Trinity Reloaded escreveu:Tô matutando aqui, eu acho estranho, mas muito legal isso que eu sinto, sabe.
Eu vejo a humanidade como algo tão... fugaz. Não, não estou trazendo nenhuma questão espiritual à baila. É basicamente um "dar de ombros", mas sem aquele sentimento sádico de "eu quero mais é que o circo pegue fogo", mesmo que, vez ou outra, eu brinque com o fato.
Você me lembra muito eu há uns...25 anos.
Em algumas questões a respeito da estupidez humana, que não posso conter nem com mil pragas do Egito, passei pela fase do "mas como é que pode????" e agora oscilo entre este sentimento e o dar de ombros/fodam-se!.
Eu não morro de amores pela humanidade como algo que deve ser mantido, preservado, deixado pra semente, pro futuro, ah, que ridículo.
Realmente é patético, assim como patriotismos exacerbados, civismos, amo-todo-mundo, altruísmos, somos-todos-iguais, caridades e outras baboseiras, das quais as pessoas se investem como que para se convencer que são especiais ou merecedoras de mais amor público ou frente ao MegaFodão.
Por isso não dá pra entender, juro que não compreendo, essa coisa de ter filhos. Se eu fiquei 15 minutos da minha vida toda pensando em maternidade foi muita coisa!
Até engravidar, acho que só pensei nesta hipótese com negativas. Nem brincar de boneca me agradava, eu preferia montar cubos.
Acho a maternidade muuuuuuuuito piegas, tão chato, tão previsível, tão repetitivo.
O ser humano é repetitivo. A vida é repetitiva, os clichês se procriam mais do que Humanidade. But...incrivelmente na hora que o bichinho está no seu colo, você simplesmente vê aquilo como único. Não único no sentido Revista Capricho/Pais e Filhos apenas, mas da seguinte forma: " Que é que eu faço agora com TUUUUDOOOO isto aqui????". É uma sensação que mescla sustos, medos, cobranças, força, poder, descobrimento, deslumbramento, um misto de sensações. No meu caso, o tal amor visceral só veio uns 6 meses depois ( quando ela ficou doente). Uma paixão e um abandono ao amor que não tem descrição MESMO foram crescendo com o tempo. O que não quer dizer que filhos não sejam seres humanos com defeitos e que não tragam conflitos e frustrações. E junte-se isto ao mundo lá fora, lá viu a mistura de bom e ruim que dá!
MAS...1 só tá bom, tirando que é um certo egoísmo colocá-la neste mundo e ela hoje externar medo porque não queria ficar sem irmãos na nossa velhice e depois dela, enfim...a vida é muito curta e fugaz mesmo.
Se pelo menos alguma coisa empolgante fizesse diferença, tipo, que eu pudesse "gerar" meu filho em úteros artificiais translúcidos, de maneira que eu pudesse VER a criança se desenvolvendo, ah, aí até seria um lance bacana.
Você é meio androidezinha mesmo, né?
Isto pra mim já seria tão pavorante quanto não ver nada. Se bem que agora, pode-se ver bem claramente ( quase em 3D a criança dentro da sua barriga!).
Eu? Me rasgar toda num parto natural, ter hemorróidas, foder a coluna, o meu sistema circulatório?
Eu também passei batido disto, digam o que quiserem! Nunca me convenci desta coisa de parto...normal ou natural. Tô fora! Na verdade, o que se comrpovou em estudos comoutras espécies é que o crânio humano cresceu desproporcionalmente ao tamanho de sua passagem pelos ossos do quadril. Deu no que deu.
Ou encarar uma cesariana com aquela injeção do capeta (tem um nome dificil)??? Tô fora.
O problema da cesárea não é a tal assustadora injeção da raquidiana ou da peridural ( varia o ponto de aplicação). Posso garantir que não se sente ABSOLUTAMENTE NADA. Pode acrediar que as mulheres adoram fazer um drama em cima disto, talvez pra valorizar o parto vaginal sei lá porquê. O que incomoda na cesárea para algumas, é que, em sendo uma cirurgia, você sente mais dor numa hora em que precisa estar inteira pra cuidar do bebê.
Meu desafio está em tentar amar quem já tá aqui, nascido, e não gerar mais gente, e usar isso como pretexto pra dizer que tenho alguém pra amar. Ou que serei amada. Bleh.
HAHUHAUHAUHAUHAUHAUA. Muito parecida comigo.
Num entra na minha cabeça essas coisas, meu. Vixe.
Mas acho o máximo sentir isso, hahahaha.
Querida, talvez você mude ainda tanto....e talvez continue sendo assim para sempre. O importante é estar equilibrado e não cheio de conflitos. Se estiver antes dos 20, muita coisa pode mudar. Se estiver depois...é provável que se mantenha mais ou menos como agora. Mas a vida já se sabe...é uma caixinha de surpresas ( BLERGH!!)