VENEZUELA - Para os comunistóides babões
- Aurelio Moraes
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- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
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Procure a Venezuela no indice de desenvolvimento humano:
Elevado desenvolvimento humano
1 Noruega 0.963
2 Islândia 0.956
3 Austrália 0.955
4 Luxemburgo 0.949
5 Canadá 0.949
6 Suécia 0.949
7 Suíça 0.947
8 República da Irlanda 0.946
9 Bélgica 0.945
10 Estados Unidos da América 0.944
11 Japão 0.943
12 Países Baixos 0.943
13 Finlândia 0.941
14 Dinamarca 0.941
15 Reino Unido 0.939
16 França 0.938
17 Áustria 0.936
18 Itália 0.934
19 Nova Zelândia 0.933
20 Alemanha 0.930
21 Espanha 0.928
22 Hong Kong 0.916
23 Israel 0.915
24 Grécia 0.912
25 Singapura 0.907
26 Eslovénia 0.904
27 Portugal 0.904
28 Coreia do Sul 0.901
29 Chipre 0.891
30 Barbados 0.878
31 República Checa 0.874
32 Malta 0.867
33 Brunei 0.866
34 Argentina 0.863
35 Hungria 0.862
36 Polónia 0.858
37 Chile 0.854
38 Estónia 0.853
39 Lituânia 0.852
40 Qatar 0.849
41 Emiratos Árabes Unidos 0.849
42 Eslováquia 0.849
43 Bahrein 0.846
44 Kuwait 0.844
45 Croácia 0.841
46 Uruguai 0.840
47 Costa Rica 0.838
48 Letónia 0.836
49 São Cristóvão e Nevis 0.834
50 Bahamas 0.832
51 Seychelles 0.821
52 Cuba 0.817
53 México 0.814
54 Tonga 0.810
55 Bulgária 0.808
56 Panamá 0.804
57 Trinidad e Tobago 0.801
Médio desenvolvimento humano
58 Líbia 0.799
59 Macedónia 0.797
60 Antígua e Barbuda 0.797
61 Malásia 0.796
62 Rússia 0.795
63 Brasil 0.792
64 Romênia 0.792
65 Maurícia 0.791
66 Granada 0.787
67 Bielorrússia 0.786
68 Bósnia-Herzegovina 0.786
69 Colômbia 0.785
70 Dominica 0.783
71 Omã 0.781
72 Albânia 0.780
73 Tailândia 0.778
74 Samoa 0.776
75 Venezuela 0.772
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_p ... nto_Humano
Elevado desenvolvimento humano
1 Noruega 0.963
2 Islândia 0.956
3 Austrália 0.955
4 Luxemburgo 0.949
5 Canadá 0.949
6 Suécia 0.949
7 Suíça 0.947
8 República da Irlanda 0.946
9 Bélgica 0.945
10 Estados Unidos da América 0.944
11 Japão 0.943
12 Países Baixos 0.943
13 Finlândia 0.941
14 Dinamarca 0.941
15 Reino Unido 0.939
16 França 0.938
17 Áustria 0.936
18 Itália 0.934
19 Nova Zelândia 0.933
20 Alemanha 0.930
21 Espanha 0.928
22 Hong Kong 0.916
23 Israel 0.915
24 Grécia 0.912
25 Singapura 0.907
26 Eslovénia 0.904
27 Portugal 0.904
28 Coreia do Sul 0.901
29 Chipre 0.891
30 Barbados 0.878
31 República Checa 0.874
32 Malta 0.867
33 Brunei 0.866
34 Argentina 0.863
35 Hungria 0.862
36 Polónia 0.858
37 Chile 0.854
38 Estónia 0.853
39 Lituânia 0.852
40 Qatar 0.849
41 Emiratos Árabes Unidos 0.849
42 Eslováquia 0.849
43 Bahrein 0.846
44 Kuwait 0.844
45 Croácia 0.841
46 Uruguai 0.840
47 Costa Rica 0.838
48 Letónia 0.836
49 São Cristóvão e Nevis 0.834
50 Bahamas 0.832
51 Seychelles 0.821
52 Cuba 0.817
53 México 0.814
54 Tonga 0.810
55 Bulgária 0.808
56 Panamá 0.804
57 Trinidad e Tobago 0.801
Médio desenvolvimento humano
58 Líbia 0.799
59 Macedónia 0.797
60 Antígua e Barbuda 0.797
61 Malásia 0.796
62 Rússia 0.795
63 Brasil 0.792
64 Romênia 0.792
65 Maurícia 0.791
66 Granada 0.787
67 Bielorrússia 0.786
68 Bósnia-Herzegovina 0.786
69 Colômbia 0.785
70 Dominica 0.783
71 Omã 0.781
72 Albânia 0.780
73 Tailândia 0.778
74 Samoa 0.776
75 Venezuela 0.772
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_p ... nto_Humano
- Aurelio Moraes
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Só pra refrescar a memória:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... uacg.shtml
Militar reformado e Mestre em ciência política, Hugo Chávez diz tirar o país de “uma tumba podre” e promover sua “ressurreição”, revivendo nada menos que Bolívar. Em 1992, líder de um golpe militar, foi preso por dois anos. Eleito em 1998, reelegeu-se em 2000, depois de mudar a Constituição. Quando ameaçado, Chávez coloca militares na reserva, manda fechar jornais e acaba com passeatas. Fez promulgar uma lei que pune com prisão todo aquele que critica o Presidente da República, acabando, na prática, com a liberdade de expressão e da imprensa. Com um vasto repertório de frases folclóricas e messiânicas, insere-se à perfeição na extensa galeria dos caudilhos latino-americanos. Em resumo, trata-se de uma figura entre o ridículo e o perigoso. É essa figura que diz se alimentar com o espírito de um lutador “que viveu para combater as injustiças e consertar o mundo”, proclamando-se, e a seu povo, “seguidores de Quixote”.
http://paginas.terra.com.br/arte/dubito ... ivo107.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 2363.shtml
É um ditador calhorda. E que apoia o assassinato de opositores.
Se quiser mais, procure em sites venezuelanos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ ... 8347.shtml
Só um ingênuo para ver boas intenções nisto.
"Diante de críticas, Chávez costuma colocar membros das Forças Armadas na reserva ou mesmo na prisão, manda fechar jornais e acabar com passeatas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/espe ... avez.shtml
"Mas se trata de mais um golpe de marketing do presidente Chávez, cujo próprio instituto de pesquisa divulgou recentemente que a pobreza na Venezuela aumentou sob seu governo."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0317.shtml
" Se é nociva a incapacidade de alguns estados para conter e punir as agressões à imprensa, pior ainda é a situação quando os abusos e agressões a jornalistas e meios de comunicação vêm diretamente dos governos, como ocorreu em Chiapas, México, com os ataques do governador contra o jornal Cuarto Poder, e como já sistematicamente ocorre em Cuba com Castro, na Venezuela com Chávez ou no Haiti com Aristide e a Família Lavalás.
Cuba continua sendo o país com menos liberdade de expressão do continente, como reafirmam os fatos dos últimos quarenta anos durante os quais não cessaram nem por um instante a perseguição e as agressões aos jornalistas independentes. Um exemplo disso foi o que ocorreu, em agosto desse ano, com o jornalista Angel Pablo Polanco Torrejón, diretor da agência independente de notícias Noticuba, preso durante cinco dias e alvo de tortura psicológica, apesar de ser doente e portador de glaucoma. No Haiti, a falta de garantias e a impunidade assolam todo o território, sem sinais de melhoria, e o governo apóia a aprovação pelo Congresso de um código de ética que servirá sem dúvida de plataforma para impor novas limitações e restrições à imprensa. A Venezuela nos apresenta um quadro, conhecido por todos, no qual os meios de comunicação e os jornalistas são agredidos em ações promovidas pelo governo, o que coloca em risco o direito das pessoas de serem livremente informadas."
http://www.sipiapa.org/portugues/pulica ... 2_peru.cfm
VENEZUELA
O exercício da liberdade de expressão está exposto a uma série de riscos que não se limitam a simples ameaças, veladas ou não, a violações que comprometem sua vigência, mas a sérias medidas e ameaças por exercê-lo. Os governantes afirmam que a imprensa, o rádio e a televisão mentem quando falam de restrição desse direito porque informam e opinam sem censura prévia, mas jamais se referem ao modo como o fazem e ao quanto se expõem.
O estado de direito está seriamente ameaçado. Para exercer a função de jornalista ou editor, é necessário revestir-se de coragem já que, freqüentemente, é imprescindível utilizar um colete à prova de balas, máscaras contra gás e a devida proteção contra roubo e destruição dos equipamentos de trabalho, inclusive automóveis.
O presidente Hugo Chávez não cansa de proferir através de seus constantes discursos - muitos deles transmitidos em cadeia por rádio e televisão - agressões de todo tipo e repetidas afirmações contra meios e comunicadores, os quais chama de "lixo". Uma missão conjunta da SIP em setembro determinou a inexistência de liberdade de imprensa e destacou a impunidade que protege e sustenta as agressões contra jornalistas e meios.
Diante dessa situação, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos teve de ratificar e prorrogar as medidas cautelares ditadas a favor de jornalistas e meios no início do ano, decisões que não foram respeitadas pelo governo, o que vai contra os princípios constitucionais, leis e acordos internacionais assinados pelo país.
Merecem atenção especial os decretos oficiais que criam áreas de segurança indiscriminada em áreas próximas a instalações militares, localizadas ou não em cidades. Essa medida, além de restringir o direito à propriedade e submetê-lo ao capricho do Executivo, limita a livre circulação, o direito de manifestação e de informar, violando normas constitucionais.
Um aspecto relevante e grave é o projeto de Lei Orgânica de Participação Cidadã, distribuído e em circulação entre deputados, que deverá ser apresentado para discussão na Assembléia Nacional e no qual, de maneira subreptícia, incluiu-se um artigo para restringir, enfraquecer ou eliminar a liberdade de expressão através de um Conselho Nacional de Vigilância dos Meios de Comunicação Social, sob o Ministério de Comunicações. Esse Conselho, integrado por organizações vizinhas, supervisionaria constantemente os meios de comunicação e lhes aplicaria sanções recomendadas por uma comissão de cidadãos, de estilo nitidamente marxista-comunista, a qual teria poderes para impor altas multas e decretar o fechamento de qualquer meio de comunicação que, segundo esses "tribunais populares", infringisse suas supostas normas e diretrizes.
Entre outros incidentes sérios, registraram-se os seguintes:
Em 11 de abril, foi assassinado o jornalista Jorge Tortoza, fotógrafo do jornal 2001, durante as manifestações políticas que desencadearam a saída temporária do presidente Chávez do governo. O crime continua sem punição.
Os jornalistas trabalham sob constantes ameaças físicas e emocionais. Até a data, são 51 os funcionários de meios agredidos: 12 feridos, 22 ameaçados, seis apedrejados, cinco assaltados, quatro baleados. Um carro foi incendiado, granadas e bombas incendiárias foram lançadas e dois equipamentos foram perdidos em plena cobertura de eventos. Prédios de meios também foram danificados.
Em 16 de outubro, grupos apoiados pelo governo atacaram e destruíram um tribunal no estado de Lara pouco depois de o tribunal ter concordado em ouvir um recurso em favor do jornalista José Ángel Ocanto, que foi processado por difamação e injúria pelo Chefe de Segurança do Estado.
Em 19 de outubro, em Caracas, um explosivo foi lançado contra o escritório da Unión Radio.
http://www.sipiapa.org/portugues/pulica ... 2_peru.cfm
O Governo venezuelano é protagonista de sistemática censura à política editorial dos veículos de comunicação. Além de instituir instrumentos legais de limitação da liberdade de imprensa, na Venezuela é usual o empastelamento de jornais cuja opinião contraria o coronel, bem como a perseguição a jornalistas por meio de atentados. A Sociedade Interamericana de Imprensa, a Federación Internacional de Periodistas e o Human Rights Watch são algumas das organizações que, de forma corrente, denunciam os desmandos chavistas contra o direito à informação.
Demóstenes Torres é procurador de Justiça, senador (PFL-GO) e escreve de Nova York onde participa da 60ª Assembléia Geral das Nações Unidas como observador do Senado.
demostenes.torres@senador.gov.br
http://noblat1.estadao.com.br/noblat/vi ... acao=12444
FELAP denuncia assassinatos de jornalistas latinoamericanos
A Federación Latinoamericana de Periodistas (FELAP) denunciou, em recente comunicação do Secretário Executivo da Comissão Investigadora de Atentados a Jornalistas da FELAP, Ernesto Carmona, o assassinato de 16 jornalistas nos primeiros nove meses deste ano. Quatro jornalistas foram executados no México (Roberto Javier Vargas Mora, Francisco Javier Ortiz Franco, Francisco Arratia Saldierna, Leodegario Aguilar Lucas), três no Brasil (Samuel Romã, José Carlos Araújo, Jorge Lourenço dos Santos), dois na Colômbia (Oscar Alberto Polanco Herrera, Martín La Rotta Duarte), dois no Peru (Antonio de la Torre Echeandía, Alberto Rivera Fernández) e um na Nicarágua (Carlos Guadamuz Portillo), Haiti (Ricardo Ortega), Venezuela (Mauro Marcano), República Dominicana (Juan Andújar ) e Guatemala (Miguel Ángel Morales). Na maioria dos casos se trata de jornalistas que investigavam excessos do poder local, vínculos políticos e econômicos do narcotráfico e corrupção estatal.
Sete vítimas trabalhavam em rádios de províncias, quatro em jornais e revistas locais, dois em televisão, um era dirigente sindical e outro era correspondente de um jornal da capital e comentarista de uma rádio local. O único que não pertencia à região é o repórter Ricardo Ortega, enviado especial de uma emissora de televisão espanhola, assassinado no Haiti.
Em 2003, vinte jornalistas foram mortos na América Latina e Caribe. Segundo a FELAP, mais de cinqüenta assassinatos de jornalistas estão impunes desde 1995.
http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=188
Tem que ser muito tolo e ingênuo para defender o Hugo Chavez.
[/b]
Tópico antigo.
Vendo o companheiro Cláudio defendendo o Hugo "Sieg Hail" Chavez, me recordo que nem na minha sala da faculdade existe tanta ingenuidade de esquerda boba e festiva.
Quem o Cláudio incorpora ao postar neste tópico:

Alta abstenção nas eleições parlamentares na Venezuela põe em dúvida a legitimidade dos resultados
Cerca de 75% dos eleitores venezuelanos não comparecerem às urnas na votação de domingo, que foi boicotada por vários partidos de oposição alegando favorecimento de candidatos governistas.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... uacg.shtml
Militar reformado e Mestre em ciência política, Hugo Chávez diz tirar o país de “uma tumba podre” e promover sua “ressurreição”, revivendo nada menos que Bolívar. Em 1992, líder de um golpe militar, foi preso por dois anos. Eleito em 1998, reelegeu-se em 2000, depois de mudar a Constituição. Quando ameaçado, Chávez coloca militares na reserva, manda fechar jornais e acaba com passeatas. Fez promulgar uma lei que pune com prisão todo aquele que critica o Presidente da República, acabando, na prática, com a liberdade de expressão e da imprensa. Com um vasto repertório de frases folclóricas e messiânicas, insere-se à perfeição na extensa galeria dos caudilhos latino-americanos. Em resumo, trata-se de uma figura entre o ridículo e o perigoso. É essa figura que diz se alimentar com o espírito de um lutador “que viveu para combater as injustiças e consertar o mundo”, proclamando-se, e a seu povo, “seguidores de Quixote”.
http://paginas.terra.com.br/arte/dubito ... ivo107.htm
Folha - Como o sr. vê as mudanças que Chávez quer introduzir na chamada Lei de Responsabilidade Social?
Ravell - Ele pretende acabar com a liberdade de imprensa no país, impondo uma censura prévia que levaria os venezuelanos a uma ditadura.
Chávez quer instalar aqui um regime igual ao de Cuba. Isso será impossível se continuarem a existir meios de comunicação livres. E ele sabe disso.
Folha - Que outras restrições os srs. estão sofrendo?
Ravell - O governo constantemente investiga os contratos de publicidade que o canal tem com seus clientes e fornecedores. O mais complicado é que, após o controle de câmbio (só o governo autoriza operações oficiais com dólares no país), o presidente já disse que não dará dólares aos chamados "inimigos da revolução". E, para ele, todos os meios de comunicação aqui são inimigos. Logo, os grandes jornais não terão dólares para comprar papel e os canais, insumos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 2363.shtml
É um ditador calhorda. E que apoia o assassinato de opositores.
Se quiser mais, procure em sites venezuelanos.
Chávez admite ter se encontrado com líderes das Farc
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ ... 8347.shtml
Só um ingênuo para ver boas intenções nisto.
"Diante de críticas, Chávez costuma colocar membros das Forças Armadas na reserva ou mesmo na prisão, manda fechar jornais e acabar com passeatas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/espe ... avez.shtml
"Mas se trata de mais um golpe de marketing do presidente Chávez, cujo próprio instituto de pesquisa divulgou recentemente que a pobreza na Venezuela aumentou sob seu governo."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0317.shtml
" Se é nociva a incapacidade de alguns estados para conter e punir as agressões à imprensa, pior ainda é a situação quando os abusos e agressões a jornalistas e meios de comunicação vêm diretamente dos governos, como ocorreu em Chiapas, México, com os ataques do governador contra o jornal Cuarto Poder, e como já sistematicamente ocorre em Cuba com Castro, na Venezuela com Chávez ou no Haiti com Aristide e a Família Lavalás.
Cuba continua sendo o país com menos liberdade de expressão do continente, como reafirmam os fatos dos últimos quarenta anos durante os quais não cessaram nem por um instante a perseguição e as agressões aos jornalistas independentes. Um exemplo disso foi o que ocorreu, em agosto desse ano, com o jornalista Angel Pablo Polanco Torrejón, diretor da agência independente de notícias Noticuba, preso durante cinco dias e alvo de tortura psicológica, apesar de ser doente e portador de glaucoma. No Haiti, a falta de garantias e a impunidade assolam todo o território, sem sinais de melhoria, e o governo apóia a aprovação pelo Congresso de um código de ética que servirá sem dúvida de plataforma para impor novas limitações e restrições à imprensa. A Venezuela nos apresenta um quadro, conhecido por todos, no qual os meios de comunicação e os jornalistas são agredidos em ações promovidas pelo governo, o que coloca em risco o direito das pessoas de serem livremente informadas."
http://www.sipiapa.org/portugues/pulica ... 2_peru.cfm
VENEZUELA
O exercício da liberdade de expressão está exposto a uma série de riscos que não se limitam a simples ameaças, veladas ou não, a violações que comprometem sua vigência, mas a sérias medidas e ameaças por exercê-lo. Os governantes afirmam que a imprensa, o rádio e a televisão mentem quando falam de restrição desse direito porque informam e opinam sem censura prévia, mas jamais se referem ao modo como o fazem e ao quanto se expõem.
O estado de direito está seriamente ameaçado. Para exercer a função de jornalista ou editor, é necessário revestir-se de coragem já que, freqüentemente, é imprescindível utilizar um colete à prova de balas, máscaras contra gás e a devida proteção contra roubo e destruição dos equipamentos de trabalho, inclusive automóveis.
O presidente Hugo Chávez não cansa de proferir através de seus constantes discursos - muitos deles transmitidos em cadeia por rádio e televisão - agressões de todo tipo e repetidas afirmações contra meios e comunicadores, os quais chama de "lixo". Uma missão conjunta da SIP em setembro determinou a inexistência de liberdade de imprensa e destacou a impunidade que protege e sustenta as agressões contra jornalistas e meios.
Diante dessa situação, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos teve de ratificar e prorrogar as medidas cautelares ditadas a favor de jornalistas e meios no início do ano, decisões que não foram respeitadas pelo governo, o que vai contra os princípios constitucionais, leis e acordos internacionais assinados pelo país.
Merecem atenção especial os decretos oficiais que criam áreas de segurança indiscriminada em áreas próximas a instalações militares, localizadas ou não em cidades. Essa medida, além de restringir o direito à propriedade e submetê-lo ao capricho do Executivo, limita a livre circulação, o direito de manifestação e de informar, violando normas constitucionais.
Um aspecto relevante e grave é o projeto de Lei Orgânica de Participação Cidadã, distribuído e em circulação entre deputados, que deverá ser apresentado para discussão na Assembléia Nacional e no qual, de maneira subreptícia, incluiu-se um artigo para restringir, enfraquecer ou eliminar a liberdade de expressão através de um Conselho Nacional de Vigilância dos Meios de Comunicação Social, sob o Ministério de Comunicações. Esse Conselho, integrado por organizações vizinhas, supervisionaria constantemente os meios de comunicação e lhes aplicaria sanções recomendadas por uma comissão de cidadãos, de estilo nitidamente marxista-comunista, a qual teria poderes para impor altas multas e decretar o fechamento de qualquer meio de comunicação que, segundo esses "tribunais populares", infringisse suas supostas normas e diretrizes.
Entre outros incidentes sérios, registraram-se os seguintes:
Em 11 de abril, foi assassinado o jornalista Jorge Tortoza, fotógrafo do jornal 2001, durante as manifestações políticas que desencadearam a saída temporária do presidente Chávez do governo. O crime continua sem punição.
Os jornalistas trabalham sob constantes ameaças físicas e emocionais. Até a data, são 51 os funcionários de meios agredidos: 12 feridos, 22 ameaçados, seis apedrejados, cinco assaltados, quatro baleados. Um carro foi incendiado, granadas e bombas incendiárias foram lançadas e dois equipamentos foram perdidos em plena cobertura de eventos. Prédios de meios também foram danificados.
Em 16 de outubro, grupos apoiados pelo governo atacaram e destruíram um tribunal no estado de Lara pouco depois de o tribunal ter concordado em ouvir um recurso em favor do jornalista José Ángel Ocanto, que foi processado por difamação e injúria pelo Chefe de Segurança do Estado.
Em 19 de outubro, em Caracas, um explosivo foi lançado contra o escritório da Unión Radio.
http://www.sipiapa.org/portugues/pulica ... 2_peru.cfm
O Governo venezuelano é protagonista de sistemática censura à política editorial dos veículos de comunicação. Além de instituir instrumentos legais de limitação da liberdade de imprensa, na Venezuela é usual o empastelamento de jornais cuja opinião contraria o coronel, bem como a perseguição a jornalistas por meio de atentados. A Sociedade Interamericana de Imprensa, a Federación Internacional de Periodistas e o Human Rights Watch são algumas das organizações que, de forma corrente, denunciam os desmandos chavistas contra o direito à informação.
Demóstenes Torres é procurador de Justiça, senador (PFL-GO) e escreve de Nova York onde participa da 60ª Assembléia Geral das Nações Unidas como observador do Senado.
demostenes.torres@senador.gov.br
http://noblat1.estadao.com.br/noblat/vi ... acao=12444
FELAP denuncia assassinatos de jornalistas latinoamericanos
A Federación Latinoamericana de Periodistas (FELAP) denunciou, em recente comunicação do Secretário Executivo da Comissão Investigadora de Atentados a Jornalistas da FELAP, Ernesto Carmona, o assassinato de 16 jornalistas nos primeiros nove meses deste ano. Quatro jornalistas foram executados no México (Roberto Javier Vargas Mora, Francisco Javier Ortiz Franco, Francisco Arratia Saldierna, Leodegario Aguilar Lucas), três no Brasil (Samuel Romã, José Carlos Araújo, Jorge Lourenço dos Santos), dois na Colômbia (Oscar Alberto Polanco Herrera, Martín La Rotta Duarte), dois no Peru (Antonio de la Torre Echeandía, Alberto Rivera Fernández) e um na Nicarágua (Carlos Guadamuz Portillo), Haiti (Ricardo Ortega), Venezuela (Mauro Marcano), República Dominicana (Juan Andújar ) e Guatemala (Miguel Ángel Morales). Na maioria dos casos se trata de jornalistas que investigavam excessos do poder local, vínculos políticos e econômicos do narcotráfico e corrupção estatal.
Sete vítimas trabalhavam em rádios de províncias, quatro em jornais e revistas locais, dois em televisão, um era dirigente sindical e outro era correspondente de um jornal da capital e comentarista de uma rádio local. O único que não pertencia à região é o repórter Ricardo Ortega, enviado especial de uma emissora de televisão espanhola, assassinado no Haiti.
Em 2003, vinte jornalistas foram mortos na América Latina e Caribe. Segundo a FELAP, mais de cinqüenta assassinatos de jornalistas estão impunes desde 1995.
http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=188
Tem que ser muito tolo e ingênuo para defender o Hugo Chavez.
[/b]
Poindexter escreveu:Resumindo: Cláudio Loredo é a "velhinha de Taubaté" da Venezuela.
Tópico antigo.
Vendo o companheiro Cláudio defendendo o Hugo "Sieg Hail" Chavez, me recordo que nem na minha sala da faculdade existe tanta ingenuidade de esquerda boba e festiva.
Quem o Cláudio incorpora ao postar neste tópico:





Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
[à parte]
Aurélio, corriga esses links, eles estão quebrando o leiaute, e depois a culpa é minha.
[/à parte]
Aurélio, corriga esses links, eles estão quebrando o leiaute, e depois a culpa é minha.
[/à parte]
- Claudio Loredo
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- Registrado em: 20 Out 2005, 13:33
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
O MUNDO PELO AVESSO
Escrito por EMIR SADER
Em 13/12/2004
Agência Carta Maior
O Brasil não entenderá a Venezuela
Se depender da grande mídia privada, os brasileiros não compreenderão o que acontece na Venezuela. Nossos jornais simplesmente repetem o que as agências internacionais publicam diariamente sobre o governo Chávez, compram as versões dos monopólios privados da mídia venezuelana e ignoram o outro lado dos fatos.
Apenas umas dezenas de milhares de brasileiros, no máximo, devem ter visto o filme “A revolução não será televisionada”, feito por irlandeses sobre o golpe contra o governo de Hugo Chávez em abril de 2002. O excelente documentário foi projetado dezenas de vezes, mas nos canais com menos audiência – a TV Senado, entre eles.
Tendo ido à Venezuela para fazer uma reportagem sobre a situação interna no país, os irlandeses puderam presenciar o clima no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano; mas depois puderam também testemunhar o golpe, a posse do efêmero governo, o papel da imprensa privada e o incrível desenrolar dos acontecimentos, em que a mobilização popular levou Chávez de novo ao poder. É um desfecho inédito na América Latina, depois de cenas de golpe conhecidas por nós, em 1964 pelos chilenos, em 1973 pelos uruguaios e em 1976 pelos argentinos, em que os golpistas, apoiados pela grande mídia privada, triunfaram. Pela primeira vez a reação popular – apoiada pela baixa oficialidade das forças armadas – derrotou os golpistas.
O documentário tira seu título do fato de que as empresas privadas, que detêm o monopólio da mídia naquele país, noticiaram o golpe mas, a partir do momento em que o povo invadiu o palácio presidencial e recolocou Hugo Chávez no governo, todos os canais suspenderam a sua cobertura, substituída por desenhos animados. Os espectadores venezuelanos não foram informados sobre o desfecho do golpe e sobre o protagonismo popular. A mídia privada, que tem no magnata Gustavo Cisneiros seu principal proprietário, foi o partido político do golpe, que levou ao presidente da federação das indústrias efemeramente ao governo. Revelando o caráter classista e entreguista do golpe, foi imediatamente decretada a dissolução das instituições eleitas pelo povo e se anunciou o processo de privatização da PDVS, a empresa petrolífera.
Um dos casos mais escandalosos de utilização totalitária do monopólio privado da mídia praticamente passou batido da imprensa brasileira. Exceção foram as coberturas feitas pela revista Carta Capital e pela Agência Carta Maior e, no caso da Folha de S.Paulo, os relatos de Clovis Rossi que, tendo estado lá, se deu conta do escândalo.
A cobertura posterior da imprensa brasileira impediu que os leitores e espectadores soubessem o que seguia acontecendo na Venezuela. Por isso foram pegos de surpresa com a vitória inquestionável de Hugo Chávez no plebiscito. Não poderiam saber como um governante desqualificado com os clichês da guerra fria pela imprensa brasileira tinha conseguido derrotar o monopólio privado da mídia e a oposição, apoiado pelo governo Bush e que contava com a solidariedade corporativa de quase toda a mídia latino-americana e de outros lugares do mundo.
Esse exemplo de péssimo jornalismo continua. Uma dentre tantas matérias, a publicada nesta semana pelo jornal Folha de S.Paulo, é um bom exemplo desse jornalismo ditatorial. Assinado por Carolina Vila-Nova e escrito desde a redação da FSP, o texto revela que a jornalista repete simplesmente o que as agências internacionais publicam diariamente sobre a Venezuela. Ela escreve que a lei de regulação dos meios de comunicação – aprovada pelo Congresso venezuelano sob o efeito direto da ação totalitária do monopólio privado da mídia no golpe, assim como na incitação cotidiana à violência, incluído o assassinato de Hugo Chávez – “passou sob críticas generalizadas”. Usa-se o sujeito oculto – de que os editorais e as matérias editorializadas usam e abusam – sem dizer “quem” faz as “críticas generalizadas” e por que “generalizadas”. Se consulta-se a imprensa diária e todos os canais privados da televisão, pode-se ter essa impressão; mas haveria que dizer que trata-se de uma imprensa totalmente nas mãos dos grandes grupos monopólicos privados.
Se compram as versões dos monopólios privados da mídia como elas são vendidas e, quando se trata de dar – em um espaço sempre visivelmente menor, só para cumprir como o “Manual” – a versão do outro setor, majoritário, conforme resultado do plebiscito e das eleições posteriores, a forma de relatar é totalmente outra: “O presidente acusa as emissoras de terem apoiado a tentativa de golpe de 2002.” Enquanto se compromete com a versão da mídia privada, no caso, evidente, do golpe, atribui as acusações ao presidente venezuelano. Tenta assim passar a idéia de que há críticas generalizadas ao projeto aprovado pelo Congresso venezuelano, enquanto de outro lado há apenas uma acusação.
Se a jornalista em vez de ficar colada aos despachos das agências internacionais conversasse com Clovis Rossi ou tivesse visto o filme irlandês ou lesse órgãos que dão versões diferentes daquelas que usualmente são utilizadas na grande mídia privada, saberia que as coisas são bem diferentes ou, pelo menos, que há outra visão das coisas. Visão que, embora conflitante com os interesses das grandes corporações midiáticas, tem que ser relatada aos leitores caso se queira manter, pelo menos na aparência, um tom minimamente democrático na informação.
Se algum jornalista da FSP tivesse, ao ir à Venezuela, assistido a algum dos canais públicos, veria uma entrevista com um artista desse país, que vive em Caracas – mas que concedeu a entrevista em Miami. Ele prega que “se abata os animais”, especialmente “o animal maior”; relata que “existem excelentes fuzis com mira” e que se pode “contratar comandos israelenses”. Poderiam relatar o caráter truculento da mídia privada e saber porque o Congresso aprovou a lei de regulação dos meios de comunicação.
A depender da grande mídia privada brasileira, os brasileiros não compreenderão o que acontece na Venezuela. Os que quiserem compreendê-la, têm que buscar ler Carta Capital, Carta Maior, Caros Amigos, Correio da Cidadania, Reportagem e outros órgãos da imprensa independentemente. Recomenda-se especialmente a Carolina Vila-Nova e a todos os jornalistas brasileiros.
[s]Emir Sader, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de “A vingança da História". [/s]
Escrito por EMIR SADER
Em 13/12/2004
Agência Carta Maior
O Brasil não entenderá a Venezuela
Se depender da grande mídia privada, os brasileiros não compreenderão o que acontece na Venezuela. Nossos jornais simplesmente repetem o que as agências internacionais publicam diariamente sobre o governo Chávez, compram as versões dos monopólios privados da mídia venezuelana e ignoram o outro lado dos fatos.
Apenas umas dezenas de milhares de brasileiros, no máximo, devem ter visto o filme “A revolução não será televisionada”, feito por irlandeses sobre o golpe contra o governo de Hugo Chávez em abril de 2002. O excelente documentário foi projetado dezenas de vezes, mas nos canais com menos audiência – a TV Senado, entre eles.
Tendo ido à Venezuela para fazer uma reportagem sobre a situação interna no país, os irlandeses puderam presenciar o clima no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano; mas depois puderam também testemunhar o golpe, a posse do efêmero governo, o papel da imprensa privada e o incrível desenrolar dos acontecimentos, em que a mobilização popular levou Chávez de novo ao poder. É um desfecho inédito na América Latina, depois de cenas de golpe conhecidas por nós, em 1964 pelos chilenos, em 1973 pelos uruguaios e em 1976 pelos argentinos, em que os golpistas, apoiados pela grande mídia privada, triunfaram. Pela primeira vez a reação popular – apoiada pela baixa oficialidade das forças armadas – derrotou os golpistas.
O documentário tira seu título do fato de que as empresas privadas, que detêm o monopólio da mídia naquele país, noticiaram o golpe mas, a partir do momento em que o povo invadiu o palácio presidencial e recolocou Hugo Chávez no governo, todos os canais suspenderam a sua cobertura, substituída por desenhos animados. Os espectadores venezuelanos não foram informados sobre o desfecho do golpe e sobre o protagonismo popular. A mídia privada, que tem no magnata Gustavo Cisneiros seu principal proprietário, foi o partido político do golpe, que levou ao presidente da federação das indústrias efemeramente ao governo. Revelando o caráter classista e entreguista do golpe, foi imediatamente decretada a dissolução das instituições eleitas pelo povo e se anunciou o processo de privatização da PDVS, a empresa petrolífera.
Um dos casos mais escandalosos de utilização totalitária do monopólio privado da mídia praticamente passou batido da imprensa brasileira. Exceção foram as coberturas feitas pela revista Carta Capital e pela Agência Carta Maior e, no caso da Folha de S.Paulo, os relatos de Clovis Rossi que, tendo estado lá, se deu conta do escândalo.
A cobertura posterior da imprensa brasileira impediu que os leitores e espectadores soubessem o que seguia acontecendo na Venezuela. Por isso foram pegos de surpresa com a vitória inquestionável de Hugo Chávez no plebiscito. Não poderiam saber como um governante desqualificado com os clichês da guerra fria pela imprensa brasileira tinha conseguido derrotar o monopólio privado da mídia e a oposição, apoiado pelo governo Bush e que contava com a solidariedade corporativa de quase toda a mídia latino-americana e de outros lugares do mundo.
Esse exemplo de péssimo jornalismo continua. Uma dentre tantas matérias, a publicada nesta semana pelo jornal Folha de S.Paulo, é um bom exemplo desse jornalismo ditatorial. Assinado por Carolina Vila-Nova e escrito desde a redação da FSP, o texto revela que a jornalista repete simplesmente o que as agências internacionais publicam diariamente sobre a Venezuela. Ela escreve que a lei de regulação dos meios de comunicação – aprovada pelo Congresso venezuelano sob o efeito direto da ação totalitária do monopólio privado da mídia no golpe, assim como na incitação cotidiana à violência, incluído o assassinato de Hugo Chávez – “passou sob críticas generalizadas”. Usa-se o sujeito oculto – de que os editorais e as matérias editorializadas usam e abusam – sem dizer “quem” faz as “críticas generalizadas” e por que “generalizadas”. Se consulta-se a imprensa diária e todos os canais privados da televisão, pode-se ter essa impressão; mas haveria que dizer que trata-se de uma imprensa totalmente nas mãos dos grandes grupos monopólicos privados.
Se compram as versões dos monopólios privados da mídia como elas são vendidas e, quando se trata de dar – em um espaço sempre visivelmente menor, só para cumprir como o “Manual” – a versão do outro setor, majoritário, conforme resultado do plebiscito e das eleições posteriores, a forma de relatar é totalmente outra: “O presidente acusa as emissoras de terem apoiado a tentativa de golpe de 2002.” Enquanto se compromete com a versão da mídia privada, no caso, evidente, do golpe, atribui as acusações ao presidente venezuelano. Tenta assim passar a idéia de que há críticas generalizadas ao projeto aprovado pelo Congresso venezuelano, enquanto de outro lado há apenas uma acusação.
Se a jornalista em vez de ficar colada aos despachos das agências internacionais conversasse com Clovis Rossi ou tivesse visto o filme irlandês ou lesse órgãos que dão versões diferentes daquelas que usualmente são utilizadas na grande mídia privada, saberia que as coisas são bem diferentes ou, pelo menos, que há outra visão das coisas. Visão que, embora conflitante com os interesses das grandes corporações midiáticas, tem que ser relatada aos leitores caso se queira manter, pelo menos na aparência, um tom minimamente democrático na informação.
Se algum jornalista da FSP tivesse, ao ir à Venezuela, assistido a algum dos canais públicos, veria uma entrevista com um artista desse país, que vive em Caracas – mas que concedeu a entrevista em Miami. Ele prega que “se abata os animais”, especialmente “o animal maior”; relata que “existem excelentes fuzis com mira” e que se pode “contratar comandos israelenses”. Poderiam relatar o caráter truculento da mídia privada e saber porque o Congresso aprovou a lei de regulação dos meios de comunicação.
A depender da grande mídia privada brasileira, os brasileiros não compreenderão o que acontece na Venezuela. Os que quiserem compreendê-la, têm que buscar ler Carta Capital, Carta Maior, Caros Amigos, Correio da Cidadania, Reportagem e outros órgãos da imprensa independentemente. Recomenda-se especialmente a Carolina Vila-Nova e a todos os jornalistas brasileiros.
[s]Emir Sader, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de “A vingança da História". [/s]
- Aurelio Moraes
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Voa esquerda ingênua e tola, voa...
Legal o texto do professor Sader em relação à parcialidade jornalística que cerca as acepções ao Estado Venezuelano sob o comando de Chávez.
Mas o professor não passou disto, Cláudio. O governo venezuelano não é nenhum "baluarte socialista das esquerdas", é um governo populista e reformista.
É por esse apoio reformista à população carente (grande maioria na Venezuela) e por seu "apelo mestiço" às minorias mamelucas que Chávez tem esse apoio popular impensável nesses nossos tempos.
Por dentro, é um governo elitizado. Chávez sempre fez parte das elites agrárias, mesmo antes de entrar para a política, e é a essas elites que ele ainda apoia.
Eu estou com um documentário muito bom sobre o governo Chávez e sobre a sua figura enquanto governante populista carismático. Se você estivesse pelo Rio arrumava um jeit ode gravar pra ti.
Abraço.
Mas o professor não passou disto, Cláudio. O governo venezuelano não é nenhum "baluarte socialista das esquerdas", é um governo populista e reformista.
É por esse apoio reformista à população carente (grande maioria na Venezuela) e por seu "apelo mestiço" às minorias mamelucas que Chávez tem esse apoio popular impensável nesses nossos tempos.
Por dentro, é um governo elitizado. Chávez sempre fez parte das elites agrárias, mesmo antes de entrar para a política, e é a essas elites que ele ainda apoia.
Eu estou com um documentário muito bom sobre o governo Chávez e sobre a sua figura enquanto governante populista carismático. Se você estivesse pelo Rio arrumava um jeit ode gravar pra ti.
Abraço.
Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Claudio Loredo escreveu:O MUNDO PELO AVESSO
Escrito por EMIR SADER
Em 13/12/2004
Agência Carta Maior
O Brasil não entenderá a Venezuela
Se depender da grande mídia privada, os brasileiros não compreenderão o que acontece na Venezuela. Nossos jornais simplesmente repetem o que as agências internacionais publicam diariamente sobre o governo Chávez, compram as versões dos monopólios privados da mídia venezuelana e ignoram o outro lado dos fatos.
Não sei se o Sader é idiota ou pensa que nós o somos.
Esta conversa de monopólio "classista" da imprensa até que dava para ouvir dos comunas de um certo boteco que eu frequentava nos anos oitenta, mas hoje, na era da Internet e dos blogs é simplesmente ridículo.
Os blogs pela Internet afora com muita frequência dão informações em tempo real, antes mesmo que as grandes redações tenham sequer processado a notícia.
O golpe da Venezuela tava lá, com todas as suas perspectivas a qualquer um suficientemente normal para digitar duas ou três palavras no google e saber o que estava acontecendo em várias versões.
Todo jornalista sabe disto.
Não vou dizer que Sader é um mentiroso fingido ao omitir este fato e querer induzir seus leitores a crer que ainda estamos nos tempos em que precisávamos esperar dois dias para que as redações preparassem as matérias, as gráficas as imprimissem e os distribuidores os levassem às bancas. Tempos em que um censor estrategicamente colocado podia controlar o que chegaria e o que não ao grande público.
Pensando bem, vou dizer que Sader é um mentiroso fingido sim.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Continuo não concordando que Chavéz seja um ditador. Ouvi a notícia de um jornalista que morreu com uma carta bomba, mas não se sabe quem enviou. Outro morreu num manifestação, mas não se sabe quem atirou. Esses são os dois casos que fazem com que a Chavez seja imputada a fama de ditador, mas não há provas de que os crimes partiram do governo.
A internet continua sendo usada na Venezuela sem censura. Através dela pude ter acesso a sites venezuelanos e até foruns. Vi que existe uma grande divisão entre os internautas daquele país. Uns amam chavez, outros o odeiam. Esses que odeiam sempre tocam no assunto da liberdade de imprensa.
Acredito que Chavéz esteja fazendo um bom governo no plano social. Pois, tem proporcionado educação e saúde para a população. Os números nesta área são bastante favoráveis ao governo.
Mesmo que ele seja populista, é melhor ter um governo populista que atenda as necessidades da população do que ter um governo elitista que só concentre rendas.
Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Nos EUA, 1% da população (20 milhões de pessoas) são presidiários.
oa o erro de digitacao (ta la tras, eu sei, mas nao deixou de ser erro), sao 2 milhoes
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL...
i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...
plante uma arvore por dia com um clic

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Meio "Off" mas olha só que noticia interessante:
Brasil e Argentina fecham acordo de salvaguardas
Mecanismo servirá para impedir as invasões de produtos brasileiros na nação vizinha e vice-versa
Após uma longa negociação, Brasil e Argentina chegaram a um acordo para adotar um Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC, denominação que substitui a antiga Cláusula de Adaptação Competitiva) para regular o comércio bilateral.
O MAC, proposto pela Argentina há mais de um ano e estipulado em reunião que terminou ontem de madrugada, em Buenos Aires, habilita qualquer um dos dois países a aplicar uma salvaguarda caso o aumento das importações do outro sócio prejudique sua indústria local. A Argentina teve em 2005 um déficit de US$ 3,67 bilhões em sua balança comercial com o Brasil, quase o dobro do registrado no ano anterior.
Com o mecanismo, que servirá para impedir invasões de produtos do Brasil na Argentina e vice-versa, serão determinadas cotas com prazo de até quatro anos. Representantes dos dois governos afirmaram que se trata de uma "vitória do consenso" e que o acerto servirá para "estimular mais" o comércio bilateral.
Pelo acordo, quando um setor produtivo denunciar assimetrias em relação ao país vizinho será criado um grupo de negociação que poderá durar de 30 a 120 dias. A partir daí, se houver consenso entre os dois países sobre a existência de danos provocados pela invasão de produtos vizinhos, se discutirá a aplicação de salvaguardas comerciais.
A Argentina reivindica a adoção de um mecanismo de salvaguardas comerciais desde setembro de 2004. Entre os setores que o país vizinho considera como sensíveis à invasão de produtos brasileiros estão o de calçados, autopeças, têxteis e eletrodomésticos.
Saiba o que foi acertado entre os dois países
O que é
O Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) é um sistema de salvaguarda para regular o comércio bilateral. Sempre que ficar provado que há dano a um ramo de sua indústria por causa da invasão de produtos do vizinho, o país poderá impor cotas de importação da mercadoria. Acima da cota, os produtos serão tarifados para entrar no mercado (mas com taxa menor do que as mercadorias que têm origem fora do Mercosul).
Os Prazos e O PAC
O mecanismo pode ser acionado por três anos, renovável por mais um. Nesse período, o país importador deverá criar o Programa de Adaptação Competitiva (PAC) a fim de adaptar sua indústria para competir livremente.
Os passos para acionar o MAC
Reclamação
Um ramo representativo da indústria apresenta a seu país reclamação formal. A reclamação deve conter histórico do fluxo comercial bilateral e preços cobrados.
Acordo entre privados
O governo do país importador tem 15 dias para julgar se cabe a reclamação. Em caso afirmativo, é enviado à Comissão Bilateral de Monitoramento (que já existe desde 2003). A comissão tem cinco dias para convocar os representantes dos setores privados envolvidos nos dois países para chegarem a um acordo. O prazo para esse acordo vai de no mínimo 30 dias a no máximo 120 dias.
Nessa fase, os governos incentivarão que se fechem acordos, como os que vigoravam até dezembro para o comércio de geladeiras, por exemplo.
Investigação
Se os entes privados não chegarem a um acordo no prazo, se inicia uma etapa de investigação, que tem de 60 a 120 dias para ser concluída.
O levantamento vai averiguar, com números de comércio, margens de lucro e preços, entre outros fatores, se há dano.
Há ainda até 60 dias de prazo para notificação da investigação e comentários das partes envolvidas.
Aplicação
Se a investigação provar o dano, os representantes dos setores privados serão chamados mais uma vez a conversar. Se continuarem sem acordo, entra em ação o MAC.
Será determinada uma cota de importação para o produto. Para exportar além da cota, a mercadoria será tarifada para entrar no mercado vizinho.
A tarifa será 90% da Tarifa Externa Comum (TEC), cobrada na importação de produtos fora do Mercosul.
Apelação
Se o país que sofrer a restrição de comércio julgar que a MAC foi aplicada erroneamente, convocará um trio de especialistas (apontados pelos dois países) para revisar o processo. A comissão terá o poder de vetar a aplicação.
Medida de urgência
O acordo assinado prevê que a indústria do país "invadido" pode alegar dano imediato e pedir aplicação do MAC mesmo com o processo em andamento (30 dias após o início).
US$ 3,6 bilhões foi o déficit comercial da Argentina com o Brasil em 2005, o dobro de 2004, quando fechou em US$ 1,8 bilhão. Quase 90% disso se deve à venda de produtos manufaturados.
Meio "Off" mas olha só que noticia interessante:
Brasil e Argentina fecham acordo de salvaguardas
Mecanismo servirá para impedir as invasões de produtos brasileiros na nação vizinha e vice-versa
Após uma longa negociação, Brasil e Argentina chegaram a um acordo para adotar um Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC, denominação que substitui a antiga Cláusula de Adaptação Competitiva) para regular o comércio bilateral.
O MAC, proposto pela Argentina há mais de um ano e estipulado em reunião que terminou ontem de madrugada, em Buenos Aires, habilita qualquer um dos dois países a aplicar uma salvaguarda caso o aumento das importações do outro sócio prejudique sua indústria local. A Argentina teve em 2005 um déficit de US$ 3,67 bilhões em sua balança comercial com o Brasil, quase o dobro do registrado no ano anterior.
Com o mecanismo, que servirá para impedir invasões de produtos do Brasil na Argentina e vice-versa, serão determinadas cotas com prazo de até quatro anos. Representantes dos dois governos afirmaram que se trata de uma "vitória do consenso" e que o acerto servirá para "estimular mais" o comércio bilateral.
Pelo acordo, quando um setor produtivo denunciar assimetrias em relação ao país vizinho será criado um grupo de negociação que poderá durar de 30 a 120 dias. A partir daí, se houver consenso entre os dois países sobre a existência de danos provocados pela invasão de produtos vizinhos, se discutirá a aplicação de salvaguardas comerciais.
A Argentina reivindica a adoção de um mecanismo de salvaguardas comerciais desde setembro de 2004. Entre os setores que o país vizinho considera como sensíveis à invasão de produtos brasileiros estão o de calçados, autopeças, têxteis e eletrodomésticos.
Saiba o que foi acertado entre os dois países
O que é
O Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) é um sistema de salvaguarda para regular o comércio bilateral. Sempre que ficar provado que há dano a um ramo de sua indústria por causa da invasão de produtos do vizinho, o país poderá impor cotas de importação da mercadoria. Acima da cota, os produtos serão tarifados para entrar no mercado (mas com taxa menor do que as mercadorias que têm origem fora do Mercosul).
Os Prazos e O PAC
O mecanismo pode ser acionado por três anos, renovável por mais um. Nesse período, o país importador deverá criar o Programa de Adaptação Competitiva (PAC) a fim de adaptar sua indústria para competir livremente.
Os passos para acionar o MAC
Reclamação
Um ramo representativo da indústria apresenta a seu país reclamação formal. A reclamação deve conter histórico do fluxo comercial bilateral e preços cobrados.
Acordo entre privados
O governo do país importador tem 15 dias para julgar se cabe a reclamação. Em caso afirmativo, é enviado à Comissão Bilateral de Monitoramento (que já existe desde 2003). A comissão tem cinco dias para convocar os representantes dos setores privados envolvidos nos dois países para chegarem a um acordo. O prazo para esse acordo vai de no mínimo 30 dias a no máximo 120 dias.
Nessa fase, os governos incentivarão que se fechem acordos, como os que vigoravam até dezembro para o comércio de geladeiras, por exemplo.
Investigação
Se os entes privados não chegarem a um acordo no prazo, se inicia uma etapa de investigação, que tem de 60 a 120 dias para ser concluída.
O levantamento vai averiguar, com números de comércio, margens de lucro e preços, entre outros fatores, se há dano.
Há ainda até 60 dias de prazo para notificação da investigação e comentários das partes envolvidas.
Aplicação
Se a investigação provar o dano, os representantes dos setores privados serão chamados mais uma vez a conversar. Se continuarem sem acordo, entra em ação o MAC.
Será determinada uma cota de importação para o produto. Para exportar além da cota, a mercadoria será tarifada para entrar no mercado vizinho.
A tarifa será 90% da Tarifa Externa Comum (TEC), cobrada na importação de produtos fora do Mercosul.
Apelação
Se o país que sofrer a restrição de comércio julgar que a MAC foi aplicada erroneamente, convocará um trio de especialistas (apontados pelos dois países) para revisar o processo. A comissão terá o poder de vetar a aplicação.
Medida de urgência
O acordo assinado prevê que a indústria do país "invadido" pode alegar dano imediato e pedir aplicação do MAC mesmo com o processo em andamento (30 dias após o início).
US$ 3,6 bilhões foi o déficit comercial da Argentina com o Brasil em 2005, o dobro de 2004, quando fechou em US$ 1,8 bilhão. Quase 90% disso se deve à venda de produtos manufaturados.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- Claudio Loredo
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Notícia nada boa para o Mercosul. Acho que a solução para que o Mercosul não recue é que ele avance. Dai, há a necessidade dos países harmonizarem suas legislações, terem instituições comunitárias mais fortes e já começarem a pensar logo na adoção de uma moeda única.
- Claudio Loredo
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
A Venezuela tem passado por um processo de mudanças o que muitas vezes é traumático. A organização do país está mudando para melhor, mas a elite que antes mamava nas tetas do governo e do petróleo não está satisfeita com isto. Daí, os ataques que esta parcela da sociedade procura fazer contra Hugo Chávez.
Existe oposição sim na Venezuela e é uma oposição muito barulhenta. Só que comete erros como abandonar uma eleição quando vê que vai perder e ainda exigir intervenção externa na Venezuela. Esta oposição conseguiu que todas as eleições que ocorreram no país recentemente fossem acompanhadas por organismos internacionais, incluindo o governo americano, que garantiram a integridade do processo eleitoral.
A livre manifestação do pensamento é garantida na Venezuela. Lá há TV e imprensa privadas. Quem quiser fazer protestos de rua contra o governo pode fazer como já ocorreram vários, mas enquanto uma passeata de repúdio a Hugo Chávez junta, no máximo 20.000 pessoas, as passeatas de apoio ao presidente já juntara 1,5 milhões de pessoas.
As marchas de repúdio ao governo contam com manifestantes como esta da foto abaixo vestida de estátua da liberdade para dizer que na Venezuela não há liberdade de imprensa.

A Venezuela vive um processo de ruptura com um passado de exclusão social e enriquecimento de poucos. Antes só a elite tinha acesso a educação, hoje todos estão alfabetizados ou inscritos em programas de alfabetização, diversas escolas de segundo grau tem sido construídas e universidades também. Antes só a elite tinha acesso a saúde, hoje todos Venezuelanos tem acesso a ela. Antes a Venezuela só comercializava com os EUA e um pouco com a Colômbia e o México, hoje o comércio exterior venezuelano é bem diversificado. Antes a Venezuela ignorava a América Latina, hoje ela é membro do Mercosul e irá construir um gasoduto para abastecer de energia Brasil e Argentina.
Em outras palavras a Venezuela tem seguido um caminho de inclusão social e integração com outros países. Estando no caminho certo para se adaptar as novas realidades mundiais.
Desconheço formação de milícias. Acho isto intriga da oposição. Com o apoio popular que o presidente possui, ele não precisa formar exércitos paralelos, afinal ele já tem o poder e as forças armadas nacionais em mãos.
- Claudio Loredo
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Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Poindexter escreveu:Claudio Loredo escreveu: Um império em decadência...
Provas? Dizem isso há décadas...
Os problemas da economia americana e previsões pessimistas para o futuro estão bem condensadas neste artigo do Jornal The New York Times “I.M.F. says rise in U.S. debts is threat to world's economy” de 07/01/2004
http://www.derechos.org/nizkor/econ/ifmusa1.html
- Claudio Loredo
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Mr.Hammond escreveu:Procure a Venezuela no indice de desenvolvimento humano:
A Venezuela está bem pior do que o Brasil no IDH, mas isto é o resultado de decadas de exclusão social. Certamente no próximos IDH a Venezuela estará melhor, pois o Governo atual é recente.
Quanto as denuncias de falta de liberdade na imprensa venezuelana, o site de onde você tirou as informações esculacha a Venezuala neste sentido, mas o site faz o mesmo em relação a todos os países lá listados, incluindo Brasil e EUA. Simplesmente o site está no seu papel: defender a liberdade de imprensa inclusive contra perigos iminentes. Concordo que na Venezuela existe este perigo devido as tensões de classe.
Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Claudio Loredo escreveu:
Notícia nada boa para o Mercosul. Acho que a solução para que o Mercosul não recue é que ele avance. Dai, há a necessidade dos países harmonizarem suas legislações, terem instituições comunitárias mais fortes e já começarem a pensar logo na adoção de uma moeda única.
Moeda única sul americana???
Dios nos libre...
Depois de mais de cento e oitenta anos de História como nação independente, o Brasil tem uma moeda estável (ou mais ou menos) há apenas dez.
Mesmo assim uma moeda inconversível, que não vale absolutamente nada nos mercados internacionais de câmbio e que está sempre há beira do precipício do próximo ataque especulativo.
Os outros países sul-americanos, incluídos e principalmente os do Mercosul, tem histórias monetárias semelhantes ou piores.
Que o digam os argentinos, que tiveram a idéia estúpida de atrelar por decreto o peso ao dólar.
Nenhum banco central deste lado de baixo do Equado é independente o bastante para resistir às tentações do governo em exercício de mandar imprimir mais dinheiro do que deviam.
Se a coisa anda mais ou menos controlada nos últimos três governos brasileiros é por medo dos governantes de por a perder tudo que se conseguiu no combate à inflação e passar a História como o idiota que jogou o país de volta no buraco, do que por mecanismos institucionais que garantam a estabilidade da moeda.
Com este perfil, gente que aprendeu male mal a administrar as próprias casas da moeda há uma década quando muito vai lá fazer o esforço hérculeo de engenharia política-financeira de construir uma moeda comum?
O Euro, apesar de criado pelas maiores e mais estáveis economias do mundo, com tradição de respeito à moeda e às regras do jogo financeiro, foi um parto de montanha o qual muitos analistas duvidaram que daria certo (e muitos duvidam até hoje, afinal, a experiência ainda é muito recente).
E querem fazer tal coisa por estas bandas, a partir de um processo capitaneado pelo coronel aviador Hugo Chavez?????
Nunca é demais repetir, Dios nos libre!!!
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Claudio Loredo escreveu:Notícia nada boa para o Mercosul. Acho que a solução para que o Mercosul não recue é que ele avance. Dai, há a necessidade dos países harmonizarem suas legislações, terem instituições comunitárias mais fortes e já começarem a pensar logo na adoção de uma moeda única.
Apostaria meu tacape contra alguém que mostrasse por números o quanto o Brasil ganha com o Mercosul.
Uruguai e Paraguai são economias microscópicas, cujos PIB's são menores que o da cidade de São Paulo.
No comércio bilateral com a Argentina, as transações foram deficitárias para los macaquitos (nós segundo eles) e superavitárias para nuestros hermanos (eles segundo nós) durante anos e anos.
Bastou um ano em que los macaquitos levaram alguma vantagem no comércio com nuestros hermanos, para que nuestros hermanos metessem a boca no trombone, reclamando da invasão de produtos brasileiros e exigindo medidas protecionistas e cotas.
E los macaquitos aceitaram...
Mesmo porque, os produtos que o Brasil vende na Argentina, venderia de qualquer modo, mas sem o mercado brasileiro nuestros hermanos teriam como única riqueza a voz de Carlos Gardel.
Comprei um carro nacional certa vez que era cheio de peças argentinas, apenas pelo motivo de que a filial de lá da montadora precisava vender estas peças para alguém para não fechar as portas.
E quem eram os únicos otários no mundo dispostos a comprar aqueles produtos de péssima qualidade e custos superiores aos similares produzidos aqui?
Gostaria muito de saber por que tanta gente defende um acordo de livre comércio que nada mais é que um tratado bilateral, já que uruguaios e paraguaios só servem para troco, que só trouxe prejuízos para o país.
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Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Claudio Loredo escreveu:Existe oposição sim na Venezuela e é uma oposição muito barulhenta.
A livre manifestação do pensamento é garantida na Venezuela.
Claudio,
Você pode encerrar esta discussão de um modo simples e definitivo.
Faça uma pesquisa nos jornais e publicações on line da Venezuela e procure quem é o Diogo Mainardi de lá.
Descubra o nome de um colunista que toda a semana escreva num veículo de grande circulação, leitura e influência e não faça outra coisa que não meter o pau no Chavez, como o Diogo faz com você sabe quem.
Aproveite e colete algumas manchetes anti-chavistas nos periódicos que encontrar, veja se tem denúncias de corrupção no governo, como há direto por aqui, ou líderes parlamentares apontando erros do presidente, como temos toda hora.
Isto é o mínimo que se espera de uma imprensa livre e democrática em qualquer lugar do mundo, mesmo que o presidente seja popular, com bom índice de aprovação e faça reconhecidamente um bom governo.
Se topar, boa sorte e bom trabalho.
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- Claudio Loredo
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Acauan,
Topei procurar jornais venezuelanos na internet e encontrei dois: El Nacional e El Universal
Nos dois jornais encontrei várias criticas pesadas ao governo Chavéz. Não deu para identificar quem é o Diogo Mainardi de lá, mas ví acusações pesadas contra Chávez, a maioria o chamando de ditador.
No Jornal El Nacional existe a seção de comentários e de entrevistas onde o governo é bastante criticado. Há também um fórum dos leitores onde qualquer um pode criticar a vontade o governo venezuelano.
Já o Jornal El Universal é bem mais oposicionista. Dele eu destaco as seguintes matérias:
Chavés é igual a Hitler que foi eleito legalmente
O custo da ignorância do governo bolivariano
Diversos artigos criticando o governo Chávez
Não veja Chávez como nenhum santo e nem o seu governo como ótimo, mas também discordo das acusações de ditador que tem sido feitas a ele.
- Poindexter
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Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Chávez e a Venezuela ainda me deixam certas dúvidas... é difícil saber o que realmente ocorre por lá enquanto o que se vê são manchetes apenas dizendo que ele é "super-bom" ou "lixo".
A desistência da oposição de participar das eleições de certa forma me assustou: terá sido por causa de condução absurda por parte do Governo ou tão simplesmnete para evitar fiasco? Tendo a acreditar na segunda opção, dado que Carter supervisionou pessoalmente as eleições por lá.
Os tais médicos cubanos me passam uma impressão de que Cuba, que tanto precisa de pessoas reconstruam sua economia, devastada após o fim do subsídio soviético, deveria estar mais preocupada em se soerguer do que enviar médicos para a Venezuela.
A desistência da oposição de participar das eleições de certa forma me assustou: terá sido por causa de condução absurda por parte do Governo ou tão simplesmnete para evitar fiasco? Tendo a acreditar na segunda opção, dado que Carter supervisionou pessoalmente as eleições por lá.
Os tais médicos cubanos me passam uma impressão de que Cuba, que tanto precisa de pessoas reconstruam sua economia, devastada após o fim do subsídio soviético, deveria estar mais preocupada em se soerguer do que enviar médicos para a Venezuela.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
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Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Claudio Loredo escreveu:
Acauan,
Topei procurar jornais venezuelanos na internet e encontrei dois: El Nacional e El Universal
Nos dois jornais encontrei várias criticas pesadas ao governo Chavéz. Não deu para identificar quem é o Diogo Mainardi de lá, mas ví acusações pesadas contra Chávez, a maioria o chamando de ditador.
No Jornal El Nacional existe a seção de comentários e de entrevistas onde o governo é bastante criticado. Há também um fórum dos leitores onde qualquer um pode criticar a vontade o governo venezuelano.
Já o Jornal El Universal é bem mais oposicionista. Dele eu destaco as seguintes matérias:
Chavés é igual a Hitler que foi eleito legalmente
O custo da ignorância do governo bolivariano
Diversos artigos criticando o governo Chávez
Não veja Chávez como nenhum santo e nem o seu governo como ótimo, mas também discordo das acusações de ditador que tem sido feitas a ele.
Legal que tenha feito isto Claudio, era uma dúvida que tinha e tava com preguiça de procurar eu mesmo...
Agora posso analisar o material que postou e ter uma idéia da coisa.
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- Poindexter
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Re: Re.: VENEZUELA - Para os comunistóides babões
Acauan escreveu:No comércio bilateral com a Argentina, as transações foram deficitárias para los macaquitos (nós segundo eles) e superavitárias para nuestros hermanos (eles segundo nós) durante anos e anos.
Generalização absurda sobre os argentinos e brasileiros. Preconceito absurdo.
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- Liquid Snake
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"O Brasil me parece ser o único País do mundo onde ser de esquerda ainda dá uma conotação de prestígio." (Roberto Campos, 1993)
"How do you tell a Communist? Well, it's someone who reads Marx and Lenin. And how do you tell an anti-Communist? It's someone who understands Marx and Lenin." - Ronald Reagan
No Brasil, os notáveis o são pela estupidez.
- Claudio Loredo
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O Furacão Chávez
Fonte: Agência Carta Maior
Por que Hugo Chávez, que tinha tudo para ser um presidente isolado e estigmatizado na América Latina, tornou-se, desde o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, há exatamente um ano, um furacão por onde quer que vá?
Autor: Emir Sader
Ele tinha tudo para ser um presidente isolado e estigmatizado na América Latina. E de fato, tudo foi feito para que isso acontecesse. No entanto, no espaço de um ano, Hugo Chávez tornou-se o mais popular líder político do continente. Como e por que isso se deu?
Hugo Chávez tinha uma série de características que o condenariam, à luz do consenso fabricado pelos monopólios privados da mídia nacional e internacional:
- é militar, em um continente em que o currículo dos militares é muito negativo, tanto em relação à democracia, quanto à defesa dos interesses econômicos e da soberania nacional;
- surgiu para a vida política através de uma sublevação militar, facilmente assimilada a um golpe militar;
- é nacionalista, quando o consenso faz a apologia da “globalização”;
- defende maior participação estatal, quando o Estado é diabolizado pelo consenso liberal e por setores que se pretendem de esquerda – como ONGs e defensores de teses como as de Negri e de Holloway;
- apóia, solidariza-se e tem profundos acordos com Cuba, país em geral execrado pela mídia monopólica;
- é país produtor de petróleo, o que poderia levar a uma antipatia pela facilidade de viver de um recursos energético altamente valorizado no mercado internacional;
- prega o socialismo, na contramão da onda liberal.
Por que então Hugo Chávez, desde o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, há exatamente um ano, tornou-se um furacão por onde quer que vá? Até poucas semanas antes, até antes de ele triunfar inquestionavelmente sobre seus adversários no referendo de confirmação de seu mandato, Hugo Chávez era evitado por seus colegas nas reuniões de mandatários latino-americanos, porém, na posse de Tabaré Vazquez, deu-se inicio a reuniões dos três mais importantes mandatários da região – Lula, Kirchner e ele -, os três reconhecidos como os de mais peso no subcontinente.
- em primeiro lugar, porque o esgotamento do modelo neoliberal e o desastre do isolamento da política dos EUA pede lideranças regionais que apontem para as políticas alternativas;
- porque Lula, que teria as melhores condições e também Kirchner, que poderiam desempenhar esse papel, não têm condições e/ou disposição de preencher esse vazio;
- porque Hugo Chávez soube resgatar a prioridade do social – usando recursos do petróleo para isso -, o papel do Estado, da soberania nacional e da integração continental;
- porque ele fala a linguagem popular, com a ideologia do latino-americanismo e do antiimperialismo;
- porque ele aponta claramente para os objetivos e para os inimigos: derrotar o neoliberalismo e o imperialismo;
- porque Hugo Chávez compreendeu e propala que, sem um fortalecimento da capacidade de regulação do Estado, não poderia haver controle sobre a livre circulação do capital financeiro, assim como tampouco recursos para as políticas sociais que universalizam direitos sociais;
- porque o governo venezuelano produz uma grande quantidade de iniciativas de integração continental – da Petrosul à Petrocaribe, da Telesur ao gasoduto continental;
- porque o governo venezuelano utiliza os recursos do petróleo para uma política de solidariedade e de integração continental.
- Hugo Chávez fortalece o Mercosul e ao mesmo tempo trabalha para a integração estratégica representada pela ALBA;
- Hugo Chávez convoca uma frente antiimperialista no continente e em escala mundial;
- Hugo Chávez integra as tradições de luta do movimento revolucionário mundial com a releitura de autores clássicos do pensamento anticapitalista, reforçando a necessidade desse resgate e da elaboração teórica para a luta revolucionária;
- Hugo Chávez articula o nacionalismo com o internacionalismo, a revolução democrática com a socialista.
Se já não bastasse isso, Hugo Chávez é um dirigente mobilizador, que ataca os inimigos e convoca à mobilização, passa a confiança, sem a qual nenhum movimento popular pode avançar e triunfar.
Daí, o verdadeiro furacão em que se transformou Hugo Chávez, aclamado por manifestações populares que o perseguem por onde vá, que o aclamam por onde passe, que se concentram para vê-lo e ouvi-lo, onde fale.
Se é verdade que os ventos passaram a soprar a favor das forças populares na América Latina e no Caribe, é preciso dizer que essa virada deve-se, em grande parte, à atuação do próprio Hugo Chávez, que confirma que quem sabe faz a hora.
Fonte: Agência Carta Maior
Por que Hugo Chávez, que tinha tudo para ser um presidente isolado e estigmatizado na América Latina, tornou-se, desde o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, há exatamente um ano, um furacão por onde quer que vá?
Autor: Emir Sader
Ele tinha tudo para ser um presidente isolado e estigmatizado na América Latina. E de fato, tudo foi feito para que isso acontecesse. No entanto, no espaço de um ano, Hugo Chávez tornou-se o mais popular líder político do continente. Como e por que isso se deu?
Hugo Chávez tinha uma série de características que o condenariam, à luz do consenso fabricado pelos monopólios privados da mídia nacional e internacional:
- é militar, em um continente em que o currículo dos militares é muito negativo, tanto em relação à democracia, quanto à defesa dos interesses econômicos e da soberania nacional;
- surgiu para a vida política através de uma sublevação militar, facilmente assimilada a um golpe militar;
- é nacionalista, quando o consenso faz a apologia da “globalização”;
- defende maior participação estatal, quando o Estado é diabolizado pelo consenso liberal e por setores que se pretendem de esquerda – como ONGs e defensores de teses como as de Negri e de Holloway;
- apóia, solidariza-se e tem profundos acordos com Cuba, país em geral execrado pela mídia monopólica;
- é país produtor de petróleo, o que poderia levar a uma antipatia pela facilidade de viver de um recursos energético altamente valorizado no mercado internacional;
- prega o socialismo, na contramão da onda liberal.
Por que então Hugo Chávez, desde o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, há exatamente um ano, tornou-se um furacão por onde quer que vá? Até poucas semanas antes, até antes de ele triunfar inquestionavelmente sobre seus adversários no referendo de confirmação de seu mandato, Hugo Chávez era evitado por seus colegas nas reuniões de mandatários latino-americanos, porém, na posse de Tabaré Vazquez, deu-se inicio a reuniões dos três mais importantes mandatários da região – Lula, Kirchner e ele -, os três reconhecidos como os de mais peso no subcontinente.
- em primeiro lugar, porque o esgotamento do modelo neoliberal e o desastre do isolamento da política dos EUA pede lideranças regionais que apontem para as políticas alternativas;
- porque Lula, que teria as melhores condições e também Kirchner, que poderiam desempenhar esse papel, não têm condições e/ou disposição de preencher esse vazio;
- porque Hugo Chávez soube resgatar a prioridade do social – usando recursos do petróleo para isso -, o papel do Estado, da soberania nacional e da integração continental;
- porque ele fala a linguagem popular, com a ideologia do latino-americanismo e do antiimperialismo;
- porque ele aponta claramente para os objetivos e para os inimigos: derrotar o neoliberalismo e o imperialismo;
- porque Hugo Chávez compreendeu e propala que, sem um fortalecimento da capacidade de regulação do Estado, não poderia haver controle sobre a livre circulação do capital financeiro, assim como tampouco recursos para as políticas sociais que universalizam direitos sociais;
- porque o governo venezuelano produz uma grande quantidade de iniciativas de integração continental – da Petrosul à Petrocaribe, da Telesur ao gasoduto continental;
- porque o governo venezuelano utiliza os recursos do petróleo para uma política de solidariedade e de integração continental.
- Hugo Chávez fortalece o Mercosul e ao mesmo tempo trabalha para a integração estratégica representada pela ALBA;
- Hugo Chávez convoca uma frente antiimperialista no continente e em escala mundial;
- Hugo Chávez integra as tradições de luta do movimento revolucionário mundial com a releitura de autores clássicos do pensamento anticapitalista, reforçando a necessidade desse resgate e da elaboração teórica para a luta revolucionária;
- Hugo Chávez articula o nacionalismo com o internacionalismo, a revolução democrática com a socialista.
Se já não bastasse isso, Hugo Chávez é um dirigente mobilizador, que ataca os inimigos e convoca à mobilização, passa a confiança, sem a qual nenhum movimento popular pode avançar e triunfar.
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Se é verdade que os ventos passaram a soprar a favor das forças populares na América Latina e no Caribe, é preciso dizer que essa virada deve-se, em grande parte, à atuação do próprio Hugo Chávez, que confirma que quem sabe faz a hora.