Comunicado
RESPOSTA DO GOVERNO VENEZUELANO ÀS DECLARAÇÕES DO CIDADÃO MARCEL GRANIER
Embajada de la República Bolivariana de Venezuela en Brasil
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REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA
MINISTÉRIO DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
COMUNICADO
Numa entrevista publicada nesta quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006, no jornal brasileiro O Estado de São Paulo, o empresário venezuelano Marcel Granier, da Rádio Caracas Televisão (RCTV), acusa ao Governo Bolivariano de agressões e ameaças a jornalistas e mídias de comunicação e de outras supostas limitações à liberdade de expressão. O empresário Granier afirma, por exemplo, que um jornalista que denuncie atos de corrupção pode ser inculpado por difamação. Ele também manifesta queixas porque hoje “existem alguns telejornais de emissoras privadas que elogiam mais a Chávez do que as próprias emissoras públicas”.
Ainda que o senhor Granier no tenha credibilidade alguma na Venezuela, devido ao seu apoio aos dois Golpes de Estado e à sua participação na burlesca ditadura de Carmona Estanga, suas declarações poderiam surpreender a boa-fé dos jornalistas e leitores do jornal O Estado de São Paulo e outro compatriotas latino-americanos. Por tanto, o Ministério da Comunicação e Informação está no dever de precisar:
1. De 2002 até finais de 2004, as mídias de comunicação da oligarquia (incluindo a RCTV) estimularam, justificaram ou dissimularam a conspiração golpista, incitaram ao odeio e à violência, insultaram e difamaram diariamente ao Presidente Chávez e ao povo bolivariano. Como resultado, repórteres e fotógrafos, de todas as tendências, sofrearam agressões em manifestações populares. A derrota no referendo presidencial de 15 de agosto de 2004 desmobilizou à oposição e, significativamente, acabou com as agressões. Durante os últimos 18 meses, a única agressão física em contra de um jornalista na Venezuela, em 19 de julho de 2005, foi realizada por um empregado de confiança do senhor Marcel Granier, quem ameaçou e golpeou a um colega das mídias comunitárias, destruindo sua câmera de vídeo.
2. A única acusada e condenada por difamação depois de denunciar um ato de corrupção, foi uma jornalista opositora que acusou de ladrão ao filho de um Ministro venezuelano, e negou-se a se retratar quando foi demonstrado que essa pessoa era uma criança falecida há vários anos.
3. A mudança de atitude de muitos empresários com relação ao Presidente Chávez e à Revolução da Venezuela, não é resultado de atos de força ou pressões do Governo Bolivariano, mas sim da debilidade, desfalecimento e lânguida agonia de uma oposição baseada, igual que as declarações de Granier, em falsidades e num abismal desconhecimento da realidade que os rodeia.
A Venezuela nunca antes tinha gozado de absoluto respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão. Atrás ficou a falsa democracia que encarcerava jornalistas, enclausurava jornais, torturava e assassinava opositores, com o silêncio cúmplice de muitos donos de mídias de comunicação, entre eles o senhor Marcel Granier