Braços fantasmas e o fetiche do pé
- Res Cogitans
- Mensagens: 5575
- Registrado em: 24 Out 2005, 21:55
- Localização: Hell de Janeiro
Braços fantasmas e o fetiche do pé
Braços fantasmas e o fetiche do pé, artigo de Fernando Reinach
O desenvolvimento de um método capaz de "amputar" os membros fantasmas, fazendo desaparecer a dor que eles infligem aos pacientes
Fernando Reinach é biólogo. Artigo publicado em "O Estado de SP":
Pessoas que têm seu braço amputado desenvolvem muitas vezes um membro fantasma. Elas continuam a sentir a presença do braço que foi amputado, controlam e sentem seu movimento.
Sofrem dores e cócegas. Durante décadas se acreditou que esse fenômeno era causado pelas cicatrizes nos nervos cortados ou por distúrbios psicológicos.
Hoje se sabe que grande parte desses efeitos se deve a uma reorganização do cérebro induzida pela amputação. Durante esses estudos foi descoberta uma possível explicação para o fetiche sexual que muitos seres humanos sentem pelos pés.
Durante as décadas de 40 e 50, um cirurgião chamado Penfield operou o cérebro de pacientes conscientes. Durante a operação ele tocava na superfície do córtex cerebral e perguntava ao paciente o que ele sentia.
Foi assim que ele descobriu uma área no cérebro na qual cada ponto causava sensações em uma parte do corpo. Quando tocava em um determinado ponto, o paciente sentia o nariz, quando tocava em outro ele sentia os lábios ou os órgãos genitais.
Penfield conseguiu "desenhar" sobre essa região do córtex cerebral um mapa sensorial do corpo humano.
O mapa é similar ao desenho de uma pessoa na qual as áreas que são mais sensíveis ao tato, como os dedos, são proporcionalmente maiores que áreas menos sensíveis, como os braços.
Na década de 90, Vilayanur S. Ramachandran começou a estudar as características dos braços fantasmas.
Ele deitava os pacientes, vendava seus olhos e passava um cotonete sobre as diferentes partes do corpo. Quando passava o cotonete sobre as pernas, o paciente dizia que sentia a perna, quando passava na barriga, sentia a barriga.
Tudo normal. Até que ele passou o cotonete na bochecha. Aí o paciente disse que sentia a bochecha e o membro fantasma.
Ramachandran foi verificar os mapas sensoriais construídos por Penfield e descobriu que, neles, a região da bochecha estava localizada ao lado da região do braço.
Ele postulou que na ausência do braço a região do cérebro que normalmente correspondia ao membro se reorganizava, sendo "invadida" por uma expansão da região vizinha, no caso a região ligada à bochecha.
Assim, sempre que o paciente mexia a face, o cérebro "sentia" o braço, criando o fantasma. Desde então, esses pacientes passaram a ser capazes de "coçar" o braço fantasma, bastando acariciar a bochecha.
Mas que região faria o papel da bochecha no caso de pessoas com uma perna amputada? No mapa de Penfield, a região vizinha à perna é a região em que os órgãos sexuais estão representados.
Testes com indivíduos com as pernas amputadas confirmaram que esses pacientes sentiam prazer nos membros fantasmas quando estavam sexualmente excitados.
O fenômeno inverso confirma a observação: pessoas que tiveram o pênis amputado devido a tumores sentem o órgão amputado quando estimulados nos pés.
A proximidade entre a região que "sente" os pés e a que "sente" os órgãos sexuais sugere que em algumas pessoas os sinais dessas duas áreas podem se misturar, resultando em um fetiche sexual relacionado aos pés.
Esses resultados levaram ao desenvolvimento de um método capaz de "amputar" os membros fantasmas, fazendo desaparecer a dor que eles infligem aos pacientes.
Mais informações no livro Phantoms in the Brain, de V.S. Ramachandran, da HarperCollins, Nova York, 1998.
(O Estado de SP, 1º/3)
O desenvolvimento de um método capaz de "amputar" os membros fantasmas, fazendo desaparecer a dor que eles infligem aos pacientes
Fernando Reinach é biólogo. Artigo publicado em "O Estado de SP":
Pessoas que têm seu braço amputado desenvolvem muitas vezes um membro fantasma. Elas continuam a sentir a presença do braço que foi amputado, controlam e sentem seu movimento.
Sofrem dores e cócegas. Durante décadas se acreditou que esse fenômeno era causado pelas cicatrizes nos nervos cortados ou por distúrbios psicológicos.
Hoje se sabe que grande parte desses efeitos se deve a uma reorganização do cérebro induzida pela amputação. Durante esses estudos foi descoberta uma possível explicação para o fetiche sexual que muitos seres humanos sentem pelos pés.
Durante as décadas de 40 e 50, um cirurgião chamado Penfield operou o cérebro de pacientes conscientes. Durante a operação ele tocava na superfície do córtex cerebral e perguntava ao paciente o que ele sentia.
Foi assim que ele descobriu uma área no cérebro na qual cada ponto causava sensações em uma parte do corpo. Quando tocava em um determinado ponto, o paciente sentia o nariz, quando tocava em outro ele sentia os lábios ou os órgãos genitais.
Penfield conseguiu "desenhar" sobre essa região do córtex cerebral um mapa sensorial do corpo humano.
O mapa é similar ao desenho de uma pessoa na qual as áreas que são mais sensíveis ao tato, como os dedos, são proporcionalmente maiores que áreas menos sensíveis, como os braços.
Na década de 90, Vilayanur S. Ramachandran começou a estudar as características dos braços fantasmas.
Ele deitava os pacientes, vendava seus olhos e passava um cotonete sobre as diferentes partes do corpo. Quando passava o cotonete sobre as pernas, o paciente dizia que sentia a perna, quando passava na barriga, sentia a barriga.
Tudo normal. Até que ele passou o cotonete na bochecha. Aí o paciente disse que sentia a bochecha e o membro fantasma.
Ramachandran foi verificar os mapas sensoriais construídos por Penfield e descobriu que, neles, a região da bochecha estava localizada ao lado da região do braço.
Ele postulou que na ausência do braço a região do cérebro que normalmente correspondia ao membro se reorganizava, sendo "invadida" por uma expansão da região vizinha, no caso a região ligada à bochecha.
Assim, sempre que o paciente mexia a face, o cérebro "sentia" o braço, criando o fantasma. Desde então, esses pacientes passaram a ser capazes de "coçar" o braço fantasma, bastando acariciar a bochecha.
Mas que região faria o papel da bochecha no caso de pessoas com uma perna amputada? No mapa de Penfield, a região vizinha à perna é a região em que os órgãos sexuais estão representados.
Testes com indivíduos com as pernas amputadas confirmaram que esses pacientes sentiam prazer nos membros fantasmas quando estavam sexualmente excitados.
O fenômeno inverso confirma a observação: pessoas que tiveram o pênis amputado devido a tumores sentem o órgão amputado quando estimulados nos pés.
A proximidade entre a região que "sente" os pés e a que "sente" os órgãos sexuais sugere que em algumas pessoas os sinais dessas duas áreas podem se misturar, resultando em um fetiche sexual relacionado aos pés.
Esses resultados levaram ao desenvolvimento de um método capaz de "amputar" os membros fantasmas, fazendo desaparecer a dor que eles infligem aos pacientes.
Mais informações no livro Phantoms in the Brain, de V.S. Ramachandran, da HarperCollins, Nova York, 1998.
(O Estado de SP, 1º/3)
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
- Lúcifer
- Mensagens: 8607
- Registrado em: 26 Out 2005, 16:24
- Gênero: Masculino
- Localização: São Paulo
- Contato:
Re.: Braços fantasmas e o fetiche do pé
Res, por favor, me corrija se eu estiver errado mas, eu assisti em uma reportagem que os cientistas descobriram que as terminações nervosas dos membros fantasmas ainda funcionavam, mesmo sem o membro e eles estão estudando um método para ligar essas terminações nervosas em braços mecânicos para que as pessoas que perderam algum membro e ganharam um artificial, pudessem sentir as sensações, como pegar, sentir o tato, etc, graças a essas ligações. Seria como se ganhasse um novo membro natural.

Re: Re.: Braços fantasmas e o fetiche do pé
Lúcifer escreveu:Res, por favor, me corrija se eu estiver errado mas, eu assisti em uma reportagem que os cientistas descobriram que as terminações nervosas dos membros fantasmas ainda funcionavam, mesmo sem o membro e eles estão estudando um método para ligar essas terminações nervosas em braços mecânicos para que as pessoas que perderam algum membro e ganharam um artificial, pudessem sentir as sensações, como pegar, sentir o tato, etc, graças a essas ligações. Seria como se ganhasse um novo membro natural.
Também assisti essa reportagem. Tem tudo para funcionar!
Existem dois tipos de humanos: Os manipuladores e os manipulados. Qual deles você é?
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Braços fantasmas e o fetiche do pé
Ops ! Perispirito .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Mr. Crowley
- Mensagens: 7612
- Registrado em: 22 Out 2005, 10:48
- Gênero: Masculino
- Localização: Londrina/São José dos Campos - PR/SP
- Contato:
Re.: Braços fantasmas e o fetiche do pé
e anetes de ter orkut eu achava que ra só eu que tinha um certo tesão pelo pé...

- Fernando Silva
- Administrador
- Mensagens: 20080
- Registrado em: 25 Out 2005, 11:21
- Gênero: Masculino
- Localização: Rio de Janeiro, RJ
- Contato:
Re: Braços fantasmas e o fetiche do pé
videomaker escreveu: Ops ! Perispirito .
Não baixe o nível do tópico com crendices.
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Braços fantasmas e o fetiche do pé
Fernando Silva escreveu:videomaker escreveu: Ops ! Perispirito .
Não baixe o nível do tópico com crendices.
Os Órgãos do Perispírito
Pela simples observação do corpo físico, pode-se deduzir que o perispírito também possui algo semelhante a órgãos, isto é, conjuntos de moléculas cuja configuração especial é destinada à execução de determinadas funções. Evidentemente, tais aglomerados moleculares são apropriados ao funcionamento na vida extrafísica, promovendo a captação e assimilação de energias e fluidos necessários à sua manutenção, que se processam de maneira essencialmente diversa da vida física.
Por isso mesmo, os órgãos do perispírito não podem ser idênticos aos do corpo denso, mas determinam, pelas linhas de força que os caracterizam, a conformação e distribuição funcional destes últimos, os quais estão adaptados à execução e às funções específicas conforme a evolução biológica. Os órgãos do perispírito podem ser lesados pela ação desordenada ou maléfica da mente do ser.
O gênero de vida de cada indivíduo carnal determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. O mundo espiritual guarda íntima ligação com o progresso moral que realizamos. À medida que crescemos moralmente, nosso perispírito vai ficando gradativamente mais leve e, assim, podemos nos mover em planos mais sutis.
- Por Edvaldo Kulcheski -
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: Braços fantasmas e o fetiche do pé
'Perispírito' e derivados são hipóteses obsoletas de uma era que desconhecia os fundamentos da neurociência e genética mendeliana. A hipótese do espírito não é um fantasma da máquina, é um maquinista em uma locomotiva que já funciona sozinha.