Evolução biológica e pessoal

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

Mr.Hammond escreveu:Acreditem, gente...espíritos existem! :emoticon19: :emoticon19: :emoticon19: Acreditem nisso, abracem a fé espírita sem questionar... :emoticon19: :emoticon19: :emoticon12: :emoticon12:


Eu dou a chance de questionamento, quando coloco evidências a favor e contra...já você não dá essa chance para o público, não é mesmo? :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

Flavio Costa escreveu:
Vitor Moura escreveu:Não é que se invente, simplesmente temos evidencias de que a vida continua prosseguindo após a morte.

:emoticon12: Isso que é um cara confiante.


Não, só alguém que se deu ao trabalho de ir fundo na pesquisa :emoticon19:

Um abraço,
Vitor

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Aurelio Moraes
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Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Fique com a fé na religião espírita, Vitor Moura. Se ela faz bem para você...

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

Mr.Hammond escreveu:Fique com a fé na religião espírita, Vitor Moura. Se ela faz bem para você...


Mais ataques, sem argumentos...já esperava.

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salgueiro
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por salgueiro »

Vitor Moura escreveu:
Mr.Hammond escreveu:Fique com a fé na religião espírita, Vitor Moura. Se ela faz bem para você...


Mais ataques, sem argumentos...já esperava.



Esse é o "argumento" do desmerecimento :emoticon13: , tão decantado em prosa e verso.

Bjs


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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Fly cup, Fly...
Editado pela última vez por Aurelio Moraes em 23 Fev 2006, 12:07, em um total de 1 vez.

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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Mensagem repetida.
Editado pela última vez por Aurelio Moraes em 23 Fev 2006, 12:07, em um total de 1 vez.

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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Vitor Moura escreveu:
Mr.Hammond escreveu:Fique com a fé na religião espírita, Vitor Moura. Se ela faz bem para você...


Mais ataques, sem argumentos...já esperava.


Ataque? Falar para você continuar em sua religião é um ataque e uma ofensa? Você se sente ofendido quando alguém sugere que você fique na sua religião, se ela lhe faz bem?
Eu hein....
Do que adianta refutar qualquer coisa que você apresenta, se seu site afirma que "existem espíritos" e pronto, acabou?
O Zangari está debatendo calmamente o tema com você a 5 anos e você continua propalando que "existem espíritos"..então não adianta debater.
Por isso eu sugeri para você continuar na sua fé espírita.
Não foi um ataque. Do contrário, você anda mal para tentar ler a mente dos outros e tentar adivinhar suas intenções.

Continue achando que relatos de crianças que dizem terem sido do sexo oposto em outras vidas são verdadeiros, mesmo que isso não seja verificável e falseável. Sua fé é legítima e equiparável à fé das pessoas que dizem que milagres são " científicos", ou que crêem que espíritos fazem xícaras voarem.

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

Mr.Hammond escreveu:
Vitor Moura escreveu:
Mr.Hammond escreveu:Fique com a fé na religião espírita, Vitor Moura. Se ela faz bem para você...


Mais ataques, sem argumentos...já esperava.


Ataque? Falar para você continuar em sua religião é um ataque e uma ofensa? Você se sente ofendido quando alguém sugere que você fique na sua religião, se ela lhe faz bem?
Eu hein....


Me reduzir meramente a um 'crente' é uma ofensa. Sou bem mais que isso, e vc sabe.

Mr.Hammond escreveu:Do que adianta refutar qualquer coisa que você apresenta, se seu site afirma que "existem espíritos" e pronto, acabou?


Adianta, se me convencerem do oposto eu mudo o título.

Mr.Hammond escreveu:O Zangari está debatendo calmamente o tema com você a 5 anos e você continua propalando que "existem espíritos"..então não adianta debater.


O site só existe há menos de dois anos...e Hammond, e daí que eu debata com o Zangari há 5 anos? Esse debate já dura 150 anos, pelo menos.

Mr.Hammond escreveu:Por isso eu sugeri para você continuar na sua fé espírita. Não foi um ataque. Do contrário, você anda mal para tentar ler a mente dos outros e tentar adivinhar suas intenções.


Meu trabalho não é fruto de fé, mas de pesquisa. Vc continua me ofendendo assim.

Mr.Hammond escreveu:Continue achando que relatos de crianças que dizem terem sido do sexo oposto em outras vidas são verdadeiros, mesmo que isso não seja verificável e falseável. Sua fé é legítima e equiparável à fé das pessoas que dizem que milagres são " científicos", ou que crêem que espíritos fazem xícaras voarem.


Só na sua cabeça que isso não é falseável. Se as informações não baterem, vc falseia. Simples, não? Até para vc... :emoticon12:

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Irã
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Irã »

Gilghamesh escreveu:E...

Quase duzentos anos de espiritismo, milhares de textos psicografados e até agora, nenhuma contribuição efetiva que alavancou o desenvolvimento e a evolução da humanidade!

"Kédi" os espíritos evoluidos que vivem em planetas muito mais evoluidos que a terra, "kédi" seu conhecimento que teriam por obrigação nos passar, pois segundo a doutrina espírita é essa a função deles: nos ajudar a evoluir!?

"kÉDI" OS ESPÍRITOS DE CIENTISTAS MORTOS, MUITOS DOS QUAIS ERAM ESPÍRITAS, E NÃO APARECEM PARA FAZER CARIDADE AJUDANDO O DESENVOLVIMENTO DA HUMANIDADE?

"KÉDI" AS PROVAS DE MATERIALIZAÇÃO ECTOPLASMÁTICA DE ESPÍRITOS QUE NÃO SEJAM FRAUDE?

"KÉDI" OS ESSINAMENTOS MORAIS EVOLUIDOS, PASSADOS PELOS ESPÍRITOS, QUE JÁ NÃO TIVESSEM SIDO PROFERIDOS POR PESSOAS VIVINHAS DA SILVA?


Enquanto isso, na Sala da Justiça: - Homem aranha: VOA XÍCARA, VOA!


Ô seu Gilga, de novo ? Você repetiu isso em outros títulos. Eu já tinha respondido, na boa. Tá certo que só vi isso agora, mas acho que vale a resposta.

O que li está no LM - Livro dos Médiuns. E a resposta é bem dirigida a esse tipo de dúvida. Mas já que o negócio aqui é repetir sempre as mesmas dúvidas, então a solução é também repetir sempre as mesmas respostas ! :emoticon13:



Tirado de :


CIENTISTA AMERICANO ADMITE MEDIUNIDADE - ARIZONA UNIVERSITY
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=28 ... &start=140



Acho que o Livro dos Médiuns tem a resposta para o Gilghamesh. O livro tá em pdf e aí foi fácil. Copiar e colar.




294. Perguntas sobre as invenções e descobertas


28ª Podem os Espíritos guiar os homens nas pesquisas científicas e nas descobertas?

"A ciência é obra do gênio; só pelo trabalho deve ser adquirida, pois só pelo trabalho é que o homem se adianta no seu caminho. Que mérito teria ele, se não lhe fosse preciso mais do que interrogar os Espíritos para saber tudo? A esse preço, qualquer imbecil poderia tornarse sábio. O mesmo se dá com as invenções e descobertas que interessam à indústria. Há ainda uma outra consideração e é que cada coisa tem que vir a seu tempo e quando as idéias estão maduras para a receber. Se o homem dispusesse desse poder, subverteria a ordem das coisas, fazendo que os frutos brotassem antes da estação própria.

"Disse Deus ao homem: tirarás da terra o teu alimento, com o suor do teu rosto.

Admirável figura, que pinta a condição em que ele se encontra nesse mundo. Tem que progredir em tudo, pelo esforço no trabalho. Se lhe dessem as coisas inteiramente prontas, de que lhe serviria a inteligência? Seria como o estudante cujos deveres um outro faça."



29ª. O sábio e o inventor nunca são assistidos, em suas pesquisas, pelos Espíritos?

"Oh! isto é muito diferente. Quando há chegado o tempo de uma descoberta, os Espíritos encarregados de lhe dirigirem a marcha procuram o homem capaz de a levar a efeito e lhe inspiram as idéias necessárias, mas de maneira a lhe deixarem todo o mérito da obra, porquanto essas idéias preciso é que ele as elabore e ponha em execução. O mesmo se dá com todos os grandes trabalhos da inteligência humana. Os Espíritos deixam cada homem na sua esfera. Daquele que só é apto a cavar a terra, não farão depositário dos segredos de Deus; mas, sabem tirar da obscuridade aquele que seja capaz de lhes secundar os desígnios. Não deixeis, pois, que a curiosidade ou a ambição vos arrastem por um caminho que não corresponde aos fins do Espiritismo e que vos conduziria às mais ridículas mistificações."


NOTA. O conhecimento mais aprofundado do Espiritismo acalmou a febre das descobertas que, no princípio, toda gente imaginava poder fazer por meio dele. Houve até quem chegasse a pedir aos Espíritos receitas para tingir e fazer nascer os cabelos, curar os calos dos pés, etc. Conhecemos muitas pessoas que, convencidas de que assim fariam fortuna, nada conseguiram senão processos mais ou menos ridículos. O mesmo acontece quando se pretende, com a ajuda dos Espíritos, penetrar os mistérios de origem das coisas, Alguns deles têm, sobre essas matérias, seus sistemas, que não valem mais do que os dos homens e aos quais é prudente não dar acolhida, senão com a maior reserva.

O que está no L.M diz algo que tem lá a sua lógica. Acho que não daria certo se a humanidade tivesse tudo de bandeja. Imagina só : Todo mundo ficaria na rede, tomando água de coco, esperando uma “ajudinha” dos “Ispiritu” superiores : Ô seu Einsten, manda aí uma fórmula para a gente fazer usinas atomicas mais seguras. Ô seu Sabin : Manda aí uma vacina para acabar com a AIDS. Ô Santos Dumon : Diz aí o projeto para o Brasil acertar de vez o lançamento de foguetes mais modernos e seguros, afinal você é ( ou foi ) brasileiro ... Olha a chantagem !

Se o homem pudesse receber os avanços tecnologicos, sem precisar fazer nada, só sentar na mesa e receber os “ispiritu”, não haveria investimentos na Ciência, ninguém mais pesquisaria nada. Seria um oscio só.


O ENCOSTO escreveu:
Irã escreveu:
"A ciência é obra do gênio; só pelo trabalho deve ser adquirida, pois só pelo trabalho é que o homem se adianta no seu caminho. Que mérito teria ele, se não lhe fosse preciso mais do que interrogar os Espíritos para saber tudo? A esse preço, qualquer imbecil poderia tornarse sábio. O mesmo se dá com as invenções e descobertas que interessam à indústria."



Ao que tudo indica, os espiritos devem ser PROIBIDOS de divulgarem suas pesquisas cientificas na terra. Tem aquela estória do Kardec ter recebido de um espirito a dica do Pneu. Conhece? Mas, deixando isso de lado, já que muitos kardecistas pensam que essa estoria do pneu é furada, gostaria de saber a sua opinião.

Os espiritos não podem ajudar as pessoas na terra com o conhecimento mas podem ajudar a encontrar objetos perdidos. Podem escrever poemas e livros, pintar quadros, etc. Parace que só não podem nos passar conhecimento.

Por quê isso?

Na minha opinião, o médium conseguiu enrolar Kardec pois ele poderia solicitar a divulgação de alguma descoberta cientifica ao espirito e ai teria pego o Medium com as cuecas na mão. (Veja bem: estou considerando que Kardec era apenas mais um iludido. OK?)


Huuuummm, depende. Pelo o que li, os Espiritos não são proibidos de divulgar pesquisas na terra. Acho que, o que não pode é passar a receita pronta ( pra não dar boa vida a vagabundos ), através da psicografia.

Mas, segundo o L.M, os “Ispiritu” influenciam indiretamente ( pela inspiração = estimulo a atividade criadora ) alguns pesquisadores que já tenham bagagem científica, e aí a coisa flui mais rápido. Deve ser isso.

Não conheço a história do Pneu. Pelo que sei, Dunlop criou o pneu com camera, uns 30 anos após Kardec lançar seu primeiro Livro. Não sei se tem alguma coisa a ver.


------------------------


Tirado de :


ZANGARI E PESQUISADORES FALAM SOBRE PRINCÍPIOS ESPÍRITAS
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=19 ... &start=100


Cara, na boa, diz aí : Parece que os “ispiritu” já sabiam que você, quase 200 anos depois, iria colocar essa sua dúvida num forum e então resolveram se antecipar na resposta. E vou destacar uma coisa que parece que cabe a ti :


“...Só pelo trabalho deve ser adquirida, pois só pelo trabalho é que o homem se adianta no seu caminho. Que mérito teria ele, se não lhe fosse preciso mais do que interrogar os Espíritos para saber tudo? A esse preço, qualquer imbecil poderia tornar-se sábio...


Pssssssss.... brincadeirinha ! Não vá me xingar, hein ? :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



.

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o anátema
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por o anátema »

Tchobi escreveu:Humanos reencarnam em humanos. Animais em animais.


Qual é o mecanismo de "isolamento reencarnativo" das almas, e porque ele acompanha a especiação fisológica?

Ou tem a ver com isolamento de qualquer tipo, adaptativo ou geográfico, por exemplo?

Ou, por animais, não quis dizer "segundo sua espécie", mas sim os outros animais, generalizadamente? Que gatos reencarnam em borboletas, e borboletas em javalis, e assim por diante?
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
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o anátema
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Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por o anátema »

In Part I we present three reports of skin anomalies and tabular summaries of an additional five cases. We have obtained evidence of a close correspondence between the skin anomalies and the wounds on the concerned deceased person, although the evidence is not conclusive. In Part II we report four cases of birth defects attributed to previous lives. We present and discuss some evidence, again not conclusive, that tends to support this attribution.

Isso não implicaria em reencarnação mesmo se fosse verdade. Poderia por exemplo, ser um "reencarnacionismo fraco", em que não é a alma em si, como consciência, mas atributos diversos da pessoas, vivas ou mortas, se transmitem de maneira mais ou menos integral, por um meio físico similar ao que a alma faria isso e essas interferências todas, mas descartando a continuidade da consciência.

O que não é colocado em consideraçao porque não faz parte do pacote de idéias tradicional de espiritismo. Seleciona-se as observações de acordo com a interpretação que se quer ter, e não interpreta-se de qualquer maneira, indo onde quer que as evidências levem
Sem tempo nem paciência para isso.

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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por o anátema »

Vitor Moura escreveu:
Gon escreveu:Esse titus deve fazer fortunas com o que escreve...


A idéia não é tão absurda assim como vcs pensam. Lembro de ter visto comentários do Jô Soares sobre uma pesquisa com macacos em que uma mãe gorila havia perdido seu filho recém-nascido, e ela perguntou aos pesquisadores:

Mãe Gorila: "Onde está meu filho?"

Pesquisadores: "Seu filho está morto"

Mãe Gorila:" Não. Ele não morreu. Ele está viajando"

Isso mostraria que a idéia de transcendência já existe mesmo nesses animais. Pra reencarnação é um pulo!

Um abraço,
Vitor


Já vi o JS falar desse caso, mas alguém sabe se é verdade?

De qualquer modo, acho estranho usar isso como uma espécie de evidência de qualquer tipo, sendo que coloca mais como um instinto ou anseio primitivo.
Sem tempo nem paciência para isso.

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

o anátema escreveu:
In Part I we present three reports of skin anomalies and tabular summaries of an additional five cases. We have obtained evidence of a close correspondence between the skin anomalies and the wounds on the concerned deceased person, although the evidence is not conclusive. In Part II we report four cases of birth defects attributed to previous lives. We present and discuss some evidence, again not conclusive, that tends to support this attribution.

Isso não implicaria em reencarnação mesmo se fosse verdade. Poderia por exemplo, ser um "reencarnacionismo fraco", em que não é a alma em si, como consciência, mas atributos diversos da pessoas, vivas ou mortas, se transmitem de maneira mais ou menos integral, por um meio físico similar ao que a alma faria isso e essas interferências todas, mas descartando a continuidade da consciência.

O que não é colocado em consideraçao porque não faz parte do pacote de idéias tradicional de espiritismo. Seleciona-se as observações de acordo com a interpretação que se quer ter, e não interpreta-se de qualquer maneira, indo onde quer que as evidências levem


Oi, anátema

lembre-se que tais casos de marcas, de forma geral, também vem acompanhado de lembranças, o que implicaria que uma parte da consciência também estaria sendo passada.

Quanto ao "pacote espírita", é bom que não faça parte dele, porque isso mostra que o fenômeno não depende de crenças religiosas para ocorrer, é uma das razões que nos permite diferenciar psi de espíritos.

Um abraço,
Vitor

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

o anátema escreveu:
Vitor Moura escreveu:
Gon escreveu:Esse titus deve fazer fortunas com o que escreve...


A idéia não é tão absurda assim como vcs pensam. Lembro de ter visto comentários do Jô Soares sobre uma pesquisa com macacos em que uma mãe gorila havia perdido seu filho recém-nascido, e ela perguntou aos pesquisadores:

Mãe Gorila: "Onde está meu filho?"

Pesquisadores: "Seu filho está morto"

Mãe Gorila:" Não. Ele não morreu. Ele está viajando"

Isso mostraria que a idéia de transcendência já existe mesmo nesses animais. Pra reencarnação é um pulo!

Um abraço,
Vitor


Já vi o JS falar desse caso, mas alguém sabe se é verdade?

De qualquer modo, acho estranho usar isso como uma espécie de evidência de qualquer tipo, sendo que coloca mais como um instinto ou anseio primitivo.


Bem, mostraria que os animais também teriam uma alma. Aliás, na Paranoral Review, foi publicado um caso (bem fraco, a meu ver) de reencarnação de um...gato! :emoticon19:

[center]Um Caso Sugestivo de Reencarnação de Gatos?
David Ellis[/center]


O INTERESSE DO AUTOR em reencarnação data de seus anos de escola, mas o desenvolveu de uma maneira inteiramente diferente das investigações do Prof Ian Stevenson, do Dr Erlendur Haraldsson e seus sucessores, embora atente para algumas de suas idéias.

Se reencarnação é verdadeira, e se o ‘ser’ reencarnante tem alguma escolha como em que lar nasce, o que pode acontecer ou ter ocorrido? O relato que segue é extraído de Ellis (1993)

Em 1976 eu andava de bicicleta para casa atrasado numa noite pela área da fábrica de Harlow, quando um carro que me tinha ultrapassado correu sobre o que pareceu ser um fardo de trapo ou papel. Quando eu o alcancei, descobri para meu desânimo que era um gato preto. Levei-o para fora da estrada e embalei-o em meus braços e ele olhou para cima para meu rosto, então vi que ainda estava vivo. Coloquei-o na margem da grama, pus meu cagoule sobre ele para ajuda-lo a se manter aquecido e fui à fábrica mais próxima, onde chamamos a Sociedade Protetora dos Animais. Quando o homem veio, o gato estava claramente morto, mas ele me agradeceu muito por chamar-lhe.

Em 1980 minha mãe adquiriu duas gatinhas do mesmo lixo; muito sem originalidade, nós chamamo-las Fofa e Esfumaçada. Fofa era minha favorita, Esfumaçada de minha mãe. Fofa vinha em meu colo e colocava suas patas no meu peito e ia até meu rosto com o seu nariz, como alguns gatos fazem (ela também gostava de pular nas minhas costas e escalar os meus ombros quando estava no jardim). Mas quando vinha no meu colo ao invés de descansar ela não permanecia muito tempo, logo pulava sobre uma cadeira adjacente, onde ela se enrolava e ia dormir. Repentinamente percebi um dia que esta cadeira foi estofada com material verde áspero, e eu ponderei, há algum paralelo com a grama verde em que eu tinha colocado o gato moribundo em Harlow? Era, as pessoas pensaram, um gato de fábrica, logo não teria um apego emotivo forte a uma família humana. Fofa também gostava de rolar suas costas na estrada. Felizmente vivemos num beco sem saída quieto, e a estrada que se junta ao beco, onde ela também gostava de rolar, costumava ser de tranqüilidade também. Mas um dia em 1988, o trânsito estava sendo desviado para baixo da última alameda, e meu irmão encontrou-a à noite jazendo morta ao lado da estrada, presumivelmente tendo sido golpeada por um carro de passagem. Estou eu sendo fantasioso em descrever este como um caso sugestivo de reencarnação em gatos? Com ênfase no 'sugestivo' naturalmente.


O Professor Ian Stevenson (1994) gentilmente comentou o caso como se segue:

Eu fiquei muito interessado no relato de suas experiências com gatos, ou talvez com um gato renascido! Fui informado de algumas outras experiências semelhantes, e eu tento manter uma mente aberta com relação à reencarnação de animais não humanos. Se seres humanos renascem por que outros seres vivos também não?

Referências

Ellis, D. J. (1993) Letter to Ian Stevenson (12th December). Copy lodged with the Editor of PR.

Stevenson, I. (1994) Letter to David Ellis (18th February). Copy lodged with the Editor of PR.

[center]Artigo publicado na Paranormal Review de 2003[/center]

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o anátema
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por o anátema »

Vitor Moura escreveu:
o anátema escreveu:
In Part I we present three reports of skin anomalies and tabular summaries of an additional five cases. We have obtained evidence of a close correspondence between the skin anomalies and the wounds on the concerned deceased person, although the evidence is not conclusive. In Part II we report four cases of birth defects attributed to previous lives. We present and discuss some evidence, again not conclusive, that tends to support this attribution.

Isso não implicaria em reencarnação mesmo se fosse verdade. Poderia por exemplo, ser um "reencarnacionismo fraco", em que não é a alma em si, como consciência, mas atributos diversos da pessoas, vivas ou mortas, se transmitem de maneira mais ou menos integral, por um meio físico similar ao que a alma faria isso e essas interferências todas, mas descartando a continuidade da consciência.

O que não é colocado em consideraçao porque não faz parte do pacote de idéias tradicional de espiritismo. Seleciona-se as observações de acordo com a interpretação que se quer ter, e não interpreta-se de qualquer maneira, indo onde quer que as evidências levem


Oi, anátema

lembre-se que tais casos de marcas, de forma geral, também vem acompanhado de lembranças, o que implicaria que uma parte da consciência também estaria sendo passada.

Não, lembranças só implica em lembranças/memórias sendo pessadas. Nada a ver com consciência.

Em analogia com um computador: a consciência seria o processador operando; a memória seria o HD, ou dados deles, em disquete ou email, que podem ir de PC para PC, por backups mais ou menos integrais, sem que tenha que os programas "ficarem rodando" numa "dimensão de processamento fantasma".

Em vez de ir apenas a memória, como na minha idéia anterior de "reencarnacionismo fraco", de alguma forma desconhecida (assim como é no reencarnacionismo forte espírita tradicional), outros atributos também se propagariam de alguma forma. Mas a consciência, que tanto quanto se sabe, só existe com o cérebro funcionando, morreria com a morte cerebral.


Quanto ao "pacote espírita", é bom que não faça parte dele, porque isso mostra que o fenômeno não depende de crenças religiosas para ocorrer, é uma das razões que nos permite diferenciar psi de espíritos.

Um abraço,
Vitor

Digo que as minhas idéias de "reencarnacionismo fraco" é que não estão no "pacote espírita". E não parecem ser hipóteses fabulosas, fantásticas, inimagináveis e revolucionárias. Qualquer um que estivesse realmente interessado em interpretar menos tendenciosamente os dados de alegados fenômenos espíritas poderia ter tido, mas tipicamente, tradicionalmente, o espiritismo já tem como dogma que é a consciência que não morre, que reencarna.

Essas idéias de reencarnação-não-espírita, mas de memória e outros atributos (como dos sinais de nascença), "falham", apesar de explicarem tão bem ou melhor que os espiritismos tradicionais os dados alegados, simplesmente por não ter o apelo emocional da sobrevivência da consciência.

As nossas memórias sendo preservadas em diversos graus, de uma forma ainda pouco compreendida, meio "fantasmagórica", não é muito mais consolador que a idéia de "continuarmos aqui" apenas nas lembranças dos outros, pelo que falamos, pelo que fizemos, pelo que representamos. Ainda seria "ir para o nada", no final, "apagar". Mesmo que mais parcimoniosa, a hipótese não pegaria, porque a idéia de alma toda se sustenta na esperança da consciência não morrer, de não "apagarmos", de passarmos por túneis de luz e eventualmente voltarmos em uma nova vida, ou (originalmente, acho) continuarmos "vivos" depois de mortos num paraíso no "além".
Sem tempo nem paciência para isso.

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Vitor Moura
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Re: Re.: Evolução biológica e pessoal

Mensagem por Vitor Moura »

o anátema escreveu:
Vitor Moura escreveu:
o anátema escreveu:
In Part I we present three reports of skin anomalies and tabular summaries of an additional five cases. We have obtained evidence of a close correspondence between the skin anomalies and the wounds on the concerned deceased person, although the evidence is not conclusive. In Part II we report four cases of birth defects attributed to previous lives. We present and discuss some evidence, again not conclusive, that tends to support this attribution.

Isso não implicaria em reencarnação mesmo se fosse verdade. Poderia por exemplo, ser um "reencarnacionismo fraco", em que não é a alma em si, como consciência, mas atributos diversos da pessoas, vivas ou mortas, se transmitem de maneira mais ou menos integral, por um meio físico similar ao que a alma faria isso e essas interferências todas, mas descartando a continuidade da consciência.

O que não é colocado em consideraçao porque não faz parte do pacote de idéias tradicional de espiritismo. Seleciona-se as observações de acordo com a interpretação que se quer ter, e não interpreta-se de qualquer maneira, indo onde quer que as evidências levem


Oi, anátema

lembre-se que tais casos de marcas, de forma geral, também vem acompanhado de lembranças, o que implicaria que uma parte da consciência também estaria sendo passada.

Não, lembranças só implica em lembranças/memórias sendo pessadas. Nada a ver com consciência.

Em analogia com um computador: a consciência seria o processador operando; a memória seria o HD, ou dados deles, em disquete ou email, que podem ir de PC para PC, por backups mais ou menos integrais, sem que tenha que os programas "ficarem rodando" numa "dimensão de processamento fantasma".

Em vez de ir apenas a memória, como na minha idéia anterior de "reencarnacionismo fraco", de alguma forma desconhecida (assim como é no reencarnacionismo forte espírita tradicional), outros atributos também se propagariam de alguma forma. Mas a consciência, que tanto quanto se sabe, só existe com o cérebro funcionando, morreria com a morte cerebral.


Oi, anátema

um bom artigo que discute esta questão é este:

[center]The Journal of Religion and Psychical Research, Vol. 28, Number 4, 226-233, October 2005. [/center]

(Republicado online em http://members.lycos.nl/Kritisch/person ... ation.html com permissão do Editor, Dr. Don Morse; arquivado em http://www.newdualism.org)

[center]Renascimento e identidade pessoal: reencarnação é um conceito intrinsecamente impessoal?[/center]

[center]Por Titus Rivas[/center]

“Você deve saber que em minha vida anterior eu já era a mesmíssima pessoa que eu sou agora!”
‘Kees’, um rapaz holandês com memórias de reencarnação.

Resumo

Alguns ocidentais podem associar o conceito de reencarnação com a perda da identidade pessoal. Isto é uma super-simplificação baseada numa influência forte da doutrina anatta budista na espiritualidade ocidental contemporânea. Na realidade, a noção de reencarnação pode ser reconciliada com uma filosofia personalista. Resultados empíricos não podem anular a análise ontológica da qual eles dependem para interpretação teórica. Personalistas do espírito podem beneficiar-se muito da pesquisa de reencarnação. Ao invés de abandonar seu personalismo, eles podem estendê-lo à noção de uma evolução verdadeiramente pessoal sobre várias vidas na terra.

Introdução

Alguns espiritualistas, Swedenborgians, cristãos, muçulmanos e outros parecem considerar as pesquisa de reencarnação como uma ameaça a uma perspectiva positiva e realista sobre a sobrevivência pessoal depois da morte. Parece que em seu ponto de vista, a teoria da reencarnação só pode ser compatível com uma posição impessoal de identidade pessoal. Assim, a reencarnação implicaria que a morte é seguida por uma desintegração radical da personalidade, ou perda de si. Somente certas memórias, características da personalidade e habilidades seriam ‘recicladas' durante a formação de uma pessoa fundamentalmente nova. Em um certo sentido, a teoria de reencarnação seria notavelmente semelhante à teoria materialista de extinção depois da morte em que a pessoa como tal seria de fato e irrevogavelmente destruída. O consolo oferecido pela reencarnação para a perda eterna de uma pessoa seria muito desolador de fato, adicionando uma nova dimensão bizarra à vida ao invés de abandonar o absurdo aparente da morte. No entanto, este conceito particular certamente não é a única perspectiva racionalmente concebível sobre reencarnação.

Renascimento impessoal

A maioria das visões budistas sobre identidade pessoal podem ser resumidas pelo termo de Pali anatta, que literalmente significa “nenhuma alma” (an-atman em sânscrito). Há uma corrente budista menor que aceitou algum tipo de sobrevivência pessoal depois da morte (conhecida como Vatsiputriya ou Pudgalavada), mas a maioria dos budistas hoje em dia consideram esta escola um pouco mais do que uma seita antiquada[outdated early sect]. O ensino budista de anatta tem em uma extensão considerável influenciado a teoria espiritual ocidental contemporânea. Esta doutrina ensina não só que não pode existir uma identidade pessoal real durante o tempo de vida físico como não há nenhum eu constante, substancial. Neste anti-substancialismo ontológico, o budismo está bem próximo do assim chamado processo-metafísico em moda no Ocidente, de acadêmicos tais como Alfred North Whitehead. A posição budista (da corrente principal) sobre a identidade pessoal implica que a reencarnação não pode ser um processo pessoal, como não há nunca um real eu substancial em primeiro lugar. Para um budista, o renascimento é tão não-pessoal quanto qualquer vida humana em si.

A reencarnação de uma pessoa espiritual

Popular como o processo-metafísico pode ser, o substancialismo não é rejeitado por todos os filósofos contemporâneos sérios. Em geral, o substancialismo é a teoria que há uma ou mais coisas em realidade, conhecidas como substâncias, que não podem ser reduzidas a eventos ou processos. As substâncias neste sentido ontológico (ao invés do químico) permanecem constantes em sua identidade final, irredutível e não analisável consigo mesma (sua essência), embora possam mudar em suas propriedades temporais ou ações (sua existência). Para os substancialistas, as substâncias são os reinos ontológicos dentro dos quais eventos ou processos ocorrem, ao passo que os defensores de processos metafísicos simplesmente negam que necessitamos qualquer terreno substancial para acontecimentos e processos. Exemplos tradicionais de coisas ou entidades que se acredita serem substâncias são: um Deus ou deuses, seres humanos ou animais em geral, experiências subjetivas ou eus, átomos físicos, matéria, ou o universo. Tanto no Oriente quanto no Ocidente, bilhões de pessoas educadas, incluindo o autor deste artigo, continuam a endossar alguma forma de substancialismo, já que acreditam que as razões permanecem mais válidas que os argumentos oferecidos para processos metafísicos.

Falando de forma geral, há três posições ontológicas importantes que envolvem uma noção de um eu substancial. Uma destas é o tipo holístico de personalismo, que assegura que uma pessoa é um todo indivisível consistindo de um corpo e mente ou personalidade. Com exceção da possibilidade de uma ressurreição literal da “pessoa integral” (que é parte do credo das testemunhas de Jeová; Ver: Morse, 2000, p. 267) e a emancipação talvez divina da alma emergente do seu corpo (William Hasker, comunicação pessoal), este personalismo holístico ou emergentista tipicamente parece incompatível com a sobrevivência pessoal depois da morte corpórea, deixa solitária a reencarnação pessoal. O personalismo holístico ou emergente está relacionado à visão Aristotélica, ver Morse (2000, p. 203) : “Para Aristóteles, como a alma é uma parte materialista complexa do corpo, quando a pessoa morre, a alma morre também.”

Um segundo tipo de substancialismo também aceita que há um eu substancial, mas alega que este eu não é pessoal, mas transpessoal. Esta teoria freqüentemente é expressada pela equação Atman (alma) = Brahman (Deus), e leva à suposição que nosso Eu real - que iria além de nossas personalidades individuais - seria idêntico e consistiria em uma única essência espiritual divina ou alma (monismo intelectual). A teoria é típica para certas correntes dentro do Hinduismo tais como a Advaita. É compatível com uma noção ‘pessoal' de reencarnação, em que tanto o Atman transpessoal quanto a personalidade individual dependente disto (jivatman) podem ser supostos sobreviver à morte e renascerem. Certos autores ocidentais tais como Aldous Huxley foram claramente influenciados por este tipo de substancialismo transpessoalista. Mais recentemente ecos desta teoria podem ser achados na literatura de canalização, p.ex.. nos livros sobre a entidade chamada “Seth”, canalizado por Jane Roberts.

Um terceiro tipo de substancialismo leva à teoria que há uma pluralidade de enfim irredutíveis almas individuais ao invés de somente uma única divina. Há um indivíduo pessoal consciente, uma personalidade ou “eu” que vê, pensa, sente, deseja, etc. O corpo físico não é parte da pessoa real neste sentido espiritual e a identidade pessoal da própria personalidade não pode ser afetada pela morte corpórea. Também, como o eu é substancial, mesmo inerente a mudanças radicais (de sua existência) nunca será capaz de desintegra-se (no sentido essencial) adentrando em mais de uma experiência pessoal.

Dentro da filosofia indiana, esta posição, que pode ser denominada personalismo espiritual, é apoiada pela interpretação Dvaita do Vedanta e outras correntes pluralísticas tais como o Jainismo ou o realismo lógico da Filosofia Nyaya. Dentro do pensamento europeu ou mais geralmente ocidental isto é defendido no Monadology de Leibniz e no Athanasia por Bernhard Bolzano, e também pela maior parte dos cristãos, e pensadores modernos tais como Augustine, Descartes, Oesterreich (1910), John Nutre (1991), os movimentos místicos Judeus da Kabbalah e Hassidism (Morse, 2000), e de fato eu mesmo (Rivas, 2003a, 2005). Don Morse (2000) chega mesmo a voltar a Sócrates e Platão; “Sócrates declarou que a alma era substância e não pode desaparecer mas meramente mudar de forma. Declarou que todas as substâncias são indestrutíveis, mas suas formas podem mudar.” (p. 200) e “Platão disse que a alma nem é criada nem é destruída. Cada alma esteve aqui eternamente e existirá pela eternidade.” (p. 202).

Aplicado ao contexto de vidas prévias, o personalismo espiritual somente pode fazer sentido no renascimento se for concebido como um fenômeno verdadeiramente pessoal. Há mesmo todo um movimento espiritualista (ou talvez mais exatamente espiritista), o Kardecismo, que aceita a reencarnação pessoal e é baseado nos escritos de Hippolyte Léon Dénizarth Rivail, melhor conhecido pelo seu pseudônimo Allan Kardec(1804-1869). Don Morse (2000, p. 292) escreve sobre o Kardecismo: “Isto difere que com cada encarnação, o espírito retém sua individualidade e os espíritos sempre evoluem.”

É importante anotar que um eu pessoal conceitualmente deve ser distinguido de sua personalidade. Uma personalidade pode ser vista como um padrão adquirido de estruturas psicológicas, atitudes e habilidades de um eu pessoal. Uma personalidade é dinâmica e muda com o tempo, e em certos casos patológicos um eu pessoal pode possuir várias personalidades simultaneamente embora só posa estar ciente em uma personalidade no tempo. Assim, mudanças de personalidade e dissociação regular são plenamente compatíveis com a noção de um eu pessoal.

No contexto de reencarnação nós esperaremos certas mudanças de personalidade pelos processos de morte, renascimento e infância, mas isto não quer dizer que essas mudanças implicam em um novo ou diferente eu pessoal. Permaneceríamos nós mesmos tanto quanto permanecemos nós mesmos no curso de um único tempo de vida terreno. Durante uma vida nós começamos como crianças e depois de umas duas décadas nos tornamos adultos, estágio em que permanecemos até que depois com a reencarnação nos tornamos criança outra vez, embora esperançosamente num ‘nível mais alto' de desenvolvimento psicológico

O leitor não será surpreendido ao saber que esse personalismo espiritual é também a posição do autor.

Recentemente, uma quarta abordagem da identidade pessoal é proposta por Peter Novak (2003) e parcialmente adotada por Donald Morse (2000) durante o desenvolvimento da própria teoria pessoal de sobrevivência depois da morte (capítulo 15). No entanto, Morse reconhece que “há certos aspectos da teoria que são difícil de reconciliar com as crenças existentes” (p. 331).

Novak defende o que poder ser denominado um tipo de dualismo mental, em que ele volta a teorias antigas tais como as que podem ser achadas na literatura Gnóstica. Uma mente pessoal seria composta de duas partes distintas que podem ser identificadas como um espírito ciente individual e uma alma inconsciente. Num sentido, nós podemos também chamar isto uma espécie de “holismo espiritual” em que uma pessoa seria não física mas consistiria em dois claramente distinguíveis componentes espirituais. A diferença com o holismo mente-corpo reside na noção que depois da morte as duas partes da mente pessoal podem ambas sobreviver separadamente e finalmente reunirem-se. Uma parte ciente da pessoa ou espírito iria reencarnar sem recordações de sua vida prévia, ao passo que a porção inconsciente ou alma conteria memórias de uma encarnação passada.

Ainda outra, uma quinta abordagem recentemente foi apresentada por Geoffrey Read e é aliás um exponente de processos metafísicos em que não aceita a validez do conceito de substâncias ontológicas. No entanto, Read está convencido que a sobrevivência humana e a reencarnação são pessoais, devido à ‘individualização' da psique; “quanto mais a espécie do organismo se desenvolve, e por quanto mais tempo sobrevive, diminuindo a probabilidade de que a psique associada terá que ser substituída por outra. Em resumo, esta psique está agora no comando de um novo organismo. Dizemos que reencarnou.” (Hewitt, 2003, p.353).

Recapitulando, à parte do personalismo holístico e outras posições não-reencarnacionistas, somente a doutrina anatta budista e suas parelhas Ocidentais são por definição incompatíveis com qualquer tipo de renascimento pessoal e portanto estão simplesmente errados aqueles que supõem que a idéia de reencarnação automaticamente teria que implicar na destruição de uma alma pessoal ou na perda final da identidade pessoal. Se aceitarmos que somos entidades espirituais, que não somos idênticos com os nossos corpos e irredutíveis a enfim eventos ou processos impessoais, a reencarnação pessoal volta a ser uma noção coerente. O autor é um defensor da terceira posição (personalismo espiritual tradicional), mas aceita que o personalismo concernente à reencarnação também pode se manifestar por outros meios.

Suporte empírico?

A evidência empírica principal para a reencarnação consiste em casos de crianças jovens que reivindicam lembrar de suas vidas anteriores (Stevenson, 1987). Algumas vezes é assumido que tais casos mostram que a teoria anatta de renascimento deve ser verdadeira. As crianças nunca reteriam de forma completa sua personalidade prévia, o que demonstraria que somente fragmentos de uma personalidade estão renascidos e integrados numa totalmente nova ‘pessoa' psicofísica como definido pelo budismo. Por outro lado, os personalistas podem assinalar que as próprias crianças claramente alegam ser as mesmas pessoas cujas vidas parecem lembrar-se. Seria inverossímil acreditar que elas estão corretas sobre a exatidão de suas memórias e ao mesmo tempo radicalmente tirarem uma conclusão errônea de sua origem. Semelhantemente, memórias de um período de intervalo entre duas encarnações sugerem que há uma continuidade de consciência individual variando de uma vida física a outra (Rawat & Rivas, 2005).

Entretanto, resultados empíricos deveriam principalmente ser interpretados dentro de um contexto ontológico antes que em outro. Assim, todos os dados empíricos colecionados por pesquisadores de reencarnação podem em princípio ser cobertos por conceitualizações tanto impersonalistas como personalistas de renascimento. A questão de qual teoria deve ser considerada como a interpretação correta deve ser tratada como parte de um problema mais geral de identidade pessoal dentro da filosofia da mente, ao invés de sofrer ataques ad-hoc no contexto especial da pesquisa de reencarnação.

Por exemplo, uma vez que nós aceitemos os argumentos analíticos filosóficos em favor da anatta, nenhuma quantidade de dados empíricos será capaz de falsificá-los conclusivamente. Semelhantemente, para um personalista, é possível interpretar o nível reduzido aparente de funcionamento mental em crianças em termos de uma regressão funcional (temporária) da alma pessoal relacionada a um cérebro imaturo, ao invés de em termos de uma básica desintegração psicológica, com perda substancial da identidade pessoal. A pretendida evidência empírica contra a indivisibilidade do sujeito ciente, tal como dados de múltiplos casos de personalidade ou experiências de cisão cerebral, quedas curtas de demonstrar que quando o funcionamento psicológico da pessoa torna-se de algum modo parcialmente dissociado, o sujeito ciente será dividido também. A consciência (no sentido de consciência subjetiva) é um fenômeno pessoal privado, cuja presença não pode ser estabelecida diretamente por outros. Portanto, qualquer comportamento mostrado por uma pessoa poderia em princípio ser causado ambos por processos psicológicos cientes e não-cientes. O que é mais importante, a divisão literal, ontológica (ao invés de funcional) de uma consciência não-holística, irredutível de um indivíduo não é uma noção coerente, porque um dos aspectos principais do conceito de tal eu substancial é precisamente que é elementar e indivisível. Em outras palavras, o ‘eu' é um fenômeno impessoal ou emergente e portanto pode ser dividido ou destruído, ou de fato é uma substância (não-emergente) e portanto qualquer evidência para sua suposta divisibilidade (ou destruição) ontológica deve ser a priori interpretada de forma diferente. Dados empíricos não podem ser conclusivos aqui, porque o debate real sobre a identidade pessoal e a substancialidade do eu não é algo empírico, mas uma questão filosófica (ontológica) que só pode ser decidida por argumentação analítica.

Semelhantemente, budistas comumente aceitam evidência para consciência depois da morte e antes do renascimento. Mesmo os budistas tibetanos desenvolveram uma teoria de vários assim chamados Bardos (estados intermediários), o que mostra que eles não rejeitam tanto os dados que sugerem sobrevivência pessoal como reinterpretação deles à luz da doutrina anatta.

Em outras palavras, é possível concordar com a força evidencial e o escopo de certos dados empíricos no campo de pesquisa de reencarnação, e ao mesmo tempo fundamentalmente discordar sobre a estrutura ontológica necessário interpretar estes resultados.

Às vezes é suposto que o consenso geral é o critério principal para se julgar a maturidade de um campo específico. Este critério certamente é equivocado neste caso particular, já que tanto tradições teóricas impersonalistas como personalistas dentro da pesquisa de reencarnação podem ser desenvolvidas ainda mais num espírito sofisticado de tolerância mútua e cooperação empírica amigável.

Por exemplo, dados sobre a evolução de características de personalidade, habilidades, capacidades, atitudes, etc., no curso de mais de um tempo de vida físico, podem ser reunidos e podem ser compartilhados apesar de diferenças teóricas fundamentais. Os mesmos dados que mostrariam uma evolução de karma impessoal de acordo com a maioria dos budistas também podem ser usados dentro de uma teoria espiritual personalista de uma evolução verdadeiramente pessoal.

Conclusão

Personalistas do espírito podem beneficiar-se muito da pesquisa de reencarnação. Ao invés de abandonar nosso personalismo, nós podemos estendê-lo à noção de uma evolução pessoal sobre várias vidas na terra. Perder o corpo físico atual e adotar um novo pode ser acompanhado por mudanças no funcionamento psicológico, mas isto não deve ser confundido com uma desintegração final ou perda da identidade pessoal.

Referências

- Bolzano, B. (1970). Athanasia oder Gruende fuer die Unsterblichkeit der Seele (reprint of book published in 1838). Frankfurt am Main: Minerva.
- Foster, J. (1991). The Immaterial Self: A Defence of the Cartesian Dualist Conception of the Mind. London: Routledge.
- Hewitt, P. (2003). The Coherent Universe. An Introduction to Geoffrey Read’s New Fundamental Theory of Matter, Life and Mind. Richmond: Linden House.
- Huxley, A. (1970). The Perennial Philosophy. New York: Harper Colophon.
- Morse, D. (2000). Searching for Eternity: A Scientist’s Spiritual Journey to Overcome Death Anxiety. Memphis: Eagle Wing Books.
- Novak, P. (2003). The Lost Secret of Death: Our Divided Souls and the Afterlife. Hampton Roads.
- Oesterreich, T.K. (1910). Die Phaenomenologie in ihren Grundproblemen. Leipzig.
- Rawat, K.S., & Rivas, T. (2005). The Life Beyond: Through the eyes of Children who Claim to Remember Previous Lives. The Journal of Religion and Psychical Research, Vol. 28, Number 3, 126-136.
- Rivas, T. (2003a). Geesten met of zonder lichaam: Pleidooi voor een personalistaisch dualisme. Delft: Koopman & Kraaijenbrink.
- Rivas, T. (2003b). Three Cases of the Reincarnation Type in the Netherlands. Journal of Scientific Exploration, 17, 3, 527-532.
- Rivas, T. (2005). Reïncarnatie, persoonlijke evolutie en bijzondere kinderen. Prana, 148, 47-53.
- Roberts, J. (1994). Seth Speaks: The Eternal Validity of the Soul. Amber-Allen Publishing.
- Stevenson, I. (1987). Children Who Remember Previous Lives: A Question of Reincarnation. Charlottesville: University Press of Virginia.
- Whitehead, A. N. (1982). An Enquiry Concerning the Principles of Natural Knowledge. New York: Kraus Reprints.

Agradecimentos

Eu gostaria de agradecer a Chris Canter e a Rudolf H. Smit pelos seus comentários construtivos.

Correspondência:

Titus Rivas
Athanasia Foundation
Darrenhof 9
6533 RT Nijmegen
The Netherlands
titusrivas@hotmail.com

o anátema escreveu:
Quanto ao "pacote espírita", é bom que não faça parte dele, porque isso mostra que o fenômeno não depende de crenças religiosas para ocorrer, é uma das razões que nos permite diferenciar psi de espíritos.

Um abraço,
Vitor


Digo que as minhas idéias de "reencarnacionismo fraco" é que não estão no "pacote espírita". E não parecem ser hipóteses fabulosas, fantásticas, inimagináveis e revolucionárias. Qualquer um que estivesse realmente interessado em interpretar menos tendenciosamente os dados de alegados fenômenos espíritas poderia ter tido, mas tipicamente, tradicionalmente, o espiritismo já tem como dogma que é a consciência que não morre, que reencarna.

Essas idéias de reencarnação-não-espírita, mas de memória e outros atributos (como dos sinais de nascença), "falham", apesar de explicarem tão bem ou melhor que os espiritismos tradicionais os dados alegados, simplesmente por não ter o apelo emocional da sobrevivência da consciência.

As nossas memórias sendo preservadas em diversos graus, de uma forma ainda pouco compreendida, meio "fantasmagórica", não é muito mais consolador que a idéia de "continuarmos aqui" apenas nas lembranças dos outros, pelo que falamos, pelo que fizemos, pelo que representamos. Ainda seria "ir para o nada", no final, "apagar". Mesmo que mais parcimoniosa, a hipótese não pegaria, porque a idéia de alma toda se sustenta na esperança da consciência não morrer, de não "apagarmos", de passarmos por túneis de luz e eventualmente voltarmos em uma nova vida, ou (originalmente, acho) continuarmos "vivos" depois de mortos num paraíso no "além".


Creio que o artigo anterior já discute isso.

Trancado