Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Estão sim, no caso da pesquisa com médiuns, há o método de Pratt e Birge, largamente utilizado,e no caso das crianças que lembram de vidas passadas, o método de Stevenson é bastante utilizado.
Você insiste em apresentar métodos de verificação estatística da acurácia em resposta a minhas solicitações de métodos de comprovação da existência real do espírito, através de sua definição e medição de variáveis.
Lembre que sua resposta quotada era destinada à minha seguinte colocação anterior:Para que a conclusão fosse "existem espíritos" teríamos que ter uma definição científica do que seriam espíritos, as variáveis que permitem a análise desta definição, bem como métodos e procedimentos que permitam operacionalizar tal análise.
Ou seja, você está andando em círculos, retornando sempre para experimentos que comprovariam o fenômeno e não a teoria.
Balela. Leia o caso
http://geocities.yahoo.com.br/existem_e ... nlata.html e veja como as teorias de fraude, criptomnésia e mesmo PES são descartadas, só restando a hipótese de reencarnação como explicação (ou ao menos, como a melhor explicação).
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu: Mas em muitos casos a reencarnação seria a hipótese que melhor explicaria tais casos (Stevenson fala acerca disso em seus livros e artigos).
Existe algum estudo comparativo conduzido por pesquisadores imparciais, que compararam as explicações espíritas contra outras possíveis e referendaram sua afirmação de que a hipótese espírita é a melhor?
Caso contrário temos apenas o fato esperado de que a hipótese espírita é a melhor na opinião dos espíritas.
a crença do pesquisador não importa, a ciência se baseia no método e nas evidências.Você pode ver um estudo comparativo disso em
http://paginas.terra.com.br/educacao/cr ... spirit.htm e em
http://geocities.yahoo.com.br/existem_e ... monia.htmlAcauan escreveu:Vitor Moura escreveu: Já mostrei um texto que mostra que há mesmo partículas que não interagem com nada, logo a verificação de sua existência é impossível. Isso não impede conclusões científicas a partir de experimentação. Pode-se 'provar' científicamente a existência do espírito através de testes de reconhecimento de objetos, de pessoas, de marcas e defeitos de nascença, de informações desconhecidas dos vivos, etc. A questão é ver qual seria a hipótese mais parcimoniosa.
É absolutamente impossível admitir que o que você propõe seja prova científica. Quando muito pode ser considerada uma tese filosófica válida.
Uma partícula que não interage com nada, para ser reconhecida como existente pela ciência precisa estar definida com base em outras variáveis aferíveis. Mesmo que as variáveis da partícula em si não sejam mensuráveis, deve ser possível mensurar as variáveis de outros fenômenos que indicam que esta partícula deve existir.
É isto que falta aos ditos fenômenos espíritas para serem atestados por meio experimental, definições claras embasadas em variáveis conhecidas.
Então leia o texto disponível em
http://www.scientificexploration.org/js ... lauber.pdf e o refute!
'Right-handed electrons and quarks exist. We know because
they have been detected via the electromagnetic force. But we can not detect right-handed neutrinos in such a way because
they do not interact electromagnetically.
Because we can not detect right-handed neutrinos weakly,
there is essentially no way to know if these particles even exist'.
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu: Benjamin Libet sugere a existência de um campo mental, e propõe uma forma de teste. No entanto, não garante que esse campo mental sobreviveria à morte, mas mostraria que a mente é separada do cérebro (o que, evidentemente, ajuda um pouco na idéia que temos de espíritos).
Até aí temos apenas sugestões, nenhuma confirmação experimental válida.
O mérito de Libet é tornar a hipótese falseável, se ninguém testou ainda não é problema dele.
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Na verdade quem apresentou de modo taxativo foi o perito, e foi o que eu disse 'A análise do perito mostra que não é fraude.'
Mas é justamente disto que estamos falando desde o início. É preciso mais que o trabalho de um perito para que todas as possibilidade de erro e fraude sejam reduzidas ao mínimo.
Como também estamos discutindo desde o início, não se trata de refutar o laudo, mas de apresentar investigações ou repetições que lhe dêem confiabilidade científica, como é feito com todo e qualquer experimento cientificamente aceito.
Você próprio aludiu à necessidade de repetição anteriormente, por que agora falar em refutar o laudo como se a refutação fosse o problema tratado?
Há o trabalho "A Vida Triunfa", de Paulo Rossi Severino, que analisa 45 mensagens de Chico Xavier, e diz que em 16 a assinatura é idêntica.Já é uma replicação, ainda que capenga. Tá bom pra vc?
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu: Essa fraude tem quase 100 anos. Nem se compara aos tempos de hoje, em que a divulgação se dá de forma mais rápida. Além disso, há uma forte motivo para essa fraude não ter sido descoberta mais cedo:
'A principal razão porque Piltdown não foi desmascarado como fraude mais cedo foi devido aos cientistas não terem acesso às "provas," que foram fechadas no Museu Britânico. Em vez de focarem a atenção no exame dos "factos" mais cuidadosamente para descobrir a fraude, não puderam sequer examinar a prova fisica! Tiveram de usar moldes e ficar satisfeitos com rápidos olhares aos originais para comprovar que os moldes eram exactos. '
http://brazil.skepdic.com/piltdown.htmlOu seja, os cientistas da época não puderam examinar o achado. Aqui a situação é bem diferente. Chico tem milhares de cartas psicografadas, podendo ser examinadas à vontade. Quem quiser examina.
Ou seja, na época houve falhas que abriram caminho para fraudes e erros ser aceitos, hoje estes caminhos foram reduzidos, mas não se pode nunca ter certeza de que foram eliminados.
Quando você afirma peremptoriamente que a fraude ou o erro é impossível neste caso, está assumindo uma atitude não respaldada pela comunidade científica, que justamente por ter estas possibilidades sempre presentes se esforçam em aprimorar os métodos de auto-controle.
Como no caso exposto estamos muito longe de dizer que os métodos de auto-controle foram levados ao limite, qualquer encerramento da discussão com base no material disponível até aqui é prematura.
Houve replicação, ainda que capenga. Já é uma garantia a mais.
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Discordo pelos motivos expostos. Hoje em dia as fraudes são descobertas de forma muito mais rápida que há 100 anos atrás, quando os meios de comunicação não estavam bem desenvolvidos e levava semanas para uma descoberta se fazer conhecida no meio científico.
Você pode afirmar com certeza que 100% das fraudes são descobertas prontamente?
Desconheço cientistas que ponham a mão no fogo por isto.
Não ponho minha mão no fogo, mas o fato da fraude de Woo ter sido chamada de Maior Fraude da História Recente, sendo que a fraude durou menos de dois anos, me permite ao menos colocar o dedo mindinho...
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu: Acauan escreveu:Que universidades, centros de pesquisa ou instituições científicas reconhecidas outorgaram credibilidade ao caso?
A Universidade Estadual de Londrina.
No google só achei referência ao assunto em sites espíritas. Poderia indicar um endereço onde a Universidade Estadual de Londrina, como instituição científica, atesta a confiabilidade dos experimentos?
Isso tem no livro de Perandréa, com dois pareceres.
"foi também com satisfação que vimos, já no parecer final do coordenador de área da Diretoria de Pesquisa, Setor
de Publicações Científicas e Tecnológicas, da Universidade Estadual de Londrina, doutor Antonio Edving Caccuri, um parecer técnico e preciso, estabelecendo a vinculação da pesquisa desenvolvida com o Direito.
Como forma de divulgação do trabalho, pusemo-nos, desde o
início, a submeter a pesquisa à possibilidade de publicação na Semina (revista cultural e científica da Universidade Estadual de Londrina, que publica somente trabalhos inéditos e científicos), pois, como professor da Universidade, sabemos dos crivos a que tem de submeter-se um trabalho para ser publicado e o que representa essa publicação em termos científicos.
Para que o leitor possa formar idéia do processo para a
publicação, os trabalhos recebidos são encaminhados aos assessores da área, para que emitam parecer técnico sobre a viabilidade da publicação.
Entre outros aspectos, são observadas as normas técnicas da
apresentação, a estrutura e a linguagem, o ineditismo e a
originalidade, a contribuição à Ciência e à Cultura, que o trabalho possa oferecer.
Por ser passível do conhecimento público, reproduzimos parecer
do assessor, bem como o parecer final do coordenador de área:
Parecer do Assessor Um
"Este trabalho vai gerar, com certeza, uma grande polêmica
científica e emocional, porém, dado ao seu ineditismo científico e aos grandes conhecimentos técnicos do autor, associado à sua confiabilidade científica e ética, moral, somos de parecer que o mesmo deva ser publicado. Opino por ser publicado."
Parecer Final do Coordenador de Área
"1. O objetivo do trabalho A Psicografia à Luz da Grafoscopia é a análise de uma mensagem recebida e psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e atribuída ao espírito de uma senhora que falecera tempos antes na Itália. Depois de expor algumas noções básicas em torno da Grafoscopia e da Psicografia, o autor examina aquela peça em confronto com outros espécimes gráficos, filiados ao punho tanto do médium como da falecida. A tarefa é executada mediante o emprego de técnicas e conhecimentos da Grafoscopia, também denominada Grafotecnia ou Grafística, com vistas a confirmar, ou não, a autoria gráfica da mensagem. Como conclusão do estudo, a autoria é confirmada, apontando-se também a presença,
na peça psicografada, de várias características gráficas que pertencem à grafia normal do médium.
2. Limita-se, assim, o trabalho a mostrar o relacionamento que há entre Grafoscopia e Psicografia e a proclamar a possibilidade de identificação da autoria de mensagens espirituais. Abstém-se o autor de vincular sua descoberta a qualquer fato juridicamente relevante, ou seja, a qualquer fato que se revista de interesse para o Direito.
3. A despeito disso, não deve ser afastada a possibilidade de
estabelecer-se tal vinculação. Dentre os milhares e milhões de litígios civis e criminais que a justiça é chamada a solucionar, pode-se conceber a ocorrência de casos em que uma mensagem psicografada tenha condições de servir como meio de prova, ou seja, de esclarecer algum aspecto decisivo ou de relevo para a sua solução. A prova é um dos temas fundamentais do Direito Processual (tanto civil como penal), e o processo é o instrumento por meio do qual o Estado, através do Poder Judiciário, resolve os conflitos de interesse que assumem a forma de litígios civis e penais.
4. Vale a pena lembrar que, no sistema processual em vigor no
Brasil, nenhum tipo de prova (confissão, testemunha, documento, perícia) tem valor absoluto. Em outras palavras, o órgão julgador tem liberdade para, em maior ou menor grau, valorar a prova, ou seja, para, em cada processo, atribuir a cada prova e ao seu conjunto o valor que pareça ao órgão julgador mais jurídico, mais certo, mais razoável, mais justo.
5. Em suma, existe a possibilidade de a mensagem psicografada
servir, em algum processo, como meio de prova, assim se
relacionando o tema, portanto, com o Direito.
6. Por isso, entendo que o trabalho pode ser publicado na revista Semina, mesmo no número dedicado a assuntos jurídicos.
Ass. Antonio Edving Caccuri
Coordenador."
Feliz?
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Isso é um dos grandes motivos para o progresso científico, mas, se o artigo atendeu às exigências editoriais, não mostra que é digno de atenção e reconhecimento pela comunidade científica? Ainda mais sendo heterodoxo. É o nome da revista que está em jogo também.
Você já tinha concordado que a publicação científica visa estimular repetições e reproduções, sem as quais a publicação tem pouco valor em si. Por que insistir que o simples fato de ser publicado afere veracidade científica, se nenhuma publicação científica, mesmo as mais respeitadas, se arrogam de tal pretensão?
Atestam alguma qualidade. Já é um filtro.
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Não, o que quis dizer é que você não pode chegar e simplesmente dizer áh, isso só vale dentro dos pressupostos espíritas. Retire isso e nada sobra'. É o mesmo que chegar e dizer 'ah, isso só vale dentro dos pressupostos físicos. Retire isso e nada sobra'. Uma teoria é essencial em Ciência, seja ela espírita, física, psicológica, parapsicológica etc.
Mas quando foi que eu disse que teorias não são essenciais à ciência. O problema é que os espíritas querem que suas hipóteses sejam aceitas como científicas a partir de experimentos que, quando muito, caracterizam fenômenos.
Leia o link passado do julio sobre a cientificidade da hipótese da vida após a morte.
Acauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Absurdo até eu explicar. Eu citei um ser onipotente voltado para mal exclusivamente. O fato dele ser onipotente (ou quase, já que ele só perderia para Deus e Jesus...) torna ele tão complexo, e mesmo contraditório, que posso descartá-lo pela navalha. Um espírito é bem mais simples.
Sua abordagem continua absurda. Primeiro por que só se recorre à Occam em ciência em circunstâncias muito particulares, quando é possível avaliar metodicamente que ambas as teorias dão no mesmo grau respostas cientificamente satisfatórias ao problema que se propõem a explicar.
Segundo porque sua explicação extrapola o enunciado das teorias. Você recorreu a desdobramentos doutrinários para tentar aferir mais complexidade à teoria rival.
Ué, filho, tá na Bíblia, o demo pode assumir qualquer forma, falou em aramaico com Jesus, tentou ele tres vezes, até oferecendo todos os reinos da Terra etc...vai ser poderoso assim no quinto dos infernos! Um espírito é bem mais simples...
Acauan escreveu: Pelo seu mesmo raciocínio, os evangélicos poderiam argumentar que segundo os kardecistas os espíritos estão dispostos em uma hierarquia de evolução que lhes confere diferentes atributos e assim os torna mais complexos que os demônios, mesmo porque, nenhum evangélico considera os demônios onipotentes ou portadores de algum poder irresistível, tanto que acreditam poder expulsa-los com apenas meia dúzia de palavras.
Ah, mas porque consideram que Jesus agiu por eles...bem, de qualquer forma, o Quevedo (sim, ele!) já provou que a hipótese de demônios é falsa, falando em aramaico com ele e o demônio não entendeu nada. Lembra do Quadro no Fantástico?
Acauan escreveu:Por fim, se for a simplicidade o critério chave, ambas as hipóteses perdem para abordagens materialistas, já que demônios ou espíritos são entidades incorpóreas que se manifestam no plano material através de processos que não podem ser aferidos por nenhum meio experimental, enquanto os materialistas podem propor hipóteses baseadas em capacidades neurais ocultas ou abordagens semelhantes, mais simples que as anteriores.
É, mas pena que as hipóteses materialistas violam leis físicas e biológicas bem estabelecidas enquanto que as hipóteses espiritualistas não
http://paginas.terra.com.br/educacao/cr ... apples.htmAcauan escreveu:Vitor Moura escreveu:Já disse que em Ciência a origem não importa. Esse é seu erro. E vc tinha concordado, e agora voltou atrás.
'Mas foi exatamente isto que disse atrás, quando comentei sobre teoria ser exercício de imaginação.'
Acho bom vc ordenar seus pensamentos melhor.
Talvez fosse melhor ao invés de se preocupar com a ordenação de meus pensamentos, reler o que escrevi na mensagem anterior, quando verá que não estava discutindo a importância da origem das teorias para ciência e sim o absurdo de tentar usar a navalha de Occam para decidir entre duas doutrinas (apresentadas como teorias) qual é mais simples e assim validá-la.
Sugiro a leitura do texto
http://geocities.yahoo.com.br/existem_e ... monia.html
Um abraço,
Vitor