Nova Era

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D. Juan de Áustria
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Nova Era

Mensagem por D. Juan de Áustria »

Impregnado de mística esotérica de origem oriental, o movimento denominado Nova Era, como uma verdadeira serpente naja, seduz muitas almas que dele se aproximam, hipnotizadas por seu encanto mágico e pela promessa de “ser como deus”.

Frederico Romanini de Abranches Viotti

O leitor provavelmente já observou, tanto em livrarias quanto em lojas de discos, seções com o título New Age (ou Nova Era). E que esse material é oferecido ao público, em diversas cidades do Brasil, mesmo em livrarias que se apresentam como católicas.

Estamos sendo, na realidade, agredidos por uma invasão silenciosa de um dos maiores inimigos da Civilização Cristã.

Nestes dois mil anos de cristianismo, nunca a sociedade esteve tão influenciada por idéias ocultistas, esotéricas, mágicas ou pseudo-místicas, como nos dias de hoje.

Corrompido pela decadência moral e pelo enfraquecimento dos princípios religiosos, o Ocidente é invadido por uma grande variedade de práticas contrárias à Santa Igreja.

Com efeito, assistimos hoje ao surgimento de diversas correntes religiosas — também denominadas filosóficas — que se infiltram entre os católicos e operam uma verdadeira revolução silenciosa.

O diretor da “Folha de S. Paulo”, Otávio Frias Filho, assim descreveu essa situação:

“1. Todos os deuses, todas as crenças, todos os sistemas religiosos serão aceitos ao mesmo tempo. Como os antigos romanos, toleraremos todos exatamente por não acreditar a fundo em nenhum deles. 2. Nossa fé se reduziu à crença numa energia cósmica qualquer, uma "força". [...] 4. Gnomos, espíritos, magos, anjos, duendes, demônios – um cortejo de quimeras extintas pela luz elétrica – ressuscitam, assim, no ecletismo da nova religião, a mais relativista que já houve, apta a admitir quaisquer fantasias e ignorar contradições entre elas”.1

A nova mentalidade começa a invadir, infelizmente, até ambientes católicos!

Trata-se, como veremos, de um movimento organizado (e não espontâneo, como julgam alguns), direcionado contra a Religião de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que, por vezes, até se apresenta como cristão.

Seu nome? Não poderia ser mais genérico: Movimento Nova Era (ou, em inglês, New Age).
Monstro demoníaco, "divindade" da nova pseudo-religião

Nova Era: o disfarce sedutor do demônio

O Movimento Nova Era (MNE) é a reunião de várias correntes esotéricas diferentes que, agora falando a mesma língua, almejam, segundo seus adeptos, o fim da chamada Era de Peixes e a instauração da Era de Aquários.

Durante as perseguições romanas, os primeiros católicos usavam alguns símbolos como identificação de sua Fé. Um deles, presente nas catacumbas e em vários objetos da época, era o peixe, que em grego, escreve-se ixtus, cujas letras são as iniciais de Iéssus Xcristós Teou Yiós Sotér (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador).

Essa Era de Peixes, que desejam extinguir, significa o Reino de Cristo na História, o cristianismo!

Para alcançar seus objetivos, tais organizações não raramente se revestem de uma aparência cristã e difundem mensagens pacifistas, ecológicas e filantrópicas. Todavia, por trás dessa capa, seguem elas uma doutrina esotérica e iniciática.

Já Nosso Senhor advertia: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7, 15).
Mosaico antigo com peixes, símbolo do cristianismo

O cristianismo: Religião revelada por Deus

"Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, porque em verdade vos digo, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado” (Mt 5, 17).

Com o cristianismo completou-se a Revelação oficial, iniciada desde o Paraíso.

Nesse sentido, ao contrário do que dizem os adeptos da Nova Era, o cristianismo não é uma era histórica, mas o cumprimento da obra redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, guardada desde o Paraíso até a consumação dos séculos. Ele instituiu sua santa e única Igreja, ensinando e consolidando sua doutrina e convidando seus filhos à bem-aventurança eterna.
Mosaico representando São Paulo

Esoterismo e iniciação contra o cristianismo

São Paulo já previa numa de suas epístolas: “O Espírito diz expressamente que nos últimos tempos alguns homens renegarão sua fé, dando atenção a espíritos sedutores e doutrinas demoníacas” (1 Tim. 4,1).

A doutrina da Nova Era é esotérica, isto é, tem sua parte principal escondida, oculta, acessível apenas a pessoas iniciadas, que são lentamente levadas a negar o cristianismo.

Para essa transformação interna de cada homem, tais organizações utilizam rituais e práticas específicas, através das quais difundem sua doutrina, de fundo panteísta. Como veremos, essa doutrina não passa de uma reedição das antigas heresias panteístas, agora com roupagem nova.
Capa do livro A Conspiração Aquariana

“A Conspiração Aquariana” — manual da Nova Era

A Nova Era não se apresenta como um movimento unificado, sob a direção de um líder único, mas é uma constelação de pequenos movimentos.

Podemos caracterizar o Movimento Nova Era como uma grande mobilização de pequenos grupos, dispersos em diversos locais mas unidos no mesmo pensamento e objetivo, que formam uma enorme rede de ação e abrange centenas de entidades, instituições e grupos, sem que todos necessitem estar em contato ou mesmo se conhecer. Ao menos é assim que ele é apresentado.
Marilyn Ferguson, autora de A Conspiração Aquariana

Essa mega-rede é descrita pela escritora Marilyn Ferguson, em seu livro A Conspiração Aquariana, considerado por muitos como a “bíblia” da Nova Era 2:

“Enquanto a maioria de nossas instituições vem falhando, surge uma versão contemporânea da velha relação tribal ou familiar: a rede, um instrumento para o próximo passo na evolução humana. [...] A rede é moldável, flexível. Para todos os efeitos, cada membro é o centro da rede. As redes são cooperativas, não competitivas. São como as raízes da grama: autogeradoras, autoorganizadoras, por vezes até autodestruidoras. Representam um processo, uma jornada, não uma estrutura organizada. [...]

“Cada segmento [de uma rede] é auto-suficiente. Não se pode destruir a rede pela destruição de um dos líderes ou de algum órgão vital. O centro — o coração — da rede se encontra em todos os lugares. A Conspiração Aquariana é, na verdade, uma rede de muitas redes destinadas à transformação social. [...] Seu centro está em toda a parte. [...] A Conspiração não pode ser detida, porque é uma manifestação da mudança nas pessoas”.3

Fazem parte desse movimento entidades como: Renascer, Grande Fraternidade Universal, Nova Acrópole, Universidade Holística, Sociedade Internacional de Meditação, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, Eubiose, Sociedade Teosófica, A Grande Pirâmide do Lago, Rosa Cruz Áurea, Perfeita Liberdade, Cidade da Paz, Movimento para Consciência de Krishna, Cadeia Mental Universal, Ordem dos 49, Clube Naturalista de Preservação da Vida, Himalaya Consultoria Vivencial, Abrasca (Associação Brasileira de Comunidades Alternativas), Legião da Boa-Vontade, Centro de Pesquisas de Discos Voadores, Fraternidade da Cruz e do Lótus etc.4

A transformação nas almas, método de conquista

Na introdução de sua obra, diz Marilyn Ferguson: “O ativismo social dos anos 60 e a ‘revolução da consciência’ do início dos 70 pareciam mover-se na direção de uma síntese histórica: a transformação social como resultante da transformação pessoal — a mudança de dentro para fora”.5

Essa nova tática de conquista da Revolução foi inúmeras vezes denunciada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. É a chamada Revolução Cultural, uma mudança gradual da vida cotidiana, dos costumes, das mentalidades, dos modos de ser, de sentir e de viver.6

O misticismo tribal e a extinção da razão

Em 1976, ainda no auge do comunismo, caracterizado como a III Revolução (a primeira é a pseudo-Reforma Protestante e a segunda a Revolução Francesa de 1789), Plinio Corrêa de Oliveira já demonstrava a metamorfose operada dentro do processo revolucionário rumo a uma IV Revolução – o tribalismo autogestionário e místico, hoje largamente incubado na Nova Era – denunciando suas características.7 Escreveu ele: “Bem entendido, o caminho rumo a este estado de coisas tribal [da IV Revolução] tem que passar pela extinção dos velhos padrões de reflexão, volição e sensibilidade individuais, gradualmente substituídos por modos de pensamento, deliberações e sensibilidade cada vez mais coletivos [...].

“De que forma? — Nas tribos, a coesão entre os membros é assegurada sobretudo por um comum pensar e sentir, do qual decorrem hábitos comuns e um comum querer. Nelas, a razão individual fica circunscrita a quase nada. [...] Ao pajé incumbe manter, num plano místico, esta vida psíquica coletiva, por meio de cultos carregados de ‘mensagens’ confusas, mas ‘ricas’, dos fogos fátuos ou até mesmo das fulgurações provenientes dos misteriosos mundos da transpsicologia ou da parapsicologia”.8

Do Amor de si ao esquecimento de Deus:

O homem justo faz do “amor de Deus” o eixo de sua vida, pelo qual ele julga todo o resto, cumprindo o maior dos Mandamentos: “amarás o Senhor teu Deus de todo o coração de toda a alma, de todo o entendimento, e com todas as suas forças”(Mc, 12, 30)

Na mesma linha, o catecismo da Igreja ensina que a finalidade do homem é “conhecer, amar e servir a Deus”.

A santidade consiste em amar a Deus até o esquecimento de si mesmo, a ponto de ser um outro Cristo ou, nas palavras de São Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim”.

Nesse amor sublime, fruto da inocência de alma, reside a verdadeira felicidade e o tesouro mais precioso de nossas almas, onde “o ladrão não chega, nem a traça rói”. (Lc. 12, 33)

Todavia, para os adeptos da Nova Era, não é a Deus que devemos conhecer e amar, mas a nós mesmos... Pois, segundo imaginam, Deus não é superior aos homens e digno de ser amado sobre todas as coisas, mas é igual aos homens!

Como conseqüência, o homem deve conhecer a si mesmo – através do que chamam de iluminação – e perceber que ele é “deus”.

Em outros termos, o igualitarismo, tantas vezes denunciado pelo magistério da Santa Igreja como oposto ao cristianismo (Ver Box 1, no final do artigo)., é agora exaltado até o destronamento de Deus.

A Nova Era é a “religião” dos homens igualitários que se julgam “deuses”.
Cristo, Rei do Universo. Com uma tiara na cabeça e segurando o globo terrestre apoiado em Seu joelho, Cristo recebe a homenaem de soberanos representando as nações do universo

O igualitarismo corrompe a Criação

Deus, em sua infinita sabedoria, criou cada homem com suas características próprias e hierarquicamente dispostas.

Santo Tomás explica que é através dessa diversidade de características que se tem uma imagem mais perfeita de Deus. Os homens em seu conjunto, muito mais do que individualmente, formam um belíssimo mosaico refletindo as perfeições de seu Criador. 9

Por isso, diz a Sagrada Escritura que cada coisa feita por Deus era boa, mas o seu conjunto era “muito bom”. 10

Não podendo nada contra o Criador, o demônio investe contra o reflexo de Deus na criação e seduz os homens, através do orgulho, com a promessa utópica do igualitarismo.

“Sereis iguais a Deus”: a sedução da Nova Era

Com a mesma mentira com que seduziu Adão e Eva no Paraíso Terrestre [ver quadro ao final do artigo], a Serpente agora busca seduzir os homens do século XXI.

“Sereis iguais a Deus” (Gen. 3, 5). É o que promete a Nova Era para os que se deixam enganar pelo veneno igualitário do demônio.

É o orgulho levado às últimas conseqüências, mediante o qual o homem se esquece de Deus para amar a si sobre todas as coisas.

Lúcifer: o primeiro igualitário

“Tu, desde o princípio, quebraste o meu jugo, rompeste os meus laços e disseste: - Não servirei!” (Jer 2, 20).

A esse brado igualitário de Lúcifer, que não desejou servir a seu Senhor, respondeu São Miguel: “Quem como Deus?”.11

Os anjos, assim como os homens, também tiveram sua prova, na qual deveriam escolher entre amar a Deus ou amar a si.

Os irmãos Gustavo e Sérgio Solimeo, em seu livro “Anjos e Demônios, a Luta Contra o Poder das Trevas”, assim se referem à prova dos anjos: “Segundo Santo Tomás de Aquino, essa soberba consistiu em que os anjos maus desejaram diretamente a bem-aventurança final, não por uma concessão de Deus, por obra da graça, e sim por sua virtude própria, como mera decorrência de sua natureza. Desse modo, quiseram manifestar sua independência em relação a Deus; eles recusaram assim a homenagem que deviam a Deus como seu criador e desejaram substituir-se a Ele e ter o domínio sobre todas as coisas: ‘ser como deuses’. (cf. Gen. 3, 5)”.12

Exatamente o que sustenta o Movimento Nova Era, é a salvação (bem-aventurança), não como obra da graça, mas como decorrência da própria natureza divina do homem.
A queda dos anjos rebeldes

Lúcifer: o anjo da “iluminação” esotérica

Antes da revolta dos anjos, segundo narra São João Bosco em sua conhecida História Sagrada, os anjos eram todos bons.

Lúcifer era o anjo mais belo que Deus havia criado.13 Deste fato resulta o seu nome, que significa aquele que ilumina, aquele que porta a luz: lúcifer.

“Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago” (Lc 10, 18). Aquele que iluminava, agora vive nas trevas tentando os homens.

Para a Nova Era, o homem precisa atingir a consciência de que é deus, precisa se iluminar. A iluminação é o processo através do qual o homem perde a sua individualidade, entregando-se, como uma gota d’água no oceano, à grande energia primeira. Através dessa prática, o iniciado se reconhece divino, assim como todos os objetos, formando uma só energia com todos eles.
Gnomo, uma das "divindades" da nova pseudo-religião

Panteísmo: a doutrina oculta do demônio

A filosofia básica da Nova Era é o panteísmo. Segundo essa heresia, existe apenas uma realidade, que é a energia cósmica (que alguns chamam de deus), o resto é o maya (ilusão). Toda a diversidade de seres (sejam minerais, vegetais, animais ou mesmo espirituais) é uma ilusão dos sentidos, que tende a ver diferenças onde só existe igualdade. Tudo é manifestação de uma mesma energia, que é divina e espalhada em todas as coisas.

O demônio é o pai dessa doutrina que busca enganar os homens e fazê-los participantes de sua revolta. Diz São João: “Foi [o Demônio] homicida desde o princípio, e não permaneceu na verdade” (Jo 8, 44).

Nesse sentido, é revelador o poema escrito por Pierre Weil, um dos expoentes da Nova Era e reitor da chamada universidade holística14, em seu livro A Revolução Silenciosa, no qual resume o orgulho panteísta e igualitário desse movimento: Diz ele, sobre si mesmo: “Sou desprovido de nome, porque todo nome me limita. Porém, muitos nomes me deram. Sou Brahman. Sou Brahma, Vishnu e Shiva. [...] Sou Jahvé. Sou Buda. Sou Cristo. Sou o Pai, com ou sem barba. Sou o Filho. Sou o Espírito Santo. Sou Allah, Sou Alfa e ômega, o começo e o fim. [...] Sou energia. Sou a natureza. [...] Sou Deus. Sou o Eterno. Sou Universo. [...] Sou você dentro do teu corpo. Sou também o teu próprio corpo. [...] Sou as partes que estão no todo. Sou o todo que está em todas as partes. [...] Sou o homem. Sou a mulher. [...] Sou sujeito, sou objeto, sou espaço entre os dois. [...] Sou o autor. Sou o ator. Sou o papel. Sou a peça. Sou o espectador. [...] Sou zero. Sou um. [...] Enfim sou a tua alma através da qual desfruto da imensa bem-aventurança de ser consciente da própria bem-aventurança” 15

A reencarnação evolucionista

Imaginando-se deus, o adepto da Nova Era naturalmente é levado a negar a justiça divina (já que essa justiça pressupõe a existência de Deus superior aos homens) e, em seu lugar, aceita a doutrina espírita da reencarnação.

Contra essa doutrina, há o ensinamento formal de São Paulo: “Está decretado que o homem morra uma só vez, e depois disto é o julgamento”(Hb 9, 27).

Autoconhecimento e redenção

A Nova Era afirma que o problema do homem não é o pecado, mas a ignorância. Conhecer-se a si mesmo, eis o lema da Nova Era.

Não é mais a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo que abre as portas da eternidade, mas o próprio homem que se julga salvo pela sua natureza divina.

Desta forma, o supremo ato de amor de Deus é substituído pelo supremo ato de orgulho de quem julga ocupar o lugar de seu Criador.

Para esses adeptos, não há inferno, não há castigo, não há justiça. O erro (pecado) de uma vida não será castigado na eternidade, mas numa encarnação menos evoluída ou mais sofrida, onde aqui se faz, aqui se paga. É a chamada Lei do Carma.

Canalização da Energia Cósmica

Não é pensando que se ilumina, é mediante a meditação por dentro de si, mediante a canalização da energia por dentro do próprio corpo.

Para esse fim nos levariam o tarô, os búzios, quiromancia, astrologia, numerologia, cristais, certos tipos de medicina alternativa e de acupuntura etc. Tudo é usado para dar uma nova visão ao ser humano, uma nova maneira de experimentar a realidade.

Claro que várias dessas práticas abrangem um aspecto natural que pode produzir um resultado efetivo. Todavia, elas têm servido, em várias circunstâncias, para difundir a doutrina esotérica da Nova Era.

Os cristais e as pirâmides são muito usados pelos adeptos da seita, pois seriam uma maneira de canalizar essas energias e curar doenças, atrair prosperidade, levar a um grau de consciência superior.

Trata-se, na realidade, da volta ao paganismo primitivo, com suas milhares de superstições e idolatrias.

Nova Era é incompatível com a Fé Católica

Em seu Evangelho, São Mateus expõe a sábia advertência de Nosso Senhor: “Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Por isso, sede prudentes como as serpentes e sem malícia, como as pombas” (Mt 10, 16).

Dom Donald W. Montrose, enquanto Bispo diocesano de Stockton, na Califórnia, fez uma longa análise da influência satânica da Nova Era nos Estados Unidos. Em seu substancioso documento, afirma:

“Na superfície, o movimento New Age parece um movimento de paz. Entretanto, é ocultista, mesmo quando Satanás não é mencionado. O ‘deus’ da New Age não é o Deus do cristianismo. O ‘deus’ da New Age é uma espécie de energia impessoal que abarca o universo inteiro. Esta é uma forma de panteísmo. Não se deixem enganar pelas suas palavra sobre ecologia, a beleza do mundo natural, a fundamental bondade dos objetivos aparentes deste movimento. Não é um poder espiritual que vem de Deus, mas do reino da luz falsa e das trevas” 16.

E João Paulo II, em pronunciamento aos bispos norte-americanos, previne os fiéis sobre a Nova Era e sua deletéria influência entre católicos:

“As idéias do movimento New Age conseguem às vezes insinuar-se na pregação, na catequese, nas obras e nos retiros, e deste modo influenciam até mesmo católicos praticantes, que talvez não tenham a consciência da incompatibilidade entre aquelas idéias e a fé da Igreja. Na sua visão sincretista e imanente, esses movimentos [...] tendem a relativizar a doutrina religiosa. [...] Além disso, apresentam com freqüência um conceito panteísta de Deus, o que é incompatível com a Sagrada Escritura e com a Tradição cristã” 17.
Imagem da Imaculada de Quito, muito venerada no Equador: com uma corrente, jugula a cabeça do demônio

Devoção a Nossa Senhora: o antídoto profético

A Nova Era é um dos venenos sedutores do demônio, que tenta os homens através do orgulho: “Amarás a ti mesmo sobre todas as coisas”, eis como se poderia exprimir o lema da Nova Era.

Quando uma alma se deixa contaminar pelo amor próprio desordenado, fruto de seu orgulho, não há moral capaz de a controlar, não há mais verdade que ela não coloque em dúvida, não há hierarquia que ela não queira derrubar.

E como tudo isso é o oposto à Santíssima Virgem, que em sua humildade desejava ser a escrava da Mãe de Deus!

Nossa Senhora é o triunfo da humildade sobre o orgulho, do verdadeiro amor de Deus sobre a soberba igualitária.

Nesse sentido, escreve o grande missionário francês do século XVII e Doutor marial, São Luís Maria G. de Montfort: “O que Lúcifer perdeu por orgulho, Maria ganhou por humildade. O que Eva condenou e perdeu pela desobediência, salvou-o Maria pela obediência”18 ·

Em outro trecho, afirma ainda São Luís de modo profético sobre o papel da Mãe de Deus nos últimos tempos: “Por meio de Maria começou a salvação do mundo, e é por Maria que deve ser consumada” 19.

É o que aquele grande apóstolo mariano chama de Reino de Maria, no qual o império de Nosso Senhor estender-se-á sobre o “império dos ímpios, dos idólatras e dos maometanos” 20, estabelecendo sobre a Terra a plenitude do Reino de Cristo na História.
São Bernardo de Claraval, autor do "Lembrai-vos"

Todos que recorrem à Santíssima Virgem são atendidos

Fica o alerta: em nossas dificuldades, não procuremos soluções onde elas não existem; desconfiemos dessas práticas ocultistas, verdadeiras ciladas para a perdição das almas.

Pelo contrário, procuremos a solução verdadeira que Nosso Senhor Jesus Cristo nos concedeu: a intercessão de sua Santíssima Mãe que, misericordiosamente, também a nós foi dada como Mãe. Procuremos aumentar nossa devoção a Ela, e assim seremos aliviados de nossos males, amparados em nossos problemas, atendidos em nossas súplicas.

É o que, de modo categórico, afirma o admirável Doutor da Igreja, São Bernardo de Claraval, em sua célebre e inspirada oração: “Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja”.

Box 1
Desigualdades na sociedade humana: doutrina pontifícia
São Pio X

São Pio X, no Motu proprio Fin dalla prima (18-12-1903), assim resume a doutrina de Leão XIII sobre as desigualdades na sociedade humana:

“I - A sociedade humana, tal qual Deus a estabeleceu, é formada de elementos desiguais, como desiguais são os membros do corpo humano; torná-los todos iguais é impossível; resultaria disto a própria destruição da sociedade humana.

“II - A igualdade dos diversos membros sociais consiste somente no fato de todos os homens terem a sua origem em Deus Criador; foram resgatados por Jesus Cristo e devem, segundo a regra exata dos seus méritos, ser julgados por Deus, e por Ele recompensados ou punidos.

“III – Disto resulta que, segundo a ordem estabelecida por Deus, deve haver na sociedade príncipes e vassalos, patrões e proletários, ricos e pobres, sábios e ignorantes, nobres e plebeus, os quais, todos unidos por um laço comum de amor, se ajudam mutuamente para alcançarem o seu fim último no Céu e o seu bem-estar moral e material na Terra” (Acta Sanctæ Sedis, Ex Typographia Polyglotta, Romæ, 1903-1904, vol. XXXVI p. 341, apud Plinio Corrêa de Oliveira, Nobreza e Elites Tradicionais Análogas nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e Nobreza Romana, Livraria Civilização Editora, Porto, 1993, p. 296).

Pio XI, na Encíclica Divini Redemptoris, afirma:

“Deve-se advertir que erram de modo vergonhoso aqueles que opinam levianamente serem iguais, na sociedade civil, os direitos de todos os cidadãos, e não existir uma hierarquia social legítima” (Acta Apostolicæ Sedis, Vol. XXIX, Nº 4, 31/3/1937, p. 81, apud Plinio Corrêa de Oliveira, obra supracitada, p. 298).
Pio XII

Pio XII, Alocução aos trabalhadores da Fiat (31-10-1948):

“A Igreja não promete a igualdade absoluta que outros proclamam, porque sabe que o convívio humano produz sempre e necessariamente uma escala de graduações e de diferenças nas qualidades físicas e intelectuais, nas disposições e tendências internas, nas ocupações e nas responsabilidades” (Discorsi e Radiomessaggi di Sua Santità Pio XII, Tipografia Poliglotta Vaticana, vol. X, p. 266, apud Plinio Corrêa de Oliveira, obra supracitada, p. 299). Santo Tomás de Aquino trata da questão da desigualdade, especialmente na Suma Teológica, I, Q. 47, a. 2

A serpente no paraíso terrestre: prefigura da Nova Era

No Paraíso, o demônio, que tinha sido expulso do Céu pelo seu ato de orgulho e levado pela inveja, tomou a forma de uma serpente e tentou Eva para que ela comesse do fruto proibido: “De modo algum morrereis, e Deus sabe muito bem disso; ao contrário, se dela comerdes, abrir-se-ão vossos olhos, sereis iguais a Deus, conhecereis o bem e o mal” (Gen. 3, 5).

Após o Pecado Original, Deus, voltando-se para a serpente, disse-lhe: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher [Nossa Senhora], entre a tua descendência e a dela; ela te esmagará a cabeça e tu procurarás mordê-la no calcanhar” ¹.

São Luís Maria Grignion de Montfort assim explica esse trecho da Sagrada Escritura: “Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável que não só há de durar, mas aumentar até ao fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer.”².
_______________________

1 – É praticamente unânime a posição dos grandes teólogos de que a mulher referida é Nossa Senhora, chamada também de Nova Eva, Mãe do Novo Adão, que é Nosso Senhor Jesus Cristo.

2 – São Luís G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, ed. Vozes, Petrópolis, p. 54.

Notas:

1 – “Folha de S. Paulo” — Revista Mais!, 13-10-02.
2 – Ferguson, Marilyn (1993), A Conspiração Aquariana: Transformações Pessoais e Sociais nos Anos 80; Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993.
3 – Idem., pp. 201 a 205.
4 – A esse respeito, ver: Dioclécio Luz, Roteiro Mágico de Brasília; vol. I e II., Codeplan, 1986.
5 – Op. cit., p. 18.
6 – Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, Artpress, São Paulo, 1982, III Parte.
7 – Idem, ibidem.
8 – Idem, Parte III, cap. III, 2.
9 – Cfr. Summa Teológica, I, Q. 47, a2, c.
10 – Gênesis, 1, 31 e Suma Teológica, I, Q. 47, a.2, c.
11 – A expressão “Quem como Deus?” é a tradução do nome Miguel em hebraico.
12 - SOLIMEO; Gustavo Antônio e Luiz Sérgio (1994); Anjos e Demônios - a Luta Contra o Poder das Trevas; São Paulo, ed. Artpress; 1994.
13 – São João Bosco, História Sagrada, Ed. Salesiana, 1965, p. 13.
14 – Holismo é uma palavra que se refere a tudo (holos): tudo é a mesma energia divina.
15 – Weil, Pierre; A Revolução Silenciosa, Ed. Pensamento, São Paulo, p. 200 a 203.
16 – Montrose, Donald W., Voz de alerta nos Estados Unidos: perceber e combater o demônio é dever do católico, in Catolicismo, fevereiro de 1996, p.22 e 23.
17 – Pronunciamento aos bispos norte-americanos, em 18 de maio de 1993, apud Catolicismo, fevereiro de 1996, p. 22 e 23.
18 – São Luís G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, Vozes, Petrópolis, p. 55 e 56.
19 – Idem, p. 50.
20 – Idem, p. 61.

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salgueiro
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D. Juan de Áustria
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A NOVA ERA E A REVOLUÇÃO CULTURAL

AS IDÉIAS de Capra e de Gramsci são puras ficções, mas nem por isto as semelhanças entre elas são mera coincidência. A simples listagem basta para por à mostra uma raiz comum:

1 - Ambas essas correntes são radicalmente "historicistas" — quer dizer: para elas, toda "verdade" é apenas a expressão do sentimento coletivo de um determinado momento histórico. O que importa não é se esse sentimento coletivo capta uma verdade objetivamente válida, mas, ao contrário, ele vale por si como único critério do pensamento correto.

2 - Em ambas, o sujeito ativo do conhecimento não é a consciência individual, mas a coletividade. Elas divergem somente, na superfície, quanto à delimitação desse místico "sujeito coletivo": para Capra, é "a humanidade", ou, mais vagamente ainda, "nós" ( é característico dos doutrinários da Nova Era, como Capra ou Marilyn Ferguson, dirigir-se a um auditório universal na primeira pessoa do plural, de modo que não sabemos se quem fala é um Autor divino ocultando sua supra-personalidade num plural majestático, ou se é a autoconsciência coletiva da humanidade ). Para Gramsci, o sujeito coletivo é o "proletariado", ou, mais propriamente, o conjunto dos intelectuais orgânicos que o "representam", isto é, o Partido.

3 - Ambas insistem menos em provar alguma tese do que em induzir uma "mudança de percepção", uma virada repentina que faça as pessoas sentirem as coisas de um modo diferente. Com Capra e Gramsci ninguém pode discutir, tese por tese, demonstração por demonstração: a conversão tem de ser integral e súbita, ou não se realiza jamais: capristas e gramscistas são "convertidos" ou "renascidos", que num determinado instante de suas vidas "viram a luz" mediante uma rotação instantânea do eixo de sua cosmovisão. O decisivo, em ambos os casos, não é a argumentação racional, mas uma adesão prévia, volitiva ou sentimental: o sujeito "sente-se" de repente, como um todo, identificado com a Nova Era ou com a causa do proletariado, e em seguida passa a ver os detalhes de acordo com o novo quadro de referência.

4 - Ambas são "revoluções culturais". Pretendem inaugurar um novo cenário mental para a humanidade, no qual todas as visões e opiniões anteriores serão implicitamente invalidadas como meras expressões subjetivas de um tempo que passou. Como, de outro lado, a nova cosmovisão também não se apresenta como verdade objetivamente válida e sim apenas como expressão de um "novo tempo", já não se pode confrontar as idéias de hoje com as de antigamente para saber quem tem razão: o critério de veracidade foi substituído pelo da "atualidade", e como toda época é atual para si mesma, cada qual constitui uma unidade cerrada, com suas idéias que só são válidas subjetivamente para ela. Platão tinha as idéias do "seu tempo"; nós temos a do "nosso tempo" — cada um na sua.

5 - A dimensão "tempo" é assim absolutizada, reinando sozinha num mundo de onde foi extirpado todo senso de permanência e de eternidade. Em Gramsci, a amputação é explícita; em Capra e na Nova Era em geral, implícita e disfarçada pela verborréia mística. Após essa cirurgia, a mente humana torna-se incapaz de captar o que quer que seja das relações ideais que, para além do real empírico, apontam para a esfera do possível, da infinitude, do universal. O empírico, o fato consumado, o horizonte imediato das preocupações práticas — pessoais ou coletivas — torna-se o extremo limite da visão humana. O "cosmos" de Capra e a "História" de Gramsci são campânulas de chumbo que prendem a imaginação humana num mundo pequeno, artificialmente engrandecido pela retórica.

6 - Com o senso da eternidade e da universalidade, vai embora também o senso da verdade, a capacidade humana de distinguir o verdadeiro do falso, substituída por um sentimento coletivo de "adequação" ao "nosso tempo". A "supra-consciência" da Nova Era e o "intelectual coletivo" de Gramsci têm em comum a mais absoluta falta de inteligência. Para ambos vale o que o jornalista Russel Chandler disse de um deles:

"A maior capacidade da mente humana é a sua habilidade de discriminar entre o que é verdadeiro e o que é falso, distinguir o que é real do que é ilusório ou aparente. Mas a ‘supraconsciência’ da Nova Era está programada para ignorar essas distinções."

7 - Dissolve-se também a autoconsciência reflexiva e crítica, pela qual o indivíduo humano é capaz de sobrepor-se às ilusões coletivas e julgar o seu tempo. Fechado na redoma do momento histórico, é vedado ao indivíduo enxergar para além dele, exercer os privilégios de uma inteligência autônoma, ter razão contra a opinião majoritária — seja ela a opinião conservadora do establishment ou o anseio coletivo dos ambiciosos insatisfeitos.

8 - A depreciação da consciência individual vem com a negação do critério da evidência intuitiva como base para julgar a verdade. Reduzida a seu aspecto psicológico, imanente, a intuição torna-se apenas uma experiência interna como qualquer outra, incapaz de evidência apodíctica. Confunde-se com o sentimento, com o pressentimento, com a vaga impressão e com a fantasia. Daí a necessidade de um novo critério, que será, na Nova Era, a fantasia mesma, adornada com o título de intuição mística, e na Revolução Cultural de Gramsci o sentimento coletivo do Partido, detentor profético do sentido da História.

As semelhanças são tão substanciais que, perto delas, as diferenças se tornam meramente adjetivas. A filiação comum remonta, no mínimo, ao mito mais querido da ilusão moderna: o mito da Revolução, do "apocalipse terreno", que, num giro súbito de todas as aparências, transfigurará o mundo, inaugurando um Céu na Terra. O mito da Revolução é a cenoura-de-burro que há séculos mantém a humanidade no encalço do comboio da História disparado em direção a uma miragem, sem poder atingir outro resultado senão a aceleração do devir, que, não chegando a parte alguma, acaba sendo entronizado ele mesmo como supremo objetivo da vida: o acontecer pelo acontecer, a eternização do fluxo das impressões, a redução do homem ao ser empírico preso a uma girândola sem fim de "experiências" e "momentos" atomísticos. Em termos orientais, que o linguajar da Nova Era repete sem compreender-lhes o sentido, é a absolutização da Maya, a prisão eterna no círculo do samsara.

Nem as idéias de Capra nem as de Gramsci necessitam de refutação. Sua interpretação ordenada e clara já vale como refutação. O simples desejo de compreendê-las basta para exorcizá-las. São idéias que só podem prosperar sob a proteção de uma névoa de ambiguidades, e só encontram terreno fértil nas almas que anseiam por ilusões lisonjeiras, em cujo colo macio possam esquecer sua própria miséria, a miséria de toda vaidade.

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Simão_Bacamarte
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Re.: Nova Era

Mensagem por Simão_Bacamarte »

:emoticon18: :emoticon5: :emoticon15:

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Pumpkinhead
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Mensagem por Pumpkinhead »

Não se preocupem com a nova Era. A ideologia tecnognóstica dos transhumanistas, tecnolibertários, cyber cristãos, anarco sufis, etc... é muito mais forte. O tecnognosticismo está no cerne, por exemplo, da ideologia dos cristãos renascidos como Bush. A nova era, não passa de pastilha elástica cultural. É muito volátil quando comparada com a capacidade do cristianismo para renascer. O problema do nova era é desprezar o caminho e dar apenas ás pessoas soluções finais empacotas. É uma espécie de consumismo espiritual. Ohem para os programas de Bosta da Oprah para terem um pequeno vislumbre desse consumismo New Age. A Oprah, aliás é bilionária. O lixo vende. Mas porque despreza o caminho, não passa de ar quente...

O problema são as ideologias que propõem um caminho a percorrer... como algo necessário á gnose. Essas ideologias são silenciosas, mas pairam com uma força imensa.

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Fernando Silva
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Re.: Nova Era

Mensagem por Fernando Silva »

A tal de "Nova Era" não passa de uma salada de crendices e pseudociência que ganhou força durante o século XX com a criação da Teosofia por Helena Blavatsky. Basta misturar o que você quiser, nas proporções que você quiser, e você terá sua própria doutrina Nova Era.
Recomenda-se incluir:
-Mestres ascencionados
-Brahmanismo
-Xamanismo
-Reencarnação em outros planetas
-Vagos conceitos sobre energia planetária, vibrações positivas, era de aquário
-Poder dos cristais

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Pumpkinhead
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Re.: Nova Era

Mensagem por Pumpkinhead »

A ideologia nova era é holista. Mas o Holismo aqui é totalmente místico e não se trata de sinergismo. Pretende-se uma espécie de regresso ao pensamento mágico e simples de outrora, com respostas fáceis. Não há a minima hipotese de tal ingenuidade triunfar numa sociedade tecnológica e complexa como a nossa.
Muito gente não faz ideia da potência de certos movimentos tecnogósticos made in USA.

Leiam "Tecnognose" de Erik Davis se puderem...

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Fernando Silva
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Re: Re.: Nova Era

Mensagem por Fernando Silva »

Pumpkinhead escreveu:A ideologia nova era é holista. Mas o Holismo aqui é totalmente místico e não se trata de sinergismo. Pretende-se uma espécie de regresso ao pensamento mágico e simples de outrora, com respostas fáceis. Não há a minima hipotese de tal ingenuidade triunfar numa sociedade tecnológica e complexa como a nossa.

As pessoas sempre irão procurar soluções fáceis para os seus problemas. Não é de se admirar a quantidade de anúncios de videntes prometendo "Trago a pessoa amada em 3 dias" ou coisa assim.
Ou gente que começa uma dieta nova atrás da outra, sabendo, no íntimo, que não vai funcionar.
15 de janeiro de 2004 "O Globo"

Cora Rónai
cronai@oglobo.com.br

Eu era assim... e continuo igual

Uma vez, O GLOBO fez uma reportagem com os dez principais médicos de regime do Rio. Não necessariamente os melhores, notem bem, mas os mais conhecidos, autores de best-sellers e de métodos especiais de dieta, favoritos de dez entre dez celebridades-prêt-à-porter. Algumas repórteres marcaram consultas, foram devidamente examinadas e receberam receitas de fórmulas “alternativas” - todas, em tese, inofensivas. As receitas foram em seguida apresentadas a médicos sérios, que as traduziram para os leitores.

Pois ali, disfarçadas em remedinhos básicos de manipulação, estavam bolas da pesada, capazes dos piores estragos. Se bem entendi os doutores do bem, tomar uma delas ou formicida na veia dava mais ou menos na mesma.

***
A reportagem me chamou a atenção por um curioso detalhe: eu já havia feito dieta com oito (!) daqueles médicos. Só não fiz com os dez porque o tratamento de um era à base de injeções, e tenho pavor de injeção, e o outro só poderia me atender em agosto - e quando eu quis consultá-lo estávamos, para variar, no começo de janeiro, essa época terrível em que saímos direto dos panetones e das rabanadas para a luz inclemente da praia.

Comentei o fato com os colegas que estavam fechando a matéria e eles ficaram escandalizados:

- Você?! Nesses picaretas?! Uma mulher inteligente...!

Pois é. Inteligente, sim, mas magra, não - e vivendo numa sociedade em que todos os excessos são permitidos... menos o excesso de peso. Pelo contrário: a imagem da mulher ideal vendida pela publicidade, pela moda e pelos meios de comunicação é tão afastada da (excessiva) realidade que dizer a uma amiga que ela emagreceu é sempre um elogio - ainda que, na verdade, ela melhorasse muito se engordasse uns dez quilos. Mas fazer uma observação dessas, hoje, nem pega bem.

Conheço mulheres de 50 anos que vivem à custa de anfetaminas, há décadas não fazem uma refeição digna do nome, se orgulham de comprar roupas em lojas para adolescentes e são, para todos os efeitos, consideradas bonitas. E, pasmem, normais.

Também conheço mulheres perfeitamente bonitas (e, para todos os efeitos, normais) que há tempos não conseguem comprar roupa aqui no Rio - a menos que se conformem em apelar para lojas de gordinhas. Onde, em geral, nada se encontra de elegante e as vendedoras atendem com tão eufórica simpatia, que nem se lhes nota a comiseração.

Enfim: a pressão é tão grande que a gente topa qualquer negócio, mesmo sabendo, de antemão, que aquilo não vai dar certo. E, assim que aparece um novo pajé milagroso na praça, corre para marcar consulta.

Dante, the Wicked
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Mensagem por Dante, the Wicked »

Depois de todas barbaridades em nome da fé (ou justificadas por ela) cometidas pelo cristianismo - principalmente pela Igreja Católica Apostólica Romana - é hilário ver a preocupação de alguns cristãos com o crescimento de algo que não passa de um mercadinho de religiosidade profunda como um pires.
Visite minha página http://filomatia.net. Tratando de lógica, filosofia, matemática etc.

Visite o Wikilivros. Aprenda mais sobre Lógica.
Assista meu canal do youtube. Veja meu currículo lattes.

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carlo
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Re: Re.: Nova Era

Mensagem por carlo »

Fernando Silva escreveu:A tal de "Nova Era" não passa de uma salada de crendices e pseudociência que ganhou força durante o século XX com a criação da Teosofia por Helena Blavatsky. Basta misturar o que você quiser, nas proporções que você quiser, e você terá sua própria doutrina Nova Era.
Recomenda-se incluir:
-Mestres ascencionados
-Brahmanismo
-Xamanismo
-Reencarnação em outros planetas
-Vagos conceitos sobre energia planetária, vibrações positivas, era de aquário
-Poder dos cristais



Eh difihcil fujir da verdade acima descrita. Por cehrebros como o do Fernando Silva, eu náo fuji. Fujam quem queiram.

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Aurelio Moraes
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Mensagem por Aurelio Moraes »

Crente maluco chatólico tradicionalista, oba...! :emoticon12: :emoticon12:

Vamos elucidar a questão:

Impregnado de mística esotérica de origem oriental


Imagem


o movimento denominado Nova Era


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Frederico Romanini de Abranches Viotti

Imagem

O leitor provavelmente já observou,


Imagem

tanto em livrarias quanto em lojas de discos


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invasão silenciosa de um dos maiores inimigos


Imagem


da Civilização Cristã.


Imagem

Santa Igreja.


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Nosso Senhor Jesus Cristo,

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o disfarce sedutor do demônio


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Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador


Imagem

O cristianismo


Imagem

Imagem

como uma grande mobilização de pequenos grupos, dispersos em diversos locais mas unidos no mesmo pensamento e objetivo, que formam uma enorme rede de ação e abrange centenas de entidades, instituições e grupos, sem que todos necessitem estar em contato ou mesmo se conhecer.


Imagem

Pio XII


Imagem

Imagem

é Nossa Senhora


Imagem


AS IDÉIAS de Capra




Imagem

e de Gramsci


Imagem

são puras ficções

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Washington
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Mensagem por Washington »

Dante, the Wicked escreveu:Depois de todas barbaridades em nome da fé (ou justificadas por ela) cometidas pelo cristianismo - principalmente pela Igreja Católica Apostólica Romana - é hilário ver a preocupação de alguns cristãos com o crescimento de algo que não passa de um mercadinho de religiosidade profunda como um pires.


Você diz "depois" e "cometidas" fica parecendo que a icar foi uma desgraça, que cometeu barbaridades e hoje não mais.

A icar é a pior seita do cristianimo. Os evangélicos são outra desgraça, mas pelo menos não tem um comando centralizado como a icar e podemos ver suas contradições a todo momento, além de que suas próprias divergências doutrinários os impede de tentar impor suas verdades a toda a sociedade.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Washington escreveu:A icar é a pior seita do cristianimo. Os evangélicos são outra desgraça, mas pelo menos não tem um comando centralizado como a icar e podemos ver suas contradições a todo momento, além de que suas próprias divergências doutrinários os impede de tentar impor suas verdades a toda a sociedade.

Discordo. O papa pode progredir intelectualmente. E o vem fazendo ao longo dos séculos. No pior dos casos, acaba morrendo e vem outro que talvez evolua.

Já os crentes seguem a Bíblia, que nunca evolui. O mesmo lixo há milhares de anos.

Dois exemplos:
-A ICAR já aceita a evolução das espécies.
-Recentemente, o papa declarou que, se a ciência descobrir algo que contradiz a doutrina, é preciso verificar se a doutrina não estaria baseada em uma interpretação errada das Escrituras.

É claro que é uma evolução lenta. Afinal de contas, a ICAR levou uns 300 anos para "perdoar" Galileu, mas sempre há uma esperança, ao contrário dos crentes, que se agarram às crenças primitivas de uma tribo da Idade do Bronze.

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O ENCOSTO
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Re.: Nova Era

Mensagem por O ENCOSTO »

Onde o pessoal da tal Nova Era se encontra?

Nunca vi um "templo" da Nova Era. Mas, já existem programas de rádio desses caras.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Fernando Silva
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Re: Re.: Nova Era

Mensagem por Fernando Silva »

O ENCOSTO escreveu:Onde o pessoal da tal Nova Era se encontra?

Nunca vi um "templo" da Nova Era. Mas, já existem programas de rádio desses caras.

Acho que o Vale do Amanhecer, perto de Brasília, poderia ser chamado de Nova Era.

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Aurelio Moraes
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Re: Re.: Nova Era

Mensagem por Aurelio Moraes »

O ENCOSTO escreveu:Onde o pessoal da tal Nova Era se encontra?

Pergunta ao Killian.

Washington
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Mensagem por Washington »

Fernando Silva escreveu:Discordo. O papa pode progredir intelectualmente. E o vem fazendo ao longo dos séculos. No pior dos casos, acaba morrendo e vem outro que talvez evolua.

Já os crentes seguem a Bíblia, que nunca evolui. O mesmo lixo há milhares de anos.

Dois exemplos:
-A ICAR já aceita a evolução das espécies.
-Recentemente, o papa declarou que, se a ciência descobrir algo que contradiz a doutrina, é preciso verificar se a doutrina não estaria baseada em uma interpretação errada das Escrituras.

É claro que é uma evolução lenta. Afinal de contas, a ICAR levou uns 300 anos para "perdoar" Galileu, mas sempre há uma esperança, ao contrário dos crentes, que se agarram às crenças primitivas de uma tribo da Idade do Bronze.


Fernando, seus argumentos sustentando que as seitas evangélicas são piores que a icar são bons, mas não mudei a minha opinião.

Hoje uma pessoa com nível de instrução acima da média, que viva em uma grande cidade, que tenha acesso a informação e conviva em ambientes mais sofisticados inevitavelmente chegará a uma conclusão parecida com a sua. Será uma conclusão enganosa.

Parece que a icar tornou-se um tumor benigno, imagina-se que isso seja uma evolução, entretanto não podemos esquecer que ela foi levada a isso. Hoje a icar retém apenas uma fração do poder que já teve, mas mesmo assim vemos bispos e padres, a torto e a direito, dando declarações acerca da vida das pessoas e a respeito de políticas públicas. Temos também o papa que em suas homílias tem a pretenção de falar a toda a humanidade.

A icar tem uma estrutura centralizada e uma tendência totalitária, seu objetivo é o poder, adquirir, manter, aumentar. Se houve recuos foi tão somente para fazer valer a máxima: "Vão-se os anéis, ficam os dedos".

Tive uma perspectiva semelhante à sua, mas o convívio com pequenas comunidades rurais do interior de MG me fez mudar de opinião.

Podemos, lá no interior, sentir o peso e a força da tradição da icar, e como isso é maléfico para as pessoas. Elas acreditam numa verdade absoluta, o respeito à autoridade é total, na verdade os termos corretos seriam submissão e resignação, não há qualquer contestação.

Considerando este aspecto, hoje vejo os evangélicos como um mal menor que a icar. No pentencostalismo os indivíduos tentam justificar sua fé com base em uma interpretação da bíblia ou coisa que o valha, caso não concordem com a postura de um ou outro religioso, ou com a doutrina pregada, ele simplesmente muda de garagem. Essa "liberdade" pentencostal é onde, a meu ver, reside o mal menor que representam em relação a icar.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


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Luis Dantas
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Re: Re.: Nova Era

Mensagem por Luis Dantas »

Fernando Silva escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Onde o pessoal da tal Nova Era se encontra?

Nunca vi um "templo" da Nova Era. Mas, já existem programas de rádio desses caras.

Acho que o Vale do Amanhecer, perto de Brasília, poderia ser chamado de Nova Era.


O Templo da Boa Vontade, no Plano Piloto de Brasília, também. Muitos grupos ligados a Gurus mais badalados e superficiais, (como o "Osho" Rajneesh ou o Sathya Sai Baba) idem.

Os grupos da Cida, idem.

Mas que é engraçado ver a ICAR tão preocupada com um movimento tão mal-ajambrado, isso é. Apesar de que eu considero esses movimentos perigosos.




http://www.tbv.com.br
http://www.valedoamanhecer.com.br
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism


http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Washington escreveu:Fernando, seus argumentos sustentando que as seitas evangélicas são piores que a icar são bons, mas não mudei a minha opinião.

Hoje uma pessoa com nível de instrução acima da média, que viva em uma grande cidade, que tenha acesso a informação e conviva em ambientes mais sofisticados inevitavelmente chegará a uma conclusão parecida com a sua. Será uma conclusão enganosa.
[...]
Podemos, lá no interior, sentir o peso e a força da tradição da icar, e como isso é maléfico para as pessoas. Elas acreditam numa verdade absoluta, o respeito à autoridade é total, na verdade os termos corretos seriam submissão e resignação, não há qualquer contestação.

Considerando este aspecto, hoje vejo os evangélicos como um mal menor que a icar. No pentencostalismo os indivíduos tentam justificar sua fé com base em uma interpretação da bíblia ou coisa que o valha, caso não concordem com a postura de um ou outro religioso, ou com a doutrina pregada, ele simplesmente muda de garagem. Essa "liberdade" pentencostal é onde, a meu ver, reside o mal menor que representam em relação a icar.

Acho que tudo depende da cabeça das pessoas. Pessoas conservadoras não querem mudanças e vão para a RCC, TFP, Opus Dei e outras porcarias.
Outras se tornam evangélicas porque acham que a ICAR não está sendo enfática o bastante, não está sendo controladora o bastante.
Acho que a ICAR e os evangélicos são igualmente controladores, só que têm estruturas e estratégias diferentes. A ICAR é centralizada, os evangélicos são fragmentados.
É claro que a fragmentação dá a oportunidade de se procurar a seita que mais agrade à pessoa, mas a diferença entre elas não é tanto de doutrina, embora as diferenças existam, mas de métodos, acho eu.
No fundo, a maioria das pessoas entra para uma igreja porque se sentiu bem lá, não porque analisou a doutrina a fundo.
Quem gosta de ser controlado, de receber ordens, de ouvir coisas definitivas, vai preferir igrejas assim. Quem quer ficar mais solto, vai procurar outras.

Acho que a ICAR tem o grande defeito de ainda ser capaz de controlar alguns governos, como na questão do controle da natalidade, por exemplo, mas os evangélicos fazem o mesmo, só que de forma descentralizada, cada seita por si.

Por outro lado, ainda que o conservadorismo permaneça em regiões do interior, como as que você citou, não são elas que vão impedir o avanço da ciência. Se a ICAR reconhece que a ciência tem razão em muitos pontos, vai deixar de interferir como antes, ainda que muitos de seus membros ainda resistam a obedecer.

Enfim, com toda a centralização da ICAR, cada católico faz o que quer, acho eu. E continua se dizendo católico.

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Lúcifer
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Re.: Nova Era

Mensagem por Lúcifer »

Citação de D. Juan de Austria:
Já Nosso Senhor advertia: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7, 15).


Como tantos padres, pastores e diabos a quatro que existem por aí?

E daí que apareceu essa nova religião. É mais uma seita de desocupados que não tem o que fazer encherem o saco daqueles que tem o que fazer.
Imagem

Trancado