ou esquecê-lo) que é um problema. Celular para crianças devidamente amadurecidas é ótimo!
Embora eu ache que criança andando sozinha na rua e em transporte público corre muito mais risco SEM celular. Minha filha só foi sair sozinha aos 16. Mesmo com celular.

Tirando isso, tenho duas colocações ainda a fazer:

Para seguro e guincho: somente se você não for atingido pela Lady Murph (ser assaltado enquanto liga na estrada ou pior, não ter sinal na estrada)

Também é melhor ter do que não ter.

Para entretenimento: comprei um para minha mãe que tem câmera de 3Mp, mp3/wma/ogg e blue tooth, as três coisas que ela pediu e que não tem idéia de como usar, além do fato dela não comprar o maldito chip. No caso de entretenimento (meu) valeria a pena pela qualidade do equipamento portátil, aliado à sua utilidade num caso emergencial.

Algumas coisas são fantasiosas, necessidades pessoais e gosto variam de pessoa pra pessoa. Nada disto invalida ter um celular.
Houve época em que as pessoas botavam mil defeitos nos relógios digitais, porque preferiam os de ponteiro. Discussão boba e froa de moda. Cada um que use o relógio que achar mais bonito, mais chique, mais simpático, mais prático etc.

Mas, no meu caso ainda, não preciso pois os dois de casa dão conta do recado quanto à comunicação.

Os dois de casa o quê? E quando a pessoa não está na sua casa?

[Apo]

Nossa, este papo de virar escravo de alguma máquina é uma coisa tão ultrapassada, gente! Não é por aí.
Vira escravo das coisas quem quer! Vira-se escravo do relógio ( e não é por isto que as pessoas conspirarão contra relógios - já tentaram fazer isto, mas parece que não pegou!), vira escravo do carro, vira escravo do elevador, vira escravo da agendinha de bolso e de telefone! Putz! Que discussão antiquada!

É como a bebida: alguns bebem até cair e tudo bem, outros se tornam alcoólatras no primeiro copo.
Lembro de uma crônica da Cora Rónai: ela andava com 6 celulares e um dia esqueceu todos em casa. O primeiro impulso foi entrar numa loja e comprar outro, mas se controlou a custo.

Pois é. As pessoas esquecem a chave de casa. Mas não é por isto que vão andar sem ela.

Quer coisa pior do que idiotas com uma tonelada de watts de som na bosta do Escort 95, com capô levantado e parando ao seu lado no trânsito? E gente que vai pra areia com caixa de som e bota pagode pro litoral todo ouvir?

Quando alguém bota som alto para todos ouvirem, 100% de chance de ser porcaria. Ninguém ouve Vivaldi, Pink Floyd ou Ataulfo Alves ao berros.

Verdade. SE bem que alguém ouvindo Ataulfo aos berros é bem pior do que falando ao celular.

E aquela moda de negrão levando uns mega 3 em 1 no ombro com música aos berros?

No metrô de Londres havia uma placa com várias coisas proibidas. Um dos desenhos era o de um cara com o "boombox" no ombro, cortado por uma faixa vermelha.

Londrinos não são lá um bicho muito dado à educação em público. São malucos de atar em poste. Mas este negócio do som alto já deu o que tinha que dar nos países desenvolvidos. E dentro da estação de metrô faz um barulho insuportável. Não sei se em Londres ainda há artistas se exibindo nas estações como há em outros lugares do mundo. Em Madri, Barcelona e em Roma não vi nenhum.

O problema dos aparelhos e de toda tecnologia é o modo como são usados e não o aparelho em si.
E celular é questão de educação e bom senso.

Educação e bom senso estão em falta.

Sim, está. As empresas é que devem proibir ou permitir. Acho que o Estado não deve se meter nisto.

[Apáte]

Não faço parte de nenhuma ideologia tosca "se você usa o celular, você é um escravo do sistema".

Eu já usei e provavelmente voltarei a usar. Simplesmente não preciso de um agora. Tenho certeza que se tivesse um, 99% das ligações seriam meras encheções de saco do tipo: "Quando você volta?" "Sabe que horas são?" "Me disseram que você não está onde disse que estaria..." "Tá jogando?" "Já fez o que eu te pedi pra fazer?" e mais nhenhenhén. Os outros 1% poderia até ser uma ligação "produtiva", mas tenho certeza que não seria algo urgente e que mudasse minha vida completamente do tipo: "ei, conferi os seus bilhetes antigos e você ganhou na mega-sena a exatos 89 dias. Seu nome e CPF estão atrás do bilhete e só você pode receber. Os bancos fecham às quatro, vai pra Caixa agora". No fim das contas, nesse momento não compensa eu ter um celular.

Então prefiro não ter.

[Johnny]

Ninguém ouve ...Pink Floyd ou Ataulfo Alves ao berros.

[salgueiro]

Não faço parte de nenhuma ideologia tosca "se você usa o celular, você é um escravo do sistema".

Eu já usei e provavelmente voltarei a usar. Simplesmente não preciso de um agora. Tenho certeza que se tivesse um, 99% das ligações seriam meras encheções de saco do tipo: "Quando você volta?" "Sabe que horas são?" "Me disseram que você não está onde disse que estaria..." "Tá jogando?" "Já fez o que eu te pedi pra fazer?" e mais nhenhenhén. Os outros 1% poderia até ser uma ligação "produtiva", mas tenho certeza que não seria algo urgente e que mudasse minha vida completamente do tipo: "ei, conferi os seus bilhetes antigos e você ganhou na mega-sena a exatos 89 dias. Seu nome e CPF estão atrás do bilhete e só você pode receber. Os bancos fecham às quatro, vai pra Caixa agora". No fim das contas, nesse momento não compensa eu ter um celular.

Então prefiro não ter.

É isso, uma questão de necessidade ou não.

Na única vez que queriam que eu estivesse com um me emprestaram.