Johnny escreveu:Cara, tirando algumas empresas que prestam serviços ao governo, muitas outras nem sequer sabe da existência de controle. Pelo menos eu acho que indústrias de auto-peças, automóveis, móveis, equipamentos e etc não tem este controle.
Pois está enganado, todas elas tem. Toda forma de trabalho é controlada e taxada por governos sindicatos, federações e instituições de classe.
Johnny escreveu:Agora, já as que prestam algum tipo de serviço, estas sempre irão tentar corromper o estado para ter seu quinhão, pois acredite se quiser, muitas delas não são honestas e não estão preocupadas em ser.
Exato e essas que não se preocupam em ser honestas são justamente as que idolatram o governo, pois ele aumenta e muito o poder delas.
Empresas desonestas tem mais poder com um governo intervencionista do que jamais sonhariam ter em um livre mercado.
Esse é o ponto da questão que você ainda não entendem, você fala que precisamos da intervenção do governo por existirem empresas desonestas, quanto na realidade é justamente por esse motivo que não podemos deixar o governo interferir no mercado.
Johnny escreveu:Novamente estamos colocando a culpa no estado por uma deficiência da raça humana. Babaquara, o ser humano é sujo e ponto.
Só que o governo aumenta o poder do homem sujo e esse é o ponto onde se resume toda a questão.
Com governo o homem sujo pode muito mais.
Sem governo o homem sujo pode muito menos.
Johnny escreveu:Não ajuda. Mas não há saída para isso pois, liberdade econômica já existe para vários setores da indústria.
Não existe liberdade econômica nem pra faxineiro Johnny...
Eu mesmo crio websites em minha própria empresa minúscula, nem tenho registro oficial, uso o registro de empreendedor individual e tiro 1200 reais por mês, nenhuma fortuna. Emprego outras duas pessoas ganhando a mesma coisa.
Estou sendo despejado da minha casa. Fui notificado pelo governo de que trabalho em uma zona exclusivamente residencial. Minha atividade econômica é uma infração em desacordo com as leis de zoneamento urbano da prefeitura.
Johnny escreveu:Não, não são. Em meados de 90, em Ubatuba, devido à falta de água por rompimento numa adutora e por falta de investimentos da prefeitura, houve um pandemônio pela procura de água potável. As empresas engarrafadoras estavam vendendo o garrafão de 20 litros por até 40 reais e caminhões pipa particulares cobravam quanto queriam. Precisou da intervenção do governo para baixar a bola dos especuladores, empresários por incrível que pareça.
Você acaba de citar um caso que é culpa da prefeitura...
O que determina os preços no mercado é a lei da oferta e da demanda, não é a vontade individual de vendedores de agua ou qualquer outra coisa. O aumento no preço da agua nesses casos é inclusive benéfico, pois faz as pessoas adaptarem o seu comportamento e tratar a agua como o bem escasso que ela se tornou.
Se o pessoal continuasse vendendo agua a 1 real a população poderia desperdiçar um recurso escasso e depois ficar sem agua.
A única intervenção viável do governo nesse caso seria no sentido de ofertar mais agua, se é assim tão fácil o seu fornecimento ele não deve ter problemas, do contrario, então o preço de 40 reais é o preço natural do mercado e por isso mesmo o preço justo.
Johnny escreveu:Sr. Babaquara escreveu: O único item que poderia ser dito necessário e sujeito a problemas são os remédios e ainda nesse caso fica a questão: Em que diabos o governo ajudaria?
Os genéricos devem ser um exemplo prático disso.
Os genéricos são só um exemplo de políticos picaretas que criam formas criativas de se promover.
Johnny escreveu:** Como disse e repito, são indivíduos e o ser humano é podre.
Exatamente e isso é um argumento contra o governo, pois ele permite que que homens podres fiquem super-poderosos.
Johnny escreveu:Não conheço ninguém que plante algo pensando na generosidade de encher a barrigas das outras. Planta-se por que dá lucro. Quando o preço não compensa, planta-se algodão, cana e etc.
Se o preço não compensa é porque não existe demanda.
Você não entendeu o ponto, a riqueza criada é o lucro johnny.
Não existe lucro na venda, compra e venda representam somente troca.
Dizer que a ford tem fins lucrativos equivale a dizer que a finalidade dela é criar carros.
Johnny escreveu:Sr. Babaquara escreveu: Antes de olhar os "fins" seria melhor olhar os "meios".
Uma empresa capitalista só pode trocar a riqueza que cria através da troca livre e voluntária, isso nos da mais controle sobre ela, do que jamais teremos sobre governos que podem impor a troca a força.
Todas empresas são capitalistas, vivemos num sistema capitalista e não existe outra forma de viver que seja coerente com nosso meio de enxergar a vida. Fora disso, só sendo índio (exceção do Acauan, claro)
Os "meios" mudam Johnny.
Empresas capitalistas só podem usar meios como a livre troca, empreendimentos anti-capitalistas como o estado e os cartéis sindicais, tem permissão para usar de meios escusos como a troca forçada.
Essa é a diferença, antes de olhas os "fins", deve olhas os "meios".
Johnny escreveu:Você não tem idéia do que é ser pobre. Talvez por isso pense assim. Para que sua idéia funcionasse hipoteticamente, primeiro teríamos que desaparecer com os pobres e com as possibilidades de seu retorno.
De modo algum, sei muito bem o que é ser pobre.
Só que os pobres não são bebês incapazes que precisam dos cuidados do grande papai estado.
O pobre hoje já paga por educação e saúde, paga mais caro do que teria que pagar se fossem fornecidas em um livre mercado.
Pagam caro e acabam recebem um produto de má qualidade ou no caso de muita gente, não recebendo nada.
O governo não cria dinheiro, a escola publica e a saúde publica custam caro e a conta tem que ser paga por alguem, quem no fim paga mais caro por isso é justamente o pobre.
Johnny escreveu:
Hoje sim. Mas hoje um sindicato é uma empresa.
Um empreendimento anti-capitalista com autorização oficial para fazer de pratica como a troca forçada.
Empresas capitalistas não trabalham nem podem trabalhar por esses meios.
Essa é a diferença, estaríamos em melhor situação sem a intervenção do governo. Teriamos que lidar apenas com empresas capitalistas trabalhando num sistema de livre troca.
Johnny escreveu:Sr. Babaquara escreveu:Mais uma vez, a liberdade não é "per si" a causa de problemas e por isso o cerceamento da liberdade ao invés de corrigir o problema, termina por agrava-lo.
Posso colocar da mesma forma que o estado não é a causa de problemas, o problema é a existência de políticos corruptos.
Não pode não.
A afirmação de que a liberdade per si não causa problemas é verdadeira.
O mesmo não pode ser dito do cerceamento da liberdade.
Independente de corrupção, o governo cerceia a liberdade e isso é causa direta de muitos problemas.
Johnny escreveu:Sr. Babaquara escreveu: Johnny escreveu:Nunca teremos controle sobre quem tem poder, isto é um fato. Seria assim se a maioria não necessitasse de ser controlada ou guiada por lideres.
Existe a diferença entre os niveis de concentração de poder, quanto mais forte o estado, maior o poder concentrado.
Esse poder termina justamente nas mãos daquele que você menciona como sendo "necessitados de ser controlados ou guiados por lideres".
Olhe o mais vagabundo dos homens, aquele que te faz ter certeza de que algumas pessoas precisam ser governadas.
Olhou?
Assim que criar o governo, esse mesmo homem será o presidente nesse sistema e irá governar você.
Vagabundo pode denotar várias situações. Já me chamaram de vagabundo há uns anos atrás porquê eu não conseguia emprego. Não me impressiono que isto seja tão corriqueiro de se usar.
Você não entendeu a colocação.
Você mencionou que algumas pessoas "precisam" ser governadas, eu ilustrei o fato de que quando um governo é criado, são justamente essas pessoas que aparentemente "precisam" ser governadas por pessoas mais "capazes" que elas, quem terminam governando toda a sociedade.
Você olha um vagabundo e diz: Essa gente precisa ser governada.
Quando cria o governo, são justamente os vagabundos que passam a governar.
Johnny escreveu:Afinal, quantas empresas possuem algum controle estatal?
Todas.
Só não possuem muito controle as empresas clandestinas e os empreendimentos criminosos. E ainda essas não conseguem fugir de "todo" o controle, já que ele também é feito por meios indiretos.
Johnny escreveu:Sr. Babaquara escreveu:
Não temos livre mercado hoje Jonny... o que temos é um mercado escravo.
Não se trata de "querência", mas de escolha entre males e dificuldades.
Um livre mercado vai estar cheio de dificuldades e problemas, mas um mercado escravizado por governos só vai duplicar os mesmos problemas e ainda criar problemas novos.
A questão se resume em ficar com o número menor de problemas e ter o poder menos concentrado.
Exemplos reais?
As coisas são melhores hoje ou quando vivíamos num sistema feudal?
São melhores nos países capitalistas ou nos países socialistas?
São melhores em países mais abertos ou em países mais intervencionistas?
É mais fácil abrir uma empresa, enriquecer e criar empregos aqui no Brasil intervencionista ou nos EUA mais liberal?
Olhe a historia da humanidade e verá, quanto maior a intervenção estatal, menor a liberdade e a prosperidade.