Makaveli escreveu:Ok, não posso dar uma de ignorante com você. O fato de termos apenas 2 opções, neste caso parece coerção, ainda mais pela grave consequencia de não amarmos a Deus (inferno). Mas a comparação não procede no sentido de que, ao servir a Deus, temos um mar de vantagens, e não estaremos sofrendo nenhum tipo de abuso ou humilhação ou oneração ao servirmos a Deus... creio que esta abordagem que muitos pregadores usam (ou ama ou morre) é incorreta. Quando falo de Deus, procuro ressaltar o amor que Ele tem pela pessoa, e que Ele se importa pela pessoa, cabendo a ela aceitar este amor ou recusar. Mas é difícil realmente, Ricardo, concordo com você. PARECE coerção mesmo.
E é coerção. Não pedimos para nascer e logo que chegamos à idade do entendimento nos dizem que temos que amar a Deus senão ele nos manda para o inferno.
Ora, não sabemos se Deus existe, se ele nos ama de verdade, se vai cumprir o que prometeu, nunca vimos como é o céu etc. etc.
Temos que moldar toda a nossa vida com base em historinhas sem pé nem cabeça que ouvimos dos outros. Ainda por cima, as historinhas são contraditórias entre si, conforme a religião ou seita.
Mesmo que Deus se apresentasse a nós e nos mostrasse o céu e o inferno, ainda não seria uma escolha de verdade, pois não haveria outras opções. E nem esta informação nós não temos. Só lendas. E ainda dizem que é melhor acreditar sem ver.
E que história é essa de "aceitar o amor de Deus"? Por que temos que aceitar alguma coisa? Não temos uma escolha que não envolva um castigo eterno?
"Deus diz: "Faça o que você quiser mas, se escolher errado, você será torturado no inferno por toda a
eternidade". Isto não é liberdade de escolha. Equivale a um homem que diz a sua namorada: "Faça o que
você quiser mas, se escolher me deixar, eu vou atrás de você e estouro seus miolos". Quando um homem
diz isto, nós o chamamos de psicopata e exigimos sua prisão. Quando Deus diz isto, nós dizemos que ele
nos ama e construímos igrejas em seu louvor" (William C. Easttom II)