Os inimigos do progresso

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Liquid Snake
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Os inimigos do progresso

Mensagem por Liquid Snake »

por João Luiz Mauad em 01 de julho de 2005

Resumo: Não se engane: os "politicamente corretos" ecologistas não estão preocupados com o aquecimento global.

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A expectativa de vida do ser humano hoje é 2,5 vezes superior ao que era antes do advento da Revolução Industrial. Não seria exagero dizer que, atualmente, há uma certa abundância de alimentos, remédios e inúmeras outras facilidades derivadas, principalmente, do desenvolvimento tecnológico acelerado havido nos últimos dois séculos. Há 250 anos, nem mesmo o mais visionário dos ficcionistas poderia conceber que tantos homens estariam convivendo no mundo, em relativa harmonia e muito mais conforto do que era possível imaginar naquele tempo.

Apesar dessas evidências, há pessoas que insistem em maldizer o progresso humano. Estou falando, claro, dos ambientalistas. Essa gente que vê na agricultura intensiva e mecanizada - atividade sem a qual, muito provavelmente, seria praticamente impossível alimentar um contingente tão numeroso - apenas uma ameaça ao meio ambiente. Na sua visão doentia e deturpada da realidade, os automóveis estão destruindo a atmosfera e as indústrias irão transformar o planeta num enorme e estéril deserto. Psicopatas crônicos enxergam cada nova descoberta tecnológica como uma ameaça macabra.

Não se conhece, por exemplo, qualquer forma de energia economicamente viável que os ecologistas aprovem. Eles se opõem ao petróleo, ao gás, ao carvão, às hidroelétricas e à energia nuclear. Concordam apenas com as matrizes eólica e solar, que juntas seriam capazes de produzir uma quantidade ínfima do que se consome atualmente no mundo.

Não tenho dúvidas de que o principal objetivo dos ambientalistas é muito menos limpar o ar ou as águas do que demolir a civilização industrial. Eles não visam à melhoria das condições de saúde da humanidade, mas à implantação de um modelo onde a natureza deve ser adorada como uma entidade sagrada, intocável, a exemplo de alguns totens idolatrados por povos primitivos.

A "Mãe Natureza", segundo os fundamentalistas do meio ambiente, tem um valor "intrínseco" e deve ser venerada acima de qualquer coisa, inclusive do bem estar humano. Como conseqüência desse dogmatismo, o homem deve abster-se de utilizar a natureza visando ao benefício ou ao conforto próprio. Tratando-se de uma entidade supostamente divina, qualquer ação humana que provoque mudanças no ambiente original seria, necessariamente imoral.

Assim como os seus aliados no amplo espectro esquerdista, os ambientalistas dispõem de um eficiente aparato de marketing.

Ultimamente, a falácia da moda é a do aquecimento global, provocado pela queima de combustíveis fosseis que, por sua vez, estariam incrementando a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. A catástrofe se consumaria pela elevação desmesurada dos níveis dos oceanos, inundando cidade inteiras. Quem nunca ouviu falar desse tema é, provavelmente, um alienado. Praticamente todos os dias somos bombardeados por matérias, reportagens e artigos a esse respeito na mídia, cuja leitura denota claramente um severo tom de crítica e lamento em relação à recusa do grande satã norte americano em subscrever aquela verdadeira panacéia redentora da humanidade: o Protocolo de Kioto.

O que muito pouca gente sabe, no entanto, é que existem inúmeros estudos, sérios e profundos, refutando a teoria do aquecimento global, assim como o seu corolário mais famoso, segundo o qual a atividade industrial estaria alterando significativamente o clima da terra. Apoiados em pesquisas e investigações científicas exaustivas, cerca de dezessete mil cientistas norte americanos, entre geofísicos, climatologistas, meteorologistas e oceanógrafos, assinaram um documento, apelidado de "Carta do Oregon", declarando expressamente o seguinte:

"Não existe qualquer evidência científica convincente de que as emissões de dióxido de carbono, metano os demais "gases de estufa", estejam causando ou, num futuro próximo, devam ocasionar o aquecimento catastrófico da atmosfera terrestre ou a desordem climática no planeta. Ao contrário, há provas científicas substanciais de que o incremento de dióxido de carbono na atmosfera produz alguns efeitos benéficos, tanto para a vida animal quanto vegetal.

Na verdade, os níveis de CO2 cresceram substancialmente desde a Revolução Industrial e espera-se que continuem crescendo. É bastante razoável acreditar que o ser humano foi responsável por muito desse incremento. Ocorre que o efeito disto no meio ambiente é provavelmente benigno. Os chamados "gases de estufa" são os principais responsáveis pela vida vegetal e, conseqüentemente, pela vida animal, que depende dela para prosperar. O que o ser humano tem feito é retirar o carbono existente no interior e na superfície do planeta e colocá-lo na atmosfera, onde ele estará disponível para utilização pelos organismos vivos."


Como de hábito, a "Carta do Oregon" não foi sequer noticiada aqui pela mídia tupiniquim, total e inexoravelmente cooptada pela retórica ambientalista e anti-americana.

Não se engane, paciente leitor: os "politicamente corretos" ecologistas não estão preocupados com o aquecimento global. Seu objetivo não é outro senão bloquear a atividade capitalista em geral e industrial em particular. 30 anos atrás eles advertiam para um suposto esfriamento do planeta, por conta, é claro, da "industrialização desenfreada". Independentemente de que catástrofe eles estejam falando, o culpado será sempre o mesmo.


PS: Por se tratar de assunto bastante abrangente, bem como técnico, sugiro aos interessados em aprofundar-se no tema aqui proposto, além de uma visita ao "site" acima mencionado, a leitura do 3º capítulo do memorável livro "Capitalism", de George Reisman, infelizmente disponível somente em inglês ou espanhol.

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3834
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"O Brasil me parece ser o único País do mundo onde ser de esquerda ainda dá uma conotação de prestígio." (Roberto Campos, 1993)

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