Grêmio acusa Antônio Carlos, do Juventude, de racismo

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Aurelio Moraes
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Grêmio acusa Antônio Carlos, do Juventude, de racismo

Mensagem por Aurelio Moraes »

Dirigentes do Grêmio acusam o zagueiro Antônio Carlos de ter agredido o volante do Grêmio Jeovânio com ofensas racistas durante a partida em que a equipe de Caxias do Sul foi derrotada por 2 a 1. Expulso de campo, o jogador teria dito ao gremista: "Isso é coisa de macaco", sinalizando a cor de sua pele esfregando os dedos em cima do braço.

Após a partida, Antônio Carlos se defendeu das acusações e mostrou um corte no braço para justificar seu gesto. "Se querem me acusar de algo, que façam. Mas eu estou tranqüilo. Estava mostrando o meu corte no braço", afirmou o zagueiro, que apresentou o ferimento durante a entrevista após a partida.

Antônio Carlos recebeu cartão vermelho aos 24min do segundo tempo, por ter desferido uma cotovelada em Jeovânio.

O volante saiu de campo sem querer falar sobre o assunto. No vestiário, disse que se sentiu ofendido. "O Antônio Carlos foi maldoso. Fiquei chateado com o que aconteceu, mas isso tem de ser coibido pelas autoridades. Não quero mais falar sobre o assunto."

O árbitro da partida, Leandro Vuaden, também não se pronunciou sobre o fato. Informou apenas que seu relato estará disponível na súmula do jogo que será entregue à Federação Gaúcha de Futebol.

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul irá investigar o suposto ato de racismo praticado pelo experiente zagueiro Antonio Carlos, do Juventude. Na noite de domingo, quando foi expulso no clássico contra o Grêmio, o jogador que já defendeu a Seleção Brasileira esfregou os dedos nos braços, em suposta referência à cor do atleta do clube tricolor, Jeovânio.

O MP já pediu a fita de vídeo do jogo para análise. A solicitação partiu do subprocurador geral da Justiça para Assuntos Institucionais, Mauro Renner, e as cenas devem ser encaminhadas para os promotores criminais de Caxias de Sul, que podem abrir o processo.

O lance polêmico aconteceu aos 24min da segunda etapa do clássico gaúcho. Após dar uma cotovelada em Jeovânio, do Grêmio, Antônio Carlos foi expulso. Antes de deixar o campo, ele ainda segurou o adversário pela camisa e tirou satisfação.

"Não podemos permitir que não se faça nada neste caso", disse Renner ao jornal gaúcho Zero Hora.

A investigação, comandada pelo Ministério Público, deve ouvir o zagueiro do Juventude, o atleta do Grêmio e testemunhas que possam contribuir para a solução do caso. Não há fiança para o crime de racismo.

O árbitro Leandro Vuaden entregará a súmula à Federação Gaúcha de Futebol e pretende ver as imagens antes de finalizar o relatório. "É claro que vou ver na TV. Tu achas que eu vou colocar a perder uma atuação perfeita deixando passar uma questão séria como essa?", afirmou Vuaden.

O jogador Evaldo viu o momento em que Antônio Carlos deixava o campo.

"Vi claramente ele esfregando o braço. Corri para avisar o árbitro, mas não deu tempo. Isso é lamentável, é preciso haver uma punição severa", lamentou.

O zagueiro, que foi vaiado pela própria torcida ao ingressar no vestiário, teria ainda dito uma palavra ofensiva ao adversário e negou o ato.

O gesto de passar o dedo indicador sobre o braço foi apenas "para limpar um pouco de sangue" que havia no local.

http://esportes.terra.com.br/futebol/es ... 95,00.html


Que horror. E na verdade ele passou o dedo indicador nos dois braços, além de ter falado algo.

Trancado