Brasileiros e o medo de morrer assassinado.

[Apo]

02/12/2010 14h48 - Atualizado em 02/12/2010 14h49

Percepção de insegurança é maior no Nordeste, diz Ipea

Depois de assassinato, maior medo do brasileiro é de assalto a residências.
PF conta com o maior grau de confiança da população, segundo pesquisa.
Iara Lemos

Do G1, em Brasília

78,6% dos brasileiros têm medo de morrer assassinado, segundo pesquisa do Ipea

A percepção de insegurança entre a população brasileira é maior entre os moradores da região Nordeste, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

De acordo com o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (2) pelo instituto, 85% dos entrevistados no Nordeste disseram ter "muito medo" de serem vítimas de assassinato. O menor índice foi registrado na região Sul, onde 69,9% dos entrevistados têm medo de serem assassinados.

Quando levado em consideração os entrevistados no país inteiro, 78,6% afirmaram ter medo de serem vítimas desse tipo de crime.

Os resultados fazem parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), lançado pelo instituto. Além da sensação de insegurança, os entrevistados foram questionados sobre os serviços prestados pela polícia. A margem de erro geral de ambas as pesquisas é de 1,86%, para mais ou para menos.

Depois do assassinato, o crime que a população brasileira mais teme é o assalto a residências. Ao todo, 68,7% dos brasileiros temem que suas casas sejam assaltadas.

Quando levada em consideração as regiões brasileiras, 77,4% dos nordestinos têm esse temor. O segundo maior índice é na região Norte com 67,0%. A região Sudeste está em terceiro lugar, com 66,2%, seguida da região Centro-Oeste, onde o índice chega a 63%. A região Sul apresenta o menor índice, de 38,2%. Em todas as regiões, a pesquisa do instituto também apontou que as mulheres têm mais medo do que os homens.

Polícia

A pesquisa do Ipea também avaliou o grau de confiança da população brasileira em relação às polícias. Segundo o levantamento, a Polícia Federal conta com o maior grau de confiança por parte da população: 82,5%. A Polícia Civil vem em seguida, com 74,1%, seguida da Polícia Militar, com 72,3%.

Segundo a pesquisa, a avaliação geral dos serviços prestados pelos policiais foi negativa. Ao todo, 61,7% dos entrevistados apontaram lentidão nos atendimentos feitos por telefone pelas policias.

A região Nordeste também se destaca nesse ponto: 66,9% da população consideram demorado o atendimento. O menor índice foi registrado na região Centro-Oeste, com 49,5%.

A pesquisa ainda apontou a avaliação dos brasileiros quanto ao tratamento supostamente preconceituoso do policial em relação ao cidadão. Para 65,3% dos entrevistados, a polícia em um contexto geral – levando-se em consideração gênero, idade, classe social e escolaridade – é preconceituosa.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010 ... -ipea.html

[Johnny]

Eu não tenho medo de morrrer assassinado. Tenho medo de morrer:
ah, deixa pra lá...

[salgueiro]

Eu não tenho medo de morrrer assassinado. Tenho medo de morrer:
ah, deixa pra lá...

Prá quem começa a se sentir meio que na fila de espera morrer assassinado de tiro certeiro não é das opções a pior.

[Apo]

Que alívio ein?
Ó os dois mimimizando e tirando o foco do tema...

Em função destes dois argumentos de vocês...o Brasil é um dos melhores lugares pra se viver. Não pelo medo, mas porque o medo é gerado por falta de segurança.

[salgueiro]

Cë cansa viu moça.

A minha piadinha veio de um papo que tive com meu irmão essa semana, um conhecido que teve um mal súbito e foi-se, então não resisti e disse que prá quem já tá na fila de espera ele foi "bem". É como começo a ver a morte não pela morte mas como morte.

[Rapidfire]

Moro em uma pequena cidade em que a média de homicídios é de 5 por mês, já teve mês com um pico de 12. O número ainda é baixo graças a má pontaria, já que o número de tentativas é bem maior. Temo sim, mas a maioria dos assassinatos tem motivos relacionados com drogas.

CIDADE DE CÃO!

[Apo]

Cë cansa viu moça.

A minha piadinha veio de um papo que tive com meu irmão essa semana, um conhecido que teve um mal súbito e foi-se, então não resisti e disse que prá quem já tá na fila de espera ele foi "bem". É como começo a ver a morte não pela morte mas como morte.

Mas cê precisa expricá, não moça. Cansa demais da conta.

[Apo]

Moro em uma pequena cidade em que a média de homicídios é de 5 por mês, já teve mês com um pico de 12. O número ainda é baixo graças a má pontaria, já que o número de tentativas é bem maior. Temo sim, mas a maioria dos assassinatos tem motivos relacionados com drogas.

CIDADE DE CÃO!

5 por mês???? 12??? Quantos mil habitantes tem a cidade?

[Johnny]

Moro em uma pequena cidade em que a média de homicídios é de 5 por mês, já teve mês com um pico de 12. O número ainda é baixo graças a má pontaria, já que o número de tentativas é bem maior. Temo sim, mas a maioria dos assassinatos tem motivos relacionados com drogas.

CIDADE DE CÃO!

5 por mês???? 12??? Quantos mil habitantes tem a cidade?

5

[Rapidfire]

Na verdade, consultando agora o Wikipédia, minha cidade é Média. Ela tem 197.000 habitantes. My bad.

[Apo]

Moro em uma pequena cidade em que a média de homicídios é de 5 por mês, já teve mês com um pico de 12. O número ainda é baixo graças a má pontaria, já que o número de tentativas é bem maior. Temo sim, mas a maioria dos assassinatos tem motivos relacionados com drogas.

CIDADE DE CÃO!

5 por mês???? 12??? Quantos mil habitantes tem a cidade?

5

Enxerido!

[Apo]

Na verdade, consultando agora o Wikipédia, minha cidade é Média. Ela tem 197.000 habitantes. My bad.

Mesmo assim. É meio pesada a coisa. Não tenho idéia quantas pessoas são mortas a cada dia aqui. Vou pesquisar.

[Johnny]

U.S. Leads Richest Nations In Gun Deaths


BY CHELSEA J. CARTER
THE ASSOCIATED PRESS



ATLANTA -- The United States has by far the highest rate of gun deaths -- murders, suicides and accidents -- among the world's 36 richest nations, a government study found.
The U.S. rate for gun deaths in 1994 was 14.24 per 100,000 people. Japan had the lowest rate, at .05 per 100,000.
The study, done by the Centers for Disease Control and Prevention, is the first comprehensive international look at gun-related deaths. It was published Thursday in the International Journal of Epidemiology.
The CDC would not speculate why the death rates varied, but other researchers said easy access to guns and society's acceptance of violence are part of the problem in the United States.
``If you have a country saturated with guns -- available to people when they are intoxicated, angry or depressed -- it's not unusual guns will be used more often,'' said Rebecca Peters, a Johns Hopkins University fellow specializing in gun violence. ``This has to be treated as a public health emergency.''
The National Rifle Association called the study shoddy because it failed to examine all causes of violent deaths.
``What this shows is the CDC is after guns. They aren't concerned with violence. It's pretending that no homicide exists unless it's related to guns,'' said Paul Blackman, a research coordinator for the NRA in Fairfax, Va.
The 36 countries chosen were listed as the richest in the World Bank's 1994 World Development Report, with the highest GNP per capita income.
The study used 1994 statistics supplied by the 36 countries. Of the 88,649 gun deaths reported by all the countries, the United States accounted for 45 percent, said Etienne Krug, a CDC researcher and co-author of the article.
Japan, where very few people own guns, averages 124 gun-related attacks a year, and less than 1 percent end in death. Police often raid the homes of those suspected of having weapons.
The study found that gun-related deaths were five to six times higher in the Americas than in Europe or Australia and New Zealand and 95 times higher than in Asia.
Here are gun-related deaths per 100,000 people in the world's 36 richest countries in 1994: United States 14.24; Brazil 12.95; Mexico 12.69; Estonia 12.26; Argentina 8.93; Northern Ireland 6.63; Finland 6.46; Switzerland 5.31; France 5.15; Canada 4.31; Norway 3.82; Austria 3.70; Portugal 3.20; Israel 2.91; Belgium 2.90; Australia 2.65; Slovenia 2.60; Italy 2.44; New Zealand 2.38; Denmark 2.09; Sweden 1.92; Kuwait 1.84; Greece 1.29; Germany 1.24; Hungary 1.11; Republic of Ireland 0.97; Spain 0.78; Netherlands 0.70; Scotland 0.54; England and Wales 0.41; Taiwan 0.37; Singapore 0.21; Mauritius 0.19; Hong Kong 0.14; South Korea 0.12; Japan 0.05.

[Rapidfire]

Eu tenho acesso a dados policiais privilegiados. Espero que os senhores não publiquem isso no Wikileaks. Como sou o único descrente daqui, será fácil me rastrear.

[Apo]

Não consigo encontrar números precisos, apenas números refutados. Explico. Muitos estudos no Brasil consideram nas estatísticas de homicídio o número de mortes com armas de fogo, o que é um equívoco de grosso calibre ( sem trocadilho ). E também há uma confusão porque o IML fornece números somando os envolvidos em alguns casos. Por exemplo: um crime em que alguém mata 1 pessoa e depois atira acidentalmente pra cima e a bala perdida acerta outra pessoa em outro local, que levou um tiro que apenas feriu e morrei depois por negligência médica ou infecção hospitalar. Também há equívocos em casos de suicídio pós homicídio.

Mas o número mais recente que consegui dia que em Porto Alegre Capital ocorrem em média 1,5 assassinato por dia.

VALE SALIENTAR

Glossário

Conheça os termos utilizados pela polícia para diversos tipos de assassinato

Homicídio – matar alguém. Pode ser doloso (quando há a vontade e a intenção de matar) ou culposo (sem a intenção de matar).

Latrocínio – roubo seguido de morte.

Lesão corporal seguida de morte – a intenção é de ferir, mas a vítima acaba morrendo.

Ato infracional – nome jurídico de todo crime cometido por adolescente.

Confronto policial – morte de suspeitos em ações policiais.

e isto

Imprecisão

Segundo o jurista René Dotti, a explicação pode estar na cifra negra da criminalidade, algo que existe em vários países. Ela se caracteriza pela omissão nos dados estatísticos dos serviços policiais do número real de crimes praticados contra a vida, patrimônio, saúde pública e outros. Normalmente isto ocorre por duas razões: governos autoritários, e alguns democráticos, omitem o número real; e subnotificação, quando as vítimas não procuram a polícia para registrar alguns delitos. Mas no crime de morte só ocorre a primeira hipótese, porque o cadáver existe e é conhecido.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecid ... s-em-marco